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Document 52008AR0143
Opinion of the Committee of the Regions on Western Balkans: Enhancing the European perspective
Parecer do Comité das Regiões sobre Balcãs Ocidentais: reforçar a perspectiva europeia
Parecer do Comité das Regiões sobre Balcãs Ocidentais: reforçar a perspectiva europeia
JO C 76 de 31.3.2009, pp. 42–47
(BG, ES, CS, DA, DE, ET, EL, EN, FR, IT, LV, LT, HU, MT, NL, PL, PT, RO, SK, SL, FI, SV)
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31.3.2009 |
PT |
Jornal Oficial da União Europeia |
C 76/42 |
Parecer do Comité das Regiões sobre Balcãs Ocidentais: reforçar a perspectiva europeia
(2009/C 76/09)
O COMITÉ DAS REGIÕES
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considera vinculativo o compromisso da União Europeia de oferecer um futuro europeu a todos os países dos Balcãs Ocidentais, contanto que respeitem os critérios de adesão. |
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exorta os países dos Balcãs Ocidentais a cumprirem quanto antes as condições impostas pela UE para a alteração da sua política de vistos. As condições de obtenção de vistos para os habitantes desses países tornam difícil o estabelecimento de contactos sociais com parceiros dos Estados-Membros e entravam a execução de projectos de educação e desenvolvimento; apela a que a UE continue a facilitar a obtenção de vistos pelos habitantes dos países dos Balcãs Ocidentais. |
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sublinha a importância dos processos iniciados nos países dos Balcãs Ocidentais para descentralizar e repartir o poder; salienta que as etnias não devem ser o único ou o principal motor dessas reformas e considera importante, em países de composição étnica muito variada, consolidar a posição das instituições centrais vitais para o funcionamento do Estado, sem prejuízo da autonomia decisória das autarquias locais e regionais. |
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sublinha a importância de prosseguir com determinação os esforços para reforçar a independência do sistema judiciário. Também é preciso agir com mais vigor no combate à corrupção e fazer tudo para aumentar a confiança dos cidadãos na justiça. |
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defende a colaboração estreita entre as autarquias e os organismos locais e regionais e os seus congéneres da UE e apela à instauração de mecanismos institucionais e financeiros adequados para permitir que as autarquias se envolvam mais directamente em projectos transfronteiriços e regionais, bem como as associações nacionais dos órgãos do poder local, incluindo a participação em iniciativas num Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial. |
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Relator |
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František KNAPÍK (SK/PPE), Presidente da Câmara Municipal de Košice |
Referências:
Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho — Balcãs Ocidentais: Reforçar a perspectiva europeia, Bruxelas
COM(2008) 127 final
RECOMENDAÇÕES POLÍTICAS
O COMITÉ DAS REGIÕES,
A. Recomendações gerais
Progresso na via da adesão
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1. |
considera vinculativo o compromisso da União Europeia de oferecer um futuro europeu a todos os países dos Balcãs Ocidentais, contanto que respeitem os critérios de adesão. |
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2. |
aplaude os progressos realizados pelos países dos Balcãs Ocidentais na sua aproximação à União Europeia. Entende que a assinatura do Acordo de Estabilização e Associação (AEA) entre a UE e a República da Sérvia e entre a UE e a Bósnia-Herzegovina são essenciais para garantir que a totalidade da região tenha um futuro na União Europeia. Provas dos progressos alcançados na via da integração europeia são a possibilidade real de o Montenegro e a Albânia, seguidos pelos outros países da região, obterem o estatuto de países candidatos no futuro próximo e os avanços obtidos nas negociações de adesão com a Croácia. |
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3. |
recomenda que a Comissão Europeia aproveite melhor as experiências com os novos Estados-Membros nos processos de adesão e de transformação. Os pontos de vista dos novos Estados-Membros devem ser encarados como um valor acrescentado para a definição das políticas da UE, mormente as que dizem respeito à adesão dos países dos Balcãs Ocidentais. |
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4. |
exorta os países dos Balcãs Ocidentais a cumprirem quanto antes as condições impostas pela UE para a alteração da sua política de vistos. As condições de obtenção de vistos para os habitantes desses países tornam difícil o estabelecimento de contactos sociais com parceiros dos Estados-Membros e entravam a execução de projectos de educação e desenvolvimento; apela a que a UE continue a facilitar a obtenção de vistos pelos habitantes dos países dos Balcãs Ocidentais. |
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5. |
sublinha a importância dos processos iniciados nos países dos Balcãs Ocidentais para descentralizar e repartir o poder; salienta que as etnias não devem ser o único ou o principal motor dessas reformas e considera importante, em países de composição étnica muito variada, consolidar a posição das instituições centrais vitais para o funcionamento do Estado, sem prejuízo da autonomia decisória das autarquias locais e regionais. |
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6. |
recorda que o reconhecimento e a protecção das minorias são um dos critérios de Copenhaga, cujo cumprimento é pré-requisito para a entrada na União Europeia; está convencido de que o elemento central dos direitos das minorias consiste em facilitar e assegurar a coexistência pacífica de populações de diferente raça, língua ou religião com a maioria da população para satisfazer as suas necessidades específicas. |
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7. |
convida os países da região a adoptarem medidas destinadas a reforçar a participação das mulheres na vida política, social e económica e a promoverem a igualdade de género. Assinala que a discriminação contra as mulheres e a violência doméstica ainda existem e insta, por isso, estes países a intensificarem os seus esforços para consolidar os direitos das mulheres. |
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8. |
insta ao reforço da capacidade administrativa das instituições nacionais e das autarquias para aproveitar ao máximo as ajudas financeiras aos países dos Balcãs Ocidentais ao abrigo do Instrumento de Pré-Adesão (IPA). |
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9. |
sublinha a importância de prosseguir com determinação os esforços para reforçar a independência do sistema judiciário. Também é preciso agir com mais vigor no combate à corrupção e fazer tudo para aumentar a confiança dos cidadãos na justiça. |
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10. |
lamenta a prevalência da corrupção que continua a representar um obstáculo à criação de um serviço público transparente e à gestão e à administração eficientes dos fundos e programas da UE. |
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11. |
louva os esforços no sentido de criar uma Escola Regional de Administração Pública (ERAP), que terá todas as competências de um estabelecimento de formação profissional para funcionários públicos e contribuirá para aumentar a capacidade administrativa dos países dos Balcãs Ocidentais. O Comité recomenda que as escolas de administração pública já existentes em cada país colaborem com esta instituição tanto quanto possível. Também apoia os outros instrumentos da Comissão Europeia destinados a aumentar a capacidade administrativa, criar instituições e aplicar a legislação da UE, sobretudo através da geminação, do Serviço de Intercâmbio de Informações sobre Assistência Técnica (TAIEX) e do Apoio para Melhorar a Governança e a Gestão (SIGMA). |
Cooperação regional e cooperação transfronteiriça reforçada
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12. |
acolhe favoravelmente o êxito na transformação do Pacto de Estabilidade para a Europa de Sudeste no Conselho de Cooperação Regional; entende que a cooperação regional é imprescindível para que os países dos Balcãs Ocidentais progridam no sentido da adesão à UE. A melhoria da cooperação transfronteiriça merece particular destaque, dado que em muitos casos foram as regiões fronteiriças as mais afectadas pelos conflitos armados dos anos 90. Por esse motivo, o Comité apela ao desenvolvimento das infra-estruturas transfronteiras entre os países da região. |
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13. |
considera que o reforço da cooperação transfronteiriça entre as zonas marítimas e de fronteira dos países dos Balcãs Ocidentais e as zonas vizinhas ou fronteiriças dos Estados-Membros da União é a via a seguir para superar as divisões, as desconfianças e os preconceitos causados por contenciosos e conflitos que no passado — recente ou menos recente — envolveram os países dos Balcãs Ocidentais e os países vizinhos actualmente membros da UE. |
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14. |
louva o progresso alcançado no sentido de criar uma zona de comércio livre — CEFTA — nos Balcãs Ocidentais; recomenda que os países participantes se apressem a criar uma zona de comércio livre que funcione de forma eficaz em toda a região, o que ajudará cada país a preparar-se para a adesão ao mercado único da UE. |
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15. |
defende a colaboração estreita entre as autarquias e os organismos locais e regionais e os seus congéneres da UE e apela à instauração de mecanismos institucionais e financeiros adequados para permitir que as autarquias se envolvam mais directamente em projectos transfronteiriços e regionais, bem como as associações nacionais dos órgãos do poder local, incluindo a participação em iniciativas num Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial. |
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16. |
reconhece que as organizações da sociedade civil contribuem em grande medida para a promoção da integração europeia e apoia a ligação em rede dessas organizações em cada região e o desenvolvimento de projectos conjuntos. |
Consolidação do poder local e regional
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17. |
considera que o bom funcionamento do poder local e regional é essencial para a consolidação interna de cada país e para o seu processo de aproximação à UE; recomenda que os governos aprofundem a comunicação com as autarquias e a promoção da integração europeia. |
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18. |
saúda o mecanismo especial de apoio ao poder local e regional nos Balcãs Ocidentais, que forma parte do Instrumento de Pré-Adesão (IPA) que a Comissão Europeia anunciou na conferência de Bruxelas de Abril de 2008; recomenda que a Comissão simplifique tanto quanto possível o procedimento de atribuição das ajudas, tornando-o em particular mais rápido e mais eficaz; defende que as ajudas, independentemente do tipo, embora devam sempre ser orientadas, também devem alcançar um leque de beneficiários tão amplo quanto possível. |
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19. |
está consciente do desequilíbrio regional (entre zonas metropolitanas e regiões mais afastadas dos centros urbanos) na actuação das autarquias locais e regionais empenhadas num desenvolvimento territorial harmonioso e equilibrado e na promoção da integração europeia; julga necessário ajudar as autarquias a operar de forma eficaz nas zonas rurais, sobretudo as de composição étnica mista, nas quais a prioridade deve ser a execução de projectos multi-étnicos. |
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20. |
está consciente do facto de que as autoridades locais e regionais dos países dos Balcãs Ocidentais desempenham um papel fundamental na descoberta da resposta institucional necessária aos direitos das minorias nacionais; por esse motivo, espera dos governos desses países que consultem as autoridades locais e regionais sempre que, tendo em conta a Convenção-Quadro para a Protecção das Minorias Nacionais do Conselho da Europa, sejam debatidos e adoptados novas normas e quadros jurídicos sobre os direitos das minorias nacionais; |
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21. |
salienta a importância das autarquias locais e regionais para atenuar os preconceitos e as diferenças entre etnias na região, e a esse propósito destaca o seu papel na comunicação entre os níveis de administração local e nacional de cada país. |
B. Recomendações específicas por país
Croácia
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22. |
congratula-se com os consideráveis progressos nas negociações de adesão com a Croácia, que transmitem aos outros países dos Balcãs Ocidentais um sinal positivo quanto às suas próprias perspectivas de adesão uma vez satisfeitas as condições necessárias. É de opinião que as actuais incertezas quanto à entrada em vigor do Tratado de Lisboa, geradas pelo referendo na Irlanda, não têm influência nas negociações em curso com a Croácia. |
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23. |
aplaude os avanços registados ao nível da política regional e da cooperação transfronteiras e louva a Croácia pelo seu empenho em sanar os diferendos com os países vizinhos. |
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24. |
sublinha que a Croácia precisa de investir mais nas reformas judiciais, na luta contra a corrupção, nos direitos das minorias nacionais, no regresso dos refugiados e na reestruturação do sector da construção naval, se pretende alcançar progressos no seu processo de adesão. |
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25. |
entende que a Croácia deve acelerar o ritmo das reformas da administração pública e reforçar a capacidade administrativa a nível local e regional. |
Antiga República Jugoslava da Macedónia
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26. |
considera que a Antiga República Jugoslava da Macedónia pode realizar progressos ainda maiores no sentido de aprofundar as relações com a UE, contanto que respeite as condições e os critérios definidos pelo Conselho Europeu de Junho de 2008. |
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27. |
elogia o contributo da Antiga República Jugoslava da Macedónia para a estabilidade nos Balcãs Ocidentais e regista a decisão do governo croata sobre o reconhecimento da independência do Kosovo. |
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28. |
louva a criação do Comité Consultivo Misto UE-Antiga República Jugoslava da Macedónia e preconiza o aprofundar do diálogo político entre as autarquias locais e regionais da UE e as suas congéneres da Antiga República Jugoslava da Macedónia. |
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29. |
observa que a crise política atravessada pela Antiga República Jugoslava da Macedónia foi entretanto solucionada; recomenda que sejam imediatamente adoptadas as disposições necessárias para melhorar e consolidar o funcionamento das instituições estatais a fim de resolver os problemas que complicaram o processo eleitoral de Junho de 2008 e de assegurar que futuras eleições se desenrolem de acordo com as normas internacionais; salienta a importância de intensificar o diálogo entre os partidos políticos com vista a fomentar a criação de um clima estável e consensual para a realização das reformas necessárias para a adesão à UE; |
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30. |
propõe que se continue o processo de descentralização, garantindo, porém, que as etnias não são o principal critério na formação de autarquias locais ou regionais; defende a manutenção da estabilidade política da Antiga República Jugoslava da Macedónia a nível nacional, regional e local através do diálogo, e não de outros meios. |
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31. |
apoia o papel positivo da Comissão de Relações Intercomunitárias, a nível tanto nacional como local, enquanto mediadora entre as diferentes comunidades étnicas e o parlamento. O CR também apela à preservação da natureza multi-étnica da Antiga República Jugoslava da Macedónia, e em particular ao respeito escrupuloso dos direitos das minorias étnicas. |
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32. |
aplaude a retoma das negociações assistidas pelo enviado especial dos Estados Unidos, Matthew Nimetz, e insta a Antiga República Jugoslava da Macedónia a envidar novos esforços para a resolução do problema da nomenclatura oficial do país, de harmonia com as Resoluções 817/93 e 845/93 do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Salienta a importância das relações de boa vizinhança para o progresso da Antiga República Jugoslava da Macedónia na aproximação à UE. |
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33. |
recomenda que o país prossiga com a reforma da administração pública, incluindo a reforma da fiscalidade local, a fim de dar às autarquias maior autonomia no domínio financeiro. |
Albânia
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34. |
acolhe favoravelmente as medidas adoptadas para reformar a administração pública e dar mais poderes às autarquias locais. |
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35. |
salienta a necessidade de promover o crescimento económico e o desempenho da economia. A prosperidade económica e o crescimento económico sustentável são fulcrais no caminho para a adesão à UE. |
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36. |
destaca a importância do consenso político sobre as questões ligadas à integração europeia. |
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37. |
exorta os partidos políticos a abandonarem posições menos construtivas a nível local para permitir que as decisões sejam tomadas por consenso com vista a resolver os problemas locais no interesse das comunidades locais. |
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38. |
preconiza a introdução de mecanismos eficazes de combate à corrupção a nível nacional e local; ao mesmo tempo, apela a que as instituições competentes se empenhem mais no combate contra o crime organizado. |
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39. |
louva o reforço das competências do poder local em matéria de fiscalidade e despesas locais. |
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40. |
recomenda o reforço dos poderes descentralizadas das autarquias locais. |
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41. |
exorta a Albânia a aplicar na íntegra as disposições previstas na Convenção-quadro do Conselho da Europa para a protecção das minorias nacionais, em particular no que diz respeito à utilização das línguas minoritárias. |
Bósnia-Herzegovina
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42. |
acolhe com agrado a assinatura do Acordo de Estabilização e Associação entre a União Europeia e a Bósnia-Herzegovina e apoia o encerramento do Gabinete do Alto Representante (GAR) e o reforço do Gabinete do Representante Especial da UE, assim que estejam reunidas as condições necessárias e tenham sido alcançados os objectivos almejados. |
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43. |
congratula-se por a questão do estatuto final do Kosovo não ter grandes repercussões na Bósnia-Herzegovina e por, de um modo geral, a situação política e de segurança se ter mantido calma; |
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44. |
aplaude a adopção pelo Parlamento da Bósnia da reforma policial, dada a sua importância para o processo de adesão à UE; reconhece que esta reforma, tal como aprovada, resulta de um consenso obtido após longas e árduas negociações entre todos os partidos envolvidos; não obstante, recorda a necessidade de novas alterações à Constituição para tornar as instituições estatais mais eficazes e garantir que a dimensão étnica deixa de ser o factor decisivo no funcionamento da sociedade da Bósnia-Herzegovina; salienta ainda a importância de uma maior cooperação com o Tribunal Penal Internacional para a Ex-Jugoslávia (CPIJ). |
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45. |
regozija-se com o facto de se terem realizado eleições locais democráticas em Outubro de 2008 e de elas terem decorrido sem percalços; realça a importância da eleição democrática de representantes locais e do seu papel no processo de democratização da sociedade da Bósnia-Herzegovina e sua aproximação à da UE. |
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46. |
apoia o reforço da capacidade administrativa do Departamento Governamental de Integração Europeia do Conselho de Ministros da Bósnia-Herzegovina, bem como das capacidades de outras instituições e órgãos empenhados no processo de integração europeia. O progresso da Bósnia-Herzegovina no processo de integração europeia requererá um esforço mais intenso na aplicação das reformas associadas à aproximação à UE. |
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47. |
está consciente de que o debate nacional sobre a adesão à UE deve ser acompanhado de vários projectos específicos que envolvam funcionários do governo central e das autarquias locais e regionais, representantes do mundo académico e das ONG. A experiência dos novos Estados-Membros poderá ser útil a este nível, com destaque para a criação de uma convenção nacional sobre a UE, que se revelou muito proveitosa na Eslováquia e foi igualmente lançada na Sérvia em 2006. |
Montenegro
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48. |
acolhe favoravelmente a realização de eleições democráticas e transparentes, sobretudo por se tratarem das primeiras eleições presidenciais desde a declaração de independência do Montenegro em 2006. |
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49. |
saúda a contribuição activa do Montenegro para a estabilização da região, sobretudo a sua postura construtiva no que respeita ao estabelecimento de boas relações bilaterais com os países vizinhos e toma conhecimento da decisão do seu governo quanto ao reconhecimento da independência do Kosovo. |
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50. |
aplaude a inauguração de uma delegação da Comissão Europeia na capital, Podgorica, e faz votos de que essa delegação contribua para facilitar e incrementar a comunicação entre a Comissão Europeia e o Montenegro e para auxiliar os esforços deste no sentido de aderir à UE. |
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51. |
apela a uma reforma mais rápida do aparelho judiciário e ao reforço da posição da administração pública; julga necessários mais progressos em matéria de reforma judicial e administrativa; com vista à aplicação do Acordo de Estabilização e Associação, recomenda o aumento das capacidades administrativas, políticas e jurídicas. |
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52. |
anima as autoridades competentes a envidar mais esforços para eliminar a corrupção nas instituições do governo e das autarquias e para combater o crime organizado, com destaque para o tráfico de drogas e de outros artigos. |
República da Sérvia
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53. |
congratula-se pela assinatura de um Acordo de Estabilização e Associação entre a República da Sérvia e a União Europeia e exorta o governo sérvio a cumprir todas as condições da respectiva aplicação. |
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54. |
saúda a captura de Radovan Karadzic no território da Sérvia e louva os esforços do novo governo sérvio nesse capítulo; destaca a importância da continuação da cooperação entre o governo sérvio e o TPIJ. |
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55. |
apela a que a UE dê passos decisivos para aprofundar as suas relações com a República da Sérvia, fazendo entrar em vigor o acordo provisório e dando início ao processo de ratificação do Acordo de Estabilização e Associação pelos parlamentos dos Estados-Membros. Julga oportuno conferir à República da Sérvia o estatuto de país candidato em 2009. |
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56. |
acolhe com entusiasmo o facto de as eleições presidenciais de Janeiro e Fevereiro de 2008 e de as eleições parlamentares e locais antecipadas de Maio terem decorrido democraticamente e aplaude a forma democrática como a crise governamental foi resolvida. |
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57. |
realça a necessidade de uma descentralização fiscal efectiva e apoia a adopção de uma lei sobre os bens do governo local com a formulação proposta pela Conferência Permanente das Cidades e dos Municípios. |
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58. |
saúda a ratificação da Carta Europeia da Autonomia Local pelo Parlamento da Sérvia e a sua entrada em vigor em 1 de Janeiro de 2008. |
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59. |
recomenda a elaboração de uma estratégia de descentralização, tendo em vista garantir transparência e previsibilidade ao processo de descentralização na Sérvia. Destaca a importância de consolidar as instituições locais e propõe que seja prestada especial atenção ao pleno respeito dos direitos das minorias nacionais e étnicas. |
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60. |
apela a Belgrado para que aceite a missão da União Europeia para o Estado de Direito no Kosovo (EULEX). |
Kosovo (em conformidade com a Resolução 1244/99 do Conselho de Segurança da ONU)
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61. |
apoia a continuação da missão EULEX enviada ao Kosovo pela União Europeia e louva o empenho da UE em assumir grande parte da responsabilidade pela evolução futura do Kosovo; congratula-se com o acordo sobre a transferência de poderes da UNMIK para a missão EULEX. |
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62. |
acolhe com satisfação os resultados da conferência de dadores sobre o Kosovo, organizada pela Comissão Europeia em 11 de Julho de 2008, em Bruxelas, e elogia o empenho da UE no Kosovo e na estabilidade dos Balcãs Ocidentais. |
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63. |
é a favor da participação do Kosovo em iniciativas regionais, em especial as relacionadas com a perspectiva de adesão à UE pelos países dos Balcãs Ocidentais, e recorda que essa adesão só será possível com o concurso de todos os intervenientes da região. |
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64. |
observa que a nova Constituição consagra os direitos das comunidades nacionais. |
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65. |
aplaude a criação do Conselho Consultivo para as Comunidades, sob a égide do presidente, e a introdução de um sistema de dupla maioria segundo o qual as questões vitais para as diferentes comunidades têm de ser aprovados por maioria não só dos legisladores mas também dos representantes dessas comunidades. Recomenda ainda que a data para a entrada em vigor deste sistema seja definida em colaboração com a comunidade internacional. |
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66. |
espera que a declaração unilateral de independência do Kosovo não crie entraves aos fluxos económicos e à circulação das pessoas nos Balcãs. |
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67. |
defende a manutenção de uma presença da comunidade internacional no Kosovo a longo prazo; apela a que a comunidade internacional preste toda a assistência necessária à aplicação da nova Constituição, vistos os recursos administrativos insuficientes das instituições do Kosovo. |
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68. |
lamenta que a capacidade administrativa continue a ser insuficiente para assegurar uma função pública eficiente e a gestão transparente dos fundos e programas da UE. |
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69. |
encoraja as minorias a tomar parte na vida política do Kosovo, como previsto na nova Constituição, e lamenta a relutância dos representantes da comunidade sérvia em participar na constituição das instituições da administração pública e no processo democrático de eleição dos membros das instituições do Kosovo. |
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70. |
apela às autoridades do Kosovo para que respeitem as diferentes minorias étnicas e cumpram todas as normas internacionais a este respeito. |
Bruxelas, 27 de Novembro de 2008.
O Presidente
do Comité das Regiões
Luc VAN DEN BRANDE