EUR-Lex Access to European Union law
This document is an excerpt from the EUR-Lex website
Document 52013DC0504
REPORT FROM THE COMMISSION TO THE EUROPEAN PARLIAMENT AND THE COUNCIL on EAGF expenditure Early Warning System No 6/2013
RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO sobre as despesas do FEAGA Sistema de alerta n.º 6/2013
RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO sobre as despesas do FEAGA Sistema de alerta n.º 6/2013
/* COM/2013/0504 final */
RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU E AO CONSELHO sobre as despesas do FEAGA Sistema de alerta n.º 6/2013 /* COM/2013/0504 final */
ÍNDICE 1........... Processo orçamental de 2013 - FEAGA......................................................................... 3 2........... Receitas afetadas ao FEAGA......................................................................................... 3 3........... Comentários sobre a execução do
orçamento do FEAGA para 2013.............................. 4 4........... Execução das receitas afetadas ao
FEAGA..................................................................... 6 5........... Conclusões..................................................................................................................... 7 Anexo 1: || Utilização provisória das dotações do FEAGA – Situação em 30.4.2013
1.
Introdução
O anexo 1 apresenta, para o período de 16 de
outubro de 2012 a 30 de abril de 2013, o nível efetivo da execução orçamental,
comparativamente ao perfil de despesas previsto pelo indicador, estabelecido em
conformidade com o artigo 20.º do Regulamento (CE) n.º 1290/2005 do Conselho[1].
2.
Receitas afetadas ao FEAGA
Com base nas regras enunciadas no artigo 34.º do
Regulamento (CE) n.º 1290/2005 do Conselho relativo ao financiamento da
política agrícola comum, as receitas decorrentes das correções financeiras no
âmbito das decisões de apuramento da conformidade, de irregularidades e da
imposição sobre o leite são consideradas receitas afetadas ao financiamento das
despesas do FEAGA. Em conformidade com estas regras, as receitas afetadas podem
ser utilizadas para financiar despesas do FEAGA. A parte dessas receitas que
não seja utilizada transitará automaticamente para o exercício orçamental
seguinte.[2] O orçamento de 2013 do
FEAGA incluiu tanto as estimativas mais recentes da Comissão sobre as dotações
necessárias para financiar as despesas previstas para as medidas de mercado e
as ajudas diretas, como as estimativas das receitas afetadas que se esperava
cobrar durante o exercício orçamental em causa e o saldo das receitas afetadas
transitado do exercício orçamental anterior e que se mantém disponível. Na
proposta sobre o montante das dotações do FEAGA para o orçamento de 2013, a
Comissão tomou em consideração a previsão do total das receitas afetadas,
solicitando para o PO de 2013 um nível de dotações correspondente à diferença
entre as necessidades estimadas para o fundo e as receitas afetadas estimadas.
A autoridade orçamental adotou o novo orçamento FEAGA tendo em conta as
receitas afetadas previstas. Aquando da elaboração do orçamento para 2013, as
estimativas da Comissão relativas às receitas afetadas disponíveis apontavam
para 1 533 milhões de EUR. Concretamente: –
O montante das receitas afetadas que se esperava
viesse a ser gerado durante o exercício orçamental de 2013 foi estimado em 628
milhões de EUR. Previam-se montantes de 389 milhões de EUR e 161 milhões de EUR
provenientes de correções no âmbito do apuramento da conformidade e de
irregularidades, respetivamente. As receitas resultantes da imposição sobre o
leite foram estimadas em 78 milhões de EUR. –
O montante das receitas afetadas que se esperava
viesse a transitar do exercício orçamental de 2012 para o de 2013 foi estimado
em 905 milhões de EUR (incluindo o saldo restante do Fundo de reestruturação
para o açúcar, estimado em 675 milhões de EUR). No orçamento de 2013, a Comissão atribuiu a dois
regimes as receitas afetadas estimadas inicialmente, no montante de 1 533
milhões de EUR. Concretamente: –
500 milhões de EUR aos fundos operacionais
destinados às organizações de produtores no setor das frutas e produtos
hortícolas, e –
1 033 milhões de EUR ao regime de pagamento
único. Em conformidade com a proposta da Comissão, a
autoridade orçamental acabou por votar, para estes dois regimes, dotações no
montante de 267 milhões de EUR e de 30 635 milhões de EUR, respetivamente.
A soma das dotações votadas e das receitas afetadas acima referidas corresponde
a uma estimativa total das dotações disponíveis de 767 milhões de EUR para os
fundos operacionais destinados às organizações de produtores no setor das
frutas e produtos hortícolas e de 31 668 milhões de EUR para o regime de
pagamento único. No anexo 1, que apresenta a execução provisória do
orçamento de 2013 em relação ao período que termina em 30 de abril de 2013, os
valores das dotações orçamentais a nível do artigo para o setor das frutas e
produtos hortícolas e para o setor das ajudas diretas dissociadas apresentam
dotações votadas para estes dois regimes que ascendem a, respetivamente, 611
milhões de EUR e 38 076 milhões de EUR, sem ter em conta as receitas
afetadas acima referidas. Incluindo as receitas afetadas a estes setores, as
dotações totais previstas no orçamento de 2013 ascendem a 1 111 milhões de
EUR para as frutas e produtos hortícolas e a 39 109 milhões de EUR para as
ajudas diretas dissociadas.
3.
Comentários sobre a execução provisória do orçamento do FEAGA para
2013
O nível provisório de execução do orçamento para o
período de 16 de outubro de 2012 a 30 de abril de 2013 é apresentado no anexo
1. Este nível de execução é comparado com o perfil de despesas com base no
indicador, que foi estabelecido em conformidade com o artigo 20.º do
Regulamento (CE) n.º 1290/2005 do Conselho. Segue-se um breve comentário
sobre determinadas rubricas orçamentais que mostram as diferenças mais
significativas entre o nível efetivo e o nível previsto da execução do
orçamento de 2013.
3.1.
Medidas de mercado
O nível da execução das dotações para intervenções
nos mercados agrícolas foi superior em 36,1 milhões de EUR ao das dotações orçamentais
votadas, segundo o determinado pelo nível do indicador em 30 de abril de 2013.
Esta divergência constitui um efeito líquido dos padrões de execução
essencialmente nos setores das frutas e produtos hortícolas e vitivinícola e
nos programas alimentares.
3.1.1.
Programas alimentares (– 88,9 milhões de EUR)
A utilização mais lenta das dotações para o regime
das pessoas mais necessitadas que a prevista pelo nível do indicador está
ligada à incerteza que predomina sobre o futuro do regime, tendo a execução do
regime em 2013 sido adiada na maioria dos Estados-Membros para mais tarde.
Claramente, dado que 2013 é o último ano de aplicação deste regime, há uma
pressão ao nível dos Estados-Membros para executar o orçamento na sua
totalidade em 2013; por conseguinte, a Comissão considera que esta diferença é
temporária.
3.1.2.
Frutas e produtos hortícolas (+178,6 milhões de
EUR, em comparação com as dotações votadas)
No que respeita às dotações votadas, este nível de
execução é essencialmente atribuível às despesas para os fundos operacionais
destinados às organizações de produtores, financiados tanto pelas dotações
orçamentais votadas como pelas receitas afetadas a este regime no orçamento de
2013 (NB: para mais informações, cf. ponto 2 supra). Este nível de
execução resulta da aplicação do indicador, para o período que termina em 30 de
abril de 2013, às dotações orçamentais votadas, que não incluem as receitas
afetadas a este setor. Nesta fase, a Comissão considera que o total das
dotações disponíveis para este setor será suficiente para cobrir as previsões
de despesas dos Estados-Membros em 2013. Uma nota de rodapé * no quadro de execução
provisória no anexo 1 indica qual seria a situação se, em 30 de abril de 2013,
o indicador tivesse sido aplicado às dotações totais que devem estar
disponíveis para financiar o referido setor. Como se indica no ponto 2 supra,
o financiamento total que deverá estar disponível para este setor é composto
das dotações orçamentais votadas, no valor de 611 milhões de EUR, e das
receitas afetadas a este setor, que se estima ascenderem a 500 milhões de EUR.
Por conseguinte, a aplicação do indicador ao financiamento total de 1 111
milhões de EUR que deveriam estar disponíveis para este setor teria originado
uma subexecução insignificante de 5,7 milhões de EUR.
3.1.3.
Produtos do setor vitivinícola (-33,7 milhões de
EUR)
Um abrandamento na execução das dotações
disponíveis para o setor vitivinícola resulta de uma execução mais lenta do
que no passado das dotações do setor nalguns Estados-Membros, enquanto o indicador
se baseia no ritmo médio de pagamento histórico. No entanto, atendendo à
execução historicamente elevada para este setor e tendo em conta a
flexibilidade dos Estados-Membros para reprogramar medidas e despesas no âmbito
dos respetivos programas nacionais, a Comissão, nesta fase, considera esta
diferença temporária mas continua a acompanhar de perto a execução no caso
deste regime.
3.2.
Ajudas diretas
Em comparação com o nível do indicador em 30 de
abril de 2013, a execução das dotações para as ajudas diretas foi superior em
1 186,3 milhões de EUR.
3.2.1.
Ajudas diretas dissociadas (+1 091,6 milhões
de EUR, em comparação com as dotações votadas)
No que se refere à dotações votadas, o regime de
pagamento único (RPU) apresenta uma sobreexecução que resulta da aplicação do
indicador, para o período que termina em 30 de abril de 2013, às dotações
orçamentais votadas, que não incluem as receitas afetadas a este setor. A
execução das ajudas diretas dissociadas (RPU e RPUS) em 30 de abril de 2013
está a um nível idêntico ao da situação em abril de 2012. Os Estados-Membros já
pagaram até agora aproximadamente 98 % e 97,4 % das necessidades
estimadas no orçamento respetivamente para o RPU e o RPUS[3]. Uma nota de rodapé * no quadro de execução
provisória no anexo 1 indica qual seria a situação se, em 30 de abril de 2013,
o indicador tivesse sido aplicado às dotações totais que devem estar
disponíveis para financiar as ajudas diretas dissociadas. Como se indica no
ponto 2 supra, o financiamento total que deverá estar disponível para as
ajudas diretas dissociadas é composto das dotações orçamentais votadas, no
valor de 38 076 milhões de EUR, e das receitas afetadas a este setor, que
se estima ascenderem a 1 033 milhões de EUR. Por conseguinte, a aplicação
do indicador ao montante total do financiamento previsto para as ajudas diretas
dissociadas, ou seja, a 39 109 milhões de EUR, teria resultado numa
sobreexecução de 87,2 milhões de EUR. Esta diferença resulta da construção do
indicador para o RPUS (baseado no ritmo de pagamento em 2012 mas tendo em conta
os pagamentos efetivos para os primeiros dois meses do ano) que ascende a
96,4 %, em comparação com a execução efetiva até 30 de abril de 2013, de
97,4 %. Tendo em conta o que precede, a Comissão prevê,
nesta fase, que esta sobreexecução das ajudas diretas dissociadas seja
temporária e que as dotações disponíveis e as receitas afetadas sejam
suficientes para cobrir a execução efetiva do presente artigo. A Comissão
continua a acompanhar de perto a situação neste setor.
3.2.2.
Outras ajudas diretas (+95,1 milhões de EUR)
A utilização mais rápida das dotações votadas para
outras ajudas diretas é um efeito líquido de um ritmo mais acelerado dos
pagamentos, em comparação com o nível do indicador em 30 de abril de 2013, no
respeitante a determinados regimes, especialmente para o prémio por vaca em
aleitamento. Nesta fase, a Comissão considera que isto pode constituir uma
diferença temporal, embora esteja a acompanhar de perto a execução deste
regime, tal como no caso das outras ajudas diretas dissociadas.
3.3.
Auditoria das despesas agrícolas
3.3.1.
Apuramento das contas dos exercícios anteriores
(+78,0 milhões de EUR)
Até 30 de abril de 2013, os Estados-Membros não
declararam correções dos apuramentos das contas dado que a Comissão não tinha
tomado decisões de apuramento. O nível de execução atual resulta do nível do
indicador correspondente em 30 de abril de 2013. É de assinalar que a Comissão, na sua carta
retificativa para 2013, tinha proposto correções que ascendiam a
– 56 milhões de EUR, com base na execução média de exercícios
anteriores dado que tais correções não são previsíveis. No novo projeto de
orçamento elaborado em novembro, após o insucesso da primeira conciliação, este
montante foi aumentado para – 100 milhões de EUR. Após a conciliação de 5 de
dezembro de 2012, a autoridade orçamental adotou o orçamento de 2013, no qual o
montante em questão foi finalmente fixado em – 200 milhões de EUR. Neste momento, a Comissão considera que as
correções previstas resultantes das suas decisões relativas ao apuramento das
contas e do incumprimento dos prazos de pagamento das ajudas pelos
Estados-Membros não serão suficientes para cobrir o montante mais elevado de
– 200 milhões de EUR. A Comissão acabará por ter de cobrir o défice das
dotações orçamentais negativas que daí resulta através da transferência de
dotações orçamentais positivas de outras rubricas, a fim de encerrar esta
rubrica orçamental em 2013.
4.
Execução das receitas afetadas ao FEAGA
O quadro do anexo 1
mostra que, em 30 de abril de 2013, tinham sido cobradas receitas afetadas no
montante de 553,5 milhões de EUR. Concretamente: –
as receitas decorrentes de correções no âmbito das
decisões de apuramento da conformidade ascenderam a 379,2 milhões de EUR,
prevendo-se ainda alguns montantes adicionais até ao final do exercício
orçamental; –
as receitas relacionadas com irregularidades
ascenderam a cerca de 95,5 milhões de EUR, prevendo-se também montantes
adicionais até ao final do exercício orçamental, e –
neste momento, a maior parte das receitas provenientes
da imposição sobre o leite foi cobrada e ascende a cerca de 78,8 milhões de
EUR. Por último, o montante das receitas afetadas que
transitaram do exercício de 2012 para o de 2013 elevou-se a 1 245,6
milhões de EUR, incluindo o saldo de aproximadamente 755 milhões de EUR no
Fundo de reestruturação para o açúcar após todos os pagamentos devidos no
âmbito do Fundo terem sido efetuados. Este montante é significativamente
superior ao montante inicialmente estimado de 905 milhões de EUR. Assim, o montante das receitas afetadas disponível
para o financiamento das despesas FEAGA, em 30 de abril de 2013, ascende a
1 799,1 milhões de EUR. Neste momento, a Comissão considera que o montante
das receitas afetadas ainda por cobrar ascende a 74,5 milhões de EUR (estima-se
que as receitas afetadas a gerar no orçamento de 2013 ascenderão a 628 milhões
de EUR, dos quais foram cobrados 553,5 milhões de EUR).
5.
Conclusões
A execução provisória das dotações orçamentais de
2013 do FEAGA, para o período que termina em 30 de abril de 2013, revela que os
reembolsos mensais aos Estados-Membros excedem em cerca de 1 287,9 milhões
de EUR o perfil de despesas para a execução orçamental com base no indicador.
Tal deveu-se sobretudo à autorização geral concedida pela Comissão para serem
pagos adiantamentos das ajudas diretas a partir de 16 de outubro de 2012, o que
resultou num ritmo de pagamento mais acelerado para estas ajudas. Este ritmo
deverá abrandar à medida que se aproxima o prazo de pagamento para estas
ajudas, ou seja, 30 de junho de 2013. Está já
disponível o montante de 1 799,1 milhões de EUR, correspondente às receitas
afetadas, devendo ainda ser cobrado durante 2013 o montante de 74,5 milhões de
EUR. Neste momento, a Comissão prevê que o montante das receitas afetadas disponíveis,
bem como o das que ficarão disponíveis durante o ano, será suficiente para
cobrir o financiamento dos fundos operacionais destinados às organizações de
produtores e do regime de pagamento único, como previsto inicialmente aquando
da elaboração do orçamento de 2013 e qualquer sobreexecução noutras rubricas
tais como o apuramento das contas.
[1] JO L 209 de
11.8.2005, p. 1. [2] O artigo 14.º
do Regulamento (UE, Euratom) n.º 966/2012 do Parlamento Europeu e do Conselho
relativo às disposições financeiras aplicáveis ao orçamento geral da União
estabelece que as receitas afetadas internas transitam apenas por um ano.
Assim, com vista a uma boa gestão orçamental, essas receitas afetadas são em
geral utilizadas antes de quaisquer dotações aprovadas da rubrica orçamental em
questão. [3] O nível de
execução para as ajudas diretas dissociadas é calculado como uma percentagem
das necessidades orçamentadas, incluindo, para o RPU, o montante das receitas
afetadas.