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Document 32023R1773
Commission Implementing Regulation (EU) 2023/1773 of 17 August 2023 laying down the rules for the application of Regulation (EU) 2023/956 of the European Parliament and of the Council as regards reporting obligations for the purposes of the carbon border adjustment mechanism during the transitional period (Text with EEA relevance)
Regulamento de Execução (UE) 2023/1773 da Comissão de 17 de agosto de 2023 que estabelece as regras de aplicação do Regulamento (UE) 2023/956 do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita às obrigações de comunicação de informações para efeitos do mecanismo de ajustamento carbónico fronteiriço durante o período transitório (Texto relevante para efeitos do EEE)
Regulamento de Execução (UE) 2023/1773 da Comissão de 17 de agosto de 2023 que estabelece as regras de aplicação do Regulamento (UE) 2023/956 do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita às obrigações de comunicação de informações para efeitos do mecanismo de ajustamento carbónico fronteiriço durante o período transitório (Texto relevante para efeitos do EEE)
C/2023/5512
JO L 228 de 15.9.2023, p. 94–195
(BG, ES, CS, DA, DE, ET, EL, EN, FR, GA, HR, IT, LV, LT, HU, MT, NL, PL, PT, RO, SK, SL, FI, SV)
In force
15.9.2023 |
PT |
Jornal Oficial da União Europeia |
L 228/94 |
REGULAMENTO DE EXECUÇÃO (UE) 2023/1773 DA COMISSÃO
de 17 de agosto de 2023
que estabelece as regras de aplicação do Regulamento (UE) 2023/956 do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita às obrigações de comunicação de informações para efeitos do mecanismo de ajustamento carbónico fronteiriço durante o período transitório
(Texto relevante para efeitos do EEE)
A COMISSÃO EUROPEIA,
Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,
Tendo em conta o Regulamento (UE) 2023/956 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 10 de maio de 2023, que cria um mecanismo de ajustamento carbónico fronteiriço (1), nomeadamente o artigo 35.o, n.o 7,
Considerando o seguinte:
(1) |
O Regulamento (UE) 2023/956 estabelece obrigações de comunicação de informações para efeitos do mecanismo de ajustamento carbónico fronteiriço durante o período transitório compreendido entre 1 de outubro de 2023 e 31 de dezembro de 2025. |
(2) |
Durante o período transitório, os importadores ou os representantes aduaneiros indiretos devem comunicar a quantidade de mercadorias importadas, as emissões diretas e indiretas nelas incorporadas e qualquer preço do carbono devido por essas emissões, incluindo os preços do carbono devidos pelas emissões incorporadas em materiais precursores relevantes. |
(3) |
O primeiro relatório deve ser apresentado até 31 de janeiro de 2024 relativamente às mercadorias importadas durante o quarto trimestre de 2023. O último relatório deve ser apresentado até 31 de janeiro de 2026 relativamente às mercadorias importadas durante o quarto trimestre de 2025. |
(4) |
A Comissão deve adotar regras de execução para esses requisitos de comunicação de informações. |
(5) |
Os requisitos de comunicação de informações devem limitar-se ao necessário para minimizar os encargos para os importadores durante o período transitório e facilitar a aplicação harmoniosa dos requisitos relativos à declaração CBAM após o período transitório. |
(6) |
Em conformidade com o anexo IV do Regulamento (UE) 2023/956, as regras pormenorizadas para o cálculo das emissões incorporadas das mercadorias importadas devem basear-se na metodologia aplicável no âmbito do sistema de comércio de licenças de emissão aplicável às instalações situadas na UE, tal como especificado, nomeadamente, no Regulamento de Execução (UE) 2018/2066 da Comissão (2). Os princípios para a determinação das emissões incorporadas das mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956 devem ter como objetivo identificar os processos de produção relevantes para as categorias de mercadorias e monitorizar as emissões diretas e indiretas desses processos de produção. A comunicação de informações durante o período transitório também deve ter em conta as normas e os procedimentos existentes da legislação pertinente da União. No que diz respeito à produção de hidrogénio e seus derivados, a comunicação de informações deve ter em conta a Diretiva (UE) 2018/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho (3). |
(7) |
Os limites do sistema dos processos de produção, incluindo os dados das emissões a nível da instalação, as emissões atribuídas dos processos de produção e as emissões incorporadas das mercadorias, devem ser utilizados para determinar os dados a fornecer para efeitos do cumprimento das obrigações de comunicação de informações. No que respeita a essas obrigações, os importadores e os representantes aduaneiros indiretos devem assegurar a disponibilidade das informações necessárias junto dos operadores das instalações. Essas informações devem ser recebidas em tempo útil para que os importadores e os representantes aduaneiros indiretos cumpram as suas obrigações em matéria de comunicação de informações. As referidas informações devem incluir fatores de emissão normalizados a utilizar no cálculo das emissões incorporadas diretas, designadamente fatores de emissão de combustíveis e fatores de emissão de processos e também fatores de eficiência de referência para a produção de eletricidade e calor. |
(8) |
Dado que o início do período abrangido pelo relatório tem início em 1 de outubro de 2023, os importadores e os representantes aduaneiros indiretos dispõem de tempo limitado para assegurar o cumprimento das obrigações de comunicação de informações. É possível obter sinergias com os sistemas de monitorização e comunicação de informações já utilizados pelos operadores de países terceiros. Por conseguinte, deve ser permitida uma derrogação temporária dos métodos de cálculo para a comunicação de emissões incorporadas por um período limitado, até ao final de 2024. Essa flexibilidade deve aplicar-se quando o operador de um país terceiro estiver sujeito a um sistema obrigatório de monitorização e comunicação de informações associado a um regime de fixação do preço do carbono, ou a outros regimes obrigatórios de monitorização e comunicação de informações, ou quando o operador estiver a monitorizar as emissões da instalação, incluindo no caso de um projeto de redução das emissões. |
(9) |
Durante um período limitado, até 31 de julho de 2024, os declarantes notificantes que não possam obter todas as informações junto dos operadores de países terceiros para determinar as emissões reais incorporadas das mercadorias importadas em conformidade com a metodologia estabelecida no anexo III do presente regulamento devem poder utilizar e fazer referência a um método alternativo para determinar as emissões incorporadas diretas. |
(10) |
As obrigações de comunicação de informações devem também proporcionar alguma flexibilidade para a determinação das fases de produção em instalações que não representem uma parte significativa das emissões diretas incorporadas das mercadorias importadas. Esse seria normalmente o caso das fases finais de produção de produtos a jusante de aço ou alumínio. Nesse caso, deve prever-se uma derrogação das obrigações de comunicação de informações exigidas e podem ser comunicados valores estimados para as fases de produção em instalações cuja contribuição para as emissões diretas não exceda 20 % do total das emissões incorporadas das mercadorias importadas. Esse limiar deve garantir flexibilidade suficiente aos pequenos operadores de países terceiros. |
(11) |
Um dos objetivos do período transitório é recolher dados com vista a especificar mais pormenorizadamente, no ato de execução nos termos do artigo 7.o, n.o 7, do Regulamento (UE) 2023/956, a metodologia de cálculo das emissões indiretas incorporadas após esse período. Nesse contexto, a comunicação das emissões indiretas durante o período transitório deve ser aberta e estar concebida de modo a permitir selecionar o valor mais adequado de entre os enumerados no anexo IV, secção 4.3, do Regulamento (UE) 2023/956. Contudo, a comunicação das emissões indiretas não deve incluir a comunicação com base no fator de emissão médio da rede da União, uma vez que a Comissão já conhece esse valor. |
(12) |
Os dados recolhidos durante o período transitório devem constituir a base para os relatórios que a Comissão tem de apresentar em conformidade com o artigo 30.o, n.os 2 e 3, do Regulamento (UE) 2023/956. Os dados recolhidos durante o período transitório devem também ajudar a definir uma metodologia única de monitorização, comunicação de informações e verificação após o período transitório. A avaliação dos dados recolhidos deve ser utilizada, em especial, para o trabalho da Comissão, a fim de ajustar a metodologia aplicável após o período de transição. |
(13) |
O leque indicativo de sanções a aplicar a um declarante notificante que não tenha respeitado as obrigações de comunicação de informações deve basear-se nos valores predefinidos disponibilizados e publicados pela Comissão para o período transitório para as emissões incorporadas que não foram comunicadas. O leque indicativo máximo deve ser coerente com a sanção prevista no artigo 16.o, n.os 3 e 4, da Diretiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho (4), tendo igualmente em conta que a obrigação no período transitório se limita à comunicação de dados. Os critérios a utilizar pelas autoridades competentes para determinar o montante efetivo da sanção devem basear-se na gravidade e na duração da falta de comunicação das informações. A Comissão deve monitorizar os relatórios CBAM, a fim de fornecer uma avaliação indicativa das informações de que as autoridades competentes necessitam e garantir a coerência das sanções a aplicar. |
(14) |
A fim de assegurar a aplicação eficiente das obrigações de comunicação de informações, a Comissão deve criar uma base de dados eletrónica, o Registo Transitório CBAM, para recolher as informações comunicadas durante o período transitório. O Registo Transitório CBAM deve constituir a base para a criação do Registo CBAM nos termos do artigo 14.o do Regulamento (UE) 2023/956. |
(15) |
O Registo Transitório CBAM deve passar a ser o sistema de preenchimento e gestão dos relatórios CBAM para os declarantes notificantes, incluindo verificações, avaliações indicativas e procedimentos de exame. A fim de garantir uma avaliação rigorosa das obrigações de comunicação de informações, o Registo Transitório CBAM deve ser interoperável com os sistemas aduaneiros existentes. |
(16) |
Com vista a assegurar um sistema de comunicação de informações eficaz e uniforme, devem ser estabelecidas disposições técnicas para o funcionamento do Registo Transitório CBAM, tais como disposições para o desenvolvimento, os testes e a implementação, bem como para a manutenção e potenciais alterações dos sistemas eletrónicos, a proteção de dados, a atualização de dados, a limitação do tratamento de dados, a propriedade dos sistemas e a segurança. Estas disposições devem ser compatíveis com o princípio da proteção de dados desde a conceção e por defeito, nos termos do artigo 27.o do Regulamento (UE) 2018/1725 do Parlamento Europeu e do Conselho (5) e do artigo 25.o do Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho (6), bem como com a segurança do tratamento nos termos do artigo 33.o do Regulamento (UE) 2018/1725 e do artigo 32.o do Regulamento (UE) 2016/679. |
(17) |
A fim de assegurar a continuidade da comunicação de dados a todo o momento, é importante prever soluções alternativas a aplicar em caso de falha temporária dos sistemas eletrónicos de comunicação de dados. Para o efeito, a Comissão deve trabalhar num plano de continuidade das atividades do CBAM. |
(18) |
Para garantir o acesso ao Registo Transitório CBAM, o sistema de Gestão Uniforme dos Utilizadores e Assinatura Digital (UUM&DS), a que se refere o artigo 16.o do Regulamento de Execução (UE) 2023/1070 da Comissão (7), deve ser utilizado para gerir, autenticar e verificar o acesso dos declarantes notificantes. |
(19) |
Para efeitos da identificação dos declarantes notificantes e da criação de uma lista de declarantes notificantes com os respetivos números de Registo e Identificação dos Operadores Económicos (EORI), o Registo Transitório CBAM deve ser interoperável com o sistema de Registo e Identificação dos Operadores Económicos, tal como referido no artigo 30.o do Regulamento de Execução (UE) 2023/1070. |
(20) |
Para efeitos de controlo e comunicação, os sistemas nacionais devem fornecer as informações exigidas sobre as mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956, tal como referido na Decisão de Execução (UE) 2019/2151 da Comissão (8). |
(21) |
A identificação das mercadorias importadas através da sua classificação na Nomenclatura Combinada («NC») estabelecida no Regulamento (CEE) n.o 2658/87 do Conselho (9) e das disposições em matéria de armazenamento estabelecidas no Regulamento de Execução (UE) 2023/1070 deve ser utilizada para fornecer informações sobre as mercadorias importadas enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956. |
(22) |
O presente regulamento respeita os direitos fundamentais e observa os princípios reconhecidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, nomeadamente o direito à proteção dos dados pessoais. Os dados pessoais dos operadores económicos e de outras pessoas tratados pelos sistemas eletrónicos devem limitar-se ao conjunto de dados estabelecido no anexo I do presente regulamento. Quando, para efeitos do regulamento de execução, seja necessário o tratamento de dados pessoais, este deve ser efetuado em conformidade com a legislação da União aplicável à proteção dos dados pessoais. A este respeito, qualquer tratamento de dados pessoais pelas autoridades dos Estados-Membros deve estar sujeito ao Regulamento (UE) 2016/679 e aos requisitos nacionais em matéria de proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais. Qualquer tratamento de dados pessoais pela Comissão deve estar sujeito ao disposto no Regulamento (UE) 2018/1725. Os dados pessoais devem ser conservados de uma forma que permita a identificação dos titulares dos dados apenas por um período não superior ao necessário para as finalidades para as quais são tratados. A este respeito, o período de conservação dos dados no Registo Transitório CBAM deve ser limitado a cinco anos a contar da receção do relatório CBAM. |
(23) |
A Autoridade Europeia para a Proteção de Dados foi consultada em conformidade com o disposto no artigo 42.o, n.o 1, do Regulamento (UE) 2018/1725 e emitiu um parecer em 28 de julho de 2023. |
(24) |
Uma vez que o primeiro período abrangido pelo relatório tem início em 1 de outubro de 2023, o presente regulamento deve entrar em vigor com caráter de urgência. |
(25) |
As medidas previstas no presente regulamento estão em conformidade com o parecer do Comité CBAM, |
ADOTARAM O PRESENTE REGULAMENTO:
CAPÍTULO I
OBJETO E DEFINIÇÕES
Artigo 1.o
Objeto
O presente regulamento estabelece as regras relativas às obrigações de comunicação de informações previstas no artigo 35.o do Regulamento (UE) 2023/956 no que respeita às mercadorias enumeradas no anexo I desse regulamento importadas para o território aduaneiro da União durante o período transitório compreendido entre 1 de outubro de 2023 e 31 de dezembro de 2025 («período transitório»).
Artigo 2.o
Definições
Para efeitos do presente regulamento, entende-se por:
1) |
«Declarante notificante», qualquer uma das seguintes pessoas:
|
2) |
«Desconto», qualquer montante que reduza o montante devido ou pago por uma pessoa responsável pelo pagamento de um preço do carbono, antes ou depois do seu pagamento, sob forma monetária ou sob qualquer outra forma. |
CAPÍTULO II
DIREITOS E OBRIGAÇÕES DOS DECLARANTES NOTIFICANTES RELACIONADOS COM A COMUNICAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Artigo 3.o
Obrigações de comunicação de informações dos declarantes notificantes
1. Cada declarante notificante deve fornecer, com base nos dados que o operador pode comunicar, tal como previsto no anexo III do presente regulamento, as seguintes informações relativas às mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956 importadas durante o trimestre a que se refere o relatório CBAM:
a) |
A quantidade das mercadorias importadas, expressa em megawatt-hora para a eletricidade e em toneladas para as outras mercadorias; |
b) |
O tipo de mercadorias identificadas pelo respetivo código NC. |
2. Cada declarante notificante deve fornecer as seguintes informações relativas às emissões incorporadas das mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956, tal como enunciadas no anexo I do presente regulamento, nos relatórios CBAM:
a) |
O país de origem das mercadorias importadas; |
b) |
A instalação onde as mercadorias foram produzidas, identificada pelos seguintes dados:
|
c) |
As vias de produção utilizadas, definidas no anexo II, secção 3, do presente regulamento, que devem refletir a tecnologia utilizada para a produção dos bens, e informações sobre os parâmetros específicos que qualificam a via de produção escolhida indicada, tal como definido na secção 2 do anexo IV, para determinar as emissões diretas incorporadas; |
d) |
As emissões específicas incorporadas diretas das mercadorias, que devem ser determinadas convertendo as emissões diretas atribuídas dos processos de produção em emissões específicas das mercadorias, expressas em equivalente CO2e por tonelada, em conformidade com o anexo III, secções F e G, do presente regulamento; |
e) |
Os requisitos de comunicação de informações que tenham um efeito nas emissões incorporadas das mercadorias a que se refere o anexo IV, secção 2, do presente regulamento; |
f) |
Para a eletricidade como mercadoria importada, o declarante notificante deve comunicar as seguintes informações:
|
g) |
Para os produtos siderúrgicos, o número de identificação da aciaria específica onde foi produzido um determinado lote de matérias-primas, quando conhecido. |
3. Para as emissões específicas incorporadas indiretas, cada declarante notificante deve comunicar as seguintes informações, tal como enumeradas no anexo I do presente regulamento, nos relatórios CBAM:
a) |
O consumo de eletricidade, expresso em megawatt-hora, do processo de produção por tonelada das mercadorias produzidas; |
b) |
Especificar se o declarante comunica as emissões reais ou os valores predefinidos disponibilizados e publicados pela Comissão para o período de transição, em conformidade com o anexo III, secção D, do presente regulamento; |
c) |
O fator de emissão correspondente da eletricidade consumida; |
d) |
A quantidade de emissões específicas incorporadas indiretas, que deve ser determinada convertendo as emissões indiretas incorporadas atribuídas dos processos de produção em emissões indiretas específicas das mercadorias, expressas em equivalente CO2e por tonelada, em conformidade com o anexo III, secções F e G, do presente regulamento. |
4. Se as regras para a determinação dos dados forem diferentes das indicadas no anexo III do presente regulamento, o declarante notificante deve fornecer informações adicionais e uma descrição relativas à base metodológica das regras utilizadas para determinar as emissões incorporadas. As regras descritas devem conduzir a uma cobertura e exatidão semelhantes dos dados relativos às emissões, incluindo os limites dos sistemas, os processos de produção monitorizados, os fatores de emissão e outros métodos utilizados para os cálculos e a comunicação de informações.
5. Para efeitos da comunicação de informações, o declarante notificante pode solicitar que o operador utilize um modelo eletrónico fornecido pela Comissão e forneça o conteúdo da comunicação no anexo IV, secções 1 e 2.
Artigo 4.o
Cálculo das emissões incorporadas
1. Para efeitos do artigo 3.o, n.o 2, as emissões específicas incorporadas das mercadorias produzidas numa instalação devem ser determinadas utilizando um dos seguintes métodos, que se baseiam na escolha da metodologia de monitorização determinada em conformidade com o anexo III, secção B.2, do presente regulamento, que consiste em:
a) |
Determinar as emissões de fluxos-fonte com base em dados da atividade obtidos por meio de sistemas de medição e em fatores de cálculo obtidos a partir de análises laboratoriais ou de valores normalizados; |
b) |
Determinar as emissões das fontes de emissão por meio de medições contínuas da concentração dos gases com efeito de estufa pertinentes no gás de combustão e do fluxo do gás de combustão. |
2. Em derrogação do n.o 1, até 31 de dezembro de 2024, as emissões específicas incorporadas das mercadorias produzidas numa instalação podem ser determinadas utilizando um dos seguintes métodos de monitorização e comunicação de informações, se conduzirem a uma cobertura e exatidão semelhantes dos dados relativos às emissões em comparação com os métodos enumerados nesse número:
a) |
Um regime de fixação do preço do carbono onde a instalação está localizada; ou |
b) |
Um regime obrigatório de monitorização das emissões onde a instalação está localizada; ou |
c) |
Um regime de monitorização das emissões na instalação, que pode incluir a verificação por um verificador acreditado. |
3. Em derrogação dos n.os 1 e 2, até 31 de julho de 2024, para cada importação de mercadorias relativamente à qual o declarante notificante não disponha de todas as informações enumeradas no artigo 3.o, n.os 2 e 3, o declarante notificante pode utilizar outros métodos para determinar as emissões, nomeadamente os valores predefinidos disponibilizados e publicados pela Comissão para o período transitório ou quaisquer outros valores por defeito especificados no anexo III. Nesses casos, o declarante notificante deve indicar e fazer referência nos relatórios CBAM à metodologia utilizada para estabelecer esses valores.
Artigo 5.o
Utilização de valores estimados
Em derrogação do artigo 4.o, até 20 % do total das emissões incorporadas de mercadorias complexas podem basear-se em estimativas disponibilizadas pelos operadores das instalações.
Artigo 6.o
Recolha de dados e comunicação de informações sobre o aperfeiçoamento ativo
1. Para as mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo e posteriormente introduzidas em livre prática quer como as mesmas mercadorias quer como produtos transformados, o declarante notificante deve apresentar nos relatórios CBAM, relativamente ao trimestre seguinte ao trimestre em que ocorreu o apuramento do regime aduaneiro em conformidade com o artigo 257.o do Regulamento (UE) n.o 952/2013, as seguintes informações:
a) |
As quantidades de mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956 que tenham sido introduzidas em livre prática na sequência do aperfeiçoamento ativo durante esse período; |
b) |
As emissões incorporadas correspondentes às quantidades de mercadorias referidas na alínea a) que tenham sido introduzidas em livre prática na sequência do aperfeiçoamento ativo durante esse período; |
c) |
O país de origem das mercadorias referidas na alínea a), quando conhecido; |
d) |
As instalações onde as mercadorias referidas na alínea a) foram produzidas, quando conhecidas; |
e) |
As quantidades de mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956 sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo de que resultaram produtos transformados que foram introduzidos em livre prática durante esse período; |
f) |
As emissões incorporadas correspondentes às mercadorias que foram utilizadas para produzir as quantidades de produtos transformados a que se refere a alínea e); |
g) |
Em caso de dispensa da relação de apuramento concedida pelas autoridades aduaneiras em conformidade com o artigo 175.o do Regulamento Delegado (UE) 2015/2446 do Comissão (11), o declarante notificante deve apresentar a dispensa. |
2. A comunicação e o cálculo das emissões incorporadas a que se refere o n.o 1, alíneas b) e f), devem ser efetuados em conformidade com os artigos 3.o, 4.° e 5.°.
3. Em derrogação do n.o 2, quando os produtos transformados ou as mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo são introduzidos em livre prática em conformidade com o artigo 170.o, n.o 1, do Regulamento Delegado (UE) 2015/2446, as emissões incorporadas a que se refere o n.o 1, alíneas b) e f), devem ser calculadas com base na média ponderada das emissões incorporadas da totalidade das mercadorias da mesma categoria de mercadorias CBAM, tal como definida no anexo II do presente regulamento, sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo a partir de 1 de outubro de 2023.
As emissões incorporadas a que se refere o primeiro parágrafo são calculadas do seguinte modo:
a) |
As emissões incorporadas do n.o 2, alínea b), são o total das emissões incorporadas das mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo importadas; e |
b) |
As emissões incorporadas do n.o 2, alínea f), são o total das emissões incorporadas das mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo que foram utilizadas numa ou mais operações de aperfeiçoamento, multiplicado pela percentagem das quantidades de produtos transformados obtidos a partir dessas mercadorias importadas. |
Artigo 7.o
Comunicação de informações relativas ao preço do carbono devido
1. Se for caso disso, o declarante notificante deve fornecer nos relatórios CBAM as seguintes informações relativas ao preço do carbono devido num país de origem pelas emissões incorporadas:
a) |
O tipo de produto indicado pelo código NC; |
b) |
O tipo de preço do carbono; |
c) |
O país onde é devido um preço do carbono; |
d) |
A forma do desconto ou qualquer outra forma de compensação disponível nesse país que teria resultado numa redução do preço do carbono; |
e) |
O montante do preço do carbono devido, uma descrição do instrumento de fixação do preço do carbono e eventuais mecanismos de compensação; |
f) |
A indicação da disposição do ato jurídico que prevê o preço do carbono, o desconto ou outras formas de compensação pertinentes, incluindo uma cópia do ato jurídico; |
g) |
A quantidade de emissões diretas ou indiretas incorporadas abrangidas; |
h) |
A quantidade de emissões incorporadas abrangidas por qualquer desconto ou outra forma de compensação, nomeadamente licenças de emissão a título gratuito, se aplicável. |
2. Os montantes monetários referidos no n.o 1, alínea e), serão convertidos em euros com base nas taxas de câmbio médias do ano anterior ao ano em que o relatório é devido. As taxas de câmbio médias anuais baseiam-se nas cotações publicadas pelo Banco Central Europeu. Para as moedas em relação às quais o Banco Central Europeu não publica uma cotação, as taxas de câmbio médias anuais devem basear-se em informações publicamente disponíveis sobre as taxas de câmbio efetivas. As taxas de câmbio médias anuais são fornecidas pela Comissão no Registo Transitório CBAM.
Artigo 8.o
Apresentação dos relatórios CBAM
1. Para cada trimestre, de 1 de outubro de 2023 a 31 de dezembro de 2025, o declarante notificante deve apresentar os relatórios CBAM no Registo Transitório CBAM o mais tardar um mês após o final desse trimestre.
2. No Registo Transitório CBAM, o declarante notificante deve fornecer informações e indicar se:
a) |
O relatório CBAM é apresentado por um importador em nome próprio e por conta própria; |
b) |
O relatório CBAM é apresentado por um representante aduaneiro indireto por conta de um importador. |
3. Se um representante aduaneiro indireto não concordar em cumprir as obrigações de comunicação de informações que incumbem ao importador por força do presente regulamento, o representante aduaneiro indireto deve notificar o importador da obrigação de cumprir o presente regulamento. A notificação deve incluir as informações referidas no artigo 33.o, n.o 1, do Regulamento (UE) 2023/956.
4. Os relatórios CBAM devem incluir as informações constantes do anexo I do presente regulamento.
5. Uma vez apresentado no Registo Transitório CBAM, é atribuído ao relatório CBAM um identificador único do relatório.
Artigo 9.o
Alteração e correção dos relatórios CBAM
1. O declarante notificante pode alterar um relatório CBAM já apresentado até dois meses após o final do trimestre abrangido pelo relatório em causa.
2. Em derrogação do n.o 1, um declarante notificante pode alterar os relatórios CBAM relativos aos dois primeiros períodos abrangidos pelo relatório até ao prazo de apresentação do terceiro relatório CBAM.
3. Mediante pedido fundamentado do declarante notificante, a autoridade competente deve avaliar esse pedido e, se for caso disso, permitir que o declarante notificante volte a apresentar um relatório CBAM ou o corrija após o prazo referido nos n.os 1 e 2 e no prazo de um ano a contar do final do trimestre abrangido pelo relatório em causa. A reapresentação do relatório CBAM corrigido ou da correção, consoante o caso, deve ser efetuada o mais tardar um mês após a aprovação pela autoridade competente.
4. As autoridades competentes devem fundamentar a recusa do pedido previsto no n.o 3 e informar o declarante notificante dos direitos de recurso.
5. Um relatório CBAM que aguarde a resolução de um litígio não pode ser alterado. Pode ser substituído para ter em conta o resultado desse litígio.
CAPÍTULO III
ADMINISTRAÇÃO RELATIVA À COMUNICAÇÃO DE INFORMAÇÕES CBAM
Artigo 10.o
Registo Transitório CBAM
1. O Registo Transitório CBAM é uma base de dados eletrónica normalizada e segura que contém elementos de dados comuns para a comunicação de informações durante o período transitório e para a concessão de acesso, o tratamento de processos e a confidencialidade.
2. O Registo Transitório CBAM deve permitir a comunicação, a verificação e o intercâmbio de informações entre a Comissão, as autoridades competentes, as autoridades aduaneiras e os declarantes notificantes, em conformidade com o capítulo V.
Artigo 11.o
Verificação dos relatórios CBAM e utilização de informações pela Comissão
1. A Comissão pode proceder à verificação dos relatórios CBAM para avaliar o cumprimento das obrigações de comunicação dos declarantes notificantes no período transitório e até três meses após a apresentação do último relatório CBAM.
2. A Comissão utiliza o Registo Transitório CBAM e as informações nele contidas para desempenhar as funções previstas no presente regulamento e no Regulamento (UE) 2023/956.
Artigo 12.o
Avaliação indicativa pela Comissão
1. A título indicativo, a Comissão comunica aos Estados-Membros uma lista dos declarantes notificantes estabelecidos no Estado-Membro que a Comissão tem razões para crer que não cumpriram a obrigação de apresentação de um relatório CBAM.
2. Se a Comissão considerar que um relatório CBAM não contém todas as informações exigidas nos artigos 3.o a 7.° ou considerar que um relatório está incompleto ou incorreto em conformidade com o artigo 13.o, a Comissão comunica a avaliação indicativa relativa a esse relatório CBAM à autoridade competente do Estado-Membro onde o declarante notificante está estabelecido.
Artigo 13.o
Relatórios CBAM incompletos ou incorretos
1. Um relatório CBAM é considerado incompleto se a comunicação do declarante notificante não estiver em conformidade com o anexo I do presente regulamento.
2. Um relatório CBAM é considerado incorreto em qualquer dos seguintes casos:
a) |
Os dados ou as informações constantes do relatório apresentado não cumprem os requisitos estabelecidos nos artigos 3.o a 7.° e no anexo III do presente regulamento; |
b) |
O declarante notificante apresentou dados e informações incorretos; |
c) |
Se o declarante notificante não apresentar uma justificação adequada para a utilização de regras de comunicação de informações diferentes das enumeradas no anexo III do presente regulamento. |
Artigo 14.o
Avaliação dos relatórios CBAM e utilização das informações pelas autoridades competentes
1. A autoridade competente do Estado-Membro de estabelecimento do declarante notificante deve iniciar o exame e avaliar os dados, as informações, a lista dos declarantes notificantes comunicados pela Comissão e a avaliação indicativa a que se refere o artigo 12.o no prazo de três meses a contar da comunicação dessa lista ou avaliação indicativa.
2. As autoridades competentes devem utilizar o Registo Transitório CBAM, bem como as informações nele contidas, para desempenhar as funções previstas no presente regulamento e no Regulamento (UE) 2023/956.
3. Durante o período transitório ou posteriormente, as autoridades competentes podem dar início ao procedimento de correção relativamente a qualquer um dos seguintes aspetos:
a) |
Relatórios CBAM incompletos ou incorretos; |
b) |
Não apresentação de um relatório CBAM. |
4. Se a autoridade competente iniciar o procedimento de correção, o declarante notificante deve ser notificado de que o relatório está a ser objeto de exame e de que são necessárias informações adicionais. O pedido de informações adicionais efetuado pela autoridade competente deve incluir as informações exigidas nos artigos 3.o a 7.°. O declarante notificante deve apresentar as informações adicionais através do Registo Transitório CBAM.
5. A autoridade competente, ou qualquer outra autoridade designada pela autoridade competente, deve conceder a autorização de acesso ao Registo Transitório CBAM e gerir o registo a nível nacional, tendo em conta o número EORI, em conformidade com as disposições técnicas estabelecidas no artigo 20.o.
Artigo 15.o
Confidencialidade
1. Todas as decisões das autoridades competentes e todas as informações obtidas pela autoridade competente no exercício das respetivas competências relacionadas com a comunicação de informações ao abrigo do presente regulamento, que sejam confidenciais ou prestadas a título confidencial, estão cobertas pela obrigação de sigilo profissional. Essas informações não devem ser divulgadas pelas autoridades competentes sem autorização expressa da pessoa ou da autoridade que as forneceu.
Em derrogação do primeiro parágrafo, essas informações podem ser divulgadas sem autorização sempre que o presente regulamento o preveja e a autoridade competente seja obrigada ou autorizada a divulgá-las por força do direito da União ou do direito nacional.
2. As autoridades competentes podem comunicar às autoridades aduaneiras da União as informações confidenciais a que se refere o n.o 1.
3. Qualquer divulgação ou comunicação de informações a que se referem os n.os 1 e 2 deve ser efetuada em conformidade com as disposições aplicáveis em matéria de proteção de dados.
CAPÍTULO IV
EXECUÇÃO
Artigo 16.o
Sanções
1. Os Estados-Membros devem aplicar sanções nos seguintes casos:
a) |
Se o declarante notificante não tiver tomado as medidas necessárias para cumprir a obrigação de apresentação de um relatório CBAM; ou |
b) |
Se o relatório CBAM estiver incorreto ou incompleto, em conformidade com o artigo 13.o, e o declarante notificante não tiver tomado as medidas necessárias para corrigir o relatório CBAM caso a autoridade competente tenha iniciado o procedimento de correção em conformidade com o artigo 14.o, n.o 4. |
2. O montante da sanção deve situar-se entre 10 EUR e 50 EUR por tonelada de emissões não comunicadas. A sanção deve aumentar em função do índice europeu de preços no consumidor.
3. Ao determinar o montante efetivo de uma sanção, para as emissões não comunicadas calculadas com base nos valores predefinidos disponibilizados e publicados pela Comissão para o período transitório, as autoridades competentes devem ter em conta os seguintes fatores:
a) |
A extensão das informações não comunicadas; |
b) |
As quantidades não comunicadas de mercadorias importadas e as emissões não comunicadas relacionadas com essas mercadorias; |
c) |
A prontidão do declarante notificante para dar cumprimento aos pedidos de informação ou corrigir o relatório CBAM; |
d) |
O comportamento intencional ou negligente do declarante notificante; |
e) |
O comportamento anterior do declarante notificante no que respeita ao cumprimento das obrigações de comunicação de informações; |
f) |
O nível de cooperação do declarante notificante para pôr termo à infração; |
g) |
Se o declarante notificante tomou voluntariamente medidas para garantir que infrações semelhantes não voltem a ser cometidas no futuro. |
4. Devem ser aplicadas sanções mais elevadas se tiverem sido apresentados de forma sucessiva mais de dois relatórios incompletos ou incorretos, na aceção do artigo 13.o, ou se a duração da não comunicação for superior a seis meses.
CAPÍTULO V
ELEMENTOS TÉCNICOS RELATIVOS AO REGISTO TRANSITÓRIO CBAM
SECÇÃO 1
Introdução
Artigo 17.o
Sistema de âmbito central
1. O Registo Transitório CBAM deve ser interoperável com:
a) |
O sistema de Gestão Uniforme dos Utilizadores e Assinatura Digital (UUM &DS) para efeitos de registo e gestão do acesso dos utilizadores para a Comissão, os Estados-Membros e os declarantes notificantes, tal como referido no artigo 16.o do Regulamento de Execução (UE) 2023/1070; |
b) |
O Registo e Identificação dos Operadores Económicos (EORI) para efeitos de validação e extração das informações sobre a identidade do operador económico, tal como referido no artigo 30.o do Regulamento de Execução (UE) 2023/1070, para os dados estabelecidos no anexo V do presente regulamento; |
c) |
O sistema Vigilância para efeitos de extração de informações sobre declarações aduaneiras de importação relativamente às mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956 para as verificações dos relatórios CBAM e da conformidade, desenvolvido através do Vigilância 3 no âmbito do CAU (SURV3), tal como referido no artigo 99.o do Regulamento de Execução (UE) 2023/1070. |
d) |
O sistema TARIC, tal como referido no Regulamento (CEE) n.o 2658/87. |
2. O Registo Transitório CBAM deve ser interoperável com os sistemas descentralizados desenvolvidos ou atualizados através da Decisão de Execução (UE) 2019/2151, a fim de obter informações sobre as declarações aduaneiras de importação para as mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956, tal como especificado nos anexos VI e VII do presente regulamento, e para verificar os relatórios CBAM e garantir a conformidade dos declarantes notificantes quando essas informações não estiverem disponíveis no sistema SURV3.
Artigo 18.o
Pontos de contacto para os sistemas eletrónicos
A Comissão e os Estados-Membros designam pontos de contacto para cada um dos sistemas eletrónicos referidos no artigo 17.o do presente regulamento, para efeitos de intercâmbio de informações, a fim de assegurar o desenvolvimento, a gestão e a manutenção coordenados desses sistemas eletrónicos.
A Comissão e os Estados-Membros comunicam-se mutuamente os dados destes pontos de contacto e informam-se mutuamente, de imediato, sobre quaisquer alterações desses dados.
SECÇÃO 2
Registo Transitório CBAM
Artigo 19.o
Estrutura do Registo Transitório CBAM
O Registo Transitório CBAM é composto pelos seguintes componentes comuns («componentes comuns»):
a) |
O Portal dos Operadores CBAM (PO CBAM); |
b) |
O Portal das Autoridades Competentes do CBAM (PAC CBAM), com dois espaços separados:
|
c) |
A Gestão de Acessos de Utilizadores do Registo CBAM; |
d) |
Os Serviços de Retaguarda do Registo CBAM (SR CBAM); |
e) |
A página pública do CBAM no sítio Web Europa. |
Artigo 20.o
Termos de colaboração no Registo Transitório CBAM
1. A Comissão propõe os termos de colaboração, o acordo de nível de serviço e o plano de segurança, para efeitos de acordo com as autoridades competentes. A Comissão gere o Registo Transitório CBAM em conformidade com os termos acordados.
2. O Registo Transitório CBAM deve ser utilizado no que diz respeito aos relatórios CBAM e aos registos das declarações de importação a que esses relatórios se referem.
Artigo 21.o
Gestão de Acessos de Utilizadores do Registo CBAM
1. A autenticação e a verificação do acesso do declarante notificante relativamente às mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956, para efeitos de acesso aos componentes do registo CBAM, é efetuada utilizando o sistema UUM&DS, tal como referido no artigo 17.o, n.o 1, alínea a).
2. A Comissão presta os serviços de autenticação que permitem aos utilizadores do Registo Transitório CBAM aceder de forma segura a esse registo.
3. A Comissão utiliza o sistema UUM&DS para conceder autorização de acesso ao Registo Transitório CBAM ao seu pessoal e para fornecer as delegações que permitem às autoridades competentes emitir as suas autorizações.
4. As autoridades competentes utilizam o sistema UUM&DS para conceder autorização de acesso ao Registo Transitório CBAM ao seu pessoal e aos declarantes notificantes estabelecidos no seu Estado-Membro.
5. Uma autoridade competente pode optar por utilizar um sistema de gestão da identidade e do acesso criado no seu Estado-Membro nos termos do artigo 26.o do presente regulamento (sistema eIDAS aduaneiro nacional) para fornecer as credenciais necessárias para aceder ao Registo Transitório CBAM.
Artigo 22.o
Portal dos Operadores CBAM
1. O Portal dos Operadores CBAM é o ponto de entrada único do Registo Transitório CBAM para os declarantes notificantes. O portal deve ser acessível a partir da Internet.
2. O Portal dos Operadores CBAM é interoperável com os Serviços de Retaguarda do Registo CBAM.
3. O Portal dos Operadores CBAM é utilizado pelo declarante notificante para:
a) |
Apresentar os relatórios CBAM através de uma interface Web ou de uma interface sistema a sistema; e |
b) |
Receber notificações relacionadas com as suas obrigações de conformidade com o CBAM. |
4. O Portal dos Operadores CBAM deve dispor de recursos que permitam aos declarantes notificantes armazenar informações sobre as instalações de países terceiros e as emissões incorporadas para posterior reutilização.
5. O acesso ao Portal dos Operadores CBAM deve ser gerido exclusivamente pela Gestão de Acessos do Registo CBAM a que se refere o artigo 26.o.
Artigo 23.o
Portal das Autoridades Competentes do CBAM (PAC CBAM) Secção para as Autoridades Nacionais Competentes do CBAM (PAC/N CBAM)
1. O Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para as Autoridades Nacionais Competentes é o ponto de entrada único do Registo Transitório CBAM para as autoridades competentes. O portal deve ser acessível a partir da Internet.
2. O Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para as Autoridades Nacionais Competentes é interoperável com os Serviços de Retaguarda do Registo CBAM através da rede interna da Comissão.
3. O Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para as Autoridades Nacionais Competentes é utilizado pelas autoridades competentes para desempenhar as funções previstas no presente regulamento e no Regulamento (UE) 2023/956.
4. O acesso ao ao Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para as Autoridades Nacionais Competentes deve ser gerido exclusivamente pela Gestão de Acessos do Registo CBAM a que se refere o artigo 26.o.
Artigo 24.o
Portal das Autoridades Competentes do CBAM (PAC CBAM) Secção para a Comissão (PAC/C CBAM)
1. O Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para a Comissão é o ponto de entrada único do Registo Transitório CBAM para a Comissão. O portal deve estar acessível na rede interna da Comissão e na Internet.
2. O Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para a Comissão é interoperável com os Serviços de Retaguarda do Registo CBAM através da rede interna da Comissão.
3. O Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para a Comissão é utilizado pela Comissão para desempenhar as funções previstas no presente regulamento e no Regulamento (UE) 2023/956.
4. O acesso ao ao Portal das Autoridades Competentes do CBAM — Secção para a Comissão deve ser gerido exclusivamente pela Gestão de Acessos do Registo CBAM a que se refere o artigo 26.o.
Artigo 25.o
Serviços de Retaguarda do Registo CBAM
1. Os Serviços de Retaguarda do Registo CBAM devem servir todos os pedidos apresentados:
a) |
Pelos declarantes notificantes através do Portal dos Operadores CBAM; |
b) |
Pelas autoridades competentes através da Secção N do Portal das Autoridades Competentes CBAM; |
c) |
Pela Comissão através da Secção C do Portal das Autoridades Competentes CBAM. |
2. Os Serviços de Retaguarda do Registo CBAM devem armazenar centralmente e gerir todas as informações confiadas ao Registo Transitório CBAM. Devem garantir a persistência, integridade e coerência dessas informações.
3. Os Serviços de Retaguarda do Registo CBAM devem ser geridos pela Comissão.
4. O acesso aos Serviços de Retaguarda do Registo CBAM deve ser gerido exclusivamente pela Gestão de Acessos do Registo CBAM a que se refere o artigo 26.o.
Artigo 26.o
Sistema de gestão do acesso
A Comissão cria o sistema de gestão do acesso para validar os pedidos de acesso enviados pelos declarantes notificantes e por outras pessoas dentro do sistema UUM&DS a que se refere o artigo 17.o, n.o 1, alínea a), estabelecendo a ligação entre os sistemas de gestão de identidade dos Estados-Membros e o sistema de gestão de identidade e de acesso da UE nos termos do artigo 27.o.
Artigo 27.o
Sistema de gestão da administração
A Comissão cria o sistema de gestão da administração para gerir as regras de autenticação e de autorização, os dados de identificação dos declarantes notificantes e de outras pessoas, para efeitos de permitir o acesso aos sistemas eletrónicos.
Artigo 28.o
Sistemas de gestão de identidade e de acesso dos Estados-Membros
Os Estados-Membros criam um sistema de gestão de identidade e de acesso para garantir:
a) |
Um registo e armazenamento seguros dos dados de identificação dos declarantes notificantes e de outras pessoas; |
b) |
Um intercâmbio seguro de dados de identificação assinados e encriptados dos declarantes notificantes e de outras pessoas. |
SECÇÃO 3
Funcionamento dos sistemas eletrónicos e formação para a sua utilização
Artigo 29.o
Desenvolvimento, teste, implementação e gestão dos sistemas eletrónicos
1. Os componentes comuns do Registo Transitório CBAM são desenvolvidos, testados, implementados e geridos pela Comissão e podem ser testados pelos Estados-Membros. A autoridade competente do Estado-Membro de estabelecimento do declarante notificante deve comunicar à Comissão as decisões relativas sanções com os respetivos resultados desse processo, através de sistemas eletrónicos desenvolvidos a nível nacional, associados à execução e às sanções, ou por outros meios.
2. A Comissão concebe e mantém as especificações comuns das interfaces com os componentes dos sistemas eletrónicos desenvolvidos a nível nacional em estreita cooperação com os Estados-Membros.
3. Se for caso disso, as especificações técnicas comuns são definidas pela Comissão em estreita cooperação com os Estados-Membros e sujeitas a exame por estes, tendo em vista a sua implementação em tempo útil. Os Estados-Membros e, se for caso disso, a Comissão participam no desenvolvimento e na implementação dos sistemas. A Comissão e os Estados-Membros colaboram igualmente com os declarantes notificantes e outras partes interessadas.
Artigo 30.o
Manutenção e alterações dos sistemas eletrónicos
1. A Comissão procede à manutenção dos componentes comuns e os Estados-Membros procedem à manutenção dos seus componentes nacionais.
2. A Comissão e os Estados-Membros garantem o funcionamento ininterrupto dos sistemas eletrónicos.
3. A Comissão pode alterar os componentes comuns dos sistemas eletrónicos para corrigir anomalias, acrescentar novas funcionalidades ou alterar as existentes.
4. A Comissão informa os Estados-Membros das alterações e atualizações dos componentes comuns.
5. A Comissão disponibiliza publicamente as informações sobre as alterações e atualizações dos sistemas eletrónicos previstas nos n.os 3 e 4.
Artigo 31.o
Falha temporária dos sistemas eletrónicos
1. Em caso de falha temporária do Registo Transitório CBAM, os declarantes notificantes e outras pessoas apresentam as informações necessárias para cumprir as formalidades exigidas pelos meios determinados pela Comissão, incluindo por outros meios que não técnicas de processamento eletrónico de dados.
2. A Comissão informa os Estados-Membros e os declarantes notificantes sobre a eventual indisponibilidade dos sistemas eletrónicos resultante de uma falha temporária.
3. A Comissão elabora um plano de continuidade das atividades do CBAM a acordar entre os Estados-Membros e a Comissão. Em caso de falha temporária do Registo Transitório CBAM, a Comissão avalia as condições para o ativar.
Artigo 32.o
Apoio à formação sobre a utilização e o funcionamento dos componentes comuns
A Comissão apoia os Estados-Membros na utilização e no funcionamento dos componentes comuns dos sistemas eletrónicos, através do fornecimento de material de formação adequado.
SECÇÃO 4
Proteção de dados, gestão de dados e propriedade e segurança dos sistemas eletrónicos
Artigo 33.o
Proteção dos dados pessoais
1. Os dados pessoais registados no Registo Transitório CBAM e os componentes dos sistemas eletrónicos desenvolvidos a nível nacional devem ser tratados para efeitos de aplicação do Regulamento (UE) 2023/956, tendo em conta os objetivos específicos dessas bases de dados estabelecidos no presente regulamento. Os fins para os quais os dados pessoais podem ser tratados são as seguintes:
a) |
Fins de autenticação e gestão do acesso; |
b) |
Monitorização, controlo e análise dos relatórios CBAM; |
c) |
Comunicações e notificações; |
d) |
Conformidade e processos judiciais; |
e) |
Funcionamento da infraestrutura informática, incluindo a interoperabilidade com os sistemas descentralizados por força do presente regulamento; |
f) |
Estatísticas e análise do funcionamento do Regulamento (UE) 2023/956 e do presente regulamento. |
2. As autoridades nacionais dos Estados-Membros responsáveis pela supervisão no domínio da proteção de dados pessoais e a Autoridade Europeia para a Proteção de Dados cooperam, nos termos do artigo 62.o do Regulamento (UE) 2018/1725, a fim de assegurar a supervisão coordenada do tratamento dos dados pessoais registados no Registo Transitório CBAM e dos componentes dos sistemas eletrónicos desenvolvidos a nível nacional.
3. As disposições do presente artigo não prejudicam o direito de retificação dos dados pessoais em conformidade com o artigo 16.o do Regulamento (UE) 2016/679.
Artigo 34.o
Limitação do acesso aos dados e do tratamento dos dados
1. Os dados registados no Registo Transitório CBAM por um declarante notificante podem ser acedidos ou de outro modo tratados por esse declarante notificante. Podem também ser consultados e tratados pela Comissão e pelas autoridades competentes.
2. Sempre que sejam identificados incidentes e problemas nos processos operacionais para a prestação dos serviços dos sistemas em que a Comissão aja na qualidade de subcontratante, a Comissão pode ter acesso aos dados nesses processos apenas para fins de resolução de um incidente ou problema registado. A Comissão garante a confidencialidade desses dados.
Artigo 35.o
Propriedade do sistema
A Comissão é proprietária do Registo Transitório CBAM.
Artigo 36.o
Segurança do sistema
1. A Comissão garante a segurança do Registo Transitório CBAM.
2. Para esses efeitos, a Comissão e os Estados-Membros tomam as medidas necessárias para:
a) |
Impedir o acesso de pessoas não autorizadas às instalações utilizadas para o tratamento de dados; |
b) |
Impedir a entrada de dados, bem como qualquer consulta, alteração ou supressão de dados por pessoas não autorizadas; |
c) |
Detetar qualquer das atividades referidas nas alíneas a) e b). |
3. A Comissão e os Estados-Membros informam-se mutuamente sobre quaisquer atividades que possam resultar em violação ou suspeita de violação do Registo Transitório CBAM.
4. A Comissão e os Estados-Membros estabelecem planos de segurança para o Registo Transitório CBAM.
Artigo 37.o
Responsável pelo tratamento dos dados do Registo Transitório CBAM
Para o Registo Transitório CBAM e em relação ao tratamento de dados pessoais, a Comissão e os Estados-Membros atuam como responsáveis conjuntos pelo tratamento na aceção do artigo 4.o, ponto 7, do Regulamento (UE) 2016/679 e na aceção do artigo 3.o, ponto 8, do Regulamento (UE) 2018/1725.
Artigo 38.o
Período de conservação dos dados
1. A fim de alcançar os objetivos perseguidos por força do presente regulamento e do Regulamento (UE) 2023/956, nomeadamente o artigo 30.o, o período de conservação dos dados no registo transitório do CBAM é limitado a cinco anos a contar da receção do relatório CBAM.
2. Não obstante o disposto no n.o 1, quando tiver sido interposto recurso ou tiver sido iniciado um processo judicial que envolva dados armazenados no Registo Transitório CBAM, esses dados são conservados até ao termo do processo de recurso ou do processo judicial e só serão utilizados para efeitos do referido recurso ou processo judicial.
Artigo 39.o
Avaliação dos sistemas eletrónicos
A Comissão e os Estados-Membros procedem a avaliações dos componentes por que são responsáveis e analisar, em particular, a segurança e a integridade desses componentes, bem como a confidencialidade dos dados tratados no âmbito desses componentes.
A Comissão e os Estados-Membros informam-se mutuamente dos resultados dessas avaliações.
Artigo 40.o
Entrada em vigor
O presente regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.
O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.
Feito em Bruxelas, em 17 de agosto de 2023.
Pela Comissão
A Presidente
Ursula VON DER LEYEN
(1) JO L 130 de 16.5.2023, p. 52.
(2) Regulamento de Execução (UE) 2018/2066 da Comissão, de 19 de dezembro de 2018, relativo à monitorização e comunicação de informações relativas às emissões de gases com efeito de estufa nos termos da Diretiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho e que altera o Regulamento (UE) n.o 601/2012 da Comissão (JO L 334 de 31.12.2018, p. 1).
(3) Diretiva (UE) 2018/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2018, relativa à promoção da utilização de energia de fontes renováveis (JO L 328 de 21.12.2018, p. 82).
(4) Diretiva 2003/87/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de outubro de 2003, relativa à criação de um sistema de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa na União e que altera a Diretiva 96/61/CE do Conselho (JO L 275 de 25.10.2003, p. 32).
(5) Regulamento (UE) 2018/1725 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de outubro de 2018, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais pelas instituições e pelos órgãos e organismos da União e à livre circulação desses dados, e que revoga o Regulamento (CE) n.o 45/2001 e a Decisão n.o 1247/2002/CE (Regulamento da UE sobre Proteção de Dados) (JO L 295 de 21.11.2018, p. 39).
(6) Regulamento (UE) 2016/679 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de abril de 2016, relativo à proteção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais e à livre circulação desses dados e que revoga a Diretiva 95/46/CE (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados) (JO L 119 de 4.5.2016, p. 1).
(7) Regulamento de Execução (UE) 2023/1070 da Comissão, de 1 de junho de 2023, relativo a disposições técnicas para desenvolver, manter e utilizar sistemas eletrónicos para o intercâmbio e armazenamento de informações no âmbito do Regulamento (UE) n.o 952/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho (JO L 143 de 2.6.2023, p. 65).
(8) Decisão de Execução (UE) 2019/2151 da Comissão, de 13 de dezembro de 2019, que estabelece o programa de trabalho para o desenvolvimento e a implementação dos sistemas eletrónicos previstos no Código Aduaneiro da União (JO L 325 de 16.12.2019, p. 168).
(9) Regulamento (CEE) n.o 2658/87 do Conselho, de 23 de julho de 1987, relativo à nomenclatura pautal e estatística e à pauta aduaneira comum (TARIC) (JO L 256 de 7.9.1987, p. 1).
(10) Regulamento (UE) n.o 952/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de outubro de 2013, que estabelece o Código Aduaneiro da União (JO L 269 de 10.10.2013, p. 1).
(11) Regulamento Delegado (UE) 2015/2446 da Comissão, de 28 de julho de 2015, que completa o Regulamento (UE) n.o 952/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, com regras pormenorizadas relativamente a determinadas disposições do Código Aduaneiro da União (JO L 343 de 29.12.2015, p. 1).
ANEXO I
Informações a apresentar nos relatórios CBAM
Aquando da apresentação do relatório CBAM, o declarante notificante deve seguir a estrutura do relatório CBAM indicada no quadro 1 do presente anexo e disponibilizada no Registo Transitório do CBAM, bem como incluir as informações pormenorizadas enumeradas no quadro 2 do presente anexo.
Quadro 1
Estrutura do relatório CBAM
Relatório CBAM |
Data de emissão do relatório |
ID do projeto de relatório |
ID do relatório |
Período abrangido pelo relatório |
Ano |
--Declarante notificante |
----Endereço |
--Representante (*1) |
----Endereço |
--Importador (*1) |
----Endereço |
--Autoridade competente |
--Assinaturas |
----Confirmação do relatório |
----Tipo de metodologia de comunicação de informações aplicável |
--Observações |
--Mercadorias importadas abrangidas pelo CBAM |
Número da adição |
----Representante (*1) |
------Endereço |
----Importador (*1) |
------Endereço |
----Código da mercadoria |
Código da subposição do sistema harmonizado |
Código da nomenclatura combinada |
------Dados relativos à mercadoria |
----País de origem |
----Quantidade importada por regime aduaneiro |
------Regime |
--------Informações relativas ao aperfeiçoamento ativo |
------Área de importação |
------Medida relativa às mercadorias (por regime) |
------Medida relativa às mercadorias (aperfeiçoamento ativo) |
------Referências especiais para as mercadorias |
----Medida relativa às mercadorias (importadas) |
----Emissões totais das mercadorias importadas |
----Documentos comprovativos (para as mercadorias) |
------Anexos |
----Observações |
----Emissões das mercadorias CBAM |
Número sequencial das emissões |
País de produção |
------Razão social da instalação |
--------Endereço |
--------Dados de contacto |
------Instalação |
--------Endereço |
------Medida relativa às mercadorias (produzidas) |
------Emissões da instalação |
------Emissões diretas incorporadas |
------Emissões indiretas incorporadas |
------Método de produção e parâmetros de qualificação |
--------Parâmetros de qualificação das emissões diretas |
--------Parâmetros de qualificação das emissões indiretas |
------Documentos comprovativos (para a definição de emissões) |
--------Anexos |
------Preço do carbono devido |
--------Mercadorias abrangidas pelo preço do carbono devido |
----------Medida relativa às mercadorias (abrangidas) |
------Observações |
Quadro 2
Requisitos de informações pormenorizadas no relatório CBAM
Relatório CBAM |
Data de emissão do relatório |
ID do projeto de relatório |
ID do relatório |
Período abrangido pelo relatório |
Ano |
Mercadorias importadas totais |
Emissões totais |
--Declarante notificante |
Número de identificação |
Nome |
Função |
----Endereço |
Estado-Membro de estabelecimento |
Subdivisão |
Cidade |
Rua |
Linha adicional para rua |
Número |
Código postal |
Caixa postal |
--Representante (*2) |
Número de identificação |
Nome |
----Endereço |
Estado-Membro de estabelecimento |
Subdivisão |
Cidade |
Rua |
Linha adicional para rua |
Número |
Código postal |
Caixa postal |
--Importador (*2) |
Número de identificação |
Nome |
----Endereço |
Estado-Membro ou país de estabelecimento |
Subdivisão |
Cidade |
Rua |
Linha adicional para rua |
Número |
Código postal |
Caixa postal |
--Autoridade competente |
Número de referência |
--Assinaturas |
----Confirmação do relatório |
Confirmação dos dados globais do relatório |
Confirmação da utilização de dados |
Data de assinatura |
Local de assinatura |
Assinatura |
Cargo da pessoa que assina |
----Tipo de metodologia de comunicação de informações aplicável |
Outra metodologia de comunicação de informações aplicável |
--Observações |
Informações adicionais |
--Mercadorias importadas abrangidas pelo CBAM |
Número da adição |
----Representante (*2) |
Número de identificação |
Nome |
------Endereço |
Estado-Membro de estabelecimento |
Subdivisão |
Cidade |
Rua |
Linha adicional para rua |
Número |
Código postal |
Caixa postal |
----Importador (*2) |
Número de identificação |
Nome |
------Endereço |
Estado-Membro ou país de estabelecimento |
Subdivisão |
Cidade |
Rua |
Linha adicional para rua |
Número |
Código postal |
Caixa postal |
----Código da mercadoria |
Código da subposição do sistema harmonizado |
Código da nomenclatura combinada |
------Dados relativos à mercadoria |
Designação das mercadorias |
----País de origem |
Código do país |
-----Quantidade importada por regime aduaneiro |
Número sequencial |
------Regime |
Regime solicitado |
Regime anterior |
Informações relativas ao aperfeiçoamento ativo |
Estado-Membro da autorização de aperfeiçoamento ativo |
Dispensa de aperfeiçoamento ativo para relação de apuramento |
Autorização |
Início do período de globalização |
Fim do período de globalização |
Prazo para a apresentação da relação de apuramento |
------Área de importação |
Área de importação |
------Medida relativa às mercadorias (por regime) |
Massa líquida |
Unidades suplementares |
Tipo de unidade de medida |
------Medida relativa às mercadorias (aperfeiçoamento ativo) |
Massa líquida |
Unidades suplementares |
Tipo de unidade de medida |
------Referências especiais para as mercadorias |
Informações adicionais |
----Medida relativa às mercadorias (importadas) |
Massa líquida |
Unidades suplementares |
Tipo de unidade de medida |
----Emissões totais das mercadorias importadas |
Emissões das mercadorias por unidade de produto |
Emissões totais das mercadorias |
Emissões diretas das mercadorias |
Emissões indiretas das mercadorias |
Tipo de unidade de medida para as emissões |
----Documentos comprovativos (para as mercadorias) |
Número sequencial |
Tipo |
País de emissão do documento |
Número de referência |
Número da linha da adição no documento |
Designação da entidade emissora |
Data de início de validade |
Data de termo da validade |
Descrição |
------Anexos |
Nome do ficheiro |
Identificador uniforme de recurso (URI) |
Extensões multifunção para mensagens da Internet (MIME) |
Objeto binário incluído |
----Observações |
Informações adicionais |
----Emissões das mercadorias CBAM |
Número sequencial das emissões |
País de produção |
------Razão social da instalação |
ID do operador |
Nome do operador |
--------Endereço |
Código do país |
Subdivisão |
Cidade |
Rua |
Linha adicional para rua |
Número |
Código postal |
Caixa postal |
--------Dados de contacto |
Nome |
Número de telefone |
Endereço eletrónico |
------Instalação |
ID da instalação |
Nome da instalação |
Atividade económica |
--------Endereço |
País de estabelecimento |
Subdivisão |
Cidade |
Rua |
Linha adicional para rua |
Número |
Código postal |
Caixa postal |
Número do lote ou da parcela |
UN/LOCODE |
Latitude |
Longitude |
Tipo de coordenadas |
------Medida relativa às mercadorias (produzidas) |
Massa líquida |
Unidades suplementares |
Tipo de unidade de medida |
------Emissões da instalação |
Emissões totais da instalação |
Emissões diretas da instalação |
Emissões indiretas da instalação |
Tipo de unidade de medida para as emissões |
------Emissões diretas incorporadas |
Tipo de determinação |
Tipo de determinação (eletricidade) |
Tipo de metodologia de comunicação de informações aplicável |
Metodologia de comunicação de informações aplicável |
Emissões incorporadas (diretas) específicas |
Indicação de outra fonte |
Fonte do fator de emissão (para a eletricidade) |
Fator de emissão |
Eletricidade importada |
Emissões incorporadas totais da eletricidade importada |
Tipo de unidade de medida |
Fonte do valor do fator de emissão |
Justificação |
Cumprimento da condicionalidade |
------Emissões indiretas incorporadas |
Tipo de determinação |
Fonte do fator de emissão |
Fator de emissão |
Emissões incorporadas (indiretas) específicas |
Tipo de unidade de medida |
Eletricidade consumida |
Fonte de eletricidade |
Fonte do valor do fator de emissão |
------Método de produção e parâmetros de qualificação |
Número sequencial |
ID do método |
Nome do método |
Número de identificação da aciaria específica |
Informações adicionais |
--------Parâmetros de qualificação das emissões diretas |
Número sequencial |
ID do parâmetro |
Nome do parâmetro |
Descrição |
Tipo de valor dos parâmetros |
Valor dos parâmetros |
Informações adicionais |
--------Parâmetros de qualificação das emissões indiretas |
Número sequencial |
ID do parâmetro |
Nome do parâmetro |
Descrição |
Tipo de valor dos parâmetros |
Valor dos parâmetros |
Informações adicionais |
------Documentos comprovativos (para a definição de emissões) |
Número sequencial |
Tipo de documento sobre as emissões |
País de emissão do documento |
Número de referência |
Número da linha da adição no documento |
Designação da entidade emissora |
Data de início de validade |
Data de termo da validade |
Descrição |
--------Anexos |
Nome do ficheiro |
Identificador uniforme de recurso (URI) |
Extensões multifunção para mensagens da Internet (MIME) |
Objeto binário incluído |
------Preço do carbono devido |
Número sequencial |
Tipo de instrumento |
Descrição e indicação do ato jurídico |
Montante do preço do carbono devido |
Moeda |
Taxa de câmbio |
Montante (EUR) |
Código do país |
-------- Mercadorias abrangidas pelo preço do carbono devido |
Número sequencial |
Tipo de mercadorias abrangidas |
Código NC das mercadorias abrangidas |
Quantidade de emissões abrangidas |
Quantidade abrangida por atribuições gratuitas de licenças, qualquer desconto ou outra forma de compensação |
Informações suplementares |
Informações adicionais |
----------Medida relativa às mercadorias (abrangidas) |
Massa líquida |
Unidades suplementares |
Tipo de unidade de medida |
------Observações |
Número sequencial |
Informações adicionais |
(*1) Nota: Os representantes/importadores devem estar registados ao nível do relatório CBAM ou ao nível das mercadorias importadas abrangidas pelo CBAM, o que dependerá de serem os mesmos representantes/importadores ou outros diferentes a estarem relacionados com as mercadorias CBAM importadas.
(*2) Nota: Os representantes/importadores devem estar registados ao nível do relatório CBAM ou ao nível das mercadorias importadas abrangidas pelo CBAM, o que dependerá de serem os mesmos representantes/importadores ou outros diferentes a estarem relacionados com as mercadorias CBAM importadas.
ANEXO II
Definições e vias de produção para as mercadorias
1. DEFINIÇÕES
Para efeitos do presente anexo e dos anexos III, IV e VIII a IX, entende-se por:
0) |
«Dados da atividade»: a quantidade de combustível ou de matérias consumida ou produzida por um processo pertinente para a metodologia baseada no cálculo, expressa em terajoules, massa em toneladas ou, para os gases, volume em metros cúbicos normais, consoante os casos; |
1) |
«Nível de atividade»: a quantidade de mercadorias produzida (expressa em MWh para a eletricidade ou em toneladas para outras mercadorias) dentro dos limites de um processo de produção; |
2) |
«Período abrangido pelo relatório»: o período que o operador de uma instalação decidiu utilizar como referência para a determinação das emissões incorporadas; |
3) |
«Fluxo-fonte»:
|
4) |
«Fonte de emissões»: uma parte identificável separadamente numa instalação ou um processo no interior de uma instalação, a partir da qual são emitidos gases com efeito de estufa pertinentes; |
5) |
«Incerteza»: um parâmetro associado ao resultado da determinação de uma quantidade, que caracteriza a dispersão dos valores que poderiam razoavelmente ser atribuídos a essa determinada quantidade, incluindo os efeitos de fatores sistemáticos e aleatórios, expresso em percentagem e que descreve um intervalo de confiança próximo do valor médio compreendendo 95 % dos valores inferidos, tendo em conta uma eventual assimetria da distribuição dos valores; |
6) |
«Fatores de cálculo»: o poder calorífico inferior, fator de emissão, fator de emissão preliminar, fator de oxidação, fator de conversão, teor de carbono ou fração de biomassa; |
7) |
«Emissões de combustão»: emissões de gases com efeito de estufa que ocorrem durante a reação exotérmica de um combustível com oxigénio; |
8) |
«Fator de emissão»: a taxa média de emissão de um gás com efeito de estufa no que respeita aos dados da atividade de um fluxo-fonte, pressupondo uma oxidação completa na combustão e uma conversão completa em todas as outras reações químicas; |
9) |
«Fator de oxidação»: o rácio do carbono oxidado em relação ao CO2, em consequência da combustão do carbono total contido no combustível, expresso sob a forma de fração, considerando o monóxido de carbono (CO) emitido para a atmosfera como a quantidade molar equivalente de CO2; |
10) |
«Fator de conversão»: o rácio do carbono emitido como CO2 em relação ao carbono total contido no fluxo-fonte a montante do processo de emissão, expresso sob a forma de fração, considerando o monóxido de carbono (CO) emitido para a atmosfera como a quantidade molar equivalente de CO2; |
11) |
«Exatidão»: grau de concordância entre o resultado de uma medição e o verdadeiro valor de uma dada quantidade ou um valor de referência determinado empiricamente utilizando métodos e materiais de calibração normalizados, internacionalmente aceites e rastreáveis, tendo em conta os fatores tanto aleatórios como sistemáticos; |
12) |
«Calibração»: o conjunto de operações que estabelecem, em condições especificadas, as relações entre os valores indicados por um instrumento de medição ou um sistema de medição, ou os valores representados por uma medida materializada ou uma matéria de referência, e os valores correspondentes de uma quantidade obtidos através de uma norma de referência; |
13) |
«Prudente»: um conjunto de pressupostos definido de forma a evitar qualquer subestimação das emissões anuais ou sobrestimação da produção de calor, eletricidade ou mercadorias; |
14) |
«Biomassa»: a fração biodegradável de produtos, resíduos e detritos de origem biológica provenientes da agricultura, incluindo substâncias de origem vegetal e animal, da silvicultura e de indústrias afins, como a pesca e a aquicultura, bem como a fração biodegradável de resíduos, incluindo resíduos industriais e urbanos de origem biológica; |
15) |
«Resíduos»: quaisquer substâncias ou objetos de que o detentor se desfaz ou tem intenção ou obrigação de se desfazer, com exceção das substâncias que tenham sido intencionalmente modificadas ou contaminadas a fim de corresponder à presente definição; |
16) |
«Detrito»: uma substância que não é o produto ou produtos finais que se procura obter diretamente com um processo de produção; não é o objetivo primário do processo de produção e este não foi deliberadamente modificado para o produzir; |
17) |
«Detritos da agricultura, aquicultura, pescas e silvicultura»: detritos diretamente gerados pela atividade agrícola, aquícola, piscícola e silvícola e não incluem os detritos das indústrias conexas nem da transformação; |
18) |
«Controlo metrológico legal»: o controlo, por parte de uma autoridade pública ou uma entidade reguladora, por razões de interesse público, saúde, ordem e segurança públicas, proteção do ambiente, cobrança de impostos e taxas, defesa dos consumidores e práticas leais de comércio, das funções de medição que se pretenda que um instrumento de medição realize; |
19) |
«Atividades de fluxo de dados»: atividades de aquisição e tratamento de dados necessárias para elaborar um relatório de emissões com base em dados de fontes primárias; |
20) |
«Sistema de medição»: um conjunto completo de instrumentos de medição e de outro equipamento, como equipamento de amostragem e tratamento de dados, utilizado para determinar variáveis como os dados da atividade, o teor de carbono, o poder calorífico ou o fator de emissão das emissões de gases com efeito de estufa; |
21) |
«Poder calorífico inferior» (PCI): a quantidade específica de energia libertada como calor quando um combustível ou matéria é objeto de combustão completa com oxigénio em condições normais, após dedução do calor de vaporização da água que se tenha formado; |
22) |
«Emissões de processo»: emissões de gases com efeito de estufa, excluindo as emissões de combustão, que resultam de reações intencionais e não intencionais entre substâncias ou da sua transformação, para um fim primário que não seja a produção de calor, incluindo as emissões provenientes dos seguintes processos:
|
23) |
«Lote»: uma quantidade de combustível ou matéria com amostragem e caracterização representativas e objeto de uma transferência única ou contínua durante um período específico; |
24) |
«Combustível misto»: combustível que contém biomassa e carbono fóssil; |
25) |
«Matéria mista»: uma matéria que contém biomassa e carbono fóssil; |
26) |
«Fator de emissão preliminar»: o fator de emissão total presumido de um combustível ou matéria, com base no teor de carbono da sua fração de biomassa e da sua fração fóssil antes de o multiplicar pela fração fóssil para obter o fator de emissão; |
27) |
«Fração fóssil»: o rácio de carbono fóssil e inorgânico em relação ao teor total de carbono de um combustível ou matéria, expresso sob a forma de fração; |
28) |
«Fração de biomassa»: o rácio de carbono proveniente da biomassa em relação ao teor de carbono total de um combustível ou matéria, expresso sob a forma de fração; |
29) |
«Medição contínua de emissões»: um conjunto de operações que tem como objetivo determinar o valor de uma quantidade por meio de medições periódicas, aplicando quer medições na chaminé quer processos de extração com um instrumento de medição localizado na proximidade da chaminé, e excluindo as metodologias de medição baseadas na recolha de amostras individuais na chaminé; |
30) |
«CO2 inerente»: o CO2 presente num fluxo-fonte; |
31) |
«Carbono fóssil»: carbono orgânico e inorgânico que não é biomassa; |
32) |
«Ponto de medição»: a fonte de emissões na qual são utilizados sistemas de medição contínua de emissões (CEMS) para fins de medição das emissões, ou a secção de um sistema de condutas no qual o fluxo de CO2 é determinado utilizando sistemas de medição contínua; |
33) |
«Emissões fugitivas»: emissões irregulares ou não intencionais de fontes não localizadas ou demasiado diversas ou pequenas para serem monitorizadas individualmente; |
34) |
«Condições normalizadas»: uma temperatura de 273,15 K e uma pressão de 101 325 Pa, definindo metros cúbicos normais (Nm3); |
35) |
«Valores de substituição»: valores anuais empiricamente fundamentados ou derivados de fontes aceites, que o operador utiliza para substituir um conjunto de dados, a fim de assegurar a comunicação de dados completos quando a metodologia de monitorização aplicável não permite gerar todos os dados ou fatores requeridos; |
36) |
«Calor mensurável»: um fluxo líquido de calor transportado através de condutas identificáveis que utilizem o calor como meio de transferência, tais como, em especial, o vapor, o ar quente, a água, o petróleo, metais líquidos e sais, em relação ao qual foi ou pode ser instalado um contador de calor; |
37) |
«Contador de calor»: um contador de energia térmica ou qualquer outro dispositivo para medir e registar a quantidade de energia térmica produzida com base nos volumes de fluxo e nas temperaturas; |
38) |
«Calor não mensurável»: todo o calor que não o calor mensurável; |
39) |
«Gases residuais»: os gases que contêm carbono parcialmente oxidado no estado gasoso em condições normalizadas, que resulta de qualquer um dos processos enumerados no ponto 22; |
40) |
«Processo de produção»: os processos químicos ou físicos realizados em partes de uma instalação para produzir mercadorias abrangidas por uma categoria agregada de mercadorias definida no quadro 1 da secção 2 do presente anexo, e os respetivos limites do sistema especificados no que respeita às entradas, saídas e emissões correspondentes; |
41) |
«Via de produção»: uma tecnologia específica utilizada num processo de produção para produzir mercadorias abrangidas por uma categoria agregada de mercadorias; |
42) |
«Conjunto de dados»: um tipo de dados, a nível da instalação ou a nível do processo de produção, consoante o caso, nomeadamente qualquer um dos seguintes:
|
43) |
«Requisitos mínimos»: métodos de monitorização que utilizam os esforços mínimos permitidos para determinar os dados, a fim de obter dados de emissões aceitáveis para efeitos do Regulamento (UE) 2023/956; |
44) |
«Melhorias recomendadas»: métodos de monitorização que são meios comprovados para garantir que os dados são mais exatos ou menos propensos a erros do que através da mera aplicação de requisitos mínimos, e que podem ser escolhidos numa base voluntária; |
45) |
«Inexatidão»: uma omissão, deturpação ou erro nos dados comunicados pelo operador, sem considerar a incerteza admissível para as medições e análises laboratoriais; |
46) |
«Inexatidão material»: uma inexatidão que, na opinião do verificador, individualmente ou em conjunto com outras inexatidões, excede o nível de materialidade ou pode afetar o tratamento do relatório do operador pela autoridade competente; |
47) |
«Garantia razoável»: nível de garantia elevado, mas não absoluto, expresso positivamente no parecer de verificação, quanto à presença ou ausência de inexatidões materiais no relatório do operador sujeito a verificação; |
48) |
«Sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação»: os sistemas de monitorização, comunicação e verificação em que a instalação está estabelecida para efeitos de um regime de fixação do preço do carbono, de regimes obrigatórios de monitorização das emissões ou de um regime de monitorização das emissões na instalação, que pode incluir a verificação por um verificador acreditado, em conformidade com o artigo 4.o, n.o 2, do presente regulamento. |
2. MAPEAMENTO DOS CÓDIGOS NC POR CATEGORIAS AGREGADAS DE MERCADORIAS
O quadro 1 do presente anexo define as categorias agregadas de mercadorias para cada código NC enumerado no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956. As categorias em causa são utilizadas para efeitos da definição dos limites do sistema dos processos de produção para a determinação das emissões incorporadas correspondentes às mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956.
Quadro 1
Mapeamento dos códigos NC por categorias agregadas de mercadorias
Código CN |
Categoria agregada de mercadorias |
Gases com efeito de estufa |
||
Cimento |
|
|
||
2507 00 80 – Outras argilas caulínicas |
Argila calcinada |
Dióxido de carbono |
||
2523 10 00 – Cimentos não pulverizados, denominados clinkers |
Cimentos não pulverizados, denominados clinkers |
Dióxido de carbono |
||
2523 21 00 – Cimentos Portland, brancos, mesmo corados artificialmente 2523 29 00 – Outros cimentos Portland 2523 90 00 – Outros cimentos hidráulicos |
Cimento |
Dióxido de carbono |
||
2523 30 00 – Cimentos aluminosos |
Cimentos aluminosos |
Dióxido de carbono |
||
Eletricidade |
|
|
||
2716 00 00 – Energia elétrica |
Eletricidade |
Dióxido de carbono |
||
Adubos (fertilizantes) |
|
|
||
2808 00 00 – Ácido nítrico; ácidos sulfonítricos |
Ácido nítrico |
Dióxido de carbono e óxido nitroso |
||
3102 10 – Ureia, mesmo em solução aquosa |
Ureia |
Dióxido de carbono |
||
2814 – Amoníaco anidro ou em solução aquosa (amónia) |
Amoníaco |
Dióxido de carbono |
||
2834 21 00 – Nitratos de potássio 3102 – Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, azotados (nitrogenados) exceto 3102 10 (Ureia) 3105 – Adubos (fertilizantes) minerais ou químicos, que contenham dois ou três dos seguintes elementos fertilizantes: azoto (nitrogénio), fósforo e potássio; outros adubos (fertilizantes)
|
Adubos (fertilizantes) mistos |
Dióxido de carbono e óxido nitroso |
||
Ferro e aço |
|
|
||
2601 12 00 – Minérios de ferro e seus concentrados, aglomerados, exceto as pirites de ferro ustuladas (cinzas de pirites) |
Minério sinterizado |
Dióxido de carbono |
||
7201 – Gusa e ferro spiegel (especular), em lingotes, linguados ou outras formas primárias Alguns produtos do código 7205 [Granalha e pó de gusa, de ferro spiegel (especular), de ferro ou de aço] podem ser abrangidos aqui |
Gusa |
Dióxido de carbono |
||
7202 1 – Ferromanganês |
FeMn |
Dióxido de carbono |
||
7202 4 – Ferrocrómio |
FeCr |
Dióxido de carbono |
||
7202 6 – Ferroníquel |
FeNi |
Dióxido de carbono |
||
7203 – Produtos ferrosos obtidos por redução direta dos minérios de ferro e outros produtos ferrosos esponjosos |
FRD |
Dióxido de carbono |
||
7206 – Ferro e aço não ligado, em lingotes ou outras formas primárias, exceto o ferro da posição 7203 7207 – Produtos semimanufaturados de ferro ou aço não ligado 7218 – Aço inoxidável em lingotes ou outras formas primárias; produtos semimanufaturados de aço inoxidável 7224 – Outras ligas de aço, em lingotes ou outras formas primárias; produtos semimanufaturados, de outras ligas de aço |
Aço bruto |
Dióxido de carbono |
||
7205 – Granalha e pó de gusa, de ferro spiegel (especular), de ferro ou de aço (se não forem abrangidos pela categoria «gusa») 7208 – Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a quente, não folheados ou chapeados, nem revestidos 7209 – Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a frio, não folheados ou chapeados, nem revestidos 7210 – Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos 7211 – Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura inferior a 600 mm, não folheados ou chapeados, nem revestidos 7212 – Produtos laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura inferior a 600 mm, folheados ou chapeados, ou revestidos 7213 – Fio-máquina de ferro ou aço não ligado 7214 – Barras de ferro ou aço não ligado, simplesmente forjadas, laminadas, estiradas ou extrudidas, a quente, incluídas as que tenham sido submetidas a torção após laminagem 7215 – Outras barras de ferro ou aço não ligado 7216 – Perfis de ferro ou aço não ligado 7217 – Fios de ferro ou aço não ligado 7219 – Produtos laminados planos de aço inoxidável, de largura igual ou superior a 600 mm 7220 – Produtos laminados planos de aço inoxidável, de largura inferior a 600 mm 7221 – Fio-máquina de aço inoxidável 7222 – Barras e perfis, de aço inoxidável 7223 – Fios de aço inoxidável 7225 – Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura igual ou superior a 600 mm 7226 – Produtos laminados planos, de outras ligas de aço, de largura inferior a 600 mm 7227 – Fio-máquina de outras ligas de aço 7228 – Barras e perfis, de outras ligas de aço; Barras ocas para perfuração, de ligas de aço ou de aço não ligado 7229 – Fios de outras ligas de aço 7301 – Estacas-pranchas de ferro ou aço, mesmo perfuradas ou feitas com elementos montados; perfis obtidos por soldadura, de ferro ou aço 7302 – Elementos de vias-férreas, de ferro fundido, ferro ou aço: carris (trilhos), contracarris (contratrilhos) e cremalheiras, agulhas, cróssimas, alavancas para comando de agulhas e outros elementos de cruzamentos e desvios, dormentes, eclisses (talas de junção), coxins de carril (trilho), cantoneiras, placas de apoio ou assentamento, placas de aperto, placas e tirantes de separação e outras peças próprias para a fixação, articulação, apoio ou junção de carris (trilhos) 7303 – Tubos e perfis ocos, de ferro fundido 7304 – Tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço 7305 – Outros tubos (por exemplo: soldados ou rebitados), de secção circular, de diâmetro exterior superior a 406,4 mm, de ferro ou aço 7306 – Outros tubos e perfis ocos (por exemplo: soldados, rebitados, agrafados ou com os bordos simplesmente aproximados), de ferro ou aço 7307 – Acessórios para tubos (por exemplo: uniões, cotovelos, mangas (luvas)), de ferro fundido, ferro ou aço 7308 – Construções e suas partes (por exemplo, pontes e elementos de pontes, comportas, torres, pórticos, pilares, colunas, armações, estruturas para telhados, portas e janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras, portas de correr, balaustradas), de ferro fundido, ferro ou aço, exceto as construções pré-fabricadas da posição 9406 ; chapas, barras, perfis, tubos e semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço, próprios para construções 7309 – Reservatórios, tonéis, cubas e recipientes semelhantes para quaisquer matérias (exceto gases comprimidos ou liquefeitos), de ferro fundido, ferro ou aço, de capacidade superior a 300 l, sem dispositivos mecânicos ou térmicos, mesmo com revestimento interior ou calorífugo 7310 – Reservatórios, barris, tambores, latas, caixas e recipientes semelhantes para quaisquer matérias (exceto gases comprimidos ou liquefeitos), de ferro fundido, ferro ou aço, de capacidade não superior a 300 l, sem dispositivos mecânicos ou térmicos, mesmo com revestimento interior ou calorífugo 7311 – Recipientes para gases comprimidos ou liquefeitos, de ferro fundido, ferro ou aço 7318 – Parafusos, pinos ou pernos, roscados, porcas, tira-fundos, ganchos roscados, rebites, chavetas, contrapinos ou troços, anilhas (arruelas) (incluindo as de pressão) e artigos semelhantes, de ferro fundido, ferro ou aço 7326 – Outras obras de ferro ou aço |
Produtos siderúrgicos |
Dióxido de carbono |
||
Alumínio |
|
|
||
7601 – Alumínio em formas brutas |
Alumínio em formas brutas |
Dióxido de carbono e perfluorocarbonetos |
||
7603 – Pós e escamas, de alumínio 7604 – Barras e perfis, de alumínio 7605 – Fios de alumínio 7606 – Chapas e tiras, de alumínio, de espessura superior a 0,2 mm 7607 – Folhas e tiras, delgadas, de alumínio (mesmo impressas ou com suporte de papel, cartão, plástico ou semelhantes), de espessura não superior a 0,2 mm (excluindo o suporte) 7608 – Tubos de alumínio 7609 00 00 – Acessórios para tubos (por exemplo, uniões, cotovelos, mangas (luvas)), de alumínio 7610 – Construções e suas partes (por exemplo, pontes e elementos de pontes, torres, pórticos ou pilones, pilares, colunas, armações, estruturas para telhados, portas e janelas, e seus caixilhos, alizares e soleiras, balaustradas), de alumínio, exceto as construções pré-fabricadas da posição 9406 ; chapas, barras, perfis, tubos e semelhantes, de alumínio, próprios para construções 7611 00 00 – Reservatórios, tonéis, cubas e recipientes semelhantes para quaisquer matérias (exceto gases comprimidos ou liquefeitos), de alumínio, de capacidade superior a 300 l, sem dispositivos mecânicos ou térmicos, mesmo com revestimento interior ou calorífugo 7612 – Reservatórios, barris, tambores, latas, caixas e recipientes semelhantes (incluindo os recipientes tubulares, rígidos ou flexíveis), para quaisquer matérias (exceto gases comprimidos ou liquefeitos), de alumínio, de capacidade não superior a 300 l, sem dispositivos mecânicos ou térmicos, mesmo com revestimento interior ou calorífugo 7613 00 00 – Recipientes para gases comprimidos ou liquefeitos, de alumínio 7614 – Cordas, cabos, entrançados (tranças) e semelhantes, de alumínio, não isolados para usos elétricos 7616 – Outras obras de alumínio |
Produtos de alumínio |
Dióxido de carbono e perfluorocarbonetos |
||
Produtos químicos |
|
|
||
2804 10 000 – Hidrogénio |
Hidrogénio |
Dióxido de carbono |
3. VIAS DE PRODUÇÃO, LIMITES DO SISTEMA E PRECURSORES RELEVANTES
3.1. Regras transetoriais
Para determinar o nível de atividade (quantidade produzida) das mercadorias, que é utilizado como denominador nas equações 50 e 51 (anexo III, secção F.1), aplicam-se as regras de monitorização previstas no anexo III, secção F.2.
Se forem utilizadas várias vias de produção na mesma instalação para a produção de mercadorias abrangidas pelo mesmo código NC, e se a essas vias de produção forem atribuídos processos de produção separados, as emissões incorporadas das mercadorias em causa devem ser calculadas separadamente para cada via de produção.
Para a monitorização das emissões diretas, todas as fontes de emissões e fluxos-fonte associados ao processo de produção devem ser monitorizados, tendo em conta os requisitos específicos estabelecidos nas secções 3.2 a 3.19 do presente anexo, se for caso disso, e as regras estabelecidas no anexo III.
Em caso de utilização da captura de CO2, aplicam-se as regras previstas no anexo III, secção B.8.2.
Para a monitorização das emissões indiretas, deve determinar-se o consumo total de eletricidade de cada processo de produção, dentro dos limites do sistema definidos em conformidade com as secções 3.2 a 3.19 do presente anexo e de acordo com o anexo III, secção A.4, se for caso disso. O fator de emissão relevante da eletricidade deve ser determinado em conformidade com o anexo III, secção D.2.
Se forem especificados precursores relevantes, os mesmos referem-se às categorias agregadas de mercadorias correspondentes.
3.2. Argila calcinada
3.2.1. Disposições especiais
Às argilas abrangidas pelo código NC 2507 00 80 que não sejam calcinadas são atribuídas emissões incorporadas iguais a zero. Essas argilas devem ser incluídas no relatório CBAM, mas não é necessária a prestação de informações adicionais por parte do produtor da argila. As disposições que se seguem referem-se apenas às argilas abrangidas pelo código NC indicado e que sejam calcinadas.
3.2.2. Via de produção
Para a argila calcinada, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todos os processos direta ou indiretamente ligados aos processos de produção, como a preparação de matérias-primas, a mistura, a secagem e a calcinação, bem como a limpeza de gases de combustão. |
— |
As emissões de CO2 provenientes da queima de combustíveis, bem como as provenientes das matérias-primas, se for caso disso. |
Precursores relevantes: nenhum.
3.3. Cimentos não pulverizados, denominados clinkers
3.3.1. Disposições especiais
Não deve ser feita qualquer distinção entre clinkers cinzentos e brancos.
3.3.2. Via de produção
Para os clinkers, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Calcinação de calcário e de outros carbonatos nas matérias-primas, combustíveis fósseis convencionais para forno, matérias-primas e combustíveis fósseis alternativos para forno, combustíveis de biomassa para forno (como os combustíveis derivados de resíduos), combustíveis não destinados a forno, teor de carbono em formas não carbonatadas de calcário e xistos, ou matérias-primas alternativas, como cinzas volantes utilizadas no cru cimenteiro do forno e matérias-primas utilizadas na limpeza de gases de combustão. |
— |
Aplicam-se as disposições adicionais do anexo III, secção B.9.2. |
Precursores relevantes: nenhum.
3.4. Cimento
3.4.1. Disposições especiais
Nenhuma.
3.4.2. Via de produção
Para o cimento, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todas as emissões de CO2 provenientes da queima de combustíveis, quando relevante para a secagem de materiais. |
Precursores relevantes:
— |
Cimentos não pulverizados, denominados clinkers; |
— |
Argila calcinada, se utilizada no processo. |
3.5. Cimentos aluminosos
3.5.1. Disposições especiais
Nenhuma.
3.5.2. Via de produção
Para os cimentos aluminosos, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todas as emissões de CO2 provenientes da queima de combustíveis direta ou indiretamente ligada ao processo. |
— |
As emissões de processo provenientes dos carbonatos presentes nas matérias-primas, se aplicável, e da limpeza de gases de combustão. |
Precursores relevantes: nenhum.
3.6. Hidrogénio
3.6.1. Disposições especiais
Só deve ser considerada a produção de hidrogénio puro ou de misturas de hidrogénio com azoto utilizáveis na produção de amoníaco. Não é abrangida a produção de gás de síntese ou de hidrogénio em refinarias ou instalações de produtos químicos orgânicos, em que o hidrogénio seja exclusivamente utilizado nessas instalações e não seja utilizado para a produção das mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956.
3.6.2. Vias de produção
3.6.2.1. Reformação a vapor e oxidação parcial
Para estas vias de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todos os processos direta ou indiretamente ligados à produção de hidrogénio, bem como a limpeza de gases de combustão. |
— |
Todos os combustíveis utilizados no processo de produção de hidrogénio, independentemente da sua utilização energética ou não energética, e os combustíveis utilizados para outros processos de combustão, incluindo para fins de produção de água quente ou vapor. |
Precursores relevantes: nenhum.
3.6.2.2. Eletrólise da água
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger, se pertinente:
— |
Todas as emissões provenientes da utilização de combustíveis direta ou indiretamente ligada ao processo de produção de hidrogénio, bem como da limpeza de gases de combustão. |
Emissões indiretas: se o hidrogénio produzido tiver sido certificado em conformidade com o Regulamento Delegado (UE) 2023/1184 da Comissão (1), pode ser utilizado um fator de emissão igual a zero para a eletricidade. Em todos os outros casos, aplicam-se as regras relativas às emissões incorporadas indiretas (anexo III, secção D).
Precursores relevantes: nenhum.
Atribuição de emissões aos produtos: se o oxigénio coproduzido for libertado para a atmosfera, todas as emissões do processo de produção devem ser atribuídas ao hidrogénio. Se o subproduto oxigénio for utilizado noutros processos de produção na instalação ou vendido e se as emissões diretas ou indiretas não forem iguais a zero, as emissões do processo de produção devem ser atribuídas ao hidrogénio com base em proporções molares, utilizando a seguinte equação:
(Equação 1)
Em que:
|
são as emissões diretas ou indiretas atribuídas ao hidrogénio produzido durante o período abrangido pelo relatório, expressas em toneladas de CO2; |
Em total |
são as emissões diretas ou indiretas de todo o processo de produção durante o período abrangido pelo relatório, expressas em toneladas de CO2; |
|
é a massa de oxigénio vendido ou utilizado na instalação durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas; |
|
é a massa de oxigénio produzido durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas; |
|
é a massa de hidrogénio produzido durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas; |
|
é a massa molar de O2 (31,998 kg/kmol); e |
|
é a massa molar de H2 (2,016 kg/kmol). |
3.6.2.3. Eletrólise dos cloretos alcalinos e produção de cloratos
Para estas vias de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger, se pertinente:
— |
Todas as emissões provenientes da utilização de combustíveis direta ou indiretamente ligada ao processo de produção de hidrogénio, bem como da limpeza de gases de combustão. |
Emissões indiretas: se o hidrogénio produzido tiver sido certificado em conformidade com o Regulamento Delegado (UE) 2023/1184, pode ser utilizado um fator de emissão igual a zero para a eletricidade. Em todos os outros casos, aplicam-se as regras relativas às emissões incorporadas indiretas (anexo III, secção D).
Precursores relevantes: nenhum.
Atribuição de emissões aos produtos: uma vez que o hidrogénio é considerado um subproduto neste processo de produção, apenas uma proporção molar do processo global deve ser atribuída à fração de hidrogénio vendido ou utilizado como precursor na instalação. Desde que as emissões diretas ou indiretas não sejam iguais a zero, as emissões do processo de produção devem ser atribuídas ao hidrogénio utilizado ou vendido, utilizando as seguintes equações:
Eletrólise de cloretos alcalinos:
(Equação 2)
Produção de clorato de sódio:
(Equação 3)
Em que:
|
são as emissões diretas ou indiretas atribuídas ao hidrogénio vendido ou utilizado como precursor durante o período abrangido pelo relatório, expressas em toneladas de CO2; |
Em total |
são as emissões diretas ou indiretas do processo de produção durante o período abrangido pelo relatório, expressas em toneladas de CO2; |
|
é a massa de hidrogénio vendido ou utilizado como precursor durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas; |
|
é a massa de hidrogénio produzido durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas; |
|
é a massa de cloro produzido durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas; |
m NaOH,prod |
é a massa de hidróxido de sódio (soda cáustica) produzido durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas, calculada como NaOH a 100 %; |
|
é a massa de clorato de sódio produzido durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas, calculada como NaClO3 a 100 %; |
|
é a massa molar de H2 (2,016 kg/kmol); |
|
é a massa molar de Cl2 (70,902 kg/kmol); |
M NaOH |
é a massa molar de NaOH (39,997 kg/kmol); e |
|
é a massa molar de NaClO3 (106,438 kg/kmol). |
3.7. Amoníaco
3.7.1. Disposições especiais
Tanto o amoníaco anidro como o amoníaco hidratado devem ser comunicados conjuntamente como amoníaco a 100 %.
Sempre que o CO2 resultante da produção de amoníaco for utilizado como matéria-prima para a produção de ureia ou de outros produtos químicos, aplica-se o disposto no anexo III, secção B.8.2, alínea b). Se for permitida uma dedução de CO2 de acordo com a referida secção e se a mesma conduzir a emissões diretas incorporadas específicas negativas de amoníaco, as emissões diretas incorporadas específicas de amoníaco devem ser iguais a zero.
3.7.2. Vias de produção
3.7.2.1. Processo Haber-Bosch com reformação a vapor de gás natural ou biogás
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todos os combustíveis direta ou indiretamente ligados à produção de amoníaco, bem como os materiais utilizados na limpeza de gases de combustão. |
— |
Todos os combustíveis devem ser monitorizados, independentemente de serem utilizados como entradas energéticas ou não energéticas. |
— |
Em caso de utilização de biogás, aplicam-se as disposições do anexo III, secção B.3.3. |
— |
Se for adicionado ao processo hidrogénio proveniente de outras vias de produção, o mesmo deve ser tratado como precursor com as suas próprias emissões incorporadas. |
Precursores relevantes: hidrogénio produzido separadamente, se utilizado no processo.
3.7.2.2. Processo Haber-Bosch com gaseificação do carvão ou de outros combustíveis
Esta via aplica-se sempre que é produzido hidrogénio por gaseificação do carvão, de combustíveis pesados de refinaria ou de outras matérias-primas fósseis. As matérias de base podem incluir a biomassa, para a qual devem ser tidas em conta as disposições do anexo III, secção B.3.3.
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todos os combustíveis direta ou indiretamente ligados à produção de amoníaco, bem como os materiais utilizados na limpeza de gases de combustão. |
— |
Cada entrada de combustível deve ser monitorizada como um fluxo de combustível, independentemente de ser utilizada como entrada energética ou não energética. |
— |
Se for adicionado ao processo hidrogénio proveniente de outras vias de produção, o mesmo deve ser tratado como precursor com as suas próprias emissões incorporadas. |
Precursores relevantes: hidrogénio produzido separadamente, se utilizado no processo.
3.8. Ácido nítrico
3.8.1. Disposições especiais
As quantidades de ácido nítrico produzidas devem ser monitorizadas e comunicadas como ácido nítrico a 100 %.
3.8.2. Via de produção
Para o ácido nítrico, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de todos os combustíveis direta ou indiretamente ligados à produção de ácido nítrico, bem como dos materiais utilizados na limpeza de gases de combustão; |
— |
As emissões de N2O provenientes de todas as fontes que emitem N2O a partir do processo de produção, incluindo emissões sujeitas ou não a um tratamento de redução. As emissões de N2O provenientes da queima de combustíveis são excluídas da monitorização. |
Precursores relevantes: amoníaco (expresso em amoníaco a 100 %).
3.9. Ureia
3.9.1. Disposições especiais
Sempre que o CO2 utilizado na produção de ureia provém da produção de amoníaco, é contabilizado como subtração nas emissões incorporadas de amoníaco enquanto precursor da ureia, se as disposições da secção 3.7 do presente anexo permitirem essa dedução. No entanto, se o amoníaco produzido sem emissões diretas de CO2 de origem fóssil for utilizado como precursor, o CO2 utilizado pode ser deduzido das emissões diretas da instalação que produz o CO2, desde que o ato delegado adotado nos termos do artigo 12.o, n.o 3-B, da Diretiva 2003/87/CE defina a produção de ureia como um caso em que o CO2 está quimicamente ligado de forma permanente, de modo a não entrar na atmosfera em condições normais de utilização, incluindo qualquer atividade normal realizada após o fim de vida do produto. Se essa dedução conduzir a emissões incorporadas diretas específicas negativas de ureia, as emissões incorporadas diretas específicas de ureia devem ser iguais a zero.
3.9.2. Via de produção
Para a ureia, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de todos os combustíveis direta ou indiretamente ligados à produção de ureia, bem como dos materiais utilizados na limpeza de gases de combustão. |
— |
Sempre que for introduzido no processo CO2 recebido de outra instalação, o CO2 recebido e não ligado na ureia deve ser considerado uma emissão, se não for já contabilizado como emissão da instalação em que o CO2 foi produzido, no âmbito de um sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação. |
Precursores relevantes: amoníaco (expresso em amoníaco a 100 %).
3.10. Adubos (fertilizantes) mistos
3.10.1. Disposições especiais
A presente secção aplica-se à produção de todos os tipos de adubos (fertilizantes) que contêm azoto, incluindo nitrato de amónio, nitrato de amónio cálcico, sulfato de amónio, fosfatos de amónio, soluções de ureia e nitrato de amónio, bem como adubos (fertilizantes) compostos por azoto-fósforo (NP), azoto-potássio (NK) e azoto-fósforo-potássio (NPK). Incluem-se todos os tipos de operações, como a mistura, a neutralização, a granulação e a pulverização prilling, independentemente de apenas se efetuarem misturas físicas ou reações químicas.
As quantidades dos diferentes compostos azotados presentes no produto final devem ser registadas em conformidade com o Regulamento (UE) 2019/1009 do Parlamento Europeu e do Conselho (2):
— |
teor de N sob a forma de amónio (NH4+); |
— |
teor de N sob a forma de nitrato (NO3–); |
— |
teor de N sob a forma de ureia; |
— |
teor de N noutras formas (orgânicas). |
As emissões diretas e indiretas dos processos de produção abrangidos por esta categoria agregada de mercadorias podem ser determinadas para todo o período abrangido pelo relatório e atribuídas a todos os adubos (fertilizantes) mistos numa base proporcional por tonelada de produto final. Para cada graduação de adubo (fertilizante), as emissões incorporadas devem ser calculadas separadamente, tendo em conta a massa relevante dos precursores utilizados e aplicando as emissões incorporadas médias durante o período abrangido pelo relatório para cada um dos precursores.
3.10.2. Via de produção
Para os adubos (fertilizantes) mistos, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de todos os combustíveis direta ou indiretamente ligados à produção de adubos (fertilizantes), como os combustíveis utilizados nos secadores e no aquecimento de matérias de base, bem como dos materiais utilizados na limpeza de gases de combustão. |
Precursores relevantes:
— |
amoníaco (expresso em amoníaco a 100 %), se utilizado no processo; |
— |
ácido nítrico (expresso em ácido nítrico a 100 %), se utilizado no processo; |
— |
ureia, se utilizada no processo; |
— |
adubos (fertilizantes) mistos (em especial sais que contenham amónio ou nitrato), se utilizados no processo. |
3.11. Minério sinterizado
3.11.1. Disposições especiais
Esta categoria agregada de mercadorias inclui todos os tipos de produção de péletes de minério de ferro (para venda de péletes e para utilização direta na mesma instalação) e de sinterização. Na medida em que estejam abrangidos pelo código NC 2601 12 00, também podem ser abrangidos os minérios de ferro utilizados como precursores de ferrocrómio (FeCr), ferromanganês (FeMn) ou ferroníquel (FeNi).
3.11.2. Via de produção
Para o minério sinterizado, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente das matérias utilizadas no processo, como o calcário e outros carbonatos ou minérios carbonatados; |
— |
O CO2 proveniente de todos os combustíveis, incluindo coque, gases residuais como o gás de coqueria, o gás de alto-forno ou o gás de conversor; direta ou indiretamente ligados ao processo de produção, bem como dos materiais utilizados na limpeza de gases de combustão. |
Precursores relevantes: nenhum.
3.12. FeMn (ferromanganês), FeCr (ferrocrómio) e FeNi (ferroníquel)
3.12.1. Disposições especiais
Este processo abrange apenas a produção das ligas identificadas com os códigos NC 7202 1, 7202 4 e 7202 6. Não estão abrangidos outros materiais de ferro com um teor significativo de liga, como o ferro spiegel (especular). Inclui-se a NPI (gusa de níquel) se o teor de níquel for superior a 10 %.
Se os gases residuais ou outros gases de combustão forem emitidos sem redução de emissões, o CO contido nos gases residuais deve ser considerado como o equivalente molar das emissões de CO2.
3.12.2. Via de produção
Para o FeMn, o FeCr e o FeNi, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
As emissões de CO2 causadas pelas entradas de combustível, independentemente de serem utilizadas para fins energéticos ou não energéticos; |
— |
As emissões de CO2 provenientes das entradas do processo, como o calcário, e da limpeza de gases de combustão; |
— |
As emissões de CO2 provenientes do consumo de elétrodos ou pastas para elétrodos; |
— |
O carbono remanescente no produto ou em escórias ou resíduos é tido em conta utilizando um método de balanço de massas, em conformidade com o anexo III, secção B.3.2. |
Precursores relevantes: minério sinterizado, se utilizado no processo.
3.13. Gusa
3.13.1. Disposições especiais
Esta categoria agregada de mercadorias inclui a gusa não ligada proveniente de altos-fornos, bem como as gusas ligadas [por exemplo, ferro spiegel (especular)], independentemente da forma física (por exemplo, lingotes, grânulos). Inclui-se a NPI (gusa de níquel) se o teor de níquel for inferior a 10 %. Nas instalações siderúrgicas integradas, a gusa líquida («metal quente») diretamente carregada no conversor de oxigénio é o produto que separa o processo de produção da gusa do processo de produção de aço bruto. Se a instalação não vender nem transferir gusa para outras instalações, não é necessário monitorizar separadamente as emissões provenientes da produção de gusa. Pode ser definido um processo de produção comum que inclua a produção de aço bruto e, sob reserva das regras previstas no anexo III, secção A.4, a produção mais a jusante.
3.13.2. Vias de produção
3.13.2.1. Via de altos-fornos
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de combustíveis e agentes redutores, como coque, poeiras de coque, carvão, fuelóleos, resíduos de plástico, gás natural, resíduos de madeira e carvão vegetal, bem como de gases residuais, como o gás de coqueria, o gás de alto-forno ou o gás de conversor. |
— |
Em caso de utilização de biomassa, devem ser tidas em conta as disposições do anexo III, secção B.3.3. |
— |
O CO2 proveniente das matérias utilizadas no processo, como o calcário, a magnesite e outros carbonatos, minérios carbonatados; bem como dos materiais para a limpeza de gases de combustão. |
— |
O carbono remanescente no produto ou em escórias ou resíduos é tido em conta utilizando um método de balanço de massas, em conformidade com o anexo III, secção B.3.2. |
Precursores relevantes:
— |
minério sinterizado; |
— |
gusa ou ferro de redução direta (FRD) proveniente de outras instalações ou processos de produção, se utilizado no processo; |
— |
FeMn, FeCr, FeNi, se utilizados no processo; |
— |
hidrogénio, se utilizado no processo. |
3.13.2.2. Redução por fundição
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de combustíveis e agentes redutores, como coque, poeiras de coque, carvão, fuelóleos, resíduos de plástico, gás natural, resíduos de madeira, carvão vegetal, gases residuais do processo ou gás de conversor, etc. |
— |
Em caso de utilização de biomassa, devem ser tidas em conta as disposições do anexo III, secção B.3.3. |
— |
O CO2 proveniente das matérias utilizadas no processo, como o calcário, a magnesite e outros carbonatos, minérios carbonatados; bem como dos materiais para a limpeza de gases de combustão. |
— |
O carbono remanescente no produto ou em escórias ou resíduos é tido em conta utilizando um método de balanço de massas, em conformidade com o anexo III, secção B.3.2. |
Precursores relevantes:
— |
minério sinterizado; |
— |
gusa ou FRD proveniente de outras instalações ou processos de produção, se utilizado no processo; |
— |
FeMn, FeCr, FeNi, se utilizados no processo; |
— |
hidrogénio, se utilizado no processo. |
3.14. FRD (ferro de redução direta)
3.14.1. Disposições especiais
Só existe uma via de produção definida, embora diferentes tecnologias possam utilizar diferentes qualidades de minérios, que poderão exigir peletização ou sinterização, e diferentes agentes redutores (gás natural, combustíveis fósseis diversos ou biomassa, hidrogénio). Por conseguinte, os precursores minério sinterizado ou hidrogénio podem ser relevantes. Enquanto produtos, a esponja de ferro, o ferro aglomerado a quente (HBI) ou outras formas de ferro de redução direta podem ser relevantes, incluindo o FRD que é imediatamente utilizado em fornos de arco elétrico ou outros processos a jusante.
Se a instalação não vender nem transferir FRD para outras instalações, não é necessário monitorizar separadamente as emissões provenientes da produção de FRD. Pode ser utilizado um processo de produção comum que inclua a produção de aço e, sob reserva das regras previstas no anexo III, secção A.4, a produção mais a jusante.
3.14.2. Via de produção
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de combustíveis e agentes redutores, como gás natural, fuelóleos, gases residuais do processo ou gás de conversor, etc.; |
— |
Em caso de utilização de biogás ou de outras formas de biomassa, devem ser tidas em conta as disposições do anexo III, secção B.3.3; |
— |
O CO2 proveniente das matérias utilizadas no processo, como o calcário, a magnesite e outros carbonatos, minérios carbonatados; bem como dos materiais para a limpeza de gases de combustão; |
— |
O carbono remanescente no produto ou em escórias ou resíduos é tido em conta utilizando um método de balanço de massas, em conformidade com o anexo III, secção B.3.2. |
Precursores relevantes:
— |
minério sinterizado, se utilizado no processo; |
— |
hidrogénio, se utilizado no processo; |
— |
gusa ou FRD proveniente de outras instalações ou processos de produção, se utilizado no processo; |
— |
FeMn, FeCr, FeNi, se utilizados no processo. |
3.15. Aço bruto
3.15.1. Disposições especiais
Os limites do sistema devem abranger todas as atividades e unidades necessárias para a obtenção de aço bruto:
— |
Se o processo tiver início a partir de metal quente (gusa líquida), os limites do sistema devem incluir o conversor de oxigénio de base, a desgaseificação por vácuo, a metalurgia secundária, a descarbonização a oxigénio e árgon/descarbonização a oxigénio por vácuo, o vazamento contínuo ou vazamento em lingotes, se for caso disso, a laminagem a quente ou forjagem, e todas as atividades auxiliares necessárias, como transferências, reaquecimento e limpeza de gases de combustão; |
— |
Se o processo utilizar um forno de arco elétrico, os limites do sistema devem incluir todas as atividades e unidades relevantes, como o próprio forno de arco elétrico, a metalurgia secundária, a desgaseificação por vácuo, a descarbonização a oxigénio e árgon/descarbonização a oxigénio por vácuo, o vazamento contínuo ou vazamento em lingotes, se for caso disso, a laminagem a quente ou forjagem, e todas as atividades auxiliares necessárias, como transferências, aquecimento de matérias-primas e equipamento, reaquecimento e limpeza de gases de combustão. |
— |
Esta categoria agregada de mercadorias inclui apenas a laminagem primária a quente e a moldagem bruta por forjagem para obter os produtos semiacabados dos códigos NC 7207, 7218 e 7224. Todos os outros processos de laminagem e forjagem estão incluídos na categoria agregada de mercadorias «produtos siderúrgicos». |
3.15.2. Vias de produção
3.15.2.1. Fabricação de aço básico com oxigénio
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de combustíveis como o carvão, o gás natural, os fuelóleos, os gases residuais como o gás de alto-forno, o gás de coqueria ou o gás de conversor, etc. |
— |
O CO2 proveniente das matérias utilizadas no processo, como o calcário, a magnesite e outros carbonatos, minérios carbonatados; bem como dos materiais para a limpeza de gases de combustão. |
— |
O carbono que entra no processo em sucata, ligas, grafite, etc. e o carbono remanescente no produto ou em escórias ou resíduos são tidos em conta utilizando um método de balanço de massas, em conformidade com o anexo III, secção B.3.2. |
Precursores relevantes:
— |
gusa, FRD, se utilizados no processo; |
— |
FeMn, FeCr, FeNi, se utilizados no processo; |
— |
aço bruto proveniente de outras instalações ou processos de produção, se utilizado no processo. |
3.15.2.2. Forno de arco elétrico
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
O CO2 proveniente de combustíveis como o carvão, o gás natural e os fuelóleos, e proveniente de gases residuais como o gás de alto-forno, o gás de coqueria ou o gás de conversor. |
— |
O CO2 proveniente do consumo de elétrodos e pastas para elétrodos. |
— |
O CO2 proveniente das matérias utilizadas no processo, como o calcário, a magnesite e outros carbonatos, minérios carbonatados; bem como dos materiais para a limpeza de gases de combustão. |
— |
O carbono que entra no processo, por exemplo sob a forma de sucata, ligas e grafite, e o carbono remanescente no produto ou em escórias ou resíduos são tidos em conta utilizando um método de balanço de massas, em conformidade com o anexo III, secção B.3.2. |
Precursores relevantes:
— |
gusa, FRD, se utilizados no processo; |
— |
FeMn, FeCr, FeNi, se utilizados no processo; |
— |
aço bruto proveniente de outras instalações ou processos de produção, se utilizado no processo. |
3.16. Produtos siderúrgicos
3.16.1. Disposições especiais
Sob reserva das regras previstas no anexo III, secção A.4, e nas secções 3.11 a 3.15 do presente anexo, o processo de produção de produtos siderúrgicos pode aplicar-se nos seguintes casos:
— |
Os limites do sistema abrangem, num processo único, todas as fases de uma fábrica siderúrgica integrada, desde a produção de gusa ou FRD, aço bruto e produtos semiacabados, bem como produtos siderúrgicos acabados abrangidos pelos códigos NC enumerados na secção 2 do presente anexo. |
— |
Os limites do sistema abrangem a produção de aço bruto, produtos semiacabados e produtos siderúrgicos acabados abrangidos pelos códigos NC enumerados na secção 2 do presente anexo. |
— |
Os limites do sistema abrangem a produção de produtos siderúrgicos acabados abrangidos pelos códigos NC enumerados na secção 2 do presente anexo, a partir de aço bruto, de produtos semiacabados ou de outros produtos siderúrgicos acabados abrangidos pelos códigos NC enumerados na secção 2, que são recebidos de outras instalações ou produzidos na mesma instalação, mas ao abrigo de um processo de produção separado. |
Deve evitar-se a dupla contagem ou lacunas na monitorização dos processos de produção de uma instalação. As seguintes fases de produção são abrangidas pelo processo de produção de «produtos siderúrgicos»:
— |
Todas as fases de produção de mercadorias abrangidas pelos códigos NC indicados na secção 2 do presente anexo para a categoria agregada de mercadorias «produtos siderúrgicos», que não sejam já abrangidas por processos de produção separados para gusa, FRD ou aço bruto, conforme exigido nas secções 3.11 a 3.15 do presente anexo e aplicado na instalação. |
— |
Todas as fases de produção aplicadas na instalação, a partir do aço bruto, incluindo, nomeadamente: reaquecimento, refusão, vazamento, laminagem a quente, laminagem a frio, forjagem, decapagem, recozimento, metalização, revestimento, galvanização, trefilagem, corte, soldadura e acabamento. |
Para os produtos que contenham mais de 5 %, em massa, de outros materiais, por exemplo, materiais de isolamento do código NC 7309 00 30, apenas a massa de ferro ou aço deve ser comunicada como a massa das mercadorias produzidas.
3.16.2. Via de produção
Para os produtos siderúrgicos, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todas as emissões de CO2 provenientes da queima de combustíveis e as emissões de processo provenientes do tratamento de gases de combustão, relacionadas com as fases de produção aplicadas na instalação, incluindo, nomeadamente: reaquecimento, refusão, vazamento, laminagem a quente, laminagem a frio, forjagem, decapagem, recozimento, metalização, revestimento, galvanização, trefilagem, corte, soldadura e acabamento de produtos siderúrgicos. |
Precursores relevantes:
— |
aço bruto, se utilizado no processo; |
— |
gusa, FRD, se utilizados no processo; |
— |
FeMn, FeCr, FeNi, se utilizados no processo; |
— |
produtos siderúrgicos, se utilizados no processo. |
3.17. Alumínio em formas brutas
3.17.1. Disposições especiais
Esta categoria agregada de mercadorias inclui o alumínio não ligado e o alumínio ligado, na forma física típica dos metais em formas brutas, como lingotes, brames, biletes ou grânulos. Nas fábricas integradas de alumínio, também está incluído o alumínio líquido diretamente carregado na produção de produtos de alumínio. Se a instalação não vender nem transferir alumínio em formas brutas para outras instalações, não é necessário monitorizar separadamente as emissões provenientes da produção de alumínio em formas brutas. Pode ser definido um processo de produção comum que inclua o alumínio em formas brutas e, sob reserva das regras previstas no anexo III, secção A.4, outros processos de produção de produtos de alumínio.
3.17.2. Vias de produção
3.17.2.1. Fusão (eletrolítica) primária
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
As emissões de CO2 provenientes do consumo de elétrodos ou pastas para elétrodos. |
— |
As emissões de CO2 provenientes de quaisquer combustíveis utilizados (por exemplo, para secagem e pré-aquecimento de matérias-primas, aquecimento de células de eletrólise, aquecimento necessário para vazamento). |
— |
As emissões de CO2 provenientes de qualquer tratamento de gases de combustão, de carbonato de sódio ou de calcário, se for caso disso. |
— |
As emissões de perfluorocarbonetos causadas por efeitos anódicos, monitorizadas em conformidade com o anexo III, secção B.7. |
Precursores relevantes: nenhum.
3.17.2.2. Fusão secundária (reciclagem)
A fusão secundária (reciclagem) de alumínio utiliza sucata de alumínio como principal entrada. No entanto, sempre que é adicionado alumínio em formas brutas proveniente de outras fontes, é tratado como um precursor. Além disso, se o produto deste processo contiver mais de 5 % de elementos de liga, as emissões incorporadas do produto devem ser calculadas como se a massa dos elementos de liga fosse alumínio em formas brutas resultante da fusão primária.
Para esta via de produção, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
As emissões de CO2 provenientes de quaisquer combustíveis utilizados na secagem e no pré-aquecimento de matérias-primas, utilizados em fornos de fusão, no pré-tratamento de sucata, como a decapagem e a desoleificação, e na combustão dos resíduos conexos, bem como provenientes dos combustíveis necessários para o vazamento de lingotes, biletes ou brames; |
— |
As emissões de CO2 provenientes de quaisquer combustíveis utilizados em atividades conexas, como o tratamento de escumas e a recuperação de escórias; |
— |
As emissões de CO2 provenientes de qualquer tratamento de gases de combustão, de carbonato de sódio ou de calcário, se for caso disso. |
Precursores relevantes:
— |
Alumínio em formas brutas proveniente de outras fontes, se utilizado no processo. |
3.18. Produtos de alumínio
3.18.1. Disposições especiais
Sob reserva das regras previstas no anexo III, secção A.4, e na secção 3.17 do presente anexo, o processo de produção de produtos de alumínio pode aplicar-se nos seguintes casos:
— |
Os limites do sistema abrangem, num processo único, todas as fases de uma fábrica integrada de alumínio, desde a produção de alumínio em formas brutas até aos produtos semiacabados, bem como produtos de alumínio abrangidos pelos códigos NC enumerados na secção 2 do presente anexo. |
— |
Os limites do sistema abrangem a produção de produtos de alumínio abrangidos pelos códigos NC enumerados na secção 2 do presente anexo, a partir de produtos semiacabados ou de outros produtos de alumínio abrangidos pelos códigos NC enumerados na secção 2, que são recebidos de outras instalações ou produzidos na mesma instalação, mas ao abrigo de um processo de produção separado. |
Deve evitar-se a dupla contagem ou lacunas na monitorização dos processos de produção de uma instalação. As seguintes fases de produção são abrangidas pelo processo de produção de «produtos de alumínio»:
— |
Todas as fases de produção de mercadorias abrangidas pelos códigos NC indicados na secção 2 do presente anexo para a categoria agregada de mercadorias «produtos de alumínio», que não sejam já abrangidas por processos de produção separados para alumínio em formas brutas, conforme exigido na secção 3.17 do presente anexo e aplicado na instalação. |
— |
Todas as fases de produção aplicadas na instalação, a partir do alumínio em formas brutas, incluindo, nomeadamente: reaquecimento, refusão, vazamento, laminagem, extrusão, forjagem, revestimento, galvanização, trefilagem, corte, soldadura e acabamento. |
Se o produto contiver mais de 5 %, em massa, de elementos de liga, as emissões incorporadas do produto devem ser calculadas como se a massa dos elementos de liga fosse alumínio em formas brutas resultante da fusão primária.
Para os produtos que contenham mais de 5 %, em massa, de outros materiais, por exemplo, materiais de isolamento do código NC 7611 00 00, apenas a massa de alumínio deve ser comunicada como a massa das mercadorias produzidas.
3.18.2. Via de produção
Para os produtos de alumínio, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Todas as emissões de CO2 provenientes do consumo de combustível em processos que formam produtos de alumínio, bem como da limpeza de gases de combustão. |
Precursores relevantes:
— |
alumínio em formas brutas, se utilizado no processo de produção (tratar o alumínio primário e secundário separadamente, se os dados forem conhecidos); |
— |
produtos de alumínio, se utilizados no processo de produção. |
3.19. Eletricidade
3.19.1. Disposições especiais
Para a eletricidade, apenas as emissões diretas devem ser monitorizadas e comunicadas. O fator de emissão para a eletricidade deve ser determinado em conformidade com o anexo III, secção D.2.
3.19.2. Vias de produção
Para a eletricidade, a monitorização das emissões diretas deve abranger:
— |
Quaisquer emissões de combustão e emissões de processo provenientes do tratamento de gases de combustão. |
Precursores relevantes: nenhum.
(1) Regulamento Delegado (UE) 2023/1184 da Comissão, de 10 de fevereiro de 2023, que completa a Diretiva (UE) 2018/2001 do Parlamento Europeu e do Conselho estabelecendo uma metodologia da União que determina regras pormenorizadas aplicáveis à produção de combustíveis líquidos e gasosos renováveis de origem não biológica para os transportes (JO L 157 de 20.6.2023, p. 11).
(2) Regulamento (UE) 2019/1009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de junho de 2019, que estabelece regras relativas à disponibilização no mercado de produtos fertilizantes UE e que altera os Regulamentos (CE) n.o 1069/2009 e (CE) n.o 1107/2009 e revoga o Regulamento (CE) n.o 2003/2003 (JO L 170 de 25.6.2019, p. 1).
ANEXO III
Regras para a determinação de dados, incluindo sobre as emissões a nível da instalação, as emissões atribuídas dos processos de produção e as emissões incorporadas das mercadorias
A. PRINCÍPIOS
A.1. Abordagem global
1. |
Para efeitos da determinação das emissões incorporadas das mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956, devem ser realizadas as seguintes atividades:
|
2. |
Se o operador não conseguir determinar adequadamente os dados reais relativos a um ou mais conjuntos de dados, aplicando os métodos previstos na secção A.3 do presente anexo, e não estiver disponível outro método para colmatar as lacunas de dados, os valores predefinidos disponibilizados e publicados pela Comissão para o período transitório podem ser utilizados nas condições especificadas no artigo 4.o, n.o 3, do presente regulamento. Nesse caso, deve acrescentar-se uma breve explicação das razões para a não utilização de dados reais. |
3. |
A monitorização deve abranger um período abrangido pelo relatório que garanta que os dados não representativos devido a flutuações de curto prazo nos processos de produção e as lacunas de dados sejam evitados na medida do possível. O período abrangido pelo relatório por defeito é um ano civil. No entanto, o operador pode escolher como alternativa:
As emissões incorporadas das mercadorias devem ser calculadas como a média do período abrangido pelo relatório escolhido. |
4. |
No que diz respeito às emissões que ocorrem fora dos limites da instalação e que são relevantes para o cálculo das emissões incorporadas, devem ser utilizados os dados relativos ao último período abrangido pelo relatório disponível, obtidos junto do fornecedor da entrada (por exemplo, eletricidade, calor, precursor). As emissões que ocorrem fora dos limites da instalação incluem:
|
5. |
Os dados relativos às emissões durante um período abrangido pelo relatório completo devem ser expressos em toneladas de CO2e, arredondadas para toneladas inteiras.
Todos os parâmetros utilizados para calcular as emissões devem ser arredondados de modo a incluir todos os algarismos significativos para efeitos do cálculo e da comunicação das emissões. As emissões incorporadas específicas, diretas e indiretas, devem ser expressas em toneladas de CO2e por tonelada de mercadorias, arredondadas para incluir todos os algarismos significativos, com um máximo de cinco algarismos a seguir à vírgula. |
A.2. Princípios de monitorização
A fim de monitorizar os dados reais a nível da instalação e relativamente aos conjuntos de dados necessários para a atribuição de emissões a mercadorias, aplicam-se os seguintes princípios:
1. |
Exaustividade: a metodologia de monitorização deve abranger todos os parâmetros necessários para determinar as emissões incorporadas das mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956, em conformidade com os métodos e as fórmulas constantes do presente anexo.
|
2. |
Coerência e comparabilidade: A monitorização e a comunicação de informações devem ser coerentes e comparáveis ao longo do tempo. Para o efeito, os métodos selecionados devem ser especificados na documentação escrita relativa à metodologia de monitorização, de modo que os métodos sejam utilizados de forma coerente. A metodologia só pode ser alterada quando objetivamente justificado. Os motivos pertinentes incluem:
|
3. |
Transparência: os dados de monitorização devem ser obtidos, registados, compilados, analisados e documentados, incluindo pressupostos, referências, dados da atividade, fatores de emissão, fatores de cálculo, dados sobre as emissões incorporadas dos precursores adquiridos, calor mensurável e eletricidade, valores predefinidos das emissões incorporadas, informações sobre o preço do carbono devido e quaisquer outros dados pertinentes para efeitos do presente anexo, de uma forma transparente que permita a reprodução da determinação dos dados relativos às emissões, nomeadamente por terceiros independentes, como os verificadores acreditados. A documentação deve incluir um registo de todas as alterações da metodologia. Devem ser mantidos na instalação registos completos e transparentes de todos os dados pertinentes para determinar as emissões incorporadas das mercadorias produzidas, incluindo os documentos comprovativos necessários, durante, pelo menos, quatro anos após o período abrangido pelo relatório. Esses registos podem ser divulgados a um declarante notificante. |
4. |
Exatidão: A metodologia de monitorização escolhida deve assegurar que a determinação das emissões não seja, de forma sistemática ou consciente, inexata. Devem identificar-se e reduzir-se, tanto quanto possível, quaisquer fontes de inexatidões. Deve exercer-se a devida diligência para assegurar que os cálculos e as medições das emissões sejam tão rigorosos quanto possível. Sempre que se verifiquem lacunas de dados ou se preveja a sua inevitabilidade, os dados de substituição devem consistir em estimativas prudentes. Os dados relativos às emissões também devem basear-se em estimativas prudentes nos seguintes casos:
|
5. |
Integridade da metodologia: A metodologia de monitorização escolhida deve permitir estabelecer, com uma segurança razoável, a integridade dos dados sobre emissões a comunicar. As emissões devem ser determinadas com recurso às metodologias de monitorização adequadas, estabelecidas no presente anexo. Os dados sobre emissões comunicados não devem conter inexatidões materiais, devem evitar imprecisões na seleção e na apresentação das informações e devem conter informações credíveis e equilibradas sobre as emissões incorporadas das mercadorias produzidas pela instalação. |
6. |
Podem ser aplicadas medidas facultativas para aumentar a qualidade dos dados a comunicar, em especial das atividades de fluxo de dados e de controlo, em conformidade com a secção H do presente anexo. |
7. |
Relação custo/eficácia: Na seleção de uma metodologia de monitorização, as melhorias obtidas graças a um grau mais elevado de exatidão devem ser ponderadas face aos custos adicionais. A monitorização e a comunicação de informações sobre as emissões devem ser tão rigorosas quanto possível, a não ser que tal seja tecnicamente inviável ou implique custos excessivos. |
8. |
Melhoria contínua: deve verificar-se regularmente se as metodologias de monitorização podem ser melhoradas. Se for efetuada a verificação dos dados sobre emissões, quaisquer recomendações de melhorias incluídas nos relatórios de verificação devem ser ponderadas para aplicação num prazo razoável, a menos que a melhoria implique custos excessivos ou seja tecnicamente inviável. |
A.3. Métodos que representam a melhor fonte de dados disponível
1. |
A fim de determinar as emissões incorporadas das mercadorias e relativamente aos conjuntos de dados subjacentes, tais como as emissões relacionadas com fluxos-fonte ou fontes de emissões individuais, ou as quantidades de calor mensurável, o princípio geral deve ser selecionar sempre a melhor fonte de dados disponível. Para este efeito, aplicam-se os seguintes princípios orientadores:
|
2. |
Métodos de determinação indireta: se não estiver disponível um método de determinação direta para um conjunto de dados necessários, em especial para os casos em que é necessário determinar o calor mensurável líquido que entra em diferentes processos de produção, pode utilizar-se um método de determinação indireta, nomeadamente:
|
3. |
Para determinar as melhores fontes de dados disponíveis, deve ser selecionada a fonte de dados mais elevada na classificação apresentada no ponto 1 e já disponível na instalação. No entanto, se for tecnicamente viável aplicar uma fonte de dados mais elevada na classificação sem incorrer em custos excessivos, essa melhor fonte de dados deve ser aplicada sem demora injustificada. Sempre que estejam disponíveis fontes de dados diferentes para o mesmo conjunto de dados, que se encontrem ao mesmo nível na classificação apresentada no ponto 1, deve ser escolhida a fonte de dados que garanta o fluxo de dados mais claro com o risco inerente e o risco de controlo mais baixos no que respeita às inexatidões. |
4. |
As fontes de dados escolhidas ao abrigo do ponto 3 devem ser utilizadas para a determinação e comunicação das emissões incorporadas. |
5. |
Para efeitos do sistema de controlo previsto na secção H do presente anexo, tanto quanto possível sem incorrer em custos excessivos, devem ser identificadas fontes de dados ou métodos adicionais para determinar conjuntos de dados que permitam corroborar as fontes de dados ao abrigo do ponto 3. As fontes de dados selecionadas, caso existam, devem ser indicadas na documentação relativa à metodologia de monitorização. |
6. |
Melhorias recomendadas: a fim de melhorar os métodos de monitorização, deve verificar-se regularmente, pelo menos uma vez por ano, se foram disponibilizadas novas fontes de dados. Se essas novas fontes de dados forem consideradas mais exatas em conformidade com a classificação apresentada no ponto 1, devem ser especificadas na documentação relativa à metodologia de monitorização e aplicadas o mais rapidamente possível. |
7. |
Viabilidade técnica: caso se alegue que a aplicação de uma metodologia de determinação específica é tecnicamente inviável, deve ser apresentada uma justificação para esse facto na documentação relativa à metodologia de monitorização. Deve proceder-se a uma reavaliação durante os controlos regulares em conformidade com o ponto 6. Essa justificação deve basear-se no facto de a instalação dispor ou não dos recursos técnicos capazes para satisfazer as necessidades de uma fonte de dados ou método de monitorização proposto, que possam ser aplicados no prazo necessário para efeitos do presente anexo. Esses recursos técnicos incluem a disponibilidade das necessárias técnicas e tecnologias. |
8. |
Custos excessivos: caso se alegue que a aplicação de uma metodologia de determinação específica a um conjunto de dados implica custos excessivos, deve ser apresentada uma justificação para esse facto na documentação relativa à metodologia de monitorização. Deve proceder-se a uma reavaliação durante os controlos regulares em conformidade com o ponto 6. O caráter excessivo dos custos é determinado do modo a seguir descrito.
Os custos para a determinação de um conjunto de dados específico são considerados excessivos se os custos estimados pelo operador excederem os benefícios de uma metodologia de determinação específica. Para o efeito, o benefício é calculado multiplicando um fator de melhoria por um preço de referência de 20 EUR por tonelada de CO2e e os custos incluem um período de amortização adequado, baseado na duração da vida útil do equipamento, se aplicável. O fator de melhoria é constituído:
As medidas relativas à melhoria da metodologia de monitorização de uma instalação não devem ser consideradas como implicando custos excessivos até um montante acumulado de 2 000 EUR por ano. |
A.4. Divisão das instalações em processos de produção
As instalações devem ser divididas em processos de produção com limites do sistema que garantam que as entradas, saídas e emissões relevantes possam ser monitorizadas em conformidade com as secções B a E do presente anexo e as emissões diretas e indiretas possam ser atribuídas aos grupos de mercadorias definidos no anexo II, secção 2, mediante a aplicação das regras da secção F do presente anexo.
As instalações devem ser divididas em processos de produção do seguinte modo:
a) |
Deve ser definido um único processo de produção para cada uma das categorias agregadas de mercadorias definidas no anexo II, secção 2, que sejam relevantes na instalação; |
b) |
Em derrogação da alínea a), devem ser definidos processos de produção separados para cada via de produção, quando forem aplicadas na mesma instalação vias de produção diferentes, em conformidade com o anexo II, secção 3, para a mesma categoria agregada de mercadorias, ou quando o operador selecionar voluntariamente mercadorias ou grupos de mercadorias diferentes para monitorização separada. Pode também ser utilizada uma definição mais desagregada dos processos de produção, caso esteja em conformidade com um sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação aplicável na instalação; |
c) |
Em derrogação da alínea a), se pelo menos uma parte dos precursores relevantes para mercadorias complexas for produzida na mesma instalação que as mercadorias complexas e se os respetivos precursores não forem transferidos da instalação para venda ou utilização noutras instalações, a produção de precursores e mercadorias complexas pode ser abrangida por um processo de produção conjunto. Nesse caso, deve ser omitido o cálculo separado das emissões incorporadas dos precursores; |
d) |
Podem ser aplicadas as seguintes derrogações setoriais da alínea a):
|
e) |
Quando uma parte da instalação se destinar à produção de mercadorias não enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956, recomenda-se, a título de melhoria, a monitorização dessa parte como um processo de produção adicional, a fim de confirmar a exaustividade dos dados sobre as emissões totais da instalação. |
B. MONITORIZAÇÃO DAS EMISSÕES DIRETAS A NÍVEL DA INSTALAÇÃO
B.1. Exaustividade dos fluxos-fonte e das fontes de emissões
Os limites da instalação e os seus processos de produção devem ser claramente conhecidos pelo operador e definidos na documentação relativa à metodologia de monitorização, tendo em conta os requisitos setoriais específicos estabelecidos no anexo II, secção 2, e na secção B.9 do presente anexo. Aplicam-se os seguintes princípios:
1. |
No mínimo, devem ser abrangidas todas as fontes de emissões de gases com efeito de estufa e todos os fluxos-fonte pertinentes associados direta ou indiretamente à produção das mercadorias enumeradas no anexo II, secção 2. |
2. |
Recomenda-se, a título de melhoria, abranger todas as fontes de emissões e todos os fluxos-fonte da instalação total, a fim de realizar controlos de plausibilidade e controlar a eficiência energética e das emissões da instalação no seu conjunto. |
3. |
Devem ser incluídas todas as emissões provenientes de operações normais, bem como de ocorrências anormais, incluindo arranques, paragens e situações de emergência, registadas durante o período abrangido pelo relatório. |
4. |
Devem ser excluídas as emissões de máquinas móveis para transporte. |
B.2. Escolha da metodologia de monitorização
A metodologia aplicável deve ser:
1. |
A metodologia baseada no cálculo, que consiste em determinar as emissões de fluxos-fonte com base em dados da atividade obtidos por meio de sistemas de medição e em parâmetros adicionais obtidos a partir de análises laboratoriais ou de valores normalizados. A metodologia baseada no cálculo pode ser aplicada de acordo com o método normalizado ou com o método de balanço de massas. |
2. |
A metodologia baseada na medição, que consiste em determinar as emissões das fontes de emissões por meio de medições contínuas da concentração dos gases com efeito de estufa pertinentes no gás de combustão e do fluxo do gás de combustão. |
A título de derrogação, podem ser utilizadas outras metodologias nas condições especificadas no artigo 4.o, n.os 2 e 3, e no artigo 5.o do presente regulamento.
Deve ser escolhida a metodologia de monitorização que forneça os resultados mais exatos e fiáveis, exceto nos casos em que os requisitos setoriais específicos, em conformidade com a secção B.9, exijam uma metodologia específica. A metodologia de monitorização aplicada pode consistir numa combinação de metodologias, de modo que diferentes partes das emissões da instalação sejam monitorizadas por qualquer uma das metodologias aplicáveis.
A documentação relativa à metodologia de monitorização deve identificar claramente:
a) |
Para que fluxo-fonte é utilizado o método normalizado baseado no cálculo ou o método de balanço de massas, incluindo a descrição pormenorizada da determinação de cada parâmetro pertinente previsto na secção B.3.4 do presente anexo; |
b) |
Para que fonte de emissões é utilizada uma metodologia baseada na medição, incluindo a descrição de todos os elementos pertinentes previstos na secção B.6 do presente anexo; |
c) |
Através de um diagrama e de uma descrição do processo adequados da instalação, provas de que não há dupla contagem nem lacunas de dados nas emissões da instalação. |
As emissões da instalação devem ser determinadas por
(Equação 4)
Em que:
EmInst |
são as emissões (diretas) da instalação, expressas em toneladas de CO2e; |
Emcalc,i |
são as emissões do fluxo-fonte i determinadas utilizando uma metodologia baseada no cálculo e expressas em toneladas de CO2e; |
Emmeas,j |
são as emissões da fonte de emissões j determinadas utilizando uma metodologia baseada na medição e expressas em toneladas de CO2e; e |
Emother,k |
são as emissões determinadas por outro método, o índice k, expressas em toneladas de CO2e. |
B.3. Fórmulas e parâmetros para a metodologia baseada no cálculo do CO2
B.3.1. Método normalizado
As emissões devem ser calculadas separadamente para cada fluxo-fonte do seguinte modo:
B.3.1.1. Emissões de combustão:
As emissões de combustão devem ser calculadas utilizando o método normalizado do seguinte modo:
(Equação 5)
Em que:
Emi |
são as emissões [t CO2] causadas pelo combustível i; |
EFi |
é o fator de emissão [t CO2/TJ] do combustível i; |
ADi |
são os dados da atividade [TJ] do combustível i, calculados como |
(Equação 6)
FQi |
é a quantidade de combustível consumida [t ou m3] do combustível I; |
NCVi |
é o poder calorífico inferior (PCI) [TJ/t ou TJ/m3] do combustível i; |
OFi |
é o fator de oxidação (adimensional) do combustível i, calculado como |
(Equação 7)
Cash |
é o carbono contido nas cinzas e na poeira da limpeza de gases de combustão; e |
Ctotal |
é o carbono total contido no combustível queimado. |
O pressuposto prudente de que OF = 1 pode ser sempre utilizado para reduzir os esforços de monitorização.
Desde que conduza a uma maior exatidão, o método normalizado para as emissões de combustão pode ser alterado do seguinte modo:
a) |
Os dados da atividade são expressos em quantidade de combustível (ou seja, em t ou m3); |
b) |
O EF é expresso em t CO2/t combustível ou em t CO2/m3 combustível, consoante o caso; e |
c) |
O PCI pode ser omitido no cálculo. No entanto, a título de melhoria, recomenda-se a comunicação do PCI, a fim de permitir a verificação da coerência e a monitorização da eficiência energética de todo o processo de produção. |
Se o fator de emissão de um combustível i for calculado a partir das análises do teor de carbono e do PCI, deve utilizar-se a seguinte equação:
(Equação 8)
Se o fator de emissão de uma matéria ou combustível expresso em t CO2/t for calculado a partir de um teor de carbono analisado, utiliza-se a seguinte equação:
(Equação 9)
Em que:
f |
é o rácio entre as massas molares de CO2 e C: f = 3,664 t CO2/t C. |
Uma vez que o fator de emissão da biomassa deve ser igual a zero, desde que sejam cumpridos os critérios indicados na secção B.3.3, este facto pode ser tido em conta para os combustíveis mistos (ou seja, combustíveis que contêm componentes fósseis e de biomassa) do seguinte modo:
(Equação 10)
Em que:
EFpre,i |
é o fator de emissão preliminar do combustível i (ou seja, fator de emissão partindo do princípio de que o combustível total é fóssil); e |
BFi |
é a fração de biomassa (adimensional) do combustível i. |
Para os combustíveis fósseis e se a fração de biomassa não for conhecida, a BFi deve ser fixada no valor prudente zero.
B.3.1.2. Emissões de processo:
As emissões de processo devem ser calculadas utilizando o método normalizado do seguinte modo:
(Equação 11)
Em que:
ADj |
são os dados da atividade [t de matéria] da matéria j; |
EFj |
é o fator de emissão [t CO2/t] da matéria j; e |
CFj |
é o fator de conversão (adimensional) da matéria j. |
O pressuposto prudente de que CFj = 1 pode ser sempre utilizado para reduzir os esforços de monitorização.
No caso das matérias de base mistas que contenham formas inorgânicas e orgânicas de carbono, o operador pode optar por:
1. |
Determinar um fator de emissão total preliminar para a matéria mista, analisando o teor total de carbono (CCj ) e utilizando um fator de conversão e, se aplicável, a fração de biomassa e o poder calorífico inferior relacionado com esse teor total de carbono; ou |
2. |
determinar separadamente os teores orgânico e inorgânico e tratá-los como dois fluxos-fonte distintos. |
Tendo em conta os sistemas de medição disponíveis para os dados da atividade e os métodos para determinar o fator de emissão, para as emissões resultantes da decomposição de carbonatos, deve ser escolhido o método que proporciona os resultados mais exatos para cada fluxo-fonte de acordo com os dois métodos seguintes:
— |
Método A (com base nas entradas): o fator de emissão, o fator de conversão e os dados da atividade devem referir-se à quantidade de matéria entrada no processo. Devem ser utilizados os fatores de emissão normalizados de carbonatos puros previstos no quadro 3 do anexo VIII, tendo em conta a composição da matéria determinada em conformidade com a secção B.5 do presente anexo. |
— |
Método B (com base na produção): o fator de emissão, o fator de conversão e os dados da atividade devem referir-se à quantidade produzida pelo processo. Devem ser utilizados os fatores de emissão normalizados de óxidos metálicos após a descarbonização previstos no quadro 4 do anexo VIII, tendo em conta a composição da matéria relevante determinada em conformidade com a secção B.5 do presente anexo. |
Para as emissões de processo de CO2 que não sejam provenientes de carbonatos, aplica-se o método A.
B.3.2. Método de balanço de massas
As quantidades de CO2 pertinentes para cada fluxo-fonte devem ser calculadas com base no teor de carbono de cada matéria, sem que seja feita distinção entre combustíveis e matérias utilizadas no processo. O carbono que sai da instalação em produtos em vez de ser emitido é tido em conta pelos fluxos-fonte de produção, que têm, por conseguinte, dados da atividade negativos.
As emissões correspondentes a cada fluxo-fonte devem ser calculadas do seguinte modo:
(Equação 12)
Em que:
ADk |
são os dados da atividade [t] da matéria k; para a produção, o valor de ADk é negativo; |
f |
é o rácio entre as massas molares de CO2 e C: f = 3,664 t CO2/t C; e |
CCk |
é o teor de carbono da matéria k (adimensional e positivo). |
Se o teor de carbono de um combustível k for calculado a partir de um fator de emissão expresso em t CO2/TJ, deve utilizar-se a seguinte equação:
(Equação 13)
Se o teor de carbono de uma matéria ou combustível k for calculado a partir de um fator de emissão expresso em t CO2/t, deve utilizar-se a seguinte equação:
(Equação 14)
No caso dos combustíveis mistos, ou seja, os combustíveis que contêm componentes fósseis e de biomassa ou matérias mistas, a fração de biomassa pode ser tida em conta, desde que os critérios previstos na secção B.3.3 sejam cumpridos do seguinte modo:
(Equação 15)
Em que:
CCpre,k |
é o teor de carbono preliminar do combustível k (ou seja, fator de emissão partindo do princípio de que o combustível total é fóssil); e |
BFk |
é a fração de biomassa do combustível k (adimensional). |
Para os combustíveis ou matérias fósseis e se a fração de biomassa não for conhecida, a BF deve ser fixada no valor prudente zero. Se a biomassa for utilizada como matéria de base ou combustível e os materiais produzidos contiverem carbono, o balanço de massas global deve tratar a fração de biomassa de forma prudente, o que significa que a fração de biomassa no carbono total produzido não deve exceder a fração total de biomassa contida nas matérias de base e nos combustíveis, exceto se o operador provar uma fração de biomassa mais elevada nas matérias produzidas por um método de «localização de átomo» (estequiométrico) ou por análises de 14C.
B.3.3. Critérios para o fator de emissão zero das emissões de biomassa
Se a biomassa for utilizada como combustível para combustão, deve satisfazer os critérios da presente secção. Caso a biomassa utilizada para combustão não cumpra estes critérios, o seu teor de carbono é considerado carbono fóssil.
1. |
A biomassa deve cumprir os critérios de sustentabilidade e de redução das emissões de gases com efeito de estufa estabelecidos no artigo 29.o, n.os 2 a 7 e 10, da Diretiva (UE) 2018/2001. |
2. |
Em derrogação do ponto anterior, a biomassa contida ou produzida a partir de resíduos e detritos não provenientes da agricultura, aquicultura, pescas e silvicultura deve apenas cumprir os critérios estabelecidos no artigo 29.o, n.o 10, da Diretiva (UE) 2018/2001. O presente número aplica-se igualmente aos resíduos e detritos que são inicialmente transformados num produto antes de serem reprocessados em combustíveis. |
3. |
A eletricidade, o aquecimento e o arrefecimento produzidos a partir de resíduos sólidos urbanos não estão sujeitos aos critérios estabelecidos no artigo 29.o, n.o 10, da Diretiva (UE) 2018/2001. |
4. |
Os critérios estabelecidos no artigo 29.o, n.os 2 a 7 e 10, da Diretiva (UE) 2018/2001 aplicam-se independentemente da origem geográfica da biomassa. |
5. |
O cumprimento dos critérios estabelecidos no artigo 29.o, n.os 2 a 7 e 10, da Diretiva (UE) 2018/2001, deve ser avaliado em conformidade com os artigos 30.o e 31.°, n.o 1, da referida diretiva. |
B.3.4. Parâmetros pertinentes
Em conformidade com as fórmulas apresentadas nas secções B.3.1 a B.3.3 do presente anexo, devem ser determinados os seguintes parâmetros para cada fluxo-fonte:
1. |
Método normalizado, combustão:
|
2. |
Método normalizado, emissões de processo:
|
3. |
Balanço de massas:
|
B.4. Requisitos aplicáveis aos dados da atividade
B.4.1. Medição contínua ou por lotes
Quando as quantidades de combustíveis ou matérias, incluindo mercadorias ou produtos intermédios, tiverem de ser determinadas para um período abrangido pelo relatório, é possível escolher e estabelecer na documentação relativa à metodologia de monitorização um dos seguintes métodos:
1. |
com base na medição contínua no processo em que a matéria é consumida ou produzida; |
2. |
com base na agregação das medições das quantidades entregues ou produzidas separadamente (por lotes), tendo em conta alterações pertinentes das existências. Para este efeito, aplica-se o seguinte:
|
Caso a determinação das existências por medição direta seja tecnicamente inviável ou implique custos excessivos, essas quantidades podem ser estimadas com base num dos seguintes meios:
1. |
dados de anos anteriores correlacionados com os níveis de atividade adequados para o período abrangido pelo relatório, |
2. |
procedimentos documentados e respetivos dados constantes de demonstrações financeiras auditadas relativas ao período abrangido pelo relatório. |
Caso a determinação das quantidades de produtos, matérias ou combustíveis para todo o período abrangido pelo relatório seja tecnicamente inviável ou implique custos excessivos, é possível escolher o dia posterior mais adequado para separar um período abrangido pelo relatório do período seguinte, efetuando a devida conciliação com o período abrangido pelo relatório exigido. Os desvios no que respeita a cada produto, matéria ou combustível devem ser claramente registados para constituir a base de um valor representativo para o período abrangido pelo relatório e ser tidos em conta de forma coerente em relação ao ano seguinte.
B.4.2. Controlo do operador sobre os sistemas de medição
O método preferido para determinar as quantidades de produtos, matérias ou combustíveis deve ser aquele em que o operador da instalação utiliza sistemas de medição sob o seu próprio controlo. Podem ser utilizados, nos seguintes casos, sistemas de medição fora do controlo do operador, em especial se estiverem sob o controlo do fornecedor da matéria ou do combustível:
1. |
Quando o operador não dispuser de um sistema de medição próprio para determinar o respetivo conjunto de dados; |
2. |
Quando a determinação do conjunto de dados pelo sistema de medição do próprio operador for tecnicamente inviável ou implicar custos excessivos; |
3. |
Quando o operador tiver provas de que o sistema de medição fora do seu controlo proporciona resultados mais fiáveis e é menos propenso a riscos de inexatidões. |
Caso sejam utilizados sistemas de medição fora do controlo do operador, as fontes de dados aplicáveis são as seguintes:
1) |
os montantes das faturas emitidas por um parceiro comercial, desde que se realize uma transação comercial entre dois parceiros comerciais independentes, |
2) |
leituras diretas efetuadas nesses sistemas de medição. |
B.4.3. Requisitos aplicáveis aos sistemas de medição
Deve estar disponível um conhecimento aprofundado da incerteza associada à medição das quantidades de combustíveis e matérias, incluindo a influência do ambiente de operação e, se for caso disso, a incerteza da determinação das existências. Devem ser escolhidos instrumentos de medição que assegurem a menor incerteza disponível sem incorrer em custos excessivos e que sejam adequados ao ambiente em que são utilizados, em conformidade com as normas e os requisitos técnicos aplicáveis. Se disponíveis, deve ser dada preferência aos instrumentos sujeitos a controlo metrológico legal. Neste caso, o erro máximo admissível em serviço permitido pela legislação nacional em matéria de controlo metrológico legal para a função de medição em causa pode ser utilizado como valor da incerteza.
Se um instrumento de medição tiver de ser substituído por avaria ou por a calibração demonstrar que os requisitos deixaram de ser satisfeitos, deve ser substituído por instrumentos que garantam um nível de incerteza igual ou melhor comparativamente ao do instrumento existente.
B.4.4. Melhoria recomendada
Considera-se uma melhoria recomendada alcançar uma incerteza de medição proporcional às emissões totais do fluxo-fonte ou da fonte de emissões, com a menor incerteza possível para a maior parte das emissões. A título de orientação, para as emissões superiores a 500 000 t CO2 por ano, a incerteza ao longo de todo o período abrangido pelo relatório, tendo em conta as alterações das existências, se aplicável, deve ser igual a 1,5 % ou melhor. Para emissões abaixo de 10 000 t CO2 por ano, é aceitável uma incerteza inferior a 7,5 %.
B.5. Requisitos aplicáveis aos fatores de cálculo do CO2
B.5.1. Métodos para a determinação dos fatores de cálculo
A fim de determinar os fatores de cálculo necessários para a metodologia baseada no cálculo, é possível escolher um dos seguintes métodos:
1. |
Utilização de valores normalizados; |
2. |
Utilização de valores de substituição baseados numa correlação empírica entre o fator de cálculo pertinente e outras propriedades mais acessíveis à medição; |
3. |
Utilização de valores baseados em análises laboratoriais. |
Os fatores de cálculo devem ser determinados de forma coerente com o estado utilizado para os dados da atividade conexos, referindo o estado em que o combustível ou matéria é adquirido ou utilizado no processo causador das emissões, antes de ser desidratado ou submetido a outro tratamento para análise laboratorial. Se esta abordagem implicar custos excessivos ou se for possível obter maior exatidão, os dados da atividade e os fatores de cálculo podem ser comunicados de forma coerente por referência ao estado em que o combustível ou matéria é sujeito a análises laboratoriais.
B.5.2. Valores normalizados aplicáveis
Os valores normalizados do tipo I só são aplicáveis se não estiver disponível nenhum valor normalizado do tipo II para o mesmo parâmetro e matéria ou combustível.
Os valores normalizados do tipo I são os seguintes:
a) |
Fatores normalizados previstos no anexo VIII; |
b) |
Fatores normalizados constantes das mais recentes orientações do PIAC para os inventários de gases com efeito de estufa (1); |
c) |
Valores baseados em análises laboratoriais realizadas no passado, há menos de cinco anos, e considerados representativos para o combustível ou matéria. |
Os valores normalizados do tipo II são os seguintes:
a) |
Fatores normalizados utilizados pelo país em que está situada a instalação no seu último inventário nacional apresentado ao Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas; |
b) |
Valores publicados por instituições de investigação nacionais, autoridades públicas, organismos de normalização, serviços de estatística, etc., para efeitos de comunicação de informações mais desagregadas sobre as emissões do que no âmbito do ponto anterior; |
c) |
Valores especificados e garantidos pelo fornecedor de um combustível ou matéria, se existirem provas de que o teor de carbono apresenta um intervalo de confiança a 95 % não superior a 1 %; |
d) |
Valores estequiométricos para o teor de carbono e valores correspondentes referidos na literatura para o poder calorífico inferior (PCI) de uma substância pura; |
e) |
Valores baseados em análises laboratoriais realizadas no passado, há menos de dois anos, e considerados representativos para o combustível ou matéria. |
A fim de assegurar a coerência ao longo do tempo, os valores normalizados utilizados devem ser especificados na documentação relativa à metodologia de monitorização e alterados apenas se existirem provas de que o novo valor é mais adequado e representativo para o combustível ou matéria utilizado do que o anterior. Quando os valores normalizados são alterados anualmente, a fonte fidedigna aplicável desse valor deve ser especificada na documentação relativa à metodologia de monitorização, em vez do próprio valor.
B.5.3. Estabelecimento de correlações para a determinação de valores de substituição
É possível obter um valor de substituição para o teor de carbono ou o fator de emissão a partir dos seguintes parâmetros, em combinação com uma correlação empírica determinada pelo menos uma vez por ano, em conformidade com os requisitos para as análises laboratoriais indicados na secção B.5.4 do presente anexo, do seguinte modo:
a) |
Medição da densidade de óleos ou gases específicos, incluindo os comuns ao setor da refinaria ou do aço, |
b) |
Poder calorífico inferior de tipos específicos de carvão. |
A correlação tem de satisfazer os requisitos das boas práticas industriais e pode ser aplicada unicamente a valores de substituição incluídos na gama para que foi estabelecida.
B.5.4. Requisitos para análises laboratoriais
Caso sejam necessárias análises laboratoriais para determinar as propriedades (incluindo humidade, pureza, concentração, teor de carbono, fração de biomassa, poder calorífico inferior, densidade) de produtos, matérias, combustíveis ou gases residuais, ou para estabelecer correlações entre parâmetros para efeitos da determinação indireta dos dados necessários, as análises devem cumprir os requisitos da presente secção.
O resultado de qualquer análise deve ser utilizado exclusivamente para o período de entrega ou o lote de combustível ou matéria de que foram colhidas amostras, e de que as amostras foram consideradas representativas. Para a determinação de um parâmetro específico, devem ser utilizados os resultados de todas as análises efetuadas relativamente a esse parâmetro.
B.5.4.1. Utilização de normas
As análises, a amostragem, as calibrações e as validações pertinentes para a determinação dos fatores de cálculo devem ser realizadas mediante a aplicação de métodos baseados nas normas ISO correspondentes. Se essas normas não estiverem disponíveis, os métodos devem basear-se em normas EN ou nacionais adequadas ou em requisitos estabelecidos num sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação. Se não existirem normas publicadas aplicáveis, podem ser utilizados projetos de normas adequados, orientações de melhores práticas da indústria ou outras metodologias cientificamente comprovadas, que limitem distorções na amostragem e na medição.
B.5.4.2. Recomendações sobre o plano de amostragem e a frequência mínima das análises
Devem ser utilizadas as frequências mínimas de análise indicadas no quadro 1 do presente anexo para os combustíveis e matérias pertinentes. Pode ser utilizada outra frequência de análise nos seguintes casos:
a) |
Se o quadro não incluir uma frequência mínima aplicável; |
b) |
Se um sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação previr outra frequência mínima de análise para o mesmo tipo de matéria ou combustível; |
c) |
Se a frequência mínima indicada no Quadro 1 do presente anexo implicar custos excessivos; |
d) |
Se for possível demonstrar que, com base nos dados históricos, designadamente nos valores analíticos para os respetivos combustíveis ou matérias no período abrangido pelo relatório imediatamente anterior ao período atual, a eventual variação nos valores analíticos para o respetivo combustível ou matéria não é superior a 1/3 da incerteza na determinação dos dados da atividade do combustível ou matéria em causa. |
Caso a instalação opere apenas durante uma parte do ano, ou os combustíveis ou matérias sejam entregues em lotes consumidos em mais do que um período abrangido pelo relatório, é possível escolher um calendário mais adequado para as análises, desde que tal permita valores de incerteza comparáveis para efeitos da última alínea do parágrafo anterior.
Quadro 1
Frequências mínimas de análise
Combustível/matéria |
Frequência mínima das análises |
Gás natural |
Pelo menos semanalmente |
Outros gases, em particular gás de síntese e gases de processos (por exemplo, gás misto de refinaria, gás de coqueria, gás de alto-forno, gás de conversor, gás de campo de petróleo ou de campo de gás) |
Pelo menos diariamente — utilizando procedimentos adequados em diferentes partes do dia |
Fuelóleos (por exemplo, fuelóleo leve, médio, pesado e betume) |
Por cada 20 000 toneladas de combustível e, pelo menos, seis vezes por ano |
Carvão, carvão de coque, coque, coque de petróleo, turfa |
Por cada 20 000 toneladas de combustível/matéria e, pelo menos, seis vezes por ano |
Outros combustíveis |
Por cada 10 000 toneladas de combustível e, pelo menos, quatro vezes por ano |
Resíduos sólidos não tratados (resíduos fósseis puros ou mistura de resíduos fósseis e de biomassa) |
Por cada 5 000 toneladas de resíduos e, pelo menos, quatro vezes por ano |
Resíduos líquidos, resíduos sólidos pré-tratados |
Por cada 10 000 toneladas de resíduos e, pelo menos, quatro vezes por ano |
Minerais carbonatados (incluindo calcário e dolomite) |
Por cada 50 000 toneladas de matéria e, pelo menos, quatro vezes por ano |
Argilas e xistos |
Quantidades de matérias correspondentes a emissões de 50 000 toneladas de CO2 e, pelo menos, quatro vezes por ano |
Outras matérias (produtos primários, intermédios e finais) |
Em função do tipo de matéria e da variação, quantidades de matéria correspondentes a emissões de 50 000 toneladas de CO2 e, pelo menos, quatro vezes por ano |
As amostras devem ser representativas do lote total ou do período de entrega para o qual são colhidas. A fim de assegurar a representatividade, é necessário ter em conta a heterogeneidade da matéria, bem como todos os outros aspetos pertinentes, incluindo o equipamento de amostragem disponível, a possível separação de fases ou a distribuição local da granulometria, a estabilidade das amostras, etc. O método de amostragem deve ser especificado na documentação relativa à metodologia de monitorização.
Considera-se uma melhoria recomendada utilizar um plano de amostragem específico para cada matéria ou combustível em causa, de acordo com as normas aplicáveis, que contenha as informações pertinentes sobre as metodologias de preparação das amostras, incluindo informações sobre responsabilidades, localizações, frequências e quantidades, e sobre as metodologias de armazenamento e transporte de amostras.
B.5.4.3. Recomendações para os laboratórios
Os laboratórios utilizados para efetuar análises para a determinação dos fatores de cálculo devem ser acreditados em conformidade com a norma ISO/IEC 17025 para os métodos analíticos pertinentes. Os laboratórios não acreditados para a determinação dos fatores de cálculo só podem ser utilizados se existirem provas de que o acesso a laboratórios acreditados é tecnicamente inviável ou implicaria custos excessivos e de que o laboratório não acreditado é suficientemente competente. Um laboratório é considerado suficientemente competente se cumprir todos os seguintes requisitos:
1. |
É economicamente independente do operador ou, pelo menos, protegido do ponto de vista organizacional contra a influência da direção da instalação; |
2. |
Aplica as normas aplicáveis às análises solicitadas; |
3. |
Emprega pessoal competente para as funções específicas atribuídas; |
4. |
Gere de forma adequada a amostragem e a preparação das amostras, incluindo o controlo da integridade das amostras, |
5. |
Realiza regularmente atividades de garantia da qualidade das calibrações, da amostragem e dos métodos analíticos, através de métodos adequados, incluindo a participação regular em testes de proficiência, a aplicação de métodos analíticos a materiais de referência certificados ou a intercomparação com um laboratório acreditado; |
6. |
Gere o equipamento de forma adequada, nomeadamente ao manter e implementar procedimentos de calibração, ajustamento, manutenção e reparação do mesmo, e de conservação dos respetivos registos. |
B.5.5. Métodos recomendados para a determinação dos fatores de cálculo
Considera-se uma melhoria recomendada aplicar valores normalizados apenas aos fluxos-fonte que correspondam a quantidades menores de emissões e aplicar análises laboratoriais a todos os fluxos-fonte principais. A lista seguinte apresenta os métodos aplicáveis, em sequência crescente de qualidade dos dados:
1. |
Valores normalizados do tipo I; |
2. |
Valores normalizados do tipo II; |
3. |
Correlações para a determinação de valores de substituição; |
4. |
Análises efetuadas fora do controlo do operador, por exemplo, pelo fornecedor do combustível ou da matéria, contidas nos documentos de compra, sem informações adicionais sobre os métodos aplicados; |
5. |
Análises em laboratórios não acreditados ou em laboratórios acreditados, mas com métodos de amostragem simplificados; |
6. |
Análises em laboratórios acreditados, aplicando boas práticas em matéria de amostragem. |
B.6. Requisitos aplicáveis a uma metodologia baseada na medição para o CO2 e N2O
B.6.1. Disposições gerais
Uma metodologia baseada na medição exige a utilização de um sistema de medição contínua das emissões (CEMS) instalado num ponto de medição adequado.
Para a monitorização das emissões de N2O, é obrigatória a utilização da metodologia baseada na medição. Para o CO2, esta metodologia só deve ser utilizada se existirem provas de que conduz a dados mais exatos do que a metodologia baseada no cálculo. São aplicáveis os requisitos relativos à incerteza dos sistemas de medição, nos termos da secção B.4.3 do presente anexo.
O CO emitido para a atmosfera deve ser tratado como a quantidade molar equivalente de CO2.
Quando existirem diversas fontes de emissões numa instalação que não possam ser medidas como uma só fonte de emissões, o operador deve medir separadamente as emissões dessas fontes e adicionar os resultados a fim de obter as emissões totais do gás em causa durante o período abrangido pelo relatório.
B.6.2. Método e cálculo
B.6.2.1. Emissões de um período abrangido pelo relatório (emissões anuais)
As emissões totais anuais de uma fonte de emissões durante o período abrangido pelo relatório devem ser determinadas somando todos os valores horários da concentração de gases com efeito de estufa medidos ao longo desse período, multiplicados pelos valores horários do fluxo dos gases de combustão, correspondendo os valores horários às médias de todos os resultados das medições individuais da hora de funcionamento respetiva, aplicando a fórmula:
(Equação 16)
Em que:
GHG Emtotal |
são as emissões anuais totais de gases com efeito de estufa, expressas em toneladas; |
GHG conchourly,i |
são as concentrações horárias de emissões de gases com efeito de estufa no fluxo dos gases de combustão, expressas em g/Nm3, medidas durante uma determinada hora ou período de referência mais curto i de funcionamento; |
Vhourly,i |
é o volume dos gases de combustão, expresso em Nm3, numa hora ou num período de referência mais curto i, determinado pela integração da taxa de fluxo ao longo do período de referência; e |
HoursOp |
é o número total de horas (ou períodos de referência mais curtos) a que se aplica a metodologia baseada na medição, incluindo as horas em que os dados foram substituídos em conformidade com a secção B.6.2.6 do presente anexo. |
O índice i refere-se à hora de funcionamento individual (períodos de referência).
As médias horárias para cada parâmetro medido devem ser calculadas antes de qualquer transformação posterior, utilizando todos os pontos de dados disponíveis para essa hora específica. Quando puderem ser gerados dados relativos a períodos de referência mais curtos, esses períodos devem ser utilizados para a determinação das emissões anuais.
B.6.2.2. Determinação da concentração de gases com efeito de estufa
A concentração de gases com efeito de estufa em causa nos gases de combustão deve ser determinada deve ser determinada por medição contínua num ponto representativo por um dos seguintes meios:
— |
medição direta da concentração de gases com efeito de estufa, |
— |
medição indireta: no caso de uma concentração elevada no gás de combustão, a concentração de gases com efeito de estufa pode ser calculada utilizando uma medição indireta da concentração, tendo em conta os valores de concentração medidos de todos os outros componentes i do fluxo de gás, utilizando a seguinte fórmula: |
(Equação 17)
Em que:
conci |
é a concentração do componente de gás i. |
B.6.2.3. Emissões de CO2 provenientes de biomassa
Se for caso disso, qualquer quantidade de CO2 proveniente de biomassa que cumpra os critérios indicados na secção B.3.3 do presente anexo pode ser subtraída do total das emissões de CO2 medidas, desde que seja utilizado um dos seguintes métodos para a quantidade de emissões de CO2 de biomassa:
1. |
Uma metodologia baseada no cálculo, incluindo metodologias que recorram a análises e amostragem baseadas na norma ISO 13833 [Stationary source emissions — Determination of the ratio of biomass (biogenic) and fossil-derived carbon dioxide — Radiocarbon sampling and determination]; |
2. |
Outro método baseado numa norma pertinente, incluindo a norma ISO 18466 (Stationary source emissions — Determination of the biogenic fraction in CO2 in stack gas using the balance method); |
3. |
Outro método permitido por um sistema elegível de monitorização, comunicação de informações e verificação. |
B.6.2.4. Determinação das emissões de CO2e provenientes de N2O
No caso das medições de N2O, as emissões anuais totais de N2O provenientes de todas as fontes de emissões, medidas em toneladas com três casas decimais, devem ser convertidas em CO2e anual, em toneladas arredondadas, utilizando a seguinte fórmula e os valores do potencial de aquecimento global (GWP) indicados no anexo VIII:
CO2e [t] = N2Oanual[t] × GWPN2O (Equação 18)
Em que:
N2Oannual |
é o total das emissões anuais de N2O, calculadas em conformidade com a secção B.6.2.1 do presente anexo. |
B.6.2.5. Determinação do fluxo dos gases de combustão
O fluxo dos gases de combustão pode ser determinado por um dos seguintes métodos:
— |
cálculo mediante um balanço de massas adequado, tomando em consideração todos os parâmetros significativos do lado da entrada, incluindo, para as emissões de CO2, pelo menos, as cargas de matérias entradas, o fluxo de ar entrado e a eficiência do processo, bem como do lado da saída, incluindo, pelo menos, os produtos saídos e as concentrações de oxigénio (O2), de dióxido de enxofre (SO2) e de óxidos de azoto (NOx); |
— |
determinação por medição contínua do fluxo num ponto representativo. |
B.6.2.6. Tratamento das lacunas de medição
Se o equipamento de medição contínua de um parâmetro estiver fora de controlo, fora da escala ou fora de serviço durante parte da hora ou do período de referência, a média horária correspondente deve ser calculada proporcionalmente aos pontos de medição restantes dessa hora ou do período de referência mais curto, desde que estejam disponíveis, pelo menos, 80 % do número máximo de pontos de medição para um dado parâmetro.
Se estiverem disponíveis menos de 80 % do número máximo de pontos de dados para um parâmetro, devem ser utilizados os métodos indicados a seguir:
— |
No caso de um parâmetro diretamente medido como concentração, é utilizado um valor de substituição como a soma de uma concentração média e duas vezes o desvio-padrão associado a essa média, aplicando a seguinte equação: |
(Equação 19)
Em que:
|
é a média aritmética da concentração do parâmetro específico ao longo de todo o período abrangido pelo relatório ou, no caso de terem ocorrido circunstâncias específicas por ocasião da perda de dados, um período adequado que reflita as circunstâncias específicas e |
σ c |
é a melhor estimativa do desvio-padrão de concentração do parâmetro específico ao longo de todo o período de informação ou, se a perda de dados tiver ocorrido em circunstâncias específicas, de um período adequado que reflita as circunstâncias específicas. |
Caso o período abrangido pelo relatório não seja aplicável para determinar esses valores de substituição devido a alterações técnicas significativas ocorridas na instalação, deve ser escolhido outro período suficientemente representativo para determinar a média e o desvio-padrão, se possível com a duração de, pelo menos, seis meses.
— |
No caso de um parâmetro que não a concentração, os valores de substituição devem ser determinados através de um modelo de balanço de massas adequado ou de um balanço energético do processo. Este modelo deve ser validado utilizando os restantes parâmetros medidos da metodologia baseada na medição e os dados em condições de funcionamento normais, considerando um período com a mesma duração que a lacuna de dados. |
B.6.3. Requisitos de qualidade
Todas as medições devem ser efetuadas aplicando métodos baseados:
1. |
na norma ISO 20181:2023 Stationary source emissions — Quality assurance of automated measuring systems |
2. |
na norma ISO 14164:1999 Stationary source emissions — Determination of the volume flowrate of gas streams in ducts — Automated method |
3. |
na norma ISO 14385-1:2014 Stationary source emissions — Greenhouse gases — Part 1: Calibration of automated measuring systems |
4. |
na norma ISO 14385-2:2014 Stationary source emissions — Greenhouse gases — Part 2: Ongoing quality control of automated measuring systems |
5. |
Noutras normas ISO pertinentes, em especial a ISO 16911-2 (Stationary source emissions — Manual and automatic determination of velocity and volume flow rate in ducts). |
Se não existirem normas publicadas aplicáveis, devem ser utilizados projetos de normas adequados, orientações de melhores práticas da indústria ou outras metodologias cientificamente comprovadas, que limitem distorções na amostragem e na medição.
Devem ser tidos em conta todos os aspetos relevantes do sistema de medição contínua, nomeadamente a localização do equipamento, a calibração, a medição, a garantia da qualidade e o controlo da qualidade.
Os laboratórios que efetuem as medições, as calibrações e as avaliações do equipamento relevante para sistemas de medição contínua devem ser acreditados em conformidade com a norma ISO/IEC 17025 para os métodos analíticos ou atividades de calibração pertinentes. Se o laboratório não dispuser dessa acreditação, deve ser assegurada uma competência suficiente, em conformidade com a secção B.5.4.3 do presente anexo.
B.6.4. Cálculos de corroboração
As emissões de CO2 determinadas por uma metodologia baseada na medição devem ser corroboradas através do cálculo das emissões anuais de cada gás com efeito de estufa em causa para as mesmas fontes de emissão e os mesmos fluxos-fonte. Para o efeito, os requisitos estabelecidos nas secções B.4 a B.6 do presente anexo podem ser simplificados, conforme adequado.
B.6.5. Requisitos mínimos para as medições contínuas das emissões
Como requisito mínimo, deve ser alcançada uma incerteza de 7,5 % das emissões de gases com efeito de estufa de uma fonte de emissões durante todo o período abrangido pelo relatório. Para fontes de emissão menores, ou em circunstâncias excecionais, pode ser permitida uma incerteza de 10 %. Recomenda-se uma melhoria no sentido de alcançar uma incerteza de, pelo menos, 2,5 % para as fontes de emissão que emitam mais de 100 000 toneladas de CO2e fóssil por período abrangido pelo relatório.
B.7. Requisitos para a determinação das emissões de perfluorocarbonetos
A monitorização abrange as emissões de perfluorocarbonetos (PFC) resultantes de efeitos anódicos, incluindo as emissões fugitivas de perfluorocarbonetos. As emissões não relacionadas com efeitos anódicos devem ser determinadas com base em métodos de estimativa em conformidade com as melhores práticas da indústria, em especial as orientações fornecidas pelo Instituto Internacional do Alumínio.
As emissões de PFC devem ser calculadas a partir das emissões mensuráveis numa conduta ou chaminé («emissões de fontes pontuais»), bem como das emissões fugitivas, utilizando a eficiência de recolha da conduta:
Emissões de PFC (total) = Emissões de PFC (conduta)/eficiência de recolha (Equação 20)
A eficiência de recolha deve ser medida quando são determinados os fatores de emissão específicos da instalação.
As emissões de CF4 e C2F6 emitidas através de uma conduta ou chaminé devem ser calculadas utilizando um dos seguintes métodos:
1. |
método A, baseado no registo dos minutos de efeitos anódicos por célula.dia; |
2. |
método B, baseado no registo da sobretensão de efeitos anódicos. |
B.7.1. Método de cálculo A — Método do gradiente
Para determinar as emissões de PFC, utilizam-se as seguintes equações:
Emissões de CF4 [t] = AEM × (SEFCF4/1 000) × PrAl (Equação 21)
Emissões de C2F6 [t] = Emissões de CF4 × FC2F6 (Equação 22)
Em que:
AEM |
é os minutos de efeitos anódicos/célula.dia; |
SEFCF4 |
é o fator gradiente de emissão, expresso em (kg CF4/t Al produzido)/(minutos de efeitos anódicos/célula.dia)]. Quando são utilizados diferentes tipos de células, podem ser aplicados diferentes fatores gradientes de emissão, conforme adequado; |
PrAl |
é a produção de alumínio primário [t] durante o período abrangido pelo relatório; e |
FC2F6 |
é a fração mássica de C2F6 [t C2F6/t CF4]. |
Os minutos de efeitos anódicos por célula.dia correspondem ao produto da frequência dos efeitos anódicos (número de efeitos anódicos/célula.dia) pela duração média dos efeitos anódicos (minutos de efeitos anódicos/ocorrência):
AEM = frequência × duração média (Equação 23)
Fator de emissão: O fator de emissão para o CF4 (fator gradiente de emissão, SEFCF4) exprime a quantidade [kg] de CF4 emitido por tonelada de alumínio produzida por minuto de efeitos anódicos por célula.dia. O fator de emissão (fração mássica FC2F6) de C2F6 exprime a quantidade [kg] de C2F6 emitido proporcionalmente à quantidade [kg] de CF4 emitido.
Requisito mínimo: São utilizados os fatores de emissão específicos das tecnologias que constam do Quadro 2 do presente anexo.
Melhoria recomendada: Os fatores de emissão específicos da instalação para CF4 e C2F6 são estabelecidos através de medições no terreno contínuas ou intermitentes. Para a determinação desses fatores de emissão, devem ser aplicadas as melhores práticas da indústria, em especial as orientações mais recentes fornecidas pelo Instituto Internacional do Alumínio. O fator de emissão deve igualmente ter em conta as emissões relacionadas com efeitos não anódicos. Cada fator de emissão deve ser determinado com uma incerteza máxima de ± 15 %. Os fatores de emissão devem ser determinados, pelo menos, de três em três anos, ou antes se as alterações da instalação o exigirem. Será o caso, por exemplo, de uma alteração na distribuição da duração dos efeitos anódicos ou de uma alteração no algoritmo de controlo que afete a combinação de tipos de efeitos anódicos ou a natureza da rotina de supressão dos efeitos anódicos.
Quadro 2
Fatores de emissão específicos das tecnologias relativos aos dados da atividade para o método do gradiente
Tecnologia |
Fator de emissão para CF4 (SEFCF4) [(kg CF4/t Al)/(minutos de efeitos anódicos/célula.dia)] |
Fator de emissão para C2F6 (FC2F6) [t C2F6/t CF4] |
Célula anódica pré-calcinada de carga pontual antiga (PFPB L) |
0,122 |
0,097 |
Célula anódica pré-calcinada de carga pontual moderna (PFPB M) |
0,104 |
0,057 |
Célula anódica pré-calcinada de carga pontual moderna sem estratégias de intervenção com efeitos anódicos totalmente automatizados para as emissões de PFC (PFPB MW) |
– (*1) |
– (*1) |
Célula anódica pré-calcinada de carga central (CWPB) |
0,143 |
0,121 |
Célula anódica pré-calcinada de carga lateral (SWPB) |
0,233 |
0,280 |
Célula de pinos verticais de Søderberg (VSS) |
0,058 |
0,086 |
Célula de pinos horizontais de Søderberg (HSS) |
0,165 |
0,077 |
B.7.2. Método de cálculo B — Método da sobretensão
Para o método da sobretensão, devem ser utilizadas as seguintes equações:
Emissões de CF4 [t] = OVC × (AEO/CE)× PrAl × 0,001 (Equação 24)
Emissões de C2F6 [t] = Emissões de CF4 × FC2F6 (Equação 25)
Em que:
OVC |
é o coeficiente de sobretensão («fator de emissão»), expresso em quilogramas de CF4 por tonelada de alumínio produzida por mV de sobretensão; |
AEO |
é a sobretensão de efeitos anódicos por célula [mV], determinada como o integral de (tempo × tensão superior à tensão-alvo) dividido pelo tempo (duração) da recolha de dados; |
CE |
é a eficiência média da corrente do processo de produção de alumínio [%]; |
PrAl |
é a produção anual de alumínio primário [t]; e |
FC2F6 |
é a fração mássica de C2F6 [t C2F6/t CF4]. |
O termo AEO/CE (sobretensão de efeitos anódicos/eficiência da corrente) exprime a sobretensão de efeitos anódicos média [mV de sobretensão], integrada no tempo, por eficiência média da corrente [%].
Requisito mínimo: Devem ser utilizados os fatores de emissão específicos das tecnologias que constam do quadro 3 do presente anexo.
Melhoria recomendada: Utilizam-se fatores de emissão específicos da instalação para CF4 [(kg CF4/t Al)/(mV)] e C2F6 [t C2F6/t CF4] estabelecidos através de medições de campo contínuas ou intermitentes. Para a determinação desses fatores de emissão, devem ser aplicadas as melhores práticas da indústria, em especial as orientações mais recentes fornecidas pelo Instituto Internacional do Alumínio. Os fatores de emissão são determinados com uma incerteza máxima de ± 15 % cada. Os fatores de emissão devem ser determinados, pelo menos, de três em três anos, ou antes se as alterações da instalação o exigirem. Será o caso de uma alteração na distribuição da duração dos efeitos anódicos ou de uma alteração no algoritmo de controlo que afete a combinação de tipos de efeitos anódicos ou a natureza da rotina de supressão dos efeitos anódicos.
Quadro 3
Fatores de emissão específicos das tecnologias relativos aos dados da atividade para o método da sobretensão
Tecnologia |
Fator de emissão para CF4 [(kg CF4/t Al)/mV] |
Fator de emissão para C2F6 [t C2F6/t CF4] |
Célula anódica pré-calcinada de carga central (CWPB) |
1,16 |
0,121 |
Célula anódica pré-calcinada de carga lateral (SWPB) |
3,65 |
0,252 |
B.7.3. Determinação das emissões de CO2e
As emissões de CO2e devem ser calculadas a partir das emissões de CF4 e de C2F6 do seguinte modo, utilizando os potenciais de aquecimento global enumerados no anexo VIII.
Emissões de PFC [t CO2e] = Emissões de CF4 [t] × GWPCF4 + Emissões de C2F6 [t] × GWPC2F6 (Equação 26)
B.8. Requisitos aplicáveis às transferências de CO2 entre instalações
B.8.1. CO2 contido em gases («CO2 inerente»)
O CO2 inerente que é transferido para uma instalação, nomeadamente o contido em gás natural, num efluente gasoso (incluindo como um gás de alto-forno ou de coqueria) ou em entradas do processo (incluindo gás de síntese), deve ser incluído no fator de emissão relativo a esse fluxo-fonte.
Se o CO2 inerente for transferido da instalação, como parte de um fluxo-fonte, para outra instalação, não deve ser contabilizado como emissões da instalação de que provém. Contudo, se o CO2 inerente for emitido (por exemplo, libertado para a atmosfera ou queimado) ou transferido para entidades que não monitorizam elas próprias as emissões para efeitos do presente regulamento ou de um sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação, esse CO2 deve ser contabilizado como emissões da instalação de que provém.
B.8.2. Elegibilidade para deduzir o CO2 armazenado ou utilizado
Nos seguintes casos, o CO2 proveniente de carbono fóssil e proveniente da combustão ou de processos que conduzam a emissões de processo, ou que seja importado de outras instalações, incluindo sob a forma de CO2 inerente, pode ser contabilizado como não emitido:
1. |
Se o CO2 for utilizado dentro da instalação ou transferido da instalação para um dos seguintes locais:
|
2. |
Se o CO2 for utilizado dentro da instalação ou transferido da instalação para uma entidade que monitorize as emissões para efeitos do presente regulamento ou de um sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação, a fim de produzir produtos nos quais o carbono proveniente do CO2 esteja quimicamente ligado de forma permanente, de modo a não entrar na atmosfera em condições normais de utilização, incluindo qualquer atividade normal realizada após o fim da vida útil do produto, tal como definido no ato delegado adotado nos termos do artigo 12.o, n.o 3-B, da Diretiva 2003/87/CE. |
O CO2 transferido para outra instalação para os fins indicados nos pontos 1 e 2 só pode ser contabilizado como não emitido na medida em que sejam fornecidas provas, ao longo de toda a cadeia de custódia até ao local de armazenamento ou à instalação de utilização de CO2 e incluindo quaisquer operadores de transporte, da fração de CO2 efetivamente armazenada ou utilizada para a produção de produtos quimicamente estáveis em comparação com a quantidade total de CO2 transferida para fora da instalação de origem.
Se o CO2 for utilizado na mesma instalação para efeitos dos pontos 1 e 2, devem aplicar-se os métodos de monitorização indicados no anexo IV, secções 21 a 23, do Regulamento de Execução (UE) 2018/2066 da Comissão.
B.8.3. Regras de monitorização das transferências de CO2
A identidade e os dados de contacto de uma pessoa responsável das instalações ou entidades recetoras devem constar de forma clara na documentação relativa à metodologia de monitorização. A quantidade de CO2 considerada não emitida deve ser indicada na comunicação nos termos do anexo IV.
A identidade e os dados de contacto de uma pessoa responsável das instalações ou entidades das quais foi recebido o CO2 devem constar de forma clara na documentação relativa à metodologia de monitorização. A quantidade de CO2 recebida deve ser indicada na comunicação nos termos do anexo IV.
Para determinar a quantidade de CO2 transferida de uma instalação para outra, deve ser utilizada uma metodologia baseada na medição. No que respeita à quantidade de CO2 ligada quimicamente de forma permanente aos produtos, deve ser utilizada uma metodologia baseada no cálculo, de preferência utilizando um balanço de massas. As reações químicas aplicadas e todos os fatores estequiométricos relevantes devem constar da documentação relativa à metodologia de monitorização.
B.9. Requisitos setoriais específicos
B.9.1. Regras adicionais para as unidades de combustão
As emissões de combustão abrangem todas as emissões de CO2 provenientes da combustão de combustíveis que contenham carbono, incluindo resíduos, independentemente de qualquer outra classificação dessas emissões ou combustíveis. Quando não for claro se uma matéria atua como combustível ou como entrada no processo, por exemplo, para reduzir minérios metálicos, as emissões dessa matéria devem ser monitorizadas da mesma forma que as emissões de combustão. Todas as unidades de combustão estacionária devem ser consideradas, incluindo caldeiras, queimadores, turbinas, aquecedores, fornos de recozimento, incineradoras, calcinadores, fornos, fogões, secadores, motores, células de combustível, unidades químicas de combustão, motores de queima de gases e unidades de pós-combustão térmica ou catalítica.
Além disso, a monitorização deve incluir as emissões de processo de CO2 resultantes da limpeza de gases de combustão, em especial o CO2 proveniente de calcário ou outros carbonatos para dessulfuração e depuração semelhante, bem como da ureia utilizada em unidades de eliminação de NOx.
B.9.1.1. Dessulfuração e outra limpeza de gases ácidos
As emissões de processo de CO2 resultantes da utilização de carbonatos para limpeza de gases ácidos provenientes do fluxo de gases de combustão devem ser calculadas com base no carbonato consumido (método A). Em caso de dessulfuração, o cálculo pode basear-se em alternativa na quantidade de gesso produzida (método B). Neste último caso, o fator de emissão é a razão estequiométrica entre o gesso seco (CaSO4 × 2H2O) e o CO2 emitido: 0,2558 t CO2/t gesso.
B.9.1.2. Eliminação de NOx
Se for utilizada ureia como agente redutor numa unidade de eliminação de NOx, as emissões de processo de CO2 resultantes da sua utilização devem ser calculadas utilizando o método A, aplicando um fator de emissão baseado na razão estequiométrica de 0,7328 t CO2/t ureia.
B.9.1.3. Monitorização das tochas
No cálculo das emissões provenientes de tochas, devem ser abrangidas as emissões provenientes da queima de rotina, bem como da queima por motivos operacionais (descargas, arranque e paragem, bem como descargas de emergência). Deve ser incluído o CO2 inerente aos gases queimados.
Se a realização de uma monitorização mais rigorosa for tecnicamente inviável ou implicar custos excessivos, deve ser utilizado um fator de emissão de referência de 0,00393 t CO2/Nm3, derivado da combustão de etano puro utilizado como indicador prudente para os gases de tocha.
Recomenda-se uma melhoria para determinar os fatores de emissão específicos da instalação derivados de uma estimativa da massa molecular do fluxo de gases queimados na tocha, recorrendo a uma modelização de processo baseada em modelos industriais normalizados. Deve determinar-se um valor médio anual ponderado da massa molecular dos gases de tocha com base nas proporções relativas e nas massas moleculares de cada fluxo afluente à tocha.
Para os dados da atividade, é aceitável uma incerteza de medição superior à dos outros combustíveis queimados.
B.9.2. Regras adicionais para as emissões provenientes da produção de clínquer
B.9.2.1. Regras adicionais para o método A (com base nas entradas)
Quando for utilizado o método A (com base nas entradas no forno) para determinar as emissões de processo, aplicam-se as seguintes regras especiais:
— |
Se as poeiras de forno de cimento ou as poeiras de derivação saírem do sistema de fornos, as quantidades de matérias-primas conexas não devem ser consideradas entradas no processo. As emissões provenientes das poeiras de forno de cimento devem ser calculadas separadamente em conformidade com a secção B.9.2.3 do presente anexo. |
— |
É possível caracterizar quer o cru cimenteiro no seu conjunto, quer as matérias entradas em separado, evitando a dupla contagem ou omissões das matérias devolvidas ou de derivação. Se os dados da atividade forem determinados com base na produção de clínquer, a quantidade líquida do cru cimenteiro pode ser determinada por um rácio empírico de cru cimenteiro/clínquer específico da instalação. Esse rácio deve ser atualizado pelo menos uma vez por ano, aplicando as orientações relativas às melhores práticas da indústria. |
B.9.2.2. Regras adicionais para o método B (com base nas saídas)
Quando for utilizado o método B (baseado na produção de clínquer) para determinar as emissões de processo, aplicam-se as seguintes regras especiais:
Os dados da atividade devem ser determinados como a produção de clínquer [t] durante o período abrangido pelo relatório, recorrendo a um dos seguintes métodos:
— |
pesagem direta do clínquer, |
— |
balanço das matérias, baseado nas entregas de cimento, tomando em consideração o clínquer escoado e o fornecido e a variação das existências de clínquer, utilizando a seguinte fórmula: |
(Equação 27)
Em que:
Cliprod |
é a quantidade de clínquer produzido, expressa em toneladas; |
Cemdeliv |
é a quantidade de cimento fornecido, expressa em toneladas; |
CemSV |
são as variações das existências de cimento, expressas em toneladas; |
CCR |
é o rácio clínquer/cimento (toneladas de clínquer por tonelada de cimento); |
Clis |
a quantidade de clínquer fornecido, expressa em toneladas; |
Clid |
é a quantidade de clínquer expedido, expressa em toneladas; e |
CliSV |
é a quantidade de variações das existências de clínquer, expressa em toneladas. |
O rácio clínquer/cimento deve ser determinado separadamente para cada um dos diferentes produtos de cimento com base nas análises laboratoriais em conformidade com as disposições da secção B.5.4 ou calculado como razão a partir da diferença entre os fornecimentos de cimento e as alterações das existências e todas as matérias utilizadas como aditivos ao cimento, incluindo poeiras de derivação e poeiras de forno de cimento.
Como requisito mínimo para determinar o fator de emissão, aplica-se um valor normalizado de 0,525 t CO2/t clínquer.
B.9.2.3. Emissões relacionadas com poeiras libertadas
As emissões de processo de CO2 provenientes de poeiras de derivação ou de poeiras de forno de cimento que saem do sistema de fornos devem ser adicionadas às emissões, corrigidas para uma razão de calcinação parcial de poeiras de forno de cimento.
Requisito mínimo: Deve ser aplicado um fator de emissão de 0,525 t CO2/t poeiras.
Melhoria recomendada: O fator de emissão é determinado pelo menos uma vez por ano, em conformidade com as disposições da secção B.5.4 do presente anexo e utilizando a seguinte fórmula:
(Equação 28)
Em que:
EFCKD |
é o fator de emissão das poeiras de forno de cimento parcialmente calcinadas [t CO2/t poeiras de forno de cimento (CKD)]; |
EFCli |
é o fator de emissão do clínquer específico da instalação [t CO2/t clínquer]; e |
d |
é o grau de calcinação das CKD (CO2 libertado, em % do total de CO2 dos carbonatos contidos na mistura de matérias-primas). |
B.9.3. Regras adicionais para as emissões provenientes da produção de ácido nítrico
B.9.3.1. Regras gerais para a medição de N2O
As emissões de N2O devem ser determinadas utilizando uma metodologia baseada na medição. As concentrações de N2O nos gases de combustão de cada fonte de emissão devem ser medidas num ponto representativo, situado a jusante dos equipamentos de redução de NOx/N2O, caso sejam utilizados. Devem ser aplicadas técnicas que permitam medir as concentrações de N2O de todas as fontes de emissões, sujeitas ou não a tratamento de redução. Quando pertinente, todas as medições devem ser expressas em relação ao gás seco e comunicadas de forma coerente.
B.9.3.2. Determinação do fluxo dos gases de combustão
Para a monitorização do fluxo dos gases de combustão, deve ser utilizado o método de balanço de massas descrito na secção B.6.2.5 do presente anexo, a menos que tal seja tecnicamente inviável. Nesse caso, pode ser utilizado um método alternativo, incluindo outro método de balanço de massas baseado em parâmetros significativos, como a carga de amoníaco, ou a determinação do fluxo por medição contínua do fluxo de emissões.
O fluxo dos gases de combustão é calculado de acordo com a seguinte fórmula:
Vflue gas flow [Nm3/h] = Vair × (1 — O2,air)/(1 — O2,flue gas) (Equação 29)
Em que:
Vair |
é o fluxo total de entrada de ar, expresso em Nm3/h, em condições normalizadas; |
O2, air |
é a fração volúmica de O2 no ar seco (= 0,2095); e |
O2, flue gas |
é a fração volúmica de O2 nos gases de combustão. |
O Vair |
é calculado como a soma de todos os fluxos de ar que entram na unidade de produção de ácido nítrico, em especial a entrada de ar primário e secundário, e a entrada de ar nos vedantes, quando aplicável. |
Todas as medições devem ser expressas em relação ao gás seco e comunicadas de forma coerente.
B.9.3.3. Concentrações de oxigénio (O2)
Quando necessário para o cálculo do fluxo dos gases de combustão em conformidade com a secção B.9.3.2 do presente anexo, as concentrações de oxigénio nos gases de combustão devem ser medidas aplicando os requisitos estabelecidos na secção B.6.2.2 do presente anexo. Todas as medições devem ser expressas em relação ao gás seco e comunicadas de forma coerente.
C. FLUXOS DE CALOR
C.1. Regras para a determinação do calor mensurável líquido
C.1.1. Princípios
As quantidades de calor mensurável devem sempre referir-se à quantidade líquida de calor mensurável, determinada como o teor de calor (entalpia) do fluxo de calor transmitido para o processo ou utilizador externo consumidor de calor, menos o teor de calor do fluxo de retorno.
Os processos consumidores de calor necessários para o funcionamento da produção e distribuição de calor, tais como a extração de ar, a preparação de água de compensação e as purgas regulares, devem ser tidos em conta na eficiência do sistema de calor e devem ser contabilizados nas emissões incorporadas das mercadorias.
Nos casos de meios de calor utilizados por vários processos consecutivos e cujo calor é consumido a partir de diferentes níveis de temperatura, a quantidade de calor consumido por cada processo consumidor de calor deve ser determinada separadamente, a menos que os processos façam parte do processo de produção global das mesmas mercadorias. O reaquecimento do meio de transferência entre processos consumidores de calor consecutivos deve ser tratado como produção de calor adicional.
Caso o calor seja utilizado para fornecer refrigeração mediante um processo de refrigeração por absorção, esse processo de refrigeração deve ser considerado como processo consumidor de calor.
C.1.2. Metodologias para a determinação de quantidades líquidas de calor mensurável
Para efeitos da seleção de fontes de dados para a quantificação de fluxos de energia, em conformidade com a secção A.4 do presente anexo, devem ser tidos em conta os seguintes métodos para a determinação de quantidades líquidas de calor mensurável:
C.1.2.1. Método 1: Utilização de medições
De acordo com este método, todos os parâmetros pertinentes devem ser medidos, nomeadamente, a temperatura, a pressão, o estado do meio de transmissão e de retorno de calor. No caso do vapor, o estado do meio deve referir-se à sua saturação ou ao seu grau de sobreaquecimento. Deve medir-se o caudal (volumétrico) do meio de transferência de calor. Com base nos valores medidos, a entalpia e o volume específico do meio de transferência de calor devem ser determinados utilizando tabelas de vapor ou software de engenharia adequados.
O caudal mássico do meio deve ser calculado como
(Equação 30)
Em que:
|
é o caudal mássico, expresso em kg/s; |
|
é o caudal volumétrico, expresso em m3/s, e |
v |
é o volume específico, expresso em m3/kg. |
Como o caudal mássico é considerado o mesmo para o meio de transmissão e de retorno, o fluxo térmico deve ser calculado com base na diferença de entalpia entre o fluxo transmitido e o retornado, do seguinte modo:
(Equação 31)
Em que:
|
é o caudal de calor em kJ/s; |
hflow |
é a entalpia do fluxo transmitido, expresso em kJ/kg; |
hreturn |
é a entalpia do fluxo de retorno, expresso em kJ/kg; e |
|
é o caudal mássico, expresso em kg/s. |
No caso de vapor ou água quente utilizado como meio de transferência térmica, se não houver retorno dos condensados, ou se não for viável estimar a entalpia do retorno dos condensados, o hreturn deve ser determinado com base numa temperatura de 90 °C.
Caso se saiba que os caudais mássicos não são idênticos, aplica-se o seguinte:
a) |
Sempre que existam provas de que os condensados permanecem no produto (por exemplo, em processos de «injeção de vapor vivo»), a respetiva quantidade de entalpia dos condensados não é deduzida; |
b) |
Sempre que se saiba que o meio de transferência térmica é perdido (por exemplo, devido a fugas ou a descargas para a rede de esgotos), é deduzido um valor estimativo do respetivo fluxo mássico do fluxo mássico do meio de transferência do calor transmitido. |
Para a determinação do fluxo líquido anual de calor a partir dos dados acima referidos, deve ser utilizado um dos seguintes métodos, sob reserva do equipamento de medição e do tratamento de dados disponíveis:
a) |
Determinar os valores médios anuais para os parâmetros que determinam a entalpia média anual do meio de transmissão e de retorno de calor, multiplicados pelo fluxo mássico anual total, utilizando a equação 31; |
b) |
Determinar os valores horários do fluxo de calor e somar esses valores ao longo do tempo de funcionamento anual total do sistema de aquecimento. Sob reserva do sistema de tratamento de dados, os valores horários podem ser substituídos por outros intervalos de tempo, conforme adequado. |
C.1.2.2. Método 2: Cálculo de um valor de substituição com base na eficiência medida
As quantidades líquidas de calor mensurável devem ser determinadas com base na utilização de combustíveis e na eficiência medida relacionadas com a produção de calor:
(Equação 32)
(Equação 33)
Em que:
Q |
é a quantidade de calor expressa em TJ; |
ηΗ |
é a eficiência medida da produção de calor; |
EIn |
é a energia entrada proveniente dos combustíveis; |
ADi |
são os dados anuais da atividade (ou seja, as quantidades consumidas) dos combustíveis i; e |
NCVi |
são os poderes caloríficos inferiores dos combustíveis i. |
O valor de ηΗ é medido ao longo de um período razoavelmente longo, que tome suficientemente em conta diferentes estados de carga da instalação, ou extraído da documentação do fabricante. A este respeito, a curva de carga específica da parte deve ser tida em conta mediante a utilização de um fator de carga anual, do seguinte modo:
(Equação 34)
Em que:
LF |
é o fator de carga; |
EIn |
é a energia entrada determinada utilizando a equação 33 durante o período abrangido pelo relatório; e |
EMax |
é o combustível máximo entrado se a unidade produtora de calor tiver funcionado a 100 % de carga nominal durante todo o ano civil. |
A eficiência deve basear-se numa situação em que todos os condensados são retornados. Deve ser assumida uma temperatura de 90 °C para os condensados retornados.
C.1.2.3. Método 3: Cálculo de um valor de substituição com base na eficiência de referência
Este método é idêntico ao método 3, mas utilizando uma eficiência de referência de 70 % (ηRef,Η = 0,7) na equação 32.
C.1.3. Regras especiais
Quando uma instalação consumir calor mensurável produzido a partir de processos químicos exotérmicos diferentes da combustão, como acontece na produção de amoníaco ou ácido nítrico, essa quantidade de calor consumida deve ser determinada separadamente de outro calor mensurável e a esse consumo de calor serão atribuídas zero emissões de CO2e.
Quando o calor mensurável for recuperado de calor não mensurável gerado a partir de combustíveis e utilizado em processos de produção após essa utilização, por exemplo, a partir de gases de escape, para evitar a dupla contagem, a quantidade relevante de calor mensurável líquido dividido por uma eficiência de referência de 90 % é subtraída do combustível entrado.
C.2. Determinação do fator de emissão da mistura de combustíveis do calor mensurável
Quando um processo de produção consumir calor mensurável produzido na instalação, as emissões relacionadas com o calor devem ser determinadas utilizando um dos métodos indicados a seguir.
C.2.1. Fator de emissão de calor mensurável produzido na instalação, exceto por cogeração
Para o calor mensurável produzido a partir da queima de combustíveis na instalação, exceto o calor produzido por cogeração, deve ser determinado o fator de emissão da mistura de combustíveis relevante e as emissões atribuíveis ao processo de produção devem ser calculadas do seguinte modo:
EmHeat = EFmix · Qconsumed/η (Equação 35)
Em que:
EmHeat |
são as emissões relacionadas com o calor do processo de produção, expressas em t CO2; |
EFmix |
é o fator de emissão da respetiva mistura de combustíveis, expresso em t CO2/TJ, incluindo as emissões provenientes da limpeza dos gases de combustão, quando aplicável; |
Qconsumed |
é a quantidade de calor mensurável consumido no processo de produção, expressa em TJ; e |
η |
é a eficiência do processo de produção de calor. |
O EFmix |
deve ser calculado do seguinte modo: |
EFmix = (Σ ADi · NCVi · EFi + EmFGC)/(Σ ADi · NCVi) (Equação 36)
Em que:
ADi |
são os dados anuais da atividade (ou seja, as quantidades consumidas) dos combustíveis i utilizados para a produção de calor mensurável, expressos em toneladas ou Nm3; |
NCVi |
são os poderes caloríficos inferiores dos combustíveis i, expressos em TJ/t ou TJ/Nm3; |
EFi |
são os fatores de emissão dos combustíveis i, expressos em t CO2/TJ; e |
EmFGC |
são as emissões de processo resultantes da limpeza dos gases de combustão, expressas em t CO2. |
Quando um gás residual fizer parte da mistura de combustíveis utilizada e o fator de emissão do gás residual for superior ao fator de emissão normalizado de gás natural indicado no quadro 1 do anexo VIII, esse fator de emissão normalizado deve ser utilizado para calcular o EFmix em vez do fator de emissão do gás residual.
C.2.2. Fator de emissão de calor mensurável produzido na instalação por cogeração
Se o calor mensurável e a eletricidade forem produzidos por cogeração [ou seja, produção combinada calor-eletricidade (PCCE)], as emissões relevantes atribuídas ao calor mensurável e à eletricidade devem ser determinadas em conformidade com o disposto na presente secção. As regras relativas à eletricidade aplicam-se igualmente à produção de energia mecânica, se for caso disso.
As emissões de uma unidade de cogeração devem ser determinadas do seguinte modo:
(Equação 37)
Em que:
EmCHP |
são as emissões da unidade de cogeração durante o período abrangido pelo relatório, expressas em t CO2; |
ADi |
são os dados anuais da atividade (ou seja, as quantidades consumidas) dos combustíveis i utilizados pela unidade de PCCE, expressos em toneladas ou Nm3; |
NCVi |
são os poderes caloríficos inferiores dos combustíveis i, expressos em TJ/t ou TJ/Nm3; |
EFi |
são os fatores de emissão dos combustíveis i, expressos em t CO2/TJ e |
EmFGC |
são as emissões de processo resultantes da limpeza dos gases de combustão, expressas em t CO2. |
A energia entrada na unidade de PCCE deve ser calculada em conformidade com a equação 33. As respetivas eficiências médias durante o período abrangido pelo relatório da produção de calor e da produção de eletricidade (ou de energia mecânica, se aplicável) devem ser calculadas do seguinte modo:
(Equação 38)
(Equação 39)
Em que:
ηheat |
é a eficiência média da produção de calor durante o período abrangido pelo relatório (adimensional); |
Qnet |
é a quantidade líquida de calor produzida durante o período abrangido pelo relatório pela unidade de cogeração, expressa em TJ, determinada em conformidade com a secção C.1.2; |
EIn |
é a energia entrada determinada pela equação 33, expressa em TJ; |
ηel |
é a eficiência média da produção de eletricidade durante o período abrangido pelo relatório (adimensional); e |
Eel |
é a produção líquida de eletricidade da unidade de cogeração durante o período abrangido pelo relatório, expressa em TJ. |
Se a determinação das eficiências ηheat e ηel for tecnicamente inviável ou implicar custos excessivos, devem ser utilizados valores baseados na documentação técnica (valores de projeto) da instalação. Se esses valores não estiverem disponíveis, devem ser utilizados os valores normalizados prudentes de ηheat = 0,55 e de ηel = 0,25.
Os fatores de atribuição para o calor e a eletricidade produzidos a partir de PCCE devem ser calculados do seguinte modo:
(Equação 40)
(Equação 41)
Em que:
FCHP,Heat |
é o fator de atribuição do calor (adimensional); |
FCHP,El |
é o fator de atribuição para a eletricidade (ou energia mecânica, se aplicável) (adimensional); |
ηref, heat |
é a eficiência de referência para a produção de calor numa caldeira autónoma (adimensional); e |
ηref,el |
é a eficiência de referência da produção de eletricidade sem cogeração (adimensional). |
As eficiências de referência adequadas específicas dos combustíveis são indicadas no anexo IX.
O fator de emissão específico do calor mensurável relacionado com a PCCE a utilizar para a atribuição de emissões relacionadas com o calor aos processos de produção deve ser calculado do seguinte modo:
EFCHP,Heat = EmCHP · FCHP,Heat/Qnet (Equação 42)
Em que:
EFCHP, heat |
é o fator de emissão para a produção de calor mensurável na unidade de cogeração expresso em t CO2/TJ e |
Qnet |
é o calor líquido produzido pela unidade de cogeração, expresso em TJ. |
O fator de emissão específico da eletricidade relacionada com a PCCE a utilizar para a atribuição de emissões indiretas aos processos de produção deve ser calculado do seguinte modo:
EFCHP,El = EmCHP · FCHP,El/EEl,prod (Equação 43)
Em que:
EEl,prod |
é a eletricidade produzida pela unidade de PCCE. |
Quando um gás residual fizer parte da mistura de combustíveis utilizada e o fator de emissão do gás residual for superior ao fator de emissão normalizado de gás natural indicado no quadro 1 do anexo VIII, esse fator de emissão normalizado é utilizado para calcular o EFmix em vez do fator de emissão do gás residual.
C.2.3. Fator de emissão de calor mensurável produzido fora da instalação
Quando um processo de produção consumir calor mensurável produzido fora da instalação, as emissões relacionadas com o calor devem ser determinadas utilizando um dos métodos indicados a seguir.
1. |
Quando a instalação que produz o calor mensurável estiver sujeita a um sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação, ou quando o operador da instalação que consome o calor mensurável garantir, através das disposições pertinentes do contrato de fornecimento de calor, que a instalação que produz o calor efetua a monitorização das emissões em conformidade com o presente anexo, o fator de emissão de calor mensurável deve ser determinado utilizando as equações pertinentes da secção C.2.1 ou C.2.2, com base nos dados de emissões fornecidos pelo operador da instalação que produz o calor mensurável. |
2. |
Quando o método previsto no ponto 1 não estiver disponível, é utilizado um valor normalizado, baseado no fator de emissão normalizado do combustível mais comummente utilizado no setor industrial do país, pressupondo uma eficiência da caldeira de 90 %. |
D. ELETRICIDADE
D.1. Cálculo das emissões relacionadas com a eletricidade
As emissões relacionadas com a produção ou o consumo de eletricidade para efeitos do cálculo das emissões incorporadas em conformidade com a secção F.1 devem ser calculadas utilizando a seguinte equação:
(Equação 44)
Em que:
Em el |
são as emissões relacionadas com a eletricidade produzida ou consumida, expressas em t CO2; |
E el |
é a eletricidade produzida ou consumida, expressa em MWh ou TJ; e |
EF el |
é o fator de emissão para a eletricidade aplicado, expresso em t CO2/MWh ou t CO2/TJ. |
D.2. Regras para a determinação do fator de emissão da eletricidade como mercadorias importadas
Para determinar as emissões reais incorporadas específicas da eletricidade enquanto mercadorias importadas, só são aplicáveis as emissões diretas em conformidade com o anexo IV, secção 2, do Regulamento (UE) 2023/956.
O fator de emissão para o cálculo das emissões reais incorporadas específicas da eletricidade é estabelecido do seguinte modo:
a) |
Deve ser utilizado o valor por defeito específico para um país terceiro, grupo de países terceiros ou região de um país terceiro, como o fator de emissão de CO2 pertinente, tal como estabelecido na secção D.2.1 do presente anexo; |
b) |
Quando não estiver disponível um valor por defeito específico nos termos da alínea a), deve ser utilizado o fator de emissão de CO2 na UE, tal como estabelecido na secção D.2.2 do presente anexo; |
c) |
Quando um declarante notificante apresentar elementos de prova suficientes, com base em informações oficiais e públicas, para demonstrar que o fator de emissão de CO2 no país terceiro, grupo de países terceiros ou região de um país terceiro a partir do qual a eletricidade é importada é inferior aos valores em conformidade com as alíneas a) e b), e quando estiverem preenchidas as condições previstas na secção D.2.3 do presente anexo, os valores alegadamente mais baixos devem ser determinados com base nos dados disponíveis e fiáveis fornecidos; |
d) |
Um declarante notificante pode aplicar emissões reais incorporadas em vez de valores predefinidos para o cálculo das emissões incorporadas da eletricidade importada, se forem cumpridos os critérios cumulativos das alíneas a) a d) previstos no anexo IV, secção 5, do Regulamento (UE) 2023/956 e o cálculo se basear em dados determinados em conformidade com o presente anexo pelo produtor da eletricidade, calculados de acordo com a secção D.2.3 do presente anexo. |
D.2.1. Fator de emissão de CO2 baseado em valores predefinidos específicos
Em conformidade com o anexo IV, secção 4.2.1, do Regulamento (UE) 2023/956, devem ser utilizados fatores de emissão de CO2 no país terceiro, grupo de países terceiros ou região de um país terceiro, com base nos melhores dados de que a Comissão dispõe. Para efeitos do presente regulamento, estes fatores de emissão de CO2 devem basear-se em dados da Agência Internacional de Energia (AIE) e ser fornecidos pela Comissão no Registo Transitório CBAM.
D.2.2. Fator de emissão de CO2 da UE
Nos termos do anexo IV, secção 4.2.2, do Regulamento (UE) 2023/956, aplica-se o fator de emissão de CO2 para a União. Para efeitos do presente regulamento, o fator de emissão de CO2 para a União deve basear-se nos dados da Agência Internacional de Energia (AIE) e ser fornecido pela Comissão no Registo Transitório CBAM.
D.2.3. Fator de emissão de CO2 baseado em dados fiáveis demonstrados pelo declarante notificante
Para efeitos da secção D.2, alínea c), do presente anexo, o declarante notificante deve fornecer os conjuntos de dados provenientes de fontes oficiais alternativas, incluindo estatísticas nacionais para o período de cinco anos que termina dois anos antes da comunicação de informações.
A fim de refletir o impacto das políticas de descarbonização, como o aumento da produção de energias renováveis e também as condições climáticas, como os anos particularmente frios, no fornecimento anual de eletricidade nos países em causa, o declarante notificante deve calcular o fator de emissão de CO2 com base na média ponderada do fator de emissão de CO2 para o período de cinco anos que termina dois anos antes da comunicação de informações.
Para o efeito, o declarante notificante deve calcular os fatores de emissão anuais de CO2 por tecnologia de combustíveis fósseis e a respetiva produção bruta de eletricidade no país terceiro capaz de exportar eletricidade para a UE, com base na seguinte equação:
(Equação 45)
Em que:
Em el,y |
é o fator de emissão anual de CO2 para todas as tecnologias de combustíveis fósseis no ano em causa no país terceiro capaz de exportar eletricidade para a UE; |
E el,y |
é a produção bruta total de eletricidade a partir de todas as tecnologias de combustíveis fósseis nesse ano; EF i é o fator de emissão de CO2 para cada tecnologia de combustíveis fósseis «i»; e |
E el,i,y |
é a produção bruta anual de eletricidade para cada tecnologia de combustíveis fósseis «i». |
O declarante notificante deve calcular o fator de emissão de CO2 como uma média móvel desses anos a partir do ano em curso menos dois, com base na seguinte equação:
(Equação 46)
Em que:
Em el |
é o fator de emissão de CO2 resultante da média móvel dos fatores de emissão de CO2 dos cinco anos anteriores, com início no ano em curso, menos dois anos, até ao ano em curso, menos seis anos; |
Em el,y |
é o fator de emissão de CO2 para cada ano «i»; |
i |
é o índice variável para os anos a considerar; e |
y |
é o ano em curso. |
D.2.4. Fator de emissão de CO2 baseado nas emissões reais de CO2 da instalação
Nos termos do anexo IV, secção 5, do Regulamento (UE) 2023/956, um declarante notificante pode aplicar emissões reais incorporadas em vez de valores predefinidos no cálculo das emissões incorporadas da eletricidade importada se forem cumpridos cumulativamente os critérios das alíneas a) a d) previstos nessa secção.
D.3. Regras para a determinação das quantidades de eletricidade utilizadas para a produção de mercadorias que não a eletricidade
Para efeitos de determinação das emissões incorporadas, a contagem das quantidades de eletricidade deve aplicar-se à potência real e não à potência aparente (potência complexa). Só deve ser medido o componente de potência ativa e a potência reativa não deve ser tida em conta.
Para a produção de eletricidade, o nível de atividade refere-se à eletricidade líquida que sai dos limites do sistema da central elétrica ou da unidade de cogeração, após a subtração da eletricidade consumida internamente.
D.4. Regras para a determinação das emissões indiretas incorporadas da eletricidade como uma entrada para a produção de mercadorias que não a eletricidade
Durante o período transitório, os fatores de emissão para a eletricidade devem ser determinados com base:
a) |
No fator de emissão médio da rede elétrica do país de origem, com base nos dados da Agência Internacional de Energia (AIE) fornecidos pela Comissão no Registo Transitório CBAM; ou |
b) |
Em qualquer outro fator de emissão da rede elétrica do país de origem baseado em dados publicamente disponíveis que representem o fator de emissão médio ou o fator de emissão de CO2 a que se refere o anexo IV, secção 4.3, do Regulamento (UE) 2023/956. |
Em derrogação das alíneas a) e b), nos casos especificados nas secções D.4.1 a D.4.3, podem ser utilizados fatores de emissão reais para a eletricidade.
D. 4.1. Fator de emissão da eletricidade produzida na instalação, exceto por cogeração
Para a eletricidade produzida a partir da queima de combustíveis na instalação, exceto a eletricidade produzida por cogeração, o fator de emissão da eletricidade EFEl deve ser determinado com base na mistura de combustíveis pertinente e as emissões atribuíveis à produção de eletricidade devem ser calculadas do seguinte modo:
EFEl = (Σ ADi · NCVi · EFi + EmFGC)/Elprod (Equação 47)
Em que:
ADi |
são os dados anuais da atividade (ou seja, as quantidades consumidas) dos combustíveis i utilizados para a produção de eletricidade, expressos em toneladas ou Nm3; |
NCVi |
são os poderes caloríficos inferiores dos combustíveis i, expressos em TJ/t ou TJ/Nm3; |
EFi |
são os fatores de emissão dos combustíveis i, expressos em t CO2/TJ; |
EmFGC |
são as emissões de processo provenientes da limpeza dos gases de combustão, expressas em t CO2; e |
Elprod |
é a quantidade líquida de eletricidade produzida, expressa em MWh. Pode incluir quantidades de eletricidade produzidas a partir de outras fontes que não a queima de combustíveis. |
Quando um gás residual fizer parte da mistura de combustíveis utilizada e o fator de emissão do gás residual for superior ao fator de emissão normalizado de gás natural indicado no quadro 1 do anexo VIII, esse fator de emissão normalizado deve ser utilizado para calcular o EFEl em vez do fator de emissão do gás residual.
D.4.2. Fator de emissão da eletricidade produzida na instalação por cogeração
O fator de emissão da eletricidade produzida por cogeração deve ser determinado em conformidade com a secção C.2.2 do presente anexo.
D.4.3. Fator de emissão da eletricidade produzida fora da instalação
1. |
Se a eletricidade for recebida de uma fonte com uma ligação técnica direta e se estiverem disponíveis todos os dados pertinentes, o fator de emissão dessa eletricidade deve ser determinado aplicando as secções D.4.1 ou D.4.2, consoante o caso. |
2. |
Quando a eletricidade for recebida de um produtor de eletricidade ao abrigo de um contrato de aquisição de eletricidade, pode ser utilizado o fator de emissão para a eletricidade determinado em conformidade com as secções D.4.1 ou D.4.2, conforme adequado, quando comunicado pelo produtor de eletricidade ao operador e disponibilizado nos termos do anexo IV. |
E. MONITORIZAÇÃO DOS PRECURSORES
Quando a descrição das vias de produção dos processos de produção definidos para a instalação indicar precursores relevantes, deve ser determinada a quantidade de cada precursor consumido nos processos de produção da instalação, a fim de calcular o total de emissões incorporadas das mercadorias complexas produzidas em conformidade com a secção G do presente anexo.
Em derrogação do disposto no número anterior, quando a produção e a utilização de um precursor estiverem abrangidas pelo mesmo processo de produção, só deve ser determinada a quantidade de precursor adicional utilizada e obtida de outras instalações ou de outros processos de produção.
A quantidade utilizada e as propriedades das emissões devem ser determinadas separadamente para cada instalação a partir da qual o precursor é obtido. Os métodos utilizados para determinar os dados exigidos devem ser estabelecidos na documentação relativa à metodologia de monitorização da instalação, aplicando as seguintes disposições:
1. |
Quando o precursor for produzido na instalação, mas num processo de produção diferente atribuído em aplicação das regras da secção A.4 do presente anexo, os conjuntos de dados a determinar devem incluir:
|
2. |
Quando o precursor for obtido de outra instalação, os conjuntos de dados a determinar devem incluir:
A instalação que produz o precursor deve fornecer as informações pertinentes, de preferência através do modelo eletrónico mencionado no artigo 3.o, n.o 5, e no anexo IV. |
3. |
Para cada quantidade de precursor relativamente à qual tenham sido recebidos dados incompletos ou inconclusivos nos termos do ponto 2, os valores predefinidos aplicáveis disponibilizados e publicados pela Comissão para o período transitório podem ser utilizados nas condições especificadas no artigo 4.o, n.o 3, do presente regulamento. |
F. REGRAS PARA A ATRIBUIÇÃO DAS EMISSÕES DE UMA INSTALAÇÃO ÀS MERCADORIAS
F.1. Métodos de cálculo
Para efeitos da atribuição das emissões da instalação às mercadorias, as emissões, entradas e saídas devem ser atribuídas a processos de produção definidos em conformidade com a secção A.4 do presente anexo, utilizando a equação 48 para as emissões diretas e a equação 49 para as emissões indiretas, e utilizando os valores totais durante todo o período abrangido pelo relatório para os parâmetros indicados na equação. As emissões diretas e indiretas atribuídas devem depois ser convertidas em emissões específicas incorporadas, diretas e indiretas, das mercadorias resultantes do processo de produção, utilizando as equações 50 e 51.
(Equação 48)
Quando o cálculo de AttrEm Dir resultar num valor negativo, este deve ser fixado em zero.
(Equação 49)
(Equação 50)
(Equação 51)
Em que:
AttrEm Dir |
são as emissões diretas atribuídas do processo de produção durante todo o período abrangido pelo relatório, expressas em t CO2e; |
AttrEm indir |
são as emissões indiretas de todo o processo de produção durante todo o período abrangido pelo relatório, expressas em t CO2e; |
DirEm * |
são as emissões diretamente atribuíveis do processo de produção, determinadas para o período abrangido pelo relatório segundo as regras previstas na secção B do presente anexo e as seguintes regras: |
Calor mensurável: Quando se consumirem combustíveis para a produção de calor mensurável que seja consumido fora do processo de produção considerado, ou que seja utilizado em mais do que um processo de produção (o que inclui situações de importação de outras instalações e exportação para outras instalações), as emissões dos combustíveis não são incluídas nas emissões diretamente atribuíveis do processo de produção, mas são adicionadas ao parâmetro EmH, import a fim de evitar a dupla contagem.
Gases residuais:
As emissões causadas pelos gases residuais produzidos e totalmente consumidos no âmbito do mesmo processo de produção são incluídas em DirEm*.
As emissões provenientes da combustão de gases residuais exportados do processo de produção são totalmente incluídas em DirEm*, independentemente do local onde os gases residuais são consumidos. Contudo, para as exportações de gases residuais, deve ser calculada a expressão WGcorr, export.
As emissões provenientes da combustão de gases residuais importados de outros processos de produção não são tidas em conta em DirEm*. Em vez disso, deve calcular-se a expressão WGcorr, import;
Em H,imp |
são as emissões equivalentes à quantidade de calor mensurável importado para o processo de produção, determinadas para o período abrangido pelo relatório utilizando as regras previstas na secção C do presente anexo, bem como as seguintes regras: |
As emissões relacionadas com o calor mensurável importado para o processo de produção incluem as importações de outras instalações, outros processos de produção dentro da mesma instalação, bem como o calor recebido de uma unidade técnica (por exemplo, uma central elétrica na instalação ou uma rede de vapor mais complexa com várias unidades de produção de calor) que fornece calor a mais de um processo de produção.
As emissões provenientes do calor mensurável devem ser calculadas utilizando a seguinte fórmula:
(Equação 52)
Em que:
EFheat |
é o fator de emissão para a produção de calor mensurável, determinado em conformidade com a secção C.2 do presente anexo, expresso em t CO2/TJ e |
Qimp |
é o calor líquido importado e consumido no processo de produção, expresso em TJ; |
Em H,exp |
são as emissões equivalentes à quantidade de calor mensurável exportado do processo de produção, determinadas para o período abrangido pelo relatório utilizando as regras previstas na secção C do presente anexo. Para o calor exportado, devem ser utilizadas as emissões da mistura de combustíveis efetivamente conhecida, em conformidade com a secção C.2, ou, se a mistura de combustíveis real for desconhecida, o fator de emissão normalizado do combustível mais comummente utilizado no país e no setor industrial, pressupondo uma eficiência da caldeira de 90 %. |
O calor recuperado de processos elétricos e da produção de ácido nítrico não deve ser contabilizado;
WG corr,imp |
são as emissões diretas atribuídas de um processo de produção que consome gases residuais importados de outros processos de produção, corrigidas para o período abrangido pelo relatório utilizando a seguinte fórmula: |
(Equação 53)
Em que:
VWG |
é o volume do gás residual importado; |
NCVWG |
é o poder calorífico inferior do gás residual importado; e |
EFNG |
é o fator de emissão normalizado de gás natural indicado no anexo VIII; |
WG corr,exp |
são as emissões equivalentes à quantidade de gases residuais exportada do processo de produção, determinadas para o período abrangido pelo relatório utilizando as regras previstas na secção B do presente anexo, bem como a seguinte fórmula: |
(Equação 54)
Em que:
VWG,exp |
é o volume de gás residual exportado do processo de produção; |
NCVWG |
é o poder calorífico inferior do gás residual; |
EFNG |
é o fator de emissão normalizado de gás natural constante do anexo VIII, e |
Corrη |
é o fator que tem em conta a diferença de eficiência entre a utilização de gases residuais e a utilização do gás natural utilizado como combustível de referência. O valor normalizado é Corrη = 0,667; |
Em el,prod |
são as emissões equivalentes à quantidade de eletricidade produzida dentro dos limites do processo de produção, determinadas para o período abrangido pelo relatório utilizando as regras previstas na secção D do presente anexo; |
Em el,cons |
são as emissões equivalentes à quantidade de eletricidade consumida dentro dos limites do processo de produção, determinadas para o período abrangido pelo relatório utilizando as regras previstas na secção D do presente anexo; |
SEE g,Dir |
são as emissões diretas incorporadas específicas das mercadorias g, expressas em t CO2e por tonelada, válidas para o período abrangido pelo relatório; |
SEE g,Indir |
são as emissões indiretas incorporadas específicas das mercadorias g, expressas em t CO2e por tonelada, válidas para o período abrangido pelo relatório; |
AL g |
é o nível de atividade das mercadorias g, ou seja, a quantidade de mercadorias g produzida nessa instalação durante o período abrangido pelo relatório, determinado em conformidade com a secção F.2 do presente anexo, expresso em toneladas. |
F.2. Metodologia de monitorização dos níveis de atividade
O nível de atividade de um processo de produção deve ser calculado como a massa total de todas as mercadorias que saem do processo de produção durante o período abrangido pelo relatório para as mercadorias enumeradas no anexo I do Regulamento (UE) 2023/956 por categoria agregada de mercadorias de acordo com o anexo II, secção 2, a que o processo de produção diz respeito. Quando os processos de produção forem definidos de modo a incluir também a produção de precursores, a dupla contagem deve ser evitada contabilizando apenas os produtos finais que saem dos limites do sistema do processo de produção. Devem ser tidas em conta todas as disposições especiais previstas para o processo de produção ou a via de produção no anexo II, secção 3. Quando forem utilizadas várias vias de produção na mesma instalação para a produção de mercadorias abrangidas pelo mesmo código NC, e quando a essas vias de produção forem atribuídos processos de produção separados, as emissões incorporadas das mercadorias em causa devem ser calculadas separadamente para cada via de produção.
Só devem ser tidas em conta as mercadorias que possam ser vendidas ou diretamente utilizadas como precursores noutro processo de produção. Os produtos que não correspondem às especificações, os subprodutos, os resíduos e a sucata produzidos num processo de produção, independentemente de serem devolvidos a processos de produção, entregues a outras instalações ou eliminados, não devem ser incluídos na determinação do nível de atividade. Por conseguinte, devem ser-lhes atribuídas emissões incorporadas iguais a zero quando entrem noutro processo de produção.
Para determinar os níveis de atividade, aplicam-se os requisitos de medição estabelecidos na secção B.4 do presente anexo.
F.3. Métodos de monitorização necessários para atribuir emissões aos processos de produção
F.3.1. Princípios para a atribuição de dados aos processos de produção
1. |
Os métodos escolhidos para atribuir conjuntos de dados aos processos de produção devem ser estabelecidos na documentação relativa à metodologia de monitorização. Devem ser revistos regularmente, a fim de melhorar a qualidade dos dados, sempre que possível, em conformidade com a secção A do presente anexo. |
2. |
Quando não estiverem disponíveis dados relativos a um determinado conjunto de dados para cada processo de produção, deve ser escolhido um método adequado para determinar os dados exigidos para cada processo de produção individual. Para este efeito, deve ser aplicado um dos seguintes princípios, nomeadamente aquele que permitir obter resultados mais exatos:
|
3. |
Quando vários instrumentos de medição de qualidade diferente contribuírem para os resultados de medição, pode ser utilizado um dos seguintes métodos para dividir pelos processos de produção os dados relativos às quantidades de matérias, combustíveis, calor mensurável ou eletricidade recolhidos a nível da instalação:
|
F.3.2. Procedimento para rastrear os códigos NC das mercadorias e dos precursores
Para efeitos da correta atribuição dos dados aos processos de produção, a instalação deve manter uma lista de todas as mercadorias e todos os precursores produzidos na instalação, bem como dos precursores obtidos fora da instalação e dos respetivos códigos NC aplicáveis. Com base nesta lista:
1. |
Os produtos e os respetivos valores de produção anual devem ser atribuídos aos processos de produção em conformidade com as categorias agregadas de mercadorias previstas no anexo II, secção 2; |
2. |
Estas informações devem ser tidas em conta quando se atribuem separadamente as entradas, as saídas e as emissões aos processos de produção. |
Para o efeito, deve ser estabelecido, documentado, aplicado e mantido um procedimento para verificar regularmente se as mercadorias e os precursores produzidos na instalação correspondem aos códigos NC aplicados aquando da elaboração da documentação relativa à metodologia de monitorização. Este procedimento deve, além disso, conter disposições para determinar se a instalação produz novas mercadorias e para garantir que o código NC aplicável ao novo produto é determinado e acrescentado à lista de mercadorias para atribuição das entradas, saídas e emissões correspondentes ao processo de produção adequado.
F.4. Outras regras para a atribuição de emissões diretas
1. |
As emissões de fluxos-fonte ou as fontes de emissão que sirvam apenas um processo de produção devem ser integralmente atribuídas a esse processo de produção. Se for utilizado um balanço de massas, os fluxos-fonte de saída devem ser subtraídos em conformidade com a secção B.3.2 do presente anexo. Para evitar a dupla contagem, os fluxos-fonte convertidos em gases residuais, com exceção dos gases residuais produzidos e consumidos integralmente no mesmo processo de produção, devem ser atribuídos utilizando as equações 53 e 54. A monitorização necessária do poder calorífico inferior e do volume dos respetivos gases residuais deve ser efetuada mediante a aplicação das regras indicadas nas secções B.4 e B.5 do presente anexo. |
2. |
Apenas quando os fluxos-fonte ou as fontes de emissão servem mais do que um processo de produção devem ser aplicados os seguintes métodos para a atribuição de emissões diretas:
|
F.5. Regras adicionais para a atribuição de emissões provenientes de calor mensurável
Devem ser aplicados os princípios gerais de cálculo indicados na secção F.1 do presente anexo. Os fluxos de calor relevantes devem ser determinados em conformidade com a secção C.1 do presente anexo e o fator de emissão do calor mensurável mediante a aplicação da secção C.2 do presente anexo.
Quando as perdas de calor mensurável forem determinadas separadamente das quantidades utilizadas nos processos de produção, as emissões relacionadas com essas perdas de calor devem ser adicionadas proporcionalmente às emissões de todos os processos de produção em que é utilizado calor mensurável produzido na instalação, a fim de assegurar que 100 % da quantidade líquida de calor mensurável produzida na instalação, ou importada para a instalação ou exportada pela mesma, bem como as quantidades transferidas entre processos de produção, sejam atribuídas aos processos de produção, sem qualquer omissão ou dupla contagem.
G. CÁLCULO DAS EMISSÕES ESPECÍFICAS INCORPORADAS DE MERCADORIAS COMPLEXAS
Em conformidade com o anexo IV do Regulamento (UE) 2023/956, as emissões específicas incorporadas SEE g das mercadorias complexas g são calculadas do seguinte modo:
(Equação 57)
(Equação 58)
Em que:
SEE g |
são as emissões diretas ou indiretas incorporadas específicas das mercadorias (complexas) g, expressas em t CO2e por tonelada de mercadorias g; |
AttrEm g |
são as emissões diretas ou indiretas atribuídas do processo de produção que produz mercadorias g, determinadas em conformidade com a secção F.1 do presente anexo, para o período abrangido pelo relatório, expressas em t CO2e; |
AL g |
é o nível de atividade do processo de produção que produz mercadorias g, determinado em conformidade com a secção F.2 do presente anexo, para o período abrangido pelo relatório, expresso em toneladas; |
EE InpMat |
são as emissões diretas ou indiretas incorporadas de todos os precursores consumidos durante o período abrangido pelo relatório que são definidas como relevantes para o processo de produção das mercadorias g no anexo II, secção 3, expressas em t CO2e; |
M i |
é a massa do precursor i utilizado no processo de produção que gera g durante o período abrangido pelo relatório, expressa em toneladas de precursor i; e |
SEE i |
são as emissões diretas ou indiretas incorporadas específicas do precursor i, expressas em t CO2e por tonelada de precursor i. |
Neste cálculo, apenas são tidos em conta os precursores não abrangidos pelo mesmo processo de produção que as mercadorias g. Quando o mesmo precursor for obtido de instalações diferentes, o precursor de cada instalação deve ser tratado separadamente.
Quando o próprio precursor i tem precursores, estes precursores são tidos em conta em primeiro lugar utilizando o mesmo método de cálculo a fim de calcular as emissões incorporadas do precursor i antes de serem utilizados para calcular as emissões incorporadas das mercadorias g. Este método é utilizado de forma recorrente para todos os precursores que sejam mercadorias complexas.
O parâmetro Mi refere-se à massa total do precursor necessário para produzir a quantidade de ALg . Inclui igualmente as quantidades do precursor que não acabam nas mercadorias complexas, mas que podem ser derramadas, cortadas, queimadas, modificadas quimicamente, etc. no processo de produção e deixar o processo como subprodutos, sucata, detritos, resíduos ou emissões.
A fim de fornecer dados que possam ser utilizados independentemente dos níveis de atividade, o consumo de massa específico mi para cada precursor i deve ser determinado e incluído na comunicação nos termos do anexo IV:
(Equação 59)
Assim, as emissões específicas incorporadas de mercadorias complexas g podem ser expressas como:
(Equação 60)
Em que:
ae g |
são as emissões específicas atribuídas, diretas ou indiretas, do processo de produção das mercadorias g, expressas em t CO2e por tonelada de g, sendo equivalentes a emissões específicas incorporadas sem emissões incorporadas de precursores: |
(Equação 61)
m i |
é o consumo de massa específico do precursor i utilizado no processo de produção de uma tonelada de mercadorias g, expresso em toneladas de precursor i por tonelada de mercadorias g (ou seja, adimensional); e |
SEE i |
são as emissões diretas ou indiretas incorporadas específicas do precursor i, expressas em t CO2e por tonelada de precursor i. |
H. MEDIDAS OPCIONAIS PARA AUMENTAR A QUALIDADE DOS DADOS
1. |
As fontes de risco de erros são identificadas no fluxo de dados desde os dados primários até aos dados finais na comunicação nos termos do anexo IV. É estabelecido, documentado, aplicado e mantido um sistema de controlo eficaz para garantir que as comunicações resultantes das atividades de fluxo de dados não contenham inexatidões e estejam em conformidade com a documentação relativa à metodologia de monitorização e com o presente anexo.
A avaliação dos riscos nos termos do primeiro parágrafo é disponibilizada à Comissão e à autoridade competente, mediante pedido. Se o operador optar por utilizar a verificação em conformidade com as melhorias recomendadas, disponibiliza-a igualmente para efeitos de verificação. |
2. |
Para efeitos da avaliação dos riscos, são estabelecidos, documentados, aplicados e mantidos procedimentos escritos para as atividades de fluxo de dados, bem como para as atividades de controlo, e as referências a esses procedimentos são incluídas na documentação relativa à metodologia de monitorização. |
3. |
As atividades de controlo referidas no n.o 2 devem incluir, quando aplicável:
|
4. |
Para efeitos do n.o 3, alínea a), deve garantir-se que o equipamento de medição é calibrado, ajustado e controlado regularmente, nomeadamente antes da sua utilização, e que esse controlo é realizado de acordo com normas de medição baseadas em normas de medição internacionais, quando disponíveis, e proporcionalmente aos riscos identificados.
Se os componentes dos sistemas de medição não puderem ser calibrados, esses componentes devem ser identificados na documentação relativa à metodologia de monitorização e devem ser estabelecidas atividades de controlo alternativas. Quando se verificar que o equipamento não corresponde ao desempenho exigido, devem imediatamente ser tomadas as medidas corretivas necessárias. |
5. |
Para efeitos do n.o 3, alínea d), os dados resultantes das atividades de fluxo de dados referidas no n.o 2 devem ser regularmente revistos e validados. Essa revisão e validação dos dados deve incluir:
|
6. |
Para efeitos do n.o 3, alínea e), deve garantir-se que, se as atividades de fluxo de dados ou as atividades de controlo não funcionarem de forma eficaz, ou não respeitarem as regras enunciadas na documentação relativa aos procedimentos para essas atividades, são tomadas medidas corretivas e os dados afetados são corrigidos sem demora injustificada. |
7. |
Para efeitos do n.o 3, alínea f), se uma ou mais atividades de fluxo de dados ou atividades de controlo referidas no n.o 1 forem externalizadas, devem ser realizadas todas as seguintes atividades:
|
8. |
A eficácia do sistema de controlo deve ser monitorizada, nomeadamente através da realização de análises internas e tendo em conta as conclusões do verificador, se for aplicada a verificação.
Quando se verificar que o sistema de controlo é ineficaz ou não é proporcional aos riscos identificados, o sistema de controlo deve ser melhorado e a documentação relativa à metodologia de monitorização deve ser atualizada em conformidade, nomeadamente os procedimentos escritos subjacentes às atividades de fluxo de dados, às avaliações dos riscos e às atividades de controlo, consoante os casos. |
9. |
Melhoria recomendada: o operador pode, voluntariamente, mandar verificar os dados relativos às emissões da instalação e as emissões específicas incorporadas das mercadorias, compilados em conformidade com o anexo IV, por um verificador independente acreditado de acordo com a norma ISO 14065, ou de acordo com as regras do sistema de monitorização, comunicação e verificação elegível pertinente para a instalação. |
(1) Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (PIAC) das Nações Unidas: orientações do PIAC para os inventários nacionais de gases com efeito de estufa.
(*1) A instalação tem de determinar o fator através de medições próprias. Se tal for tecnicamente inviável ou implicar custos excessivos, devem ser utilizados os valores da metodologia CWPB.
ANEXO IV
Conteúdo da comunicação recomendada dos operadores das instalações aos declarantes notificantes
1. CONTEÚDO DO MODELO PARA A COMUNICAÇÃO DE DADOS RELATIVOS ÀS EMISSÕES
Informações gerais
1. |
Informações relativas à instalação:
|
2. |
Para cada uma das categorias agregadas de mercadorias, os processos e as vias de produção utilizados, tal como enumerados no quadro 1 do anexo II. |
3. |
Para cada uma das mercadorias, enumeradas separadamente para cada código NC, ou agregadas por categoria agregada de mercadorias, em conformidade com a secção 2 do anexo II:
|
Melhoria recomendada das informações gerais
1. |
Emissões totais da instalação, nomeadamente:
|
2. |
Um balanço do calor mensurável, dos gases residuais e da eletricidade importados, produzidos, consumidos e exportados. |
3. |
A quantidade de todos os precursores recebidos de outras instalações e as suas emissões específicas incorporadas, diretas e indiretas. |
4. |
A quantidade de precursores utilizada em cada processo de produção, excluindo os precursores produzidos na mesma instalação. |
5. |
Informações sobre a forma como foram calculadas as emissões diretas e indiretas atribuídas a cada processo de produção. |
6. |
O nível de atividade e as emissões atribuídas a cada processo de produção. |
7. |
Uma lista de todas as mercadorias relevantes produzidas por código NC, incluindo os precursores não abrangidos por processos de produção separados. |
8. |
Uma breve descrição da instalação, dos seus principais processos de produção, de quaisquer processos de produção não abrangidos para efeitos do CBAM, dos principais elementos da metodologia de monitorização utilizada, da aplicação das regras de um sistema elegível de monitorização, comunicação e verificação e das medidas tomadas para melhorar a qualidade dos dados, em especial se foi aplicada alguma forma de verificação. |
9. |
Informações sobre o fator de emissão de eletricidade no contrato de aquisição de eletricidade, se for caso disso. |
2. PARÂMETROS SETORIAIS ESPECÍFICOS A INCLUIR NA COMUNICAÇÃO
Categoria agregada de mercadorias |
Obrigação de comunicação de informações no relatório CBAM |
||||||||||
Argila calcinada |
|
||||||||||
Cimentos não pulverizados, denominados clinkers |
|
||||||||||
Cimento |
|
||||||||||
Cimentos aluminosos |
|
||||||||||
Hidrogénio |
|
||||||||||
Ureia |
|
||||||||||
Ácido nítrico |
|
||||||||||
Amoníaco |
|
||||||||||
Adubos (fertilizantes) mistos |
|
||||||||||
Minério sinterizado |
|
||||||||||
Gusa |
|
||||||||||
FeMn — Ferromanganês |
|
||||||||||
FeCr — Ferrocrómio |
|
||||||||||
FeNi — ferroníquel |
|
||||||||||
FRD (ferro de redução direta) |
|
||||||||||
Aço bruto |
|
||||||||||
Produtos siderúrgicos |
|
||||||||||
Alumínio em formas brutas |
|
||||||||||
Produtos de alumínio |
|
ANEXO V
Dados EORI
O quadro 1 contém as informações sobre os operadores económicos que constam do Sistema do Operadores Económicos (EOS), que deve ser interoperável com o Registo Transitório CBAM.
Quadro 1
Dados EORI
Sistema dos Operadores Económicos (EOS) EORI |
Identificação do cliente |
País EORI + número nacional EORI |
País EORI |
Data de início EORI |
Data de termo EORI |
Informações aduaneiras sobre o cliente |
Nome abreviado EORI |
Nome completo EORI |
Língua EORI |
Data de estabelecimento EORI |
Tipo de pessoa EORI |
Atividade económica EORI |
Lista de endereços de estabelecimento EORI |
Endereço de Estabelecimento |
Endereço EORI |
Língua EORI |
Nome EORI |
Estabelecimento na União |
Data de início do endereço EORI |
Data de termo do endereço EORI |
Números de IVA ou NIF |
«IVA» ou «NIF» |
Identificador nacional + número IVA ou NIF País concatenado com identificador nacional |
Estatuto jurídico EORI |
Língua do estatuto jurídico EORI |
Estatuto jurídico EORI |
Data de início e data de termo do estatuto jurídico EORI |
Lista de contactos |
Contacto |
Endereço de contacto EORI |
Língua de contacto EORI |
Nome completo de contacto EORI |
Nome de contacto EORI |
Alerta de acordo de publicação |
|
Descrição dos campos de endereço |
Rua e número |
Código postal |
Cidade |
Código do país |
Lista das informações relativas à comunicação |
Tipo de comunicação |
ANEXO VI
Complemento dos requisitos em matéria de dados para o aperfeiçoamento ativo
O quadro 1 contém as informações dos sistemas aduaneiros descentralizados, que devem ser interoperáveis com o Registo Transitório CBAM, em conformidade com o artigo 17.o do presente regulamento.
Quadro 1
Informações adicionais para o aperfeiçoamento ativo
Requisitos em matéria de dados provenientes das autoridades aduaneiras após a relação de apuramento do aperfeiçoamento ativo, quando não seja concedida qualquer dispensa ao declarante notificante |
País de emissão |
Referência do registo de dados |
Número da versão do registo de dados |
Estado da versão do registo de dados |
Data do início do período abrangido pelo relatório |
Data do termo do período abrangido pelo relatório |
Estância aduaneira de controlo (estância aduaneira de controlo para aperfeiçoamento ativo) |
Número de referência da autorização de aperfeiçoamento ativo |
Número de identificação do importador/Titular da autorização para aperfeiçoamento ativo |
País importador |
Identificador da adição (n.o seq.) |
Código da subposição do Sistema Harmonizado |
Código da Nomenclatura Combinada |
Designação das mercadorias |
Código de regime solicitado |
Código de regime precedente |
Código do país de origem |
Código do país de destino |
País de expedição |
Massa líquida |
Tipo de unidades de medida |
Unidades suplementares |
Valor estatístico |
Massa líquida do produto efetivamente utilizado nos produtos transformados introduzidos em livre prática |
Massa líquida dos produtos efetivos introduzidos em livre prática com o mesmo código de mercadorias |
Número de identificação do representante e estatuto |
Modo de transporte na fronteira |
ANEXO VII
Dados do sistema nacional
O quadro 1 contém as informações dos sistemas descentralizados, que devem ser interoperáveis com o Registo Transitório CBAM, em conformidade com o artigo 17.o do presente regulamento.
Quadro 1
Dados do sistema nacional |
Emissor |
Referência do registo de dados |
Número da versão do registo de dados |
Estado da versão do registo de dados |
Número da declaração de importação |
Número da adição na declaração |
Data de aceitação da declaração |
Código de regime solicitado |
Código de regime precedente |
Código do país de origem |
Código do país de origem preferencial |
Código do país de destino |
País de expedição |
Número de ordem do contingente |
Designação das mercadorias |
Código da subposição do Sistema Harmonizado |
Código da Nomenclatura Combinada |
Código TARIC |
Massa líquida |
Valor estatístico |
Unidades suplementares |
Tipo de declaração |
Tipo de declaração adicional |
Formato |
Número de identificação do importador |
País importador |
Número de identificação do destinatário |
Número de identificação do declarante |
Número de identificação do titular da autorização |
Tipo de autorização do titular |
Número de referência da autorização |
Número de identificação do representante |
Modo de transporte na fronteira |
Modo de transporte interior |
ANEXO VIII
Fatores normalizados utilizados na monitorização das emissões diretas ao nível da instalação
1. FATORES DE EMISSÃO DE COMBUSTÍVEIS RELACIONADOS COM O PODER CALORÍFICO INFERIOR (PCI)
Quadro 1
Fatores de emissão de combustíveis relacionados com o poder calorífico inferior (PCI) e poderes caloríficos inferiores por massa de combustível
Descrição do tipo de combustível |
Fator de emissão [t CO2/TJ] |
Poder calorífico inferior (TJ/Gg) |
Fonte |
Petróleo bruto |
73,3 |
42,3 |
Orientações do PIAC 2006 |
Orimulsão |
77,0 |
27,5 |
Orientações do PIAC 2006 |
Líquidos de gás natural |
64,2 |
44,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gasolina para motores |
69,3 |
44,3 |
Orientações do PIAC 2006 |
Querosene (excluindo o querosene para aviação) |
71,9 |
43,8 |
Orientações do PIAC 2006 |
Óleo de xisto |
73,3 |
38,1 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gasóleo/gasóleo carburante |
74,1 |
43,0 |
Orientações do PIAC 2006 |
Fuelóleo residual |
77,4 |
40,4 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gases de petróleo liquefeitos |
63,1 |
47,3 |
Orientações do PIAC 2006 |
Etano |
61,6 |
46,4 |
Orientações do PIAC 2006 |
Nafta |
73,3 |
44,5 |
Orientações do PIAC 2006 |
Betume |
80,7 |
40,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Lubrificantes |
73,3 |
40,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Coque de petróleo |
97,5 |
32,5 |
Orientações do PIAC 2006 |
Matérias-primas para refinarias |
73,3 |
43,0 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gás de refinaria |
57,6 |
49,5 |
Orientações do PIAC 2006 |
Ceras parafínicas |
73,3 |
40,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
White Spirit e solventes com ponto de ebulição especial (SBP) |
73,3 |
40,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Outros produtos petrolíferos |
73,3 |
40,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Antracite |
98,3 |
26,7 |
Orientações do PIAC 2006 |
Carvão de coque |
94,6 |
28,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Outra hulha betuminosa |
94,6 |
25,8 |
Orientações do PIAC 2006 |
Hulha sub-betuminosa |
96,1 |
18,9 |
Orientações do PIAC 2006 |
Lenhite |
101,0 |
11,9 |
Orientações do PIAC 2006 |
Xisto betuminoso e areias asfálticas |
107,0 |
8,9 |
Orientações do PIAC 2006 |
Aglomerados de hulha |
97,5 |
20,7 |
Orientações do PIAC 2006 |
Coque de forno e coque de lenhite |
107,0 |
28,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Coque de gás |
107,0 |
28,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Alcatrão de carvão |
80,7 |
28,0 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gás de fábrica de gás |
44,4 |
38,7 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gás de coqueria |
44,4 |
38,7 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gás de alto-forno |
260 |
2,47 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gás de forno de aciaria a oxigénio |
182 |
7,06 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gás natural |
56,1 |
48,0 |
Orientações do PIAC 2006 |
Resíduos industriais |
143 |
n.a. |
Orientações do PIAC 2006 |
Óleos usados |
73,3 |
40,2 |
Orientações do PIAC 2006 |
Turfa |
106,0 |
9,76 |
Orientações do PIAC 2006 |
Pneumáticos usados |
85,0 (1) |
n.a. |
Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável — Iniciativa para a Sustentabilidade do Cimento (WBCSD CSI) |
Monóxido de carbono |
155,2 (2) |
10,1 |
J. Falbe e M. Regitz, Römpp Chemie Lexikon, Estugarda, 1995. |
Metano |
54,9 (3) |
50,0 |
J. Falbe e M. Regitz, Römpp Chemie Lexikon, Estugarda, 1995. |
Quadro 2
Fatores de emissão de combustíveis relacionados com o poder calorífico inferior (PCI) e poderes caloríficos inferiores por massa de materiais de biomassa
Material de biomassa |
FE preliminar [t CO2/TJ] |
PCI [GJ/t] |
Fonte |
Madeira/resíduos de madeira [seca ao ar (4)] |
112 |
15,6 |
Orientações do PIAC 2006 |
Lixívia sulfítica (lixívia negra) |
95,3 |
11,8 |
Orientações do PIAC 2006 |
Outra biomassa primária sólida |
100 |
11,6 |
Orientações do PIAC 2006 |
Carvão vegetal |
112 |
29,5 |
Orientações do PIAC 2006 |
Biogasolina |
70,8 |
27,0 |
Orientações do PIAC 2006 |
Biogasóleos |
70,8 |
37,0 |
Orientações do PIAC 2006 (5) |
Outros biocombustíveis líquidos |
79,6 |
27,4 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gases de aterro (6) |
54,6 |
50,4 |
Orientações do PIAC 2006 |
Gases de lamas de depuração (4) |
54,6 |
50,4 |
Orientações do PIAC 2006 |
Outros biogases (4) |
54,6 |
50,4 |
Orientações do PIAC 2006 |
Resíduos urbanos (fração de biomassa) (4) |
100 |
11,6 |
Orientações do PIAC 2006 |
2. FATORES DE EMISSÃO RELACIONADOS COM EMISSÕES DE PROCESSO
Quadro 3
Fatores de emissão estequiométricos para emissões de processo resultantes da decomposição de carbonatos (método A)
Carbonatos |
Fator de emissão [t CO2/t carbonato] |
||||||||||||||||||
CaCO3 |
0,440 |
||||||||||||||||||
MgCO3 |
0,522 |
||||||||||||||||||
Na2CO3 |
0,415 |
||||||||||||||||||
BaCO3 |
0,223 |
||||||||||||||||||
Li2CO3 |
0,596 |
||||||||||||||||||
K2CO3 |
0,318 |
||||||||||||||||||
SrCO3 |
0,298 |
||||||||||||||||||
NaHCO3 |
0,524 |
||||||||||||||||||
FeCO3 |
0,380 |
||||||||||||||||||
Geral |
Fator de emissão = [M(CO2)]/{Y * [M(x)] + Z * [M(CO3 2-)]}
|
Quadro 4
Fatores de emissão estequiométricos para emissões de processo resultantes da decomposição de carbonatos baseados em óxidos alcalino-terrosos (método B)
Óxido |
Fator de emissão [t CO2/t óxido] |
||||||||||||||||||||||||
CaO |
0,785 |
||||||||||||||||||||||||
MgO |
1,092 |
||||||||||||||||||||||||
BaO |
0,287 |
||||||||||||||||||||||||
Geral: XYOZ |
Fator de emissão = [M(CO2)]/{Y * [M(x)] + Z * [M(O)]}
|
Quadro 5
Fatores de emissão para emissões de processo provenientes de outras matérias utilizadas (produção de ferro ou aço e transformação de metais ferrosos) (8)
Matérias de entrada ou de saída |
Teor de carbono (t C/t) |
Fator de emissão (t CO2/t) |
Ferro de redução direta (FRD) |
0,0191 |
0,07 |
Elétrodos de carbono de forno de arco elétrico |
0,8188 |
3,00 |
Carbono de carga de forno de arco elétrico |
0,8297 |
3,04 |
Ferro aglomerado a quente |
0,0191 |
0,07 |
Gás de forno de aciaria a oxigénio |
0,3493 |
1,28 |
Coque de petróleo |
0,8706 |
3,19 |
Gusa |
0,0409 |
0,15 |
Ferro/sucata de ferro |
0,0409 |
0,15 |
Aço/sucata de aço |
0,0109 |
0,04 |
3. POTENCIAIS DE AQUECIMENTO GLOBAL DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA DIVERSOS DO CO2
Quadro 6
Potenciais de aquecimento global
Gás |
Potencial de aquecimento global |
N2O |
265 t CO2e/t N2O |
CF4 |
6 630 t CO2e/t CF4 |
C2F6 |
11 100 t CO2e/t C2F6 |
(1) Este valor é o fator de emissão preliminar, ou seja, antes da aplicação de uma eventual fração de biomassa.
(2) Com base num PCI de 10,12 TJ/t.
(3) Com base num PCI de 50,01 TJ/t.
(4) O fator de emissão em causa pressupõe um teor de água da madeira de cerca de 15 %. A madeira fresca pode ter até 50 % de teor de água. Para determinar o PCI da madeira completamente seca, deve utilizar-se a seguinte equação:
NCV=NCV_dry • (1-w)-ΔH_v • w
Em que NCVdry é o PCI do matéria seca absoluta, w é o teor de água (fração mássica) e é a entalpia de evaporação da água. Utilizando a mesma equação, o PCI para um determinado teor de água pode ser calculado a partir do PCI seco.
(5) O valor do PCI é extraído do anexo III da Diretiva (UE) 2018/2001.
(6) Para gases de aterro, gases de lamas e outros biogases: os valores normalizados referem-se ao biometano puro. Para chegar aos valores normalizados corretos, é necessária uma correção do teor de metano do gás.
(7) As orientações do PIAC também indicam valores para a fração fóssil dos resíduos urbanos: EF = 91,7 t CO2/TJ; PCI = 10 GJ/t.
(8) Orientações do PIAC 2006 para os inventários nacionais de gases com efeito de estufa.
ANEXO IX
Valores de referência harmonizados em matéria de eficiência para a produção separada de eletricidade e de calor
Nos quadros que se seguem, os valores de referência harmonizados em matéria de eficiência para a produção separada de eletricidade e de calor baseiam-se no poder calorífico inferior e nas condições atmosféricas normalizadas ISO (temperatura ambiente de 15 °C, pressão de 1,013 bar, humidade relativa de 60 %).
Quadro 1
Fatores de referência da eficiência para a produção de eletricidade
Categoria |
Tipo de combustível |
Ano de construção |
|||
Antes de 2012 |
2012-2015 |
A partir de 2016 |
|||
Sólidos |
S1 |
Carvão de pedra, incluindo antracite, hulha betuminosa, hulha sub-betuminosa, coque, semicoque, coque de petróleo |
44,2 |
44,2 |
44,2 |
S2 |
Lenhite, briquetes de lenhite, óleo de xisto |
41,8 |
41,8 |
41,8 |
|
S3 |
Turfa, briquetes de turfa |
39,0 |
39,0 |
39,0 |
|
S4 |
Biomassa seca, incluindo madeira e outra biomassa sólida, incluindo péletes e briquetes de madeira, aparas de madeira seca, resíduos de madeira limpos e secos, cascas de frutos secos, caroços (de azeitona e outros) |
33,0 |
33,0 |
37,0 |
|
S5 |
Outra biomassa sólida, incluindo toda a madeira não incluída em S4, licor negro e licor de sulfito |
25,0 |
25,0 |
30,0 |
|
S6 |
Resíduos urbanos e industriais (não renováveis) e resíduos renováveis/biodegradáveis |
25,0 |
25,0 |
25,0 |
|
Líquidos |
L7 |
Fuelóleo pesado, gasóleo/gasóleo carburante, outros produtos petrolíferos |
44,2 |
44,2 |
44,2 |
L8 |
Biolíquidos, incluindo biometanol, bioetanol, biobutanol, biodiesel e outros biolíquidos |
44,2 |
44,2 |
44,2 |
|
L9 |
Resíduos líquidos, incluindo resíduos biodegradáveis e não renováveis (incluindo sebo, gordura e bagaço de brassagem) |
25,0 |
25,0 |
29,0 |
|
Gasosos |
G10 |
Gás natural, GPL, GNL e biometano |
52,5 |
52,5 |
53,0 |
G11 |
Gás de refinaria, hidrogénio e gás de síntese |
44,2 |
44,2 |
44,2 |
|
G12 |
Biogás produzido a partir da digestão anaeróbia, da deposição em aterro e do tratamento de águas residuais |
42,0 |
42,0 |
42,0 |
|
G13 |
Gás de coqueria, gás de alto-forno, gás de mina e outros gases recuperados (excluindo gás de refinaria) |
35,0 |
35,0 |
35,0 |
|
Outros |
O14 |
Calor residual (incluindo gás de escape proveniente de processos de alta temperatura, produto de reações químicas exotérmicas) |
|
|
30,0 |
Quadro 2
Fatores de referência da eficiência para a produção de calor
Categoria |
Tipo de combustível |
Ano de construção |
||||||
Antes de 2016 |
A partir de 2016 |
|||||||
Água quente |
Vapor (1) |
Utilização direta de gases de escape (2) |
Água quente |
Vapor (1) |
Utilização direta de gases de escape (2) |
|||
Sólidos |
S1 |
Carvão de pedra, incluindo antracite, hulha betuminosa, hulha sub-betuminosa, coque, semicoque, coque de petróleo |
88 |
83 |
80 |
88 |
83 |
80 |
S2 |
Lenhite, briquetes de lenhite, óleo de xisto |
86 |
81 |
78 |
86 |
81 |
78 |
|
S3 |
Turfa, briquetes de turfa |
86 |
81 |
78 |
86 |
81 |
78 |
|
S4 |
Biomassa seca, incluindo madeira e outra biomassa sólida, incluindo péletes e briquetes de madeira, aparas de madeira seca, resíduos de madeira limpos e secos, cascas de frutos secos, caroços (de azeitona e outros) |
86 |
81 |
78 |
86 |
81 |
78 |
|
S5 |
Outra biomassa sólida, incluindo toda a madeira não incluída em S4, licor negro e licor de sulfito |
80 |
75 |
72 |
80 |
75 |
72 |
|
S6 |
Resíduos urbanos e industriais (não renováveis) e resíduos renováveis/biodegradáveis |
80 |
75 |
72 |
80 |
75 |
72 |
|
Líquidos |
L7 |
Fuelóleo pesado, gasóleo/gasóleo carburante, outros produtos petrolíferos |
89 |
84 |
81 |
85 |
80 |
77 |
L8 |
Biolíquidos, incluindo biometanol, bioetanol, biobutanol, biodiesel e outros biolíquidos |
89 |
84 |
81 |
85 |
80 |
77 |
|
L9 |
Resíduos líquidos, incluindo resíduos biodegradáveis e não renováveis (incluindo sebo, gordura e bagaço de brassagem) |
80 |
75 |
72 |
75 |
70 |
67 |
|
Gasosos |
G10 |
Gás natural, GPL, GNL e biometano |
90 |
85 |
82 |
92 |
87 |
84 |
G11 |
Gás de refinaria, hidrogénio e gás de síntese |
89 |
84 |
81 |
90 |
85 |
82 |
|
G12 |
Biogás produzido a partir da digestão anaeróbia, da deposição em aterro e do tratamento de águas residuais |
70 |
65 |
62 |
80 |
75 |
72 |
|
G13 |
Gás de coqueria, gás de alto-forno, gás de mina e outros gases recuperados (excluindo gás de refinaria) |
80 |
75 |
72 |
80 |
75 |
72 |
|
Outros |
O14 |
Calor residual (incluindo gás de escape proveniente de processos de alta temperatura, produto de reações químicas exotérmicas) |
— |
— |
— |
92 |
87 |
— |
(1) Se as centrais a vapor não tiverem em conta o retorno de condensados nos respetivos cálculos do rendimento térmico por cogeração (produção combinada de calor e eletricidade), a eficiência do vapor apresentada no quadro supra deve ser aumentada em 5 pontos percentuais.
(2) Se a temperatura for igual ou superior a 250 °C, devem ser utilizados os valores relativos à utilização direta de gases de escape.