92001E0135

PERGUNTA ESCRITA E-0135/01

apresentada por Christopher Huhne (ELDR) à Comissão

(31 de Janeiro de 2001)

Objecto: Mobilidade dos trabalhadores

Poderá a Comissão indicar quaisquer dados de que disponha reveladores do grau de mobilidade dos trabalhadores na União Europeia (tanto entre regiões dos Estados-membros, como entre Estados-membros) relativamente à mobilidade dos trabalhadores nos Estados Unidos e no Japão?

Resposta dada por Anna Diamantopoulou em nome da Comissão

(28 de Março de 2001)

Em 1999, estimava-se que pouco menos de 4 % da população comunitária de idade superior a 15 anos era constituída por cidadãos não nacionais do Estado-membro em que residiam. A migração líquida para a Comunidade representava cerca de 0,2 % da população total. O valor correspondente para os Estados Unidos equivalia a 0,35 %. A migração para o Japão era muito pouco significativa (12 000 pessoas em 126 milhões de habitantes).

Em 1997, nos Estados-membros, cerca de 25 % dos migrantes eram cidadãos nacionais que regressavam ao seu país de origem, 17 % provinham de outro Estado-membro e 57 % era oriunda de países terceiros.

Nos Estados Unidos, entre 1998 e 1999, cerca de 1,4 milhões de pessoas (3 % dos migrantes) migraram para este país do estrangeiro.

Na Europa, estimava-se que em 1996, 1/6 da mão-de-obra mudou de trabalho e pouco mais de 1,5 % da população activa migrou entre regiões NUTS2(1). A migração inter-regional é muito mais elevada nos Estados-membros da Europa Setentrional onde atinge uma média de 2 % ou mais, do que na Europa Meridional, onde é inferior a 1 %. Os jovens na faixa etária dos 20 aos 30 anos são de longe o segmento da população que apresenta maior mobilidade (idades entre os 15 e os 24 nos Países Baixos e no Reino Unido), a qual declina fortemente com a idade.

Segundo os dados do serviço do censo norte-americano, em 1999, 43 milhões de habitantes dos Estados Unidos (15,9 % da população) mudaram de residência. Trata-se da percentagem mais baixa desde o início da recolha destas estatísticas. Além disso, 59 % dos habitantes mudaram de residência dentro do mesmo condado, 20 % migraram para um condado diferente dentro do mesmo Estado federado e 18 % migraram para outro Estado federado.

De acordo com a informação do serviço de estatísticas japonês, em 1999, o número de migrantes internos japoneses ascendeu a 6,1 milhões de pessoas, ou seja, a uma percentagem de migração interna de 4,93 %. Este valor representou uma queda de 1,4 %, comparativamente aos anos precedentes, e o quarto declínio anual sucessivo desde o início da recolha das estatísticas em 1954.

(1) NUTS (Nomenclatura das Unidades Territoriais Estatísticas).