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Document 52021XC0222(02)

Publicação de uma comunicação relativa à aprovação de uma alteração normalizada do caderno de especificações de uma denominação do setor vitivinícola a que se refere o artigo 17.o, n.os 2 e 3, do Regulamento Delegado (UE) 2019/33 da Comissão 2021/C 61/08

PUB/2020/942

JO C 61 de 22.2.2021, p. 18–22 (BG, ES, CS, DA, DE, ET, EL, EN, FR, HR, IT, LV, LT, HU, MT, NL, PL, PT, RO, SK, SL, FI, SV)

22.2.2021   

PT

Jornal Oficial da União Europeia

C 61/18


Publicação de uma comunicação relativa à aprovação de uma alteração normalizada do caderno de especificações de uma denominação do setor vitivinícola a que se refere o artigo 17.o, n.os 2 e 3, do Regulamento Delegado (UE) 2019/33 da Comissão

(2021/C 61/08)

A presente comunicação é publicada nos termos do artigo 17.o, n.o 5, do Regulamento Delegado (UE) 2019/33 da Comissão (1).

COMUNICAÇÃO DA APROVAÇÃO DE UMA ALTERAÇÃO NORMALIZADA

«GRECO DI TUFO»

PDO-IT-A0236-AM02

Data da comunicação: 13.11.2020

DESCRIÇÃO E MOTIVOS DA ALTERAÇÃO APROVADA

1.   Revisão da tipologia inclusão das versões «reserva»

Incluem-se as versões «Greco di Tufo» reserva e «Greco di Tufo» espumante reserva, tendo-se, consequentemente, atualizado a tipologia dos vinho previstos.

Esta alteração responde à necessidade de valorizar a DOP «Greco di Tufo», destacando a longevidade dos vinhos produzidos e tendo em conta os hábitos locais de comercialização dos vinhos, mesmo após vários anos de envelhecimento.

Além disso, em conformidade com a legislação em vigor, suprime-se o adjetivo «bianco» (branco) a seguir à denominação «Greco di Tufo».

A alteração diz respeito aos artigos 1.o e 6.o do caderno de especificações e à secção 4 do documento único.

2.   Inclusão da possibilidade de rega complementar

Tendo em conta as alterações climáticas e o aumento das condições de stress hídrico e térmico das plantas, autoriza-se a rega complementar para garantir o prosseguimento regular das atividades fisiológicas.

A alteração diz respeito ao artigo 4.o do caderno de especificações e não se aplica ao documento único.

3.   Inclusão das versões «reserva» e dos respetivos períodos de envelhecimento

A fim de distinguir o «Greco di Tufo» com menção «reserva» do «Greco di Tufo» espumante com menção «reserva», especifica-se o período mínimo de envelhecimento, bem como a sua data de início.

A alteração diz respeito ao artigo 5.o do caderno de especificações e à secção 5.a do documento único.

4.   Descrição dos vinhos dop «greco de tufo», incluindo o tipo «reserva» atualização das características analíticas e organoléticas

O adjetivo «bianco» é suprimido a seguir à denominação «Greco di Tufo».

O texto é alterado em consonância com o nome do produto.

Na sequência da introdução dos tipos «Greco di Tufo» reserva e «Greco di Tufo» espumante reserva, descrevem-se os atributos químicos, físicos e organoléticos que caracterizam os vinhos na fase de consumo. Os dados e as descrições referem um produto de elevada qualidade com um período de envelhecimento médio a longo em adega.

Na descrição do sabor do «Greco di Tufo» espumante, foi alargado o limite máximo do teor de açúcares residuais, passando o vinho de bruto a extrasseco.

A alteração é considerada necessária, uma vez que responde à crescente procura destes produtos por parte dos consumidores.

A alteração diz respeito ao artigo 6.o do caderno de especificações e à secção 4 do documento único.

5.   Relação com a área geográfica retificação formal do caderno de especificações

O caderno de especificações e o documento único foram retificados e o seu conteúdo harmonizado.

Trata-se de uma alteração formal, que não invalida a ligação referida no artigo 93.o, n.o 1, alínea a), subalínea i), do Regulamento (UE) n.o 1308/2013.

A alteração diz respeito ao artigo 9.o do caderno de especificações e à secção 8 do documento único.

DOCUMENTO ÚNICO

1.   Nome do produto

«Greco di Tufo»

2.   Tipo de indicação geográfica:

DOP — Denominação de origem protegida

3.   categorias de produtos vitivinícolas

1.

Vinho

4.

Vinho espumante

4.   Descrição do(s) vinho(s)

«Greco di Tufo»

Cor: amarelho-palha de intensidade variável;

Nariz: agradável, intenso, fino, característico;

Boca: fresco, seco, harmonioso;

Título alcoométrico total mínimo: 11,5% vol;

Extrato não redutor mínimo: 16 g/l.

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% vol.):

 

Título alcoométrico adquirido mínimo (% vol.):

 

Acidez total mínima:

5,0 gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (miliequivalentes por litro):

 

Teor máximo total de dióxido de enxofre (miligramas por litro):

 

«Grego di Tufo Riserva»

Cor: amarelho-palha de intensidade variável.

Nariz: agradável, intenso, fino, característico.

Boca: seco, fresco, harmonioso.

Título alcoométrico total mínimo: 12% vol.

Extrato não redutor mínimo: 17g/l.

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% vol.):

 

Título alcoométrico adquirido mínimo (% vol.):

 

Acidez total mínima:

5 gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (miliequivalentes por litro):

 

Teor máximo total de dióxido de enxofre (miligramas por litro):

 

«Grego di Tufo Spumante»

Bolha: fina e persistente.

Cor: amarelo-palha de intensidade variável, com reflexos esverdeados ou dourados.

Nariz: característico, agradável, com um delicado aroma de levedura.

Boca: sápido, fino e harmonioso, do extrabruto ao extrasseco.

Título alcoométrico total mínimo: 12% vol.

Extrato não redutor mínimo: 15 g/l.

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% vol.):

 

Título alcoométrico adquirido mínimo (% vol.):

 

Acidez total mínima:

6,0 gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (miliequivalentes por litro):

 

Teor máximo total de dióxido de enxofre (miligramas por litro):

 

«Grego di Tufo Spumante Riserva»

Bolha: fina e persistente.

Cor: amarelho-palha de intensidade variável.

Nariz: característico, agradável, com um delicado aroma de levedura.

Boca: sápido, fino e harmonioso, do extrabruto ao extrasseco.

Título alcoométrico total mínimo: 12% vol.

Extrato não redutor mínimo: 16 g/l.

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% vol.):

 

Título alcoométrico adquirido mínimo (% vol.):

 

Acidez total mínima:

6,0 gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (miliequivalentes por litro):

 

Teor máximo total de dióxido de enxofre (miligramas por litro):

 

5.   Práticas de vinificação

a)   Práticas enológicas específicas

«Grego de Tufo Riserva» — período mínimo de envelhecimento

Prática enológica específica

O período mínimo de envelhecimento do tipo «Greco di Tufo» reserva não pode ser inferior a 12 meses a contar de 1 de novembro do ano de colheita.

«Grego de Tufo» espumante e reserva — elaboração

Prática enológica específica

Os vinhos «Greco di Tufo», espumante e reserva, são exclusivamente produzidos por fermentação secundária em garrafa, segundo o método tradicional.

O tipo «Greco di Tufo» espumante estagia obrigatoriamente em garrafa, sobre lias, durante, pelo menos, 18 meses a contar da data de adição do licor de tiragem; o período mínimo de estágio em garrafa, sobre lias, do tipo «Greco di Tufo» espumante reserva, não deve ser inferior a 36 meses a contar da data de adição do licor de tiragem.

b)   Rendimentos máximos:

«Greco di Tufo» — todos os tipos

10 000 quilogramas de uvas por hectare

6.   Área geográfica delimitada

A área de produção das uvas destinadas aos vinhos da denominação de origem controlada e garantida «Greco di Tufo» compreende o território administrativo dos seguintes municípios da província de Avellino: Tufo, Altavilla Irpina, Chianche, Montefusco, Prata di Principato Ultra, Petruro Irpino, Santa Paolina e Torrioni.

7.   Principais castas de uva de vinho

Greco B.

8.   Descrição da(s) relação(ões)

«Greco di Tufo DOP» — Vinho e vinho espumante

Fatores naturais:

A área da DOP «Greco di Tufo» é uma zona de colinas atravessada pelo rio Sabato. Caracteriza-se pelos declives acentuados, os solos argilo-calcários de origem vulcânica e a riqueza mineral do subsolo.

O relevo acidentado da área de produção e a exposição preponderante das vinhas a sudeste/sudoeste, em zonas que se prestam particularmente ao seu cultivo, contribuem para um ambiente bem ventilado e luminoso, favorável ao desempenho equilibrado de todas as funções vegetais e produtivas da planta.

A topografia colinar da área de produção é marcada por microclimas com grandes amplitudes térmicas entre o dia e a noite, que contribuem para preservar a acidez dos bagos na fase de maturação.

Fatores históricos e humanos:

O cultivo da vinha na região remonta à Antiguidade. Iniciou-se com a população local e continuou mesmo depois da chegada dos colonizadores greco-micénicos. Está igualmente ligada à presença do rio Sabato, que atravessa as formações montanhosas, de onde provém o nome dos sabinos, do epónimo Sabus ou Sabatini, uma tribo de samnitas que se estabelecera na bacia do rio. No século XIX, estabeleceu-se nesta área um centro para o desenvolvimento da viticultura, graças à descoberta de enormes jazidas de enxofre no município de Tufo. A presença e a disponibilidade de enxofre têm sido benéficas para o cultivo da vinha em toda a Irpinia, tendo dado origem à técnica da sulfatagem, que permitia proteger os cachos de agentes patogénicos externos. Esta atividade contribuiu forma significativa para o desenvolvimento dos setores afins de toda a região até 1983, altura em que cessou a extração de enxofre.

A criação da Regia Scuola di Viticoltura e Enologia, em Avellino, contribuiu para transformar a área num dos mais importantes centros vitícolas italianos, promovendo o cultivo da casta greco no vale do Sabato.

A presença da referida escola, motor de progresso socio-económico, fará do setor vitivinícola avelinense uma das primeiras províncias italianas da produção e exportação de vinho.

A nível científico, o valor técnico e económico da produção de «Greco di Tufo» foi repetidamente reconhecido em estudos ampelográficos e enológicos.

Os fatores naturais e humanos acima descritos, aliados às especificidades genéticas da casta greco, dão origem a vinhos e espumantes de alta qualidade. Todos os vinhos da DOP «Greco di Tufo» se caracterizam pela frescura, corpo e complexidade, sendo, pela sua capacidade de envelhecimento, igualmente produzidos nas versões «reserva».

9.   Outras condições essenciais (acondicionamento, rotulagem, outros requisitos)

«Grego de Tufo» e «Greco di Tufo» espumante DOP

Quadro jurídico:

Legislação nacional

Tipo de condição adicional:

Disposições adicionais relativas à rotulagem

Descrição das condições:

Os vinhos Greco di Tufo devem ser comercializados em garrafas ou outros recipientes de vidro com uma capacidade não superior a 5 litros, vedados com rolha de rebordo (exceto os vinhos espumantes), de material previsto na legislação em vigor. Para os recipientes com capacidade não superior a 0,187 litros, é autorizada a utilização de tampa de rosca.

Hiperligação para o caderno de especificações

https://www.politicheagricole.it/flex/cm/pages/ServeBLOB.php/L/IT/IDPagina/16173


(1)  JO L 9 de 11.1.2019, p. 2.


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