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Document 52021SC0038

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO que acompanha o documento Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa Parceria UE-África para a Saúde Global (Saúde Global EDCTP3)

SWD/2021/38 final

Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria UE-África para a Saúde Global (Saúde Global EDCTP3)

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Folha de síntese (máximo 2 páginas)

Avaliação de impacto relativa a uma potencial Parceria UE-África para a Saúde Global (Saúde Global EDCTP3)

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

As doenças infecciosas ligadas à pobreza e negligenciadas continuam a ser a principal causa de morte, de deficiência e de problemas de saúde em muitos países, sendo os países de baixo e médio rendimento os mais afetados. Além disso, em parte devido às alterações ambientais e climáticas, verifica-se a emergência de um número crescente de organismos patogénicos, ou a reemergência dos mesmos com novas características, causando pandemias como a COVID-19. Estes organismos patogénicos podem propagar-se rapidamente por todo o mundo, causando um enorme sofrimento humano e económico em muitos países, incluindo na Europa. Embora se tenha registado uma evolução substancial neste domínio, especialmente em termos de novas terapias, o aumento da resistência antimicrobiana reduz a eficácia dos tratamentos existentes e as vacinas disponíveis nem sempre são suficientemente eficazes. São necessárias novas tecnologias de saúde, como testes de diagnósticos exatos, tratamentos terapêuticos e vacinas preventivas, a fim de aliviar a carga de doenças infecciosas e garantir que as pessoas tenham uma vida saudável e produtiva, especialmente na região mais vulnerável e afetada, a África Subsariana.

Quais são os resultados esperados?

A Parceria UE-África para a Saúde Global (Saúde Global EDCTP3) visa reduzir a carga de doenças infecciosas na África Subsariana e ajudar a controlar as doenças infecciosas emergentes a nível mundial. Este objetivo será alcançado por meio do trabalho em parceria com os países da África Subsariana numa agenda estratégica comum para a investigação e a inovação (I&I) com vista a:

·promover o desenvolvimento de tecnologias de saúde eficientes, novas ou melhoradas;

·coordenar os esforços de I&I;

·reforçar a capacidade de I&I para o combate às doenças infecciosas; e

·aumentar a preparação da I&I, a deteção precoce e o controlo de doenças infecciosas (re)emergentes na África Subsariana e a nível mundial.

Qual o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

A ação coordenada e coerente da UE ajudará a superar a fragmentação do financiamento da I&I, atrairá uma massa crítica de organizações e o investimento necessário para fazer face a este desafio mundial no domínio da saúde, e facilitará a colaboração e a resposta estratégica às doenças infecciosas (re)emergentes. Aumentará igualmente o impacto e a relação custo-eficácia da ação e do investimento europeus. Uma parceria que reúna a UE, os países europeus, os países africanos, outros países terceiros e os financiadores privados no domínio da saúde global terá um grande impacto a nível mundial.

B. Soluções

Quais são as várias opções para atingir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

Com vista a atingir estes objetivos, foram consideradas, para além dos tradicionais convites do programa-quadro, as seguintes quatro opções:

·uma parceria europeia coprogramada;

·uma parceria europeia cofinanciada;

·uma parceria institucionalizada ao abrigo do artigo 185.º do Tratado UE;

·uma parceria institucionalizada ao abrigo do artigo 187.º do Tratado.

A opção preferida é uma parceria institucionalizada ao abrigo do artigo 187.º, o que permitirá a participação de países que não sejam Estados-Membros da UE, nem Estados associados, por exemplo, países da África Subsariana e outros países terceiros. A opção do artigo 187.º permitirá igualmente a colaboração com a indústria e as organizações do setor social e solidário, o que pode contribuir para fazer avançar a agenda comum de I&I. Esta opção tem a maior capacidade para alavancar fundos e ter maior impacto.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

As partes interessadas foram unânimes na preferência pela parceria europeia institucionalizada nos termos do artigo 185.º ou do artigo 187.º. A escolha do artigo 187.º reunirá uma maior variedade de partes interessadas públicas e privadas, o que ajudará a garantir o compromisso a longo prazo, a segurança financeira e uma estrutura organizacional eficiente, conduzindo a um maior impacto potencial.

C. Impactos da opção preferida

Quais são os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

O apoio coerente e a longo prazo às atividades de I&I em matéria de doenças infecciosas, às redes, aos recursos de investigação e ao intercâmbio de conhecimentos entre as instituições e os países da África Subsariana reduzirá a carga de doença na África Subsariana e melhorará o controlo das doenças infecciosas (re)emergentes na África Subsariana e a nível mundial. Com a sua tónica na investigação clínica, o impacto da parceria consistirá em tecnologias de saúde eficazes e prontas para a produção, a distribuição e a venda.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

O custo de operação da estrutura de execução representará menos de 6 milhões de euros por ano, dependendo do montante do orçamento total. Haverá também um custo único de 0,3 milhões de euros para a criação da estrutura.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

As PME poderão participar nos convites da parceria. Prevê-se que o impacto nas PME não seja diferente dos convites do programa-quadro normal. Contudo, oportunidades significativas, em especial em matéria de digitalização das tecnologias de saúde, podem conduzir ao crescimento do setor das PME na Europa e em África.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

A parceria ajudará a racionalizar as despesas dos Estados-Membros na I&I sobre doenças infecciosas, incluindo na cooperação internacional. Ajudará igualmente os países da África Subsariana a planear os orçamentos dos seus sistemas nacionais de investigação em saúde.

Haverá outros impactos significativos? 

A parceria apoiará a I&I em matéria de vacinas, diagnósticos e medicamentos para doenças infecciosas que afetam principalmente os países de baixo e médio rendimento, ajudando a assegurar uma vida saudável e o bem-estar para todos, em todas as idades (ODS 3) e a erradicar a pobreza em todas as suas formas e em todos os lugares (ODS 1).

Proporcionalidade? 

A opção preferida fornece todos os elementos para alcançar os objetivos e não excede o necessário para resolver o problema.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

A política será revista em conformidade com o calendário estabelecido no Regulamento Horizonte Europa e com os requisitos a estabelecer no ato de base pertinente.

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para a Saúde Inovadora

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Avaliação de impacto relativa a uma parceria europeia para a saúde inovadora

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

A UE é prejudicada por a sua excelente investigação em saúde não se traduzir suficientemente em produtos e serviços inovadores para melhorar a saúde das pessoas. Paralelamente, a UE corre o risco de perder a sua liderança mundial nos domínios da saúde e dos cuidados de saúde. Estes problemas resultam de:

-compreensão incompleta das doenças;

-colaboração insuficiente entre o meio académico e a indústria da saúde;

-colaboração limitada entre setores industriais; e ainda

-obstáculos do mercado que afetam a adoção da inovação nos domínios da saúde e dos cuidados de saúde.

Se não forem enfrentados, estes problemas conduzirão ao declínio das atividades de investigação e inovação (I&I) no domínio da saúde na UE e numa melhoria limitada da qualidade dos cuidados de saúde, com impacto negativo na saúde pública e no bem-estar. A iniciativa proposta aborda estes desafios e responde à principal recomendação da avaliação intercalar da iniciativa anterior, a Empresa Comum «Iniciativa sobre Medicamentos Inovadores 2» (EC IMI 2), ou seja, permitir a participação ativa de outros setores da indústria para além da indústria farmacêutica.

Quais são os resultados esperados? 

-um contributo para a criação de um ecossistema de I&I no domínio da saúde a nível da UE que facilite a tradução dos conhecimentos científicos em inovações que respondam às necessidades dos utilizadores finais, dos doentes e dos profissionais de saúde;

-uma facilitação do desenvolvimento de inovações centradas nas pessoas que respondam a necessidades de saúde pública não satisfeitas; e ainda

-uma indústria de saúde da UE mais competitiva graças a uma colaboração intersetorial reforçada.

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

Os desafios em matéria de saúde são de natureza mundial, tal como a I&I necessária para os enfrentar. A maioria dos quadros jurídicos relacionados com a saúde que regulam o desenvolvimento e a introdução no mercado de novas tecnologias de saúde (por exemplo, ensaios clínicos, medicamentos, dispositivos médicos, diagnóstico in vitro e terapias avançadas) baseiam-se nos quadros regulamentares da UE. A maioria das empresas ativas no domínio da saúde estão presentes em toda a UE. O âmbito e a dimensão da iniciativa ultrapassam a capacidade de Estados-Membro individuais e exigem a mobilização de recursos e de partes interessadas a nível da UE.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

As opções são as seguintes:

-convites regulares no âmbito do Horizonte Europa;

-uma parceria coprogramada; e ainda

-uma parceria institucionalizada nos termos do artigo 187.º do TFUE.

A opção preferida é a parceria institucionalizada. Propõe a melhor relação custo/impacto, tendo também em conta os riscos associados, e promete cumprir eficientemente os objetivos e alcançar os impactos esperados.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

A opção de parceria institucionalizada foi a mais apoiada em todas as atividades de consulta, em todas as categorias de partes interessadas (Estados-Membros, associações industriais, investigadores, autoridades públicas, ONG e público em geral). Graças ao compromisso e ao financiamento a longo prazo, esta opção foi considerada a mais eficaz em termos de impactos científicos, económicos e societais. O acordo juridicamente vinculativo foi considerado fiável, especialmente em matéria de gestão da propriedade intelectual, facilitando, por conseguinte, a partilha de dados necessários para a concretização de impactos. Todos os grupos de partes interessadas, em particular o setor público, encararam a oportunidade de desempenhar um papel fundamental na definição da agenda de investigação como um aspeto crucial para a consecução do impacto na sociedade.

C. Impactos da opção preferida

Quais os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)?

Uma parceria institucionalizada garantirá da melhor forma que os setores público e privado continuam totalmente empenhados na execução de uma estratégia para a I&I em matéria de saúde a longo prazo e acordada em conjunto. É compatível com a alavancagem de recursos financeiros industriais e em espécie, a fim de maximizar o impacto do financiamento da União. Apoiará o desenvolvimento de uma estratégia para a inovação no domínio da saúde plenamente alinhada com as prioridades políticas da Comissão. A opção preferida permitirá igualmente a criação de um gabinete do programa para atividades específicas de apoio administrativo, coordenação e comunicação.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

A UE e as associações industriais participantes financiarão conjuntamente a parceria, estas últimas representando pelo menos 50 % do orçamento total. Os parceiros também terão de mobilizar os recursos necessários para cobrir os custos operacionais das ações financiadas e os custos administrativos do gabinete do programa. As associações desenvolverão igualmente atividades adicionais, tal como estipulado no ato legislativo.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

Graças à estreita interação da indústria da saúde (incluindo as PME) com o meio académico, todos os parceiros reforçarão a sua base científica, a fim de oferecer soluções inovadoras no domínio da saúde. Assim, com a participação precoce de outros intervenientes no domínio da saúde pública, a indústria poderá responder melhor às necessidades dos utilizadores finais, ou seja, dos doentes, dos profissionais de saúde e dos prestadores de cuidados de saúde. Melhorará também a sua posição concorrencial nos mercados mundiais e reforçará a economia e a soberania tecnológica da UE. A integração de vários setores industriais criará um ecossistema colaborativo de I&I mais ágil e favorável às PME.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

Não haverá qualquer impacto significativo nos orçamentos nem nas administrações públicas nacionais.

Haverá outros impactos significativos? 

Prevê-se um contributo positivo em matéria de direitos fundamentais (direito à saúde e direito ao acesso aos cuidados de saúde, incluindo cuidados preventivos e relacionados com tratamentos);

Os produtos de saúde e as ferramentas digitais baseados em dados recentemente desenvolvidos podem ter implicações no tratamento de dados pessoais de saúde e, por conseguinte, no direito à vida privada;

As ferramentas digitais podem ter um impacto positivo na cadeia de valor e na normalização da «saúde inteligente», apoiando a liderança industrial da UE;

Não se prevêem impactos em termos de simplificação, aspetos regulamentares ou encargos administrativos.

Proporcionalidade? 

A opção preferida é proporcional ao que é necessário para resolver os problemas em questão.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

A iniciativa será revista em conformidade com as disposições e decisões do Horizonte Europa a estabelecer no regulamento pertinente do Conselho.

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para as Tecnologias Digitais Essenciais

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Ficha de síntese

Avaliação de impacto de uma potencial parceria europeia institucionalizada para as tecnologias digitais essenciais

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

As «tecnologias digitais essenciais» são componentes e sistemas eletrónicos que constituem a base de todos os produtos e serviços digitais. São consideradas essenciais porque são as componentes de base dos sistemas digitais.

Se a UE não mantiver a sua liderança em componentes e sistemas eletrónicos arrisca-se a perder a sua forte posição no mercado em setores como o automóvel, os cuidados de saúde, a produção industrial, a indústria aeroespacial e a segurança.

Corre igualmente o risco de ser um seguidor no que respeita a paradigmas e tecnologias emergentes, como a inteligência artificial (IA) e a computação periférica, e mercados conexos que estão a criar uma procura de componentes e sistemas eletrónicos que terão de apresentar níveis de desempenho diferentes dos atualmente disponíveis.

O principal problema que a UE pode ter de enfrentar é a segurança do aprovisionamento de tecnologias de componentes que sejam seguras, protegidas e de confiança para infraestruturas críticas e setores industriais que são vitais para a economia.

O não alinhamento destas tecnologias digitais essenciais com as prioridades políticas da UE pode privá-la de um instrumento importante para alavancar a transformação digital na consecução dos seus objetivos sociais e ambientais.

Quais são os resultados esperados?

Um esforço de I&I de dimensão e grau de coordenação suficientes, a fim de reunir uma massa crítica de recursos, organizar múltiplas competências e interesses e orientá-los para uma agenda comum com os seguintes objetivos a alcançar até 2030:

1.Reforçar a soberania tecnológica da UE em matéria de componentes e sistemas eletrónicos para dar resposta às futuras necessidades das indústrias «verticais» e da economia em geral

Garantir que a UE se mantém na vanguarda da tecnologia de componentes e sistemas eletrónicos avançados, contribuindo para cadeias de valor estratégicas resilientes. Este ponto será cada vez mais essencial à medida que a transformação digital evolui e que as tecnologias digitais se tornam mais omnipresentes em todos os setores.

Uma maior soberania deve traduzir-se numa duplicação do valor da conceção e produção de componentes e sistemas eletrónicos na UE até 2030, em consonância com o seu peso nos produtos e serviços em geral.

2.Estabelecer a excelência científica e a liderança da inovação na UE em matéria de tecnologias de componentes e sistemas emergentes

Uma maior miniaturização dos limites físicos, a rápida implementação da IA e o aparecimento de paradigmas de computação periférica e de computação alternativa criam novas oportunidades para as componentes e sistemas eletrónicos e as suas aplicações. Uma base científica sólida em áreas emergentes pode permitir à UE aproveitar essas oportunidades. As PME e as empresas em fase de arranque ativas no domínio das tecnologias emergentes podem beneficiar e ajudar a criar novos ecossistemas.

As PME devem representar pelo menos um terço do número total de participantes numa iniciativa de «tecnologias digitais essenciais» e receber, pelo menos, 20 % do financiamento público.

3.Garantir que as tecnologias de componentes e sistemas respondam aos desafios societais e ambientais da UE

As autoridades públicas nacionais e da UE podem desempenhar um papel fundamental numa iniciativa coordenada garantindo a sua compatibilidade com as prioridades políticas. As tecnologias de componentes e sistemas eletrónicos devem proporcionar os níveis adequados de confiança e privacidade e contribuir para os objetivos ambientais da UE.

A iniciativa visará uma redução de 32,5 % do consumo de energia até 2030 1 .

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

Os componentes e sistemas eletrónicos constituem a base de cadeias de valor industriais com um impacto social e económico significativo em toda a Europa.

O ritmo acelerado do progresso tecnológico na indústria, associado ao facto de os Estados Unidos e os países asiáticos investirem maciçamente para estarem na vanguarda e minimizarem as suas dependências em relação a outras regiões, exige uma resposta coordenada a nível da UE.

Nenhum país ou organização poderá alcançar individualmente os objetivos acima referidos. Só a mobilização a nível da UE, envolvendo os Estados-Membros e a indústria, garantirá a abordagem estratégica e a massa crítica de recursos, competências e interesses necessárias.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

As seguintes opções foram consideradas como meios de apoio à I&I:

·convites tradicionais no âmbito do programa-quadro (opção de base);

·uma parceria europeia coprogramada (opção 1); e ainda

·uma parceria europeia institucionalizada nos termos do artigo 187.º do TFUE (opção 3).

A parceria europeia institucionalizada constitui a opção preferida, dado que garantirá que a indústria mais vasta de componentes e sistemas eletrónicos desempenha um papel ativo na definição da agenda de I&I, juntamente com as autoridades públicas (a nível da UE e a nível nacional), a fim de cumprir os objetivos acima referidos. Permitirá um compromisso sustentável por parte dos membros da parceria sobre um programa de 7 anos e proporcionará uma estrutura estável para uma execução eficiente e para a coordenação com iniciativas conexas. Procurar-se-á, em especial, a interação com parcerias centradas no digital (por exemplo, fotónica, EuroHPC, SNS, IA, dados e robótica) e com áreas de aplicação (saúde, automóvel, indústria transformadora, espaço).

A avaliação concluiu que esta opção proporciona a maior «direcionalidade» (assegurando o alinhamento com uma agenda de I&I) e «adicionalidade» (garantindo os efeitos de alavanca).

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

Aquando da consulta sobre parcerias do Horizonte Europa, 96 % dos Estados-Membros considerou relevante uma parceria em matéria de tecnologias digitais essenciais para as suas políticas e prioridades nacionais, bem como para a sua indústria, organismos de investigação e universidades.

Na consulta pública aberta, 82 % dos inquiridos, nomeadamente associações industriais, universidades, organismos de investigação e tecnologia, Estados-Membros e grandes empresas, indicou que uma iniciativa sobre tecnologias digitais essenciais seria relevante ou muito relevante para garantir o acesso a componentes e sistemas de confiança.

Muitos inquiridos (mais de 40 %) consideraram a parceria institucionalizada como a opção mais adequada. Trata-se de um conjunto equilibrado de setores industriais (grandes empresas e PME), organismos de investigação e Estados-Membros. As partes interessadas entrevistadas para o estudo de apoio à avaliação de impacto também apoiaram fortemente esta opção.

Pontos de vista minoritários (por exemplo, de organismos de investigação) indicaram que esta opção acarreta um risco de maior complexidade. Contudo, a harmonização e a simplificação de procedimentos e práticas são abordadas na iniciativa proposta.

C. Impactos da opção preferida

Quais os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Uma parceria baseada no artigo 187.º do TFUE pode:

·apoiar uma agenda estratégica de I&I (SRIA) da UE sobre tecnologias de componentes e sistemas eletrónicos, alinhando as prioridades da UE, dos Estados participantes e da indústria para alcançar uma massa crítica;

·contar com os compromissos de contribuição inicial de membros públicos (da UE e nacionais) e privados na parceria;

·proporcionar uma estrutura gerida centralmente que apoie a participação a longo prazo dos parceiros privados na execução de um programa ambicioso; e ainda

·proporcionar um elevado efeito de alavanca de 1:3, combinando o financiamento da UE com contribuições dos Estados-Membros e da indústria (1 EUR da UE, 1 EUR dos Estados participantes, 2 EUR de parceiros privados), para a mobilização de uma massa crítica de recursos em matéria de I&I.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Atendendo a que uma futura iniciativa de tecnologias digitais essenciais pode adotar a atual estrutura da Empresa Comum ECSEL, o custo de execução da opção preferida é o custo de utilização do gabinete de uma empresa comum durante o período da iniciativa. Este custo é compensado em grande medida pelos benefícios acima referidos, em especial os efeitos de alavanca do cofinanciamento para atingir a dimensão de recursos necessária, a fim de cumprir os objetivos ambiciosos. A empresa comum ECSEL pode ser adaptada à parceria de tecnologias digitais essenciais e os custos de execução globais serão os mesmos.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

Uma das recomendações da avaliação intercalar da Empresa Comum ECSEL consiste em estimular uma participação mais ativa das PME. O foco nas tecnologias emergentes e o objetivo de reforçar as capacidades de conceção (domínios em que as PME são particularmente ativas) são suscetíveis de atrair um maior número de pequenas empresas para a iniciativa em funções mais relevantes. Estão previstas atividades específicas (por exemplo, acesso à tecnologia e experimentação) para envolver os pequenos fornecedores e utilizadores no ecossistema.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

A parceria de tecnologias digitais essenciais baseia-se num modelo tripartido (Comissão, Estados-Membros e indústria), com contribuições financeiras e participação administrativa dos Estados participantes (Estados-Membros e países associados). Atualmente, este modelo é utilizado com êxito na empresa comum ECSEL.

Haverá outros impactos significativos? 

No desenvolvimento e na adoção de tecnologias de componentes e sistemas eletrónicos, terão em consideração os direitos fundamentais, em especial a segurança, a proteção e a privacidade dos cidadãos.

Proporcionalidade? 

A opção preferida fornece todos os elementos para cumprir os objetivos e não excede o necessário.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

A parceria será revista periodicamente a nível de projeto, tecnologia/setor e programa. Está prevista uma avaliação intercalar por um painel independente de peritos após três anos de funcionamento. As avaliações periódicas incidirão sobre os progressos realizados no que diz respeito aos objetivos da iniciativa, aos impactos esperados e à contribuição para as prioridades políticas da UE.

(1)

   Diretiva (UE) 2018/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2018, que altera a Diretiva 2012/27/UE relativa à eficiência energética (JO L 328 de 21.12.2018, p. 210).

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para as Redes e Serviços Inteligentes

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Folha de síntese (máximo 2 páginas)

Avaliação de impacto relativa a uma potencial parceria europeia institucionalizada para as redes e serviços inteligentes 1

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

A indústria europeia de redes e serviços enfrenta desafios de competitividade industrial e de soberania tecnológica no que diz respeito à implantação de infraestruturas 5G como base para mercados-piloto digitais e à investigação e inovação em sistemas 6G. Os principais problemas são os seguintes:

·incapacidade da Europa de explorar todo o potencial da digitalização da economia;

·soberania tecnológica limitada no que diz respeito às tecnologias críticas das redes inteligentes e das cadeias de valor dos serviços, em especial devido ao constante aumento da concorrência mundial para os fornecedores europeus;

·implantação lenta de plataformas de infraestruturas para mercados pioneiros digitais; e

·interesse limitado na abordagem de questões societais, como as alterações climáticas, mediante soluções digitais.

As principais causas dos problemas são as seguintes:

ûcapacidades insuficientes da 5G para responder a requisitos avançados em matéria de comunicação e computação;

ûa presença insuficiente de intervenientes da UE nas cadeias de valor digitais mundiais;

ûa falta de integração das cadeias de valor da UE;

ûo desenvolvimento lento da tecnologia 5G;

ûa necessidade de cibersegurança, ética e privacidade; e

ûa falta de eficiência energética.

Prevê-se que as questões supramencionadas conduzam a uma soberania tecnológica limitada no que diz respeito às tecnologias críticas de redes inteligentes e cadeias de valor de serviços, à falta de plataformas de infraestruturas para a inovação e ao risco de haver um atraso na investigação sobre redes e serviços baseados em 6G.

Quais são os resultados esperados?

O objetivo consiste em garantir a soberania tecnológica no que diz respeito às redes inteligentes e às cadeias de valor de serviços. Neste contexto, o objetivo é permitir que os intervenientes europeus desenvolvam as capacidades de I&I em matéria de tecnologias 6G como base para futuros serviços digitais no período até 2030. A iniciativa visa igualmente promover o desenvolvimento de mercados pioneiros para as infraestruturas e serviços 5G na Europa. Ambos os conjuntos de atividades (para a implantação de infraestruturas 5G e para a I&I sobre 6G) promoverão o alinhamento de futuras redes e serviços inteligentes com as necessidades políticas e societais da UE, incluindo a eficiência energética, a privacidade, a ética e a cibersegurança.

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

Esta parceria abordará os desafios transfronteiras/transnacionais, a partilha de recursos, os roteiros estratégicos, a necessidade de massa crítica para alcançar os objetivos políticos e a necessidade de coordenar diferentes intervenientes em diferentes setores da economia digital, que os Estados-Membros agindo isoladamente não podem resolver de forma eficaz, em especial no que diz respeito à I&I sobre os sistemas 6G.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

As opções são as seguintes:

·opção de base — convites tradicionais no âmbito do programa-quadro;

·opção 1 — parceria europeia coprogramada;

·opção 2 — parceria europeia institucionalizada.

A opção preferida é a opção 2, que provavelmente terá o maior impacto científico, económico e societal e uma maior coerência, embora seja a mais dispendiosa e complexa.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

As partes interessadas reconheceram a importância de uma abordagem em parceria para o futuro ecossistema de redes e serviços da Europa em todas as cadeias de valor digitais. A consulta indicou uma preferência por uma parceria coprogramada ou institucionalizada, mas muitos inquiridos, incluindo os principais intervenientes, salientaram que também estão abertos a ambos os modelos, dependendo de uma série de fatores administrativos e jurídicos.

C. Impactos da opção preferida

Quais os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Os benefícios são claramente maximizados no âmbito da opção de parceria institucionalizada (opção 2), que:

1.    Pode ser mais eficaz, especialmente em termos de impactos económicos, tecnológicos e societais, garantindo um maior empenho das partes interessadas e contribuindo para as atividades de regulamentação e normalização, e para as políticas públicas, incluindo a soberania tecnológica e os objetivos do «pacto ecológico»;

2.    Pode melhorar a coerência externa através da ligação eficaz a outras iniciativas e de um mandato claro para estabelecer sinergias com programas da UE, nacionais e regionais, em especial para implantação;

3.    Pode proporcionar uma boa eficiência global, apesar dos custos adicionais.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Os custos dizem respeito à criação de uma empresa comum e ao seu funcionamento.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

As empresas da UE no domínio da criação de redes, da computação em nuvem e da Internet das coisas beneficiarão mais do que as empresas das indústrias «verticais». A iniciativa deverá também ajudá-las a maximizar a eficácia dos investimentos na I&I e a acelerar o processo de desenvolvimento, o que melhorará a sua competitividade. As PME e as microempresas da UE neste domínio terão benefícios económicos diretos e indiretos. A parceria não lhes imporá obrigações regulamentares; pelo contrário, criará oportunidades em termos de redução de custos para a conceção de novos produtos e ajuda-las-á a aceder mais facilmente ao investimento para implantar soluções comercializáveis à escala da UE.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

O impacto nos orçamentos e na administração nacionais limitar-se-á à participação na governação.

Haverá outros impactos significativos? 

Haverá impactos positivos na competitividade, na normalização à escala mundial e no comércio e investimento conexos.

Proporcionalidade? 

A opção preferida não excede o que é necessário para resolver o problema original.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

A parceria será revista em conformidade com a política normalizada do Horizonte Europa sobre a revisão das parcerias, envolvendo provavelmente análises anuais dos indicadores-chave de desempenho (ICD), bem como uma revisão aprofundada a médio prazo e perto do final do Horizonte Europa.

(1)

     «Redes e serviços inteligentes» é um título provisório; será ajustado de acordo com orientações políticas de alto nível a tempo da adoção da proposta da Comissão.

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para a Transformação do Sistema Ferroviário Europeu

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Folha de síntese (máximo 2 páginas)

Avaliação de impacto relativa a uma parceria europeia para a transformação do sistema ferroviário europeu

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

O problema a resolver consiste no facto de o setor ferroviário não conseguir desenvolver uma visão comum para a mudança, que possibilite a rápida utilização de tecnologias modernas (especialmente a digitalização e a automatização) para alcançar um sistema ferroviário totalmente interoperável, flexível e eficiente em termos de custos.

As causas determinantes são as seguintes:

·fragmentação da indústria — a utilização eficaz da maioria das inovações num sistema muito complexo exige a coordenação entre Estados-Membros, entre infraestruturas e material circulante, e entre criadores de diferentes subsistemas;

·necessidade de coerência entre a I&I e a normalização/regulamentação;

·participação limitada e descoordenada na I&I;

·elevados custos, riscos e períodos de execução dos projetos de I&I; e

·alinhamento insuficiente.

As consequências, que afetam todas as partes interessadas ao longo da cadeia de valor, são que o setor ferroviário:

ûcontribui de forma limitada para um sistema de transportes mais sustentável;

ûdepende de produtos específicos, que são dispendiosos e inflexíveis em funcionamento; e ainda

ûé menos competitivo em relação aos outros modos de transporte.

Quais são os resultados esperados?

Os principais objetivos são: 

ØModernizar os caminhos de ferro na Europa, a fim de aumentar a sua quota de mercado;

ØApoiar o transporte ferroviário de mercadorias, a fim de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes;

ØPromover a conclusão de um espaço ferroviário europeu único mediante a criação de um sistema ferroviário integrado e sustentável, que tira pleno partido da digitalização e da automatização.

Por sua vez, isso reforçará o contributo da indústria ferroviária para o desenvolvimento social na UE, aumentando a aptidão e a capacidade do transporte ferroviário de mercadorias e garantindo que a I&I relacionada com o transporte ferroviário se baseie numa abordagem centrada no utilizador mais adaptada às necessidades do mercado.

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

Uma estratégia europeia comum para a I&I relacionada com o transporte ferroviário pode contribuir para garantir uma abordagem mais coordenada e centrada no mercado, capaz de reunir as partes interessadas para trabalhar a favor de uma visão geral comum. Deste modo, o setor ferroviário poderá cumprir os objetivos da política europeia dos transportes e mais amplos objetivos políticos, aumentando a atratividade do transporte ferroviário em comparação com outros modos de transporte.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

As opções consistem em apoiar a I&I do transporte ferroviário mediante:

·convites tradicionais do Horizonte Europa;

·uma parceria coprogramada; ou

·uma parceria institucionalizada nos termos do artigo 187.º do TFUE.

A parceria institucionalizada é a opção preferida, uma vez que é a única que proporciona uma plataforma para o desenvolvimento comum da I&I que serve uma visão geral coerente. Também é a opção que melhor fornece uma estratégia e um compromisso a longo prazo por parte da indústria e da UE. Provou o seu valor na atual Empresa Comum S2R. A estabilidade desta opção e a assunção dos compromissos juridicamente vinculativos da UE e dos parceiros da indústria são fundamentais para envolver as partes interessadas após a pandemia de COVID-19 e os seus impactos económicos previstos, que poderão incluir cortes de investimento no setor da I&I.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

Mais de 65 % dos inquiridos indicou que as parcerias institucionalizadas eram a forma mais adequada de enfrentar os desafios ferroviários e de transformar o sistema ferroviário europeu. Mencionaram, em especial, todo o ciclo de desenvolvimento do produto, o compromisso a longo prazo e a adoção pelo mercado.

C. Impactos da opção preferida

Quais os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Uma parceria institucionalizada é a melhor forma de garantir que os setores público e privado continuem plenamente empenhados no desenvolvimento e na implementação de uma estratégia a longo prazo para a I&I no setor ferroviário, incentivando simultaneamente uma ampla participação das principais partes interessadas. Esta opção garante impactos científicos, económicos, tecnológicos e societais substanciais, por exemplo, a adesão do mercado a soluções inovadoras e a redução das emissões. Além disso, mobilizará recursos financeiros e em espécie da indústria para maximizar o impacto do financiamento da Comissão.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)?

A empresa comum S2R custa 3,5 milhões de EUR (1,6 milhões de EUR de custos administrativos + 1,9 milhões de EUR de custos com pessoal) por ano de funcionamento. Os seus custos totais de funcionamento não podem exceder 27 milhões de EUR (50 % da UE e 50 % de outros membros). Estes custos de referência devem ser adaptados com base na ambição, no programa e no orçamento da parceria candidata para a transformação do sistema ferroviário europeu.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

Uma ampla participação das partes interessadas e a criação de redes que ligam universidades e organizações baseadas na investigação, sob a coordenação da futura parceria, podem promover uma maior participação das PME, que têm flexibilidade para desenvolver inovações e colocá-las no mercado com relativa rapidez.

Uma parceria institucionalizada pode ter um impacto significativo na competitividade da indústria do transporte ferroviário e da indústria de equipamento ferroviário. Poderá garantir a adoção de uma elevada percentagem de resultados de I&I pelo mercado.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

Uma parceria institucionalizada pode simplificar a atividade administrativa respeitante à participação dos membros nas atividades de I&I. Pode garantir o alinhamento entre o desenvolvimento de programas nacionais de I&I no setor ferroviário e, por conseguinte, uma melhor utilização global dos recursos públicos.

Haverá outros impactos significativos? 

A iniciativa pode:

üReforçar significativamente os direitos dos cidadãos da UE dando maior ênfase à integração dos sistemas ferroviários nacionais, regionais e locais com outros modos de transporte;

üPossibilitar um diálogo eficaz entre os intervenientes na atividade de I&I e os responsáveis pela política e regulamentação ferroviárias a nível internacional e nacional (incluindo organismos internacionais de normalização).

Proporcionalidade? 

Uma parceria institucionalizada garantirá que os setores público e privado continuam plenamente empenhados no desenvolvimento e na implementação de uma estratégia a longo prazo para a I&I no setor ferroviário e mobilizar recursos industriais, financeiros e em espécie, para maximizar o impacto do financiamento da Comissão e concretizar as prioridades do «pacto ecológico». Consequentemente, a opção preferida não excede o que é necessário para resolver o problema original e cumprir os objetivos da iniciativa.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

Será realizada uma avaliação intercalar da parceria institucionalizada proposta três anos após a sua entrada em funcionamento.

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para a Gestão Integrada do Tráfego Aéreo

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Avaliação de impacto da parceria europeia sobre a gestão integrada do tráfego aéreo

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

Apesar dos progressos significativos realizados na última década em matéria de modernização das infraestruturas de gestão do tráfego aéreo, até 10 % das emissões de CO2 geradas por voos são causadas por infraestruturas de gestão do tráfego aéreo fragmentadas que não tiram pleno partido da digitalização nem da automatização. Essas emissões podem ser evitadas. Além disso, a crise da COVID-19 teve um impacto significativo no transporte aéreo e expôs as fragilidades dos atuais sistemas de gestão do tráfego aéreo. As infraestruturas de gestão do tráfego aéreo nunca foram tão pressionadas para se tornarem mais eficientes em termos de custos, resilientes e moduláveis às flutuações do tráfego e para acolher novos tipos de veículos aéreos.

O ciclo de inovação na gestão do tráfego aéreo também deve ser encurtado, possibilitando que os intervenientes industriais do setor continuem a ser competitivos e favorecendo uma vasta gama de aplicações nos setores dos transportes (por exemplo, passageiros, carga, drones e mobilidade aérea urbana), da defesa e da segurança (cooperação civil-militar na gestão do espaço aéreo).

A resolução destes vários problemas num contexto complexo e em rápida evolução exige um esforço coletivo substancial para impulsionar a cooperação e o investimento em inovações que não podem ser abordadas por uma parte interessada ou Estado-Membro de forma isolada. A aviação é, por natureza, internacional e exige uma ação comum e coordenada.

Quais são os resultados esperados?

São três os objetivos:

1)    Integrar a gestão europeia do tráfego aéreo na era digital, a fim de a tornar mais resiliente e modulável face às flutuações do tráfego;

2)    Reforçar a competitividade dos transportes aéreos tripulados e não tripulados na UE, a fim de apoiar o crescimento económico e a recuperação num contexto pós-COVID;

3)    Estabelecer o «céu único europeu» como o espaço aéreo mais eficiente e mais respeitador do ambiente no mundo.

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE? 

A intervenção da UE (financiamento e coordenação) é necessária a fim de garantir que os esforços para alcançar os objetivos acima referidos sejam acelerados e mais bem orientados 1 . Na prática, isto significa reunir todas as partes interessadas do setor, desde os fabricantes aos prestadores de serviços de navegação aérea, companhias aéreas, aeroportos, institutos de investigação e as forças armadas, a fim de desenvolver tecnologias transformadoras e interoperáveis que respondam aos desafios acima referidos. Se os problemas não forem resolvidos mediante uma forte intervenção coordenada a nível da UE, é provável que surjam programas nacionais numa base ad hoc, especialmente num mundo pós-COVID, resolvendo questões locais, mas aumentando a fragmentação da rede europeia de gestão do tráfego aéreo.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

As opções políticas (OP) diferem em função do grau de flexibilidade e adicionalidade/direcionalidade:

OP0: convites Horizonte Europa — agenda estratégica de investigação definida e confirmada pela Comissão, com o contributo da indústria;

OP1: parceria europeia coprogramada — agenda de I&I é acordada e coordenada com a parceria e utilizada pela Comissão para a execução do programa de trabalho;

OP2: parceria europeia institucionalizada nos termos do artigo 187.º do TFUE — os membros da parceria terão um elevado grau de influência no desenvolvimento da agenda estratégica de investigação, dos programas de trabalho anuais e dos temas dos convites, através de um processo transparente e acessível, adotado pelo conselho diretivo da parceria, no qual a UE e os parceiros estão representados.

A OP1 apresenta um custo ligeiramente inferior e maior flexibilidade do que a OP2, graças à sua estrutura organizativa, à evolução da sua composição e à possibilidade de adaptar a agenda de I&I.

A OP2 é a opção preferida, uma vez que estabelece a plataforma mais eficiente, capaz de acelerar a obtenção dos maiores benefícios (ver abaixo). Em comparação com a OP1, também apresenta uma maior direcionalidade e um maior empenho das partes interessadas, incluindo organizações intergovernamentais como o Eurocontrol, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (AESA) e a Agência Espacial Europeia (AEE).

A OP2 é ligeiramente mais dispendiosa, mas, com a cobertura de mais de 60 % dos custos por parceiros privados e uma capacidade superior para alcançar os impactos esperados, representa a opção mais vantajosa para o orçamento da União.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

De um modo geral, existe um elevado nível concordância entre as partes interessadas quanto aos problemas, aos objetivos e à opção preferida para o futuro. Na consulta pública, mais de 70 % das respostas apoiou o restabelecimento da parceria institucional ao abrigo do artigo 187.º do TFUE, salientando que o setor necessita de uma forte intervenção da UE para orientar um programa europeu de I&I único que envolva continuamente as partes interessadas ao longo de toda a cadeia de valor, a fim de proporcionar soluções interoperáveis que, uma vez implantadas, melhorem o desempenho e a segurança dos sistemas de gestão europeia do tráfego aéreo na UE.

Outros pontos de vista principais:

·A parceria deve ter melhores ligações entre a I&I e a industrialização;

·Deve apoiar a adoção pelo mercado e a implantação;

·Os procedimentos administrativos devem ser simplificados;

·Deve haver um maior envolvimento com a AESA e as autoridades nacionais, melhores sinergias com as parcerias de I&I e as iniciativas nacionais, e melhores ligações com o meio académico.

C. Impactos da opção preferida

Quais são os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Impactos científicos: reforçar as capacidades e os conhecimentos científicos da UE sobre gestão de tráfego aéreo; alargar as competências da próxima geração de profissionais da aviação;

Impactos económicos/tecnológicos: aumento da escalabilidade e da segurança dos sistemas de gestão de tráfego aéreo; novas oportunidades para o crescimento do mercado de drones; reforçar o papel de liderança a nível mundial da indústria aeroespacial e aeronáutica europeia;

Impactos sociais: redução do ruído da aviação e das emissões de gases numa margem igual às emissões de CO2 de uma grande área metropolitana da UE (por exemplo, Madrid); melhoria da experiência dos passageiros (redução do tempo de viagem, dos atrasos e dos custos e melhor conectividade).

Quais são os custos da opção preferida (se existir uma; caso contrário, das principais opções)? 

Os principais custos adicionais em comparação com a opção OP0 são os custos de preparação e funcionamento dos serviços administrativos da parceria. Contudo, ao ter em conta o efeito de alavanca financeira (taxas de cofinanciamento) e o orçamento total disponível para cada opção política, e assumindo uma contribuição da União semelhante, o custo da opção preferida excede o da opção mais eficiente em apenas 1-2 pontos percentuais. Além disso, a experiência demonstrou que outros parceiros, incluindo os parceiros institucionais, estão dispostos a cobrir mais de 60 % dos custos administrativos da empresa comum.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

É provável que as PME desempenhem um papel importante na parceria, uma vez que estão bem representadas nas tecnologias digitais e nas atividades de dados e drones. A existência de uma estrutura de parceria aberta e de convites abertos tornará a participação das PME mais fácil do que no passado.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e administrações nacionais? 

Graças ao alinhamento das estratégias, não se prevê qualquer impacto nos orçamentos nem nas administrações nacionais. A participação ativa dos Estados-Membros na parceria pode reforçar o seu compromisso com as tecnologias resultantes, aumentando a sua adoção e implantação sincronizada em toda a UE.

Haverá outros impactos significativos? 

A parceria proposta será fundamental para fornecer os dados científicos e tecnológicos pertinentes no setor da aviação, a fim de ajudar os decisores políticos e as entidades reguladoras a adotarem as melhores medidas de regulamentação para fazer face aos desafios das alterações climáticas e da digitalização.

Proporcionalidade? 

Na OP1, os parceiros têm flexibilidade para aderir ou abandonar a parceria. A agenda de I&I também pode ser facilmente adaptada à medida que a tecnologia ou outros requisitos evoluam.

A OP2 exige um compromisso (financeiro) mais forte, o que se justifica pela maior eficácia e capacidade de acelerar a tão necessária transformação digital da gestão de tráfego aéreo.

D. Acompanhamento

Quando será reexaminada a política?

A Comissão procederá à revisão do regime de execução três anos após a criação da parceria.

(1)

     Está em consonância com as recomendações recentes do TCE (RE n.º 18/2018 e RE n.º 11/2019).

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para a Aviação Ecológica

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Folha de síntese (máximo 2 páginas)

Avaliação de impacto relativa à Parceria Europeia para a Aviação Ecológica

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

A pegada ecológica da aviação está a aumentar porque o crescimento do transporte aéreo ultrapassa as melhorias tecnológicas e operacionais incrementais que estão a ser introduzidas. Além disso, o percurso para uma aviação com impacto neutro no clima é pouco claro, uma vez que as soluções desenvolvidas noutros setores não são facilmente transferidas para a aviação. Em 2019, na UE, a aviação representava 823 mil milhões de euros, ou seja, 4,1 % do PIB da UE, proporcionando 12,2 milhões de empregos. Para manter a liderança industrial e a soberania tecnológica da Europa à escala mundial e alcançar paralelamente os objetivos do Pacto Ecológico no setor da aviação é necessário dar um forte impulso à implantação de soluções de I&I no setor da aviação da UE. É necessário mobilizar a, atualmente fragmentada, capacidade de I&I de toda a cadeia de valor da aviação europeia para desenvolver tecnologias com impacto neutro no clima respeitando o calendário do Pacto Ecológico.

Quais são os resultados esperados?

O principal objetivo, em consonância com o Pacto Ecológico Europeu, é contribuir para a neutralidade climática até 2050, com uma etapa intermédia por volta de 2030, mediante a intensificação do desenvolvimento de tecnologias de aviação com impacto neutro no clima. Juntamente com a implantação e utilização em larga escala de combustíveis sustentáveis para a aviação que sejam novos, tenham emissões líquidas nulas ou sejam totalmente descarbonizados, como os combustíveis sintéticos de conversão de eletricidade em líquidos, metano e/ou hidrogénio, a frota de serviço em 2050 poderá alcançar uma melhoria de 90 % da eficiência de utilização do carbono em comparação com a frota atual. O segundo objetivo geral consiste em garantir que a atividade de I&I relacionada com a aeronáutica contribua para a competitividade global do setor da aviação da UE, assegurando que a aviação mais ecológica continua segura e eficiente para o transporte aéreo de passageiros e de mercadorias. O terceiro objetivo é reforçar a capacidade da I&I europeia para acelerar e otimizar o processo de I&I. Para além da liderança industrial, a investigação no domínio da aviação centrar-se-á também na educação, no reforço e na integração da capacidade científica da UE e na criação de mais PME de I&I intensivas.

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

A justificação para a intervenção da UE resulta da grande complexidade do esforço e da consequente necessidade de partilha de riscos, tendo em consideração os elevados custos do desenvolvimento e da demonstração de soluções tecnológicas inovadoras. Conceber uma nova aeronave civil e atingir a neutralidade climática da aviação não está ao alcance de uma só empresa aeronáutica nem de todas as empresas combinadas de um só país.

Além disso, todas as necessidades de investigação devem ser coerentes com as medidas e os incentivos de mercado e precisam de um quadro regulamentar e de normalização robusto e moderno, que somente pode ser concebido a nível da UE e mediante cooperação internacional. Ao mesmo tempo, a ação da UE permite uma cooperação eficaz à escala europeia, criando sinergias com outros setores e com países que não têm uma indústria de aviação de grande dimensão.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

A opção preferida é apoiar a investigação colaborativa e fundamental através de convites tradicionais do Horizonte Europa, assim como uma parceria público-privada institucionalizada (PPP) ao abrigo do artigo 187.º do TFUE dedicada à aceleração do desenvolvimento de tecnologias da aviação com impacto neutro no clima para implantação tão rápida quanto possível. Uma PPP institucionalizada, ao contrário das outras opções de convites tradicionais ou de uma PPP contratual, proporciona o nível, profundidade e duração de compromisso necessários.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

Durante a consulta pública sobre o estudo de avaliação de impacto, 80 % dos inquiridos sugeriu que uma parceria institucionalizada europeia pode ter um efeito significativo (positivo), podendo ser «muito relevante» para aumentar a liderança industrial nas tecnologias da aviação limpa e a adoção de novas tecnologias. Os convites tradicionais são considerados inadequados para garantir a adoção de tecnologias. As partes interessadas confirmaram o seu empenho numa declaração conjunta (no salão internacional de aeronáutica de Le Bourget de 2019, em Paris) e desenvolveram uma Agenda Estratégica de Investigação e Inovação (SRIA) para a parceria. A consulta pública realizada sobre a SRIA sublinhou o grande interesse das partes interessadas e do público. As partes interessadas sublinharam que a iniciativa para a aviação ecológica deve continuar a centrar-se na neutralidade climática, apesar da grave crise da COVID-19.

C. Impactos da opção preferida

Quais os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

A implementação da iniciativa Aviação Ecológica mediante uma parceria institucionalizada pode garantir melhor que os setores público e privado continuem plenamente empenhados na investigação necessária para o desenvolvimento e a implantação de soluções com impacto neutro no clima, em conformidade com os requisitos do Pacto Ecológico. É coerente com a mobilização de recursos industriais, financeiros e em espécie, a fim de maximizar o impacto do financiamento da UE.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

A atual Empresa Comum Clean Sky 2 recebe 1,755 mil milhões de EUR de financiamento da UE e pelo menos 2,19 mil milhões de EUR de parceiros privados. O programa colaborativo de I&I na aviação no âmbito do programa Horizonte 2020 e do Sétimo Programa-Quadro representavam, respetivamente, 0,5 mil milhões de EUR e 0,8 mil milhões de EUR. Os ambiciosos objetivos de neutralidade climática até 2050 e o novo ciclo coerente de investigação no domínio da aviação até 2050 (sem esquecer que a aviação é gravemente afetada pela crise da COVID-19) justificam um aumento de cerca de 25 % para cada um dos dois pilares da I&I.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

À semelhança dos convites dos outros programas, cerca de 20 % dos parceiros são PME. No programa Clean Sky 2, pouco mais de 40 % dos parceiros selecionados até à data nos dez convites à apresentação de propostas (60 % do programa total) eram PME, correspondendo a cerca de um quarto dos fundos nesses convites. A lliderança na aviação com impacto neutro no clima beneficiará a competitividade da aviação da UE.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

Não se prevê nenhum impacto específico nos orçamentos nacionais.

Haverá outros impactos significativos? 

A parceria proposta criará naturalmente sinergias com a Parceria Europeia para a Gestão Integrada do Tráfego Aéreo, mas também com outras PPP pertinentes. Tanto a iniciativa para o hidrogénio como a iniciativa relativa às baterias podem ter uma grande repercussão enquanto facilitadoras da aviação com impacto neutro no clima, se os seus resultados corresponderem às necessidades do setor da aviação.

Proporcionalidade? 

A opção preferida é proporcional à dimensão do problema, tendo em conta a natureza transnacional, a complexidade e o custo da aviação, e a sua I&I.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

Recorrendo a uma avaliação intercalar e à revisão bienal da agenda estratégica de investigação e inovação. A opção de recorrer a um avaliador de impacto independente para a adoção da I&I está a ser investigada. O papel do conselho de administração da empresa para a aviação ecológica será reforçado em comparação com a empresa Clean Sky 2 do Horizonte 2020, a fim de melhorar a orientação estratégica e o acompanhamento dos projetos.

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para a Europa Circular de Base Biólogica

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Folha de síntese (máximo 2 páginas)

Avaliação de impacto relativa a uma parceria europeia para uma Europa circular de base biológica

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

Há problemas económicos e ambientais, que são abordados em paralelo. O principal problema consiste no «triplo défice» a nível da inovação, da adoção pelo mercado e da sustentabilidade. Consequentemente, as atividades de I&I não estão suficientemente integradas na UE, o que conduz a uma maior lentidão do processo de inovação. Paralelamente, as soluções de base biológica existentes com maturidade são impedidas de chegar aos mercados e o seu desempenho ambiental não é automaticamente salvaguardado. Os principais problemas científicos e tecnológicos abordados pela parceria para uma Europa circular de base biológica são a insuficiência de I&I, de cooperação transetorial e de transferência de conhecimentos sobre soluções circulares de base biológica e sustentáveis.

Quais são os resultados esperados?

O objetivo geral consiste em impulsionar a transição societal para uma economia biobaseada sustentável, aumentando a I&I sobre soluções sustentáveis e competitivas, a fim de aumentar a circularidade e a utilização da biomassa, dos resíduos e dos desperdícios. Visa igualmente adotar uma abordagem regional na execução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e do Pacto Ecológico Europeu, a fim de acelerar a transição para o conceito de «Planeta Saudável». Os objetivos científicos consistem em melhorar a capacidade de I&I sobre soluções circulares de base biológica e garantir uma melhor partilha de conhecimentos, dentro e entre cadeias de valor, e em toda a Europa, e incluir a I&I sobre questões de sustentabilidade. Os objetivos económicos consistem em melhorar a competitividade das regiões europeias no setor e colmatar as deficiências do mercado da indústria biobaseada europeia, por meio da inovação e da manutenção das novas biorrefinarias na Europa. Os principais objetivos societais consistem em contribuir para uma economia circular que funcione de forma sustentável e aprimorar a circularidade do setor de base biológica, melhorando assim a sua pegada ambiental.

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

A iniciativa combina conhecimentos especializados e tecnologias disponíveis nos Estados-Membros, nas regiões e nas cadeias de valor da UE, criando assim sinergias adicionais. Os projetos da parceria para uma Europa circular de base biológica podem ser combinados com projetos nacionais e com projetos apoiados por fundos estruturais e regionais da UE. A eliminação da maioria dos obstáculos a uma economia biobaseada não constitui uma responsabilidade nacional. Está sujeita à regulamentação a nível da UE, por exemplo, com regras sobre: aspetos da oferta de biomassa sustentável; impulso ao mercado através de metas; normalização de produtos; sistemas de etiquetagem e contratos públicos ecológicos; e desempenho ambiental. Sem intervenção a nível europeu, a ação a nível nacional é insuficiente.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

As seguintes opções foram consideradas meios para apoiar a I&I:

·convites tradicionais no âmbito do programa-quadro (opção de base);

·uma parceria europeia coprogramada (opção 1); e ainda

·uma parceria europeia institucionalizada nos termos do artigo 187.º do TFUE (opção 3).

Embora ambas as opções de parceria garantam melhores resultados do que os convites normais, uma parceria institucionalizada (opção 3) pode ser melhor do que uma parceria coprogramada. Esta opção obteve a pontuação global mais elevada, devido a um maior potencial impacto económico e social e a uma maior coerência com os programas externos.

A opção 3 é a solução preferida pelas seguintes razões:

·Pode cumprir eficazmente os objetivos do programa mediante a participação de parceiros industriais empenhados e de outros intervenientes (por exemplo, Estados-Membros, regiões, universidades e organizações da sociedade civil), que trabalharão em conjunto no âmbito de um modelo de governação adequado. 

·Proporciona transparência e abertura adequadas na seleção de prioridades e objetivos e a participação de parceiros e partes interessadas de toda a cadeia de valor, de diferentes setores, contextos e disciplinas, incluindo intervenientes internacionais (quando relevante e sem interferir com a competitividade europeia).

·Os seus procedimentos formais permitirão a participação das PME, bem como a divulgação e utilização dos resultados.

·Proporciona elevada adicionalidade, nomeadamente um elevado potencial para estruturar as indústrias biobaseadas.

·Assegura a direcionalidade formalizando os compromissos dos parceiros para alcançar determinadas metas, o que acabará por ajudar a cumprir objetivos políticos de alto nível.

·No que se refere ao financiamento, inclui contribuições financeiras e/ou em espécie de parceiros que não a UE entre 50 % e 75 % do orçamento total da parceria Europeia. Prevê-se que a maior parte do compromisso financeiro seja em espécie e, em menor medida, assuma a forma de contribuições financeiras nos projetos e não a nível do programa.

·A sua coerência e sinergias no panorama da I&I da UE serão garantidas mediante acordos formais entre a iniciativa proposta e outras iniciativas, bem como mediante a definição colaborativa da agenda e do empenho da equipa de apoio.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

A maioria (mais de 50 %) dos inquiridos na consulta pública indicou que muitos dos objetivos da parceria eram essenciais, especialmente alcançar os objetivos climáticos da UE. Os inquiridos consideram o desenvolvimento de consórcios, as cadeias de valor europeias e a tecnologia como vantagens, mas consideram os encargos administrativos como uma desvantagem. Considera-se que o maior problema é o fosso de inovação da UE no que respeita à tradução dos resultados de investigação em produtos circulares de base biológica inovadores. A maioria (mais de 50 %) considera relevante o empenho da indústria e adequados o âmbito e a cobertura da parceria. Embora a maioria dos intervenientes (54 %) inquiridos na consulta pública considere uma parceria institucionalizada como a melhor opção para resolver problemas, os cidadãos mostraram menor apoio.

C. Impactos da opção preferida

Quais os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Todos os intervenientes na economia biobaseada podem potencialmente ter benefícios económicos, permitindo um desenvolvimento regional/local equilibrado. Prevê-se um rendimento mais elevado e mais seguro para os produtores primários de biomassa, assim como em regiões menos favorecidas. Outros benefícios são o crescimento económico para as PME, um maior efeito de alavanca dos investimentos para biorrefinarias e os seus operadores económicos (intervenientes da indústria), e a participação e compromisso a longo prazo de todos os intervenientes. Prevê-se que os municípios e as regiões obtenham benefícios, poupando nos custos de eliminação de resíduos biológicos.

Prevê-se que o impacto societal seja a melhoria do acesso e da adesão às soluções de base biológica inovadoras na Europa, a capacitação das comunidades locais e regionais na gestão dos seus recursos naturais e a criação (reconversão melhorada) de uma nova base industrial local e regional. Os intervenientes do mercado, como proprietários de marcas e consumidores, terão acesso a produtos mais sustentáveis.

Os impactos ambientais são os mais importantes. A produção e transformação mais sustentável de biomassa e a utilização de resíduos biológicos como matéria prima reduzirá as emissões de CO2 e ajudará a evitar conflitos com a produção de alimentos, a extração excessiva de biomassa e as alterações insustentáveis do uso do solo . Ajudará a preservar e restaurar os ecossistemas e a biodiversidade. A produção em circuito fechado e a valorização dos biorresíduos aumentarão a circularidade. A parceira para uma Europa circular de base biológica melhorará a eficiência das cadeias de valor em termos de utilização de recursos, por exemplo, recuperando nutrientes para a agricultura e a atividade florestal a partir de fluxos de resíduos (incluindo águas residuais) e resíduos agrícolas.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Uma vez que a opção 3 terá por base a atual estrutura da Empresa Comum BBI, implicará os custos de funcionamento de um gabinete da empresa comum durante o período da iniciativa, envolvendo 30 milhões de EUR em custos administrativos para as empresas e o mesmo montante para a UE. Estes montantes representam entre 1 % e 2 % dos custos globais da iniciativa. O custo é largamente compensado pelos benefícios acima referidos e, em especial, pelos efeitos de alavanca do cofinanciamento para alcançar a dimensão de recursos necessária para cumprir os ambiciosos objetivos.

Não se preveem impactos económicos, sociais e ambientais negativos, nem custos de conformidade.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

Não se preveem efeitos negativos para as PME, nem para a competitividade. Prevê-se que todos os impactos sejam positivos. Com base na experiência muito positiva com a Empresa Comum BBI (forte participação das PME em projetos, incluindo a sua coordenação), a opção 3 apresenta uma pontuação elevada neste aspeto.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

Não se preveem impactos nos orçamentos nem nas administrações nacionais, ou dificuldades de execução.

Haverá outros impactos significativos? 

Não, todos foram acima descritos.

Proporcionalidade? 

A opção preferida fornece todos os elementos para cumprir os objetivos e não excede o necessário para resolver o problema.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

Em conformidade com o calendário estabelecido no Regulamento Horizonte Europa, a avaliação intercalar será realizada o mais tardar quatro anos após a data de início da iniciativa, realizando-se uma avaliação final o mais tardar quatro anos após o seu termo.

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Bruxelas, 23.2.2021

SWD(2021) 38 final

DOCUMENTO DE TRABALHO DOS SERVIÇOS DA COMISSÃO

RELATÓRIO DO RESUMO DA AVALIAÇÃO DE IMPACTO

que acompanha o documento

Proposta de Regulamento do Conselho que cria as Empresas Comuns ao abrigo do Horizonte Europa

Parceria Europeia para o Hidrogénio Limpo

{COM(2021) 87 final} - {SEC(2021) 100 final} - {SWD(2021) 37 final}


Folha de síntese (máximo 2 páginas)

Avaliação de impacto relativa ao hidrogénio limpo

A. Necessidade de agir

Qual o problema e por que tem dimensão europeia?

Embora o hidrogénio seja um combustível limpo, sem emissões, continua a ser mais caro do que outras fontes de energia e provém maioritariamente de gás natural, produzindo dióxido de carbono (CO2). Precisamos de produzir «hidrogénio limpo» a partir de fontes de energia renováveis que eliminem as emissões de CO2 do processo. As aplicações do hidrogénio limpo são mais dispendiosas do que as utilizações de tecnologias concorrentes, não sendo ainda totalmente fiáveis ou não tendo qualidade suficiente para serem adotadas. A implantação em larga escala da capacidade de produção de hidrogénio limpo é também limitada. As partes interessadas europeias do setor do hidrogénio e da investigação, assim como as partes interessadas dos setores industriais da energia, dos transportes e da construção, são as mais afetadas.

Quais são os resultados esperados?

Contribuir, de forma quantificável, para a consecução das metas climáticas para 2030 e para a neutralidade climática até 2050. Reforçar e integrar a capacidade científica da UE, a fim de acelerar o desenvolvimento e a melhoria de aplicações avançadas de hidrogénio limpo prontas para comercialização, nas utilizações finais de energia, transportes, construção e industriais. Reforçar a competitividade da cadeia de valor do hidrogénio limpo da UE (nomeadamente as PME).

Qual é o valor acrescentado da ação a nível da UE (subsidiariedade)? 

O hidrogénio limpo tem cadeias de valor complexas e interligadas, que exigem uma cooperação eficaz e colaboração intersetorial a nível europeu, a fim de permitir a demonstração e implantação bem sucedidas em larga escala.

B. Soluções

Quais são as várias opções para cumprir os objetivos? Há alguma opção preferida? Em caso negativo, por que razão?

As seguintes opções foram consideradas como meios para apoiar a I&I sobre hidrogénio:

·convites tradicionais do Horizonte Europa;

·uma parceria europeia coprogramada; ou

·uma parceria institucionalizada nos termos do artigo 187.º do TFUE.

A parceria institucionalizada é a opção preferida, dado que é a melhor a assegurar uma estratégia e um compromisso a longo prazo da indústria, bem como dos Estados-Membros e da Comissão Europeia.

Quais são as perspetivas dos vários intervenientes? Quem apoia cada uma das opções?

Na consulta pública aberta, 80 % dos inquiridos sugeriu que uma parceria institucionalizada europeia terá um efeito significativo (positivo) e será «muito relevante» para aumentar a liderança industrial nas tecnologias do hidrogénio e a adoção de novas tecnologias.

C. Impactos da opção preferida

Quais os benefícios da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

A implantação da iniciativa para o hidrogénio limpo através de uma parceria institucionalizada pode ser a melhor forma de garantir que os setores público e privado continueam plenamente envolvidos no desenvolvimento e na implantação de uma estratégia a longo prazo para a I&I sobre hidrogénio limpo. É coerente com a alavancagem de recursos industriais, financeiros e em espécie, a fim de maximizar o impacto do financiamento da Comissão. Apoiará o desenvolvimento de uma estratégia para o hidrogénio que esteja totalmente alinhada com as prioridades do Pacto Ecológico Europeu e com o compromisso climático europeu.

Quais são os custos da opção preferida (se existir; caso contrário, das principais opções)? 

Os custos anuais de utilização de uma parceria institucionalizada com base nos custos de 2018 da atual Empresa Comum PCH 2 ascendem a 2,9 milhões de EUR (27 membros do pessoal) mais 2,1 milhões de EUR de outros custos diretos. Para o período de 2014-2015, a Empresa Comum PCH 2 gerou 1,63 EUR de alavancagem total, ou seja, 1,63 EUR de apoio da indústria por cada EUR de apoio da Comissão Europeia.

Quais são os efeitos para as PME e a competitividade?

À semelhança dos convites do programa LEIT, cerca de 25 % dos parceiros dos projetos da Empresa Comum PCH 2 são PME e metade dos membros do «Hidrogénio Europa» são PME. A parceria pode permitir que as empresas mais pequenas, que desenvolveram produtos de nicho, sirvam os mercados do hidrogénio em crescimento e estabeleçam contactos com intervenientes industriais de maior dimensão que possam apoiar o seu desenvolvimento.

Haverá impactos significativos nos orçamentos e nas administrações públicas nacionais? 

Não se prevê qualquer impacto nos orçamentos, nem nas administrações nacionais, embora uma parceria institucionalizada possa ajudar a rejuvenescer e a harmonizar os programas nacionais de investigação sobre o hidrogénio.

Haverá outros impactos significativos? 

Projetos de demonstração adicionais podem gerar um maior interesse público no hidrogénio. Ao mesmo tempo, uma maior sensibilização e educação do público sobre o hidrogénio poderá criar uma base de apoio público para as utilizações de hidrogénio. Os padrões e as normas serão tratados mais facilmente a nível internacional, onde a UE deve ter uma só voz.

Proporcionalidade? 

A implantação de uma parceria institucionalizada deve garantir que os setores público e privado continuem totalmente empenhados no desenvolvimento e na implantação de uma estratégia a longo prazo para a I&I sobre hidrogénio limpo. Pode alavancar recursos industriais, financeiros e em espécie, a fim de maximizar o impacto do financiamento da Comissão e apoiar um desenvolvimento da estratégia para o hidrogénio que esteja completamente alinhado com as prioridades do Pacto Ecológico Europeu.

D. Acompanhamento

Quando será revista a política?

A parceria institucionalizada proposta deve ser objeto de uma avaliação intercalar três anos após o início do seu funcionamento.

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