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Document 52021XC0805(05)

Publicação de um pedido de alteração do caderno de especificações de uma denominação do setor vitivinícola, ao abrigo do artigo 97.o, n.o 3, do Regulamento (UE) n.o 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho 2021/C 313/08

C/2021/5871

JO C 313 de 5.8.2021, p. 25–33 (BG, ES, CS, DA, DE, ET, EL, EN, FR, HR, IT, LV, LT, HU, MT, NL, PL, PT, RO, SK, SL, FI, SV)

5.8.2021   

PT

Jornal Oficial da União Europeia

C 313/25


Publicação de um pedido de alteração do caderno de especificações de uma denominação do setor vitivinícola, ao abrigo do artigo 97.o, n.o 3, do Regulamento (UE) n.o 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho

(2021/C 313/08)

A presente publicação confere o direito de oposição ao pedido de alteração, nos termos do artigo 98.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho (1), no prazo de dois meses a contar da data da presente publicação.

PEDIDO DE ALTERAÇÃO DA UNIÃO DO CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES

«SOAVE»

PDO-IT-A0472-AM04

Data de apresentação do pedido: 21 de março de 2019

1.   Requerente e interesse legítimo

Consorzio Tutela Vini Soave e Recioto di Soave

Associazione di produttori della DOP Soave

2.   Rubrica do caderno de especificações a alterar

Nome do produto

Categoria do produto vitivinícola

Relação

Restrições comerciais

3.   Descrição e motivos da alteração

Disposições relativas ao engarrafamento na área geográfica delimitada

Rubrica do caderno de especificações a alterar

Artigo 5.o, n.o 1

Descrição e motivos

A alteração diz respeito à disposição relativa ao engarrafamento na zona de produção delimitada.

Os produtores da DOP «Soave» pretendem com esta alteração corrigir uma lacuna no texto original do caderno de especificações, aprovado no final de 1968, altura em que a normativa geral em matéria de denominações, nacionais ou comunitárias, exigia que o engarrafamento e o acondicionamento fossem efetuados na área delimitada. Esta normativa geral foi introduzida na sequência do acórdão do Tribunal de Justiça Europeu de 16 de maio de 2000, processo C-388/95.

A alteração justifica-se pela necessidade de preservar a qualidade dos vinhos DOP «Soave» e garantir a sua origem, bem como a eficácia e rapidez dos controlos.

Verificou-se que o transporte e o engarrafamento fora da área de produção podem comprometer a qualidade do vinho «Soave», que é, assim, exposto a reações de oxirredução, alterações súbitas da temperatura e contaminação microbiológica. Estes fenómenos podem ter efeitos negativos nas características físico-químicas (acidez total mínima, extrato não redutor mínimo, etc.) e organoléticas (cor, aroma e sabor).

O risco é proporcional à distância percorrida. O engarrafamento na zona de origem contribui para preservar as características e a qualidade do produto, uma vez que os lotes de vinho não são transportados ou são-no apenas a curta distância.

Estes aspetos, juntamente com a experiência e os conhecimentos técnico-científicos aprofundados das qualidades específicas dos vinhos adquiridos pelos produtores da denominação de origem «Soave» ao longo dos anos, permitem efetuar o engarrafamento na área de origem com as devidas precauções tecnológicas e preservar todas as características físicas, químicas e organoléticas dos vinhos abrangidos pelo caderno de especificações.

Com o engarrafamento na área de produção, pretende-se, além do mais, assegurar que o organismo competente possa desempenhar as suas funções de controlo com a máxima eficiência, eficácia e rentabilidade, requisitos que não se podem cumprir em igual medida fora da área de produção.

O organismo de controlo que realiza a verificação anual do cumprimento das disposições do caderno de especificações pode programar atempadamente as visitas de controlo a todas as explorações da área de produção na altura do engarrafamento do vinho «Soave», em conformidade com o plano de controlo.

Pretende-se com isto assegurar, de forma sistemática, que só possam ser engarrafados os lotes de vinho «Soave» que tenham sido aprovados nos exames físico-químicos e organoléticos efetuados pela estrutura de controlo e assim certificados. Obtêm-se, deste modo, melhores resultados em termos de eficácia dos controlos, a um custo limitado para os produtores, dando aos consumidores a máxima garantia quanto à autenticidade do vinho.

Esta alteração diz respeito ao ponto 1.9 do documento único.

DOCUMENTO ÚNICO

1.   Nome do produto

Soave

2.   Tipo de indicação geográfica

DOP – Denominação de Origem Protegida

3.   Categorias de produtos vitivinícolas

1.

Vinho

5.

Vinho espumante de qualidade

4.   Descrição do(s) vinho(s)

«Soave» (incluindo o «Soave Classico» e o «Soave Colli Scaligeri»)

Cor: amarelo-palha tendendo, ocasionalmente, para o esverdeado;

Nariz: característico com perfume intenso e delicado;

Boca: seco, medianamente encorpado e harmonioso, ligeiramente amargo;

Título alcoométrico total mínimo: 10,5 % vol. para o «Soave» e 11,0 % vol. para o «Soave Classico» e o «Soave Colli Scaligeri»;

Extrato não redutor mínimo: 15,0 g/l para o «Soave» e 16,0 g/l para o «Soave Classico» e o «Soave Colli Scaligeri»;

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% vol.)

 

Título alcoométrico adquirido mínimo (% vol.)

 

Acidez total mínima

4,5 gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total de dióxido de enxofre (miligramas por litro)

 

«Soave spumante» (incluindo o «Soave spumante Classico» e o «Soave spumante Colli Scaligeri»)

Espuma: fina e persistente.

Cor: amarelo-palha tendendo, ocasionalmente, para o verde-claro.

Nariz: característico com perfume intenso e delicado;

Boca: mediamente encorpado, harmonioso, ligeiramente amargo nos tipos extrabruto, bruto, extrasseco e seco;

Título alcoométrico total mínimo: 11 % vol.

Extrato não redutor mínimo: 15,0 g/l

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% vol.)

 

Título alcoométrico adquirido mínimo (% vol.)

 

Acidez total mínima

5,0 gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total de dióxido de enxofre (miligramas por litro)

 

5.   Práticas de vinificação

a.   Práticas enológicas específicas

Método italiano de produção de vinhos espumantes (autoclave) ou método clássico

Prática enológica específica

Refermentação natural em autoclave, segundo o método Charmat ou Martinotti, ou método clássico (fermentação secundária em garrafa), em conformidade com as normas vigentes para a produção de vinhos espumantes.

b.   Rendimentos máximos

«Soave», «Soave spumante»

15 000 kg de uvas por hectare

«Soave» clássico e espumante «Soave Colli Scaligeri» e espumante

14 000 kg de uvas por hectare

6.   Área geográfica delimitada

A

- As uvas destinadas à produção dos vinhos de denominação de origem controlada «Soave» devem ser cultivadas na zona que compreende a totalidade ou parte do território dos municípios de Soave, Monteforte d’Alpone, San Martino Buon Albergo, Mezzane di Sotto, Roncà, Montecchia di Crosara, San Giovanni Ilarione, San Bonifacio, Cazzano di Tramigna, Colognola ai Colli, Caldiero, Illasi e Lavagno na província de Verona.

Esta área é delimitada do seguinte modo:

A sul, começando do lado oeste, a linha de demarcação parte do centro habitado de San Martino Buon Albergo e segue a estrada nacional n.o 11 até S. Pietro. Vira para sul na estrada que leva a Caldiero e, a partir daí, segue o relevo das colinas de Rocca e Gazzo, acima dos 40 metros de altitude, regressando depois à estrada nacional n.o 11. Segue a estrada municipal e atravessa o viaduto que passa por cima do caminho de ferro Milão-Veneza. A partir daqui, coincide com a estrada nacional n.o 11 até à ponte sobre o rio Alpone, perto da fábrica de açúcar de San Bonifacio. Segue, então, a estrada de San Lorenzo até à interceção com a autoestrada «Serenissima», que delimita, por sua vez, a área do município de San Bonifacio até à fronteira com a província de Vicenza. A demarcação coincide com a fronteira da província de Vicenza (municípios de Monteforte, Roncà e San Giovanni Ilarione), até à estrada que atravessa a fronteira, a sul do Monte Madarosa. Acompanha esta estrada em direção a San Giovanni Ilarione, passando por Deruti, Lovati, Paludi e Rossetti até à referida povoação. Segue a estrada que leva a Cereghi, Fornace e Tessari, a 250 metros de altitude, atravessa Vaio Muni até Soejo e continua até ao ponto de convergência das fronteiras dos municípios de Tregnago, San Giovanni Ilarione e Cazzano. Segue, então, a fronteira do município de Cazzano até Soraighe, flanqueando a estrada do sopé das encostas de M. Bastia, primeiro para norte e, depois, para leste, abaixo de C. Andreani. Atravessa Montecchia di Crosara e chega ao rio Albo. Na estrada que vem de Tolotti, vira a sul, atingindo os 300 metros de altitude, abaixo de C. Brustoloni, e chega à estrada que leva a Dami, a 326 metros de altitude. As fronteiras dos municípios de Soave, Cazzano e Montecchia convergem a 418 metros de altitude. Segue, então, a fronteira entre os municípios de Cazzano e Montecchia, em direção a norte, por mais de 100 metros, intersetando um caminho que acompanha em direção a oeste até C. Fontana Fora. Segue o caminho para sul até Pissolo di Sopra e depois a estrada que atravessa Faella, continuando para leste em direção a Pissolo di Sotto. Avança para sul até Pissolo di Sopra e prossegue no sentido de Pissolo di Sotto, atravessando a povoação. Continua por Chiavica e segue a estrada que vai de Cazzano a Canova. Chega a esta última localidade, descendo para oeste, logo a seguir à povoação, dos 84 metros para os 73 metros de altitude, atravessa Pissolo e chega à adega cooperativa (ver mapa de pormenor A1*). Toma, daqui, a via Monti, que acompanha até Cazzano.

Na estrada, no centro de Cazzano (100 metros de altitude), vira a oeste até T. Tramigna e desce para sul até à ponte da estrada de Illasi. Segue essa estrada para oeste até ao cruzamento de S. Colombano e continua, depois, até à capela (135 metros de altitude). Segue, em direção a sul, (ver mapa de pormenor A2 *) até Grisi; avança depois para leste e sudeste, passa por Case Val dell’Oco e chega a Cereolo di Sopra. Segue a estrada que leva a Cereolo di Sotto, continua pela estrada oeste e, depois, pela estrada sudoeste que vai até Bocca Scaluce. Segue, primeiro, o caminho a norte e, em seguida, a estrada que, passando Pistoza, chega à estrada de Illasi. Continua brevemente para oeste (cerca de 100 metros) flanqueando a estrada que bordeja C. Troni a norte, tomando, depois, ainda a oeste, o caminho que liga à estrada de Illasi. Percorre esta estrada para sul por cerca de 250 metros e depois, rumo a oeste, a estrada que passa a sul de Mormontea até perto do quilómetro 16 na estrada de Illasi. Continua em direção a sudoeste, seguindo por breve troço o rio Illasi. Atravessa o rio e continua por Valnogara e, em seguida, pela via Montecurto, primeiro para oeste até à intersecção com a via Cara e, depois, seguindo uma linha imaginária para oeste e sudoeste (ver mapa de pormenor A3 *), interseta a fronteira municipal de Illasi, em Montecurto di Sopra. Segue depois esta fronteira em direção a norte, até perto dos 92 metros de altitude, na estrada de Lione. Acompanha esta estrada em direção a norte, atravessando Lione, passa C. Spiazzi e, em Leon S. Marco, toma a estrada que chega a C. Santi, a nordeste, a 135 metros de altitude. Daqui, segue a estrada de Fratta, por cerca de 300 metros para oeste e depois para norte; atravessa Fratta e avança para oeste até Mezzane di Sotto. Segue depois, para sul, a estrada que flanqueia Casoni, Turano, Val di Mezzo, passa Boschetto e chega a Villa Alberti, a 73 metros de altitude. Continua pela estrada, rumo a sudoeste, até Barco di Sopra; prossegue daqui, primeiro, em direção a oeste e, depois, a noroeste até intercetar a estrada para S. Briccio. Segue para nordeste até Casetta e continua daqui pelo caminho rumo a oeste até à estrada, passa, pouco depois, a sul de S. Rocco, Ca’ Brusà, seguindo para sul pela estrada que atravessa l’Arcandole e chega a San Martino Buon Albergo, de onde partiu.

B

– As uvas aptas à produção do vinho «Soave» Classico devem ser cultivadas na zona aprovada pelo Decreto Ministerial de 23 de outubro de 1931 (Gazzetta Ufficiale n.o 289, de 16 de dezembro de 1931), que compreende uma parte do território dos municípios de Soave e Monteforte d’Alpone e é delimitada do seguinte modo: Partindo da Porta de Verona da cidade de Soave, segue a estrada Soave-Monteforte até à aldeia de San Lorenzo (município de Soave). Continua para norte, seguindo as encostas do monte Tondo, até à fronteira dos municípios de Soave e Monteforte. Segue depois as encostas do monte Zoppega, passando pela povoação da Monteforte d’Alpone, pela seguinte ordem: via Zoppega, via Novella, via San Carlo, via 27 Aprile. Atravessa então o rio Alpone, voltando a entroncar na via Alpone. Prossegue em direção ao norte e desemboca na via Roma, incluindo a área de Monticello (ver mapa de pormenor B1 *). Interseta a via Santa Croce e ruma a noroeste, incluindo a adega cooperativa di Monteforte. Segue a via XX Settembre em direção a sul e atravessa o rio Alpone. Toma via della Fontana, que segue primeiro para oeste, depois para sul, outra vez para oeste e, finalmente, para norte, flanqueando em seguida as encostas do monte Riondo (ver mapa de pormenor B2 *). Continua pela via Monte Riondo por cerca de 530 metros e segue para norte, excluindo a parte aluvial do rio Ponsara. Em seguida, toma a estrada rumo leste e chega ao limite da folha cadastral 13 do município de Monte Forte d’Alpone, que acompanha a via Cervia por cerca de 110 metros. Compreende a aldeia de Casotti (ver mapa de pormenor B3 *) e chega depois à estrada de Monteforte-Brognoligo. Segue esta estrada em direção a norte, até ao ponto de encontro com o rio Carbonare, e continua, rumo a oeste, pelas encostas do monte Grande (ver mapa de pormenor B4 *). Volta depois a descer, para leste, passando à esquerda do vale de Carbonare; compreende a povoação de Brognoligo, as aldeias de Valle e Mezzavilla e a povoação de Costalunga (ver mapa de pormenor B5*). Neste ponto, vira para norte, seguindo a estrada municipal de Sorte até à intersecção de Roggia Viennega com o rio Alpone. Segue o limite norte do território de Monteforte até ao limite do município de Soave, em Moscatello. Avança pela linha divisória e chega ao ponto de viragem da linha de demarcação de Soave em Valle Crivellara. Daí, afasta-se da fronteira, continua rumo a oeste e atinge os 331 metros de altitude em Villa Visco. Segue depois um troço do caminho que desce do monte Campano, passa os 250 metros de altitude chegando, logo após, em Casa Nui, ao troço secundário do Anguane (ver mapa de pormenor B6 *), que acompanha até à estrada provincial Soave-Cazzano. Segue a estrada provincial para sul até às últimas casas de Battocchi. Continua pelo caminho municipal que passa por La Carcera e atravessa, logo a seguir aos 54 metros de altitude, a estrada provincial Soave-Castelcerino. Desce, rumo a sul, pelo caminho municipal de Monte Foscarino e Monte Cèrceno até à intersecção com a estrada provincial de Soave-Castelcerino. Vira na diagonal para sudoeste, abarca a povoação de Borgata Bassano e chega ao rio Tramigna. Segue o rio em direção a sul, até à estrada provincial Soave-Borgo San Matteo; vira para oeste ao longo das muralhas meridionais de Soave e chega à Porta de Verona, ponto de partida da zona destinada ao vinho «Classico».

C

– As uvas aptas à produção dos vinhos «Soave» com as especificações complementares da subzona «Colli Scaligeri» devem ser produzidas na área delimitada do seguinte modo: Partindo da zona oeste (San Martino Buon Albergo), mais precisamente de Marcellise, em San Rocco, desce para o Bosco della Fratta até Fenilon. Daqui, flanqueando estrada que separa a planície da colina, chega a Palù e, depois, a Casette, no sentido de San Giacomo. A partir daqui, bordejando a colina sobranceira a esta localidade, volta à estrada provincial em direção a Monticelli, no município de Lavagno. Atravessa Fontana até San Pietro (Lavagno). Flanqueando a estrada que separa a planície da colina, continua por Villa Alberti, passando por Boschetto, Turano, até intercetar o Progno di Mezzane aos 92 metros de altitude. Segue para norte até intersetar a via Leon, que percorre rumo a leste e, depois, a sul, na direção de C. Spiazzi; atravessa Squarzego, Montecurto di Sopra, Canova e Casotti. Continua daqui, para leste, até Calle, no município de Illasi; avança para sul, através da estrada provincial, até à igreja de San Zeno, e depois, para leste, até Ceriani. Prossegue para Villa e avança pela estrada que separa a colina da planície contígua a Naronchi. Segue para sul, atravessa San Pietro, flanqueando a estrada até chegar a Pontesello e Caneva, a norte, e Orgnano. Continua daqui para nordeste, seguindo o perfil da colina, e chega a San Vittore. A estrada continua para norte e atravessa Molini até chegar ao município de Cazzano di Tramigna, à adega cooperativa, passando por Fenil del Monte. Prossegue até via Molini (no sentido de Cazzano di Tramigna); antes de intersetar via Siro Conti, vira para sudeste, passa Chiavica e atravessa Canova até chegar ao município de Soave em Costeggiola. Volta a subir para nordeste, acompanhando a linha divisória do «Soave Classico»; atravessa Casa Nui, Villa Visco, Valle Crivellara e continua depois para leste, bordejando a zona clássica, por Meggiano e Ca’ Vecchie. Segue depois, para norte, através de i Motti, no município de Montecchia di Crosara; continua por Castello, atravessando o centro de Montecchia e passando por Biondari, até chegar a Lauri. Cruza a estrada provincial na pedreira de basalto, virando depois para sul, em direção a Danesi di Sotto, Casarotti e Dal Cero. Entra no município de Roncà a leste, passando por Prandi, e chega à povoação de Roncà (ver mapa de pormenor C1 e C2). Continua em direção a Vittori e, a sul, Momello, Binello, até chegar a Calderina, na fronteira com o município de Gambellara. Segue a fronteira da província de Vicenza (municípios de Monteforte, Roncà e San Giovanni Ilarione), até à estrada que atravessa a fronteira da província, a sul do monte Madarosa. Acompanha esta estrada em direção a San Giovanni Ilarione, passando por Deruti, Lovati, Paludi e Rossetti até à referida povoação. Segue a estrada que leva a Cereghi, Fornace e Tessari, a 250 metros de altitude, atravessa Vaio Muni até Soejo e continua até ao ponto de convergência das fronteiras dos municípios de Tregnago, San Giovanni Ilarione e Cazzano. Segue, então, a fronteira do município de Cazzano até Soraighe, flanqueando a estrada do sopé das encostas de M. Bastia, primeiro para norte e, depois, para leste, abaixo de C. Andreani. Atravessa Montecchia di Crosara e chega ao rio Albo. Na estrada que vem de Tolotti, vira a sul, atingindo os 300 metros de altitude, abaixo de C. Brustoloni, e chega à estrada que leva a Dami, a 326 metros de altitude. As fronteiras entre os municípios de Soave, Cazzano e Montecchia convergem a 418 metros de altitude. Segue, então, a fronteira entre Cazzano e Montecchia, em direção a norte, por mais de 100 metros, e interseta um caminho, que acompanha em direção a oeste até C. Fontana Fora. Avança para sul até Pissolo di Sopra e prossegue no sentido de Pissolo di Sotto, atravessando a povoação. Continua por Chiavica e segue a estrada que vai de Cazzano a Cazzano di Tramigna. Chega ao centro de Cazzano (100 metros de altitude), vira a oeste até T. Tramigna e desce para sul até à ponte da estrada de Illasi. Segue essa estrada para oeste até ao cruzamento de S. Colombano e continua, depois, até à capela (135 metros de altitude). Segue, em direção a sul, (ver mapa de pormenor A2 *) até Grisi; avança depois para leste e sudeste, passa por Case Val dell’Oco e chega a Cereolo di Sopra. Segue a estrada que conduz a Cereolo di Sotto e, depois, a estrada a oeste que vai até Bocca Scaluce; segue, primeiro, o caminho para norte e, em seguida, a estrada que atravessa Pistoza e entronca na estrada de Illasi. Segue-a brevemente em direção a oeste (cerca de 100 metros) e prossegue pelo caminho que bordeja C. Troni a norte, tomando, depois, ainda a oeste, a estrada de Illasi. Percorre esta estrada para sul por cerca de 250 metros e depois, rumo a oeste, a estrada que passa a sul de Mormontea até perto do quilómetro 16 na estrada de Illasi. Continua em direção a sudoeste, seguindo por breve troço o rio Illasi. Atravessa o rio e continua, ao longo da estrada, até i Guerri, de onde segue, a oeste, uma linha imaginária de Montecurto di Sopra até i Guerri (ver mapa de pormenor A3 *). Acompanha essa linha e interseta a fronteira municipal de Illasi, em Montecurto di Sopra. Segue depois esta fronteira em direção a norte, até perto dos 92 metros de altitude, na estrada de Lione. Acompanha esta estrada em direção a norte, atravessando Lione; passa C. Spiazzi e, em Leon S. Marco, toma a estrada que chega, a nordeste, a C. Santi, a 135 metros de altitude. Daqui, segue a estrada de Fratta, por cerca de 300 metros para oeste e depois para norte; atravessa Fratta e avança para oeste até Mezzane di Sotto. Segue depois, para sul, a estrada que flanqueia Casoni, Turano, Val di Mezzo, passa Boschetto e chega a Villa Alberti, a 73 metros de altitude. Continua pela estrada, rumo a sudoeste, até Barco di Sopra; prossegue daqui, primeiro, em direção a oeste e, depois, a noroeste até intercetar a estrada para S. Briccio. Segue-a para nordeste até Casetta e depois toma o caminho a oeste até à estrada que flanqueia até S. Rocco.

Esta zona compreende igualmente as colinas de monte Rocca e Monte Gazzo, no município de Caldiero, e do monte Bisson, no município de Soave, delimitadas do seguinte modo:

Demarcação «Monte Gazzo» – «Monte Rocca» – Município de Caldiero.

Partindo da estrada nacional «Padana» (n.o 11), nas termas de Giunone, toma a estrada que leva às termas, flanqueando as encostas do monte Gazzo até aos 53 metros de altitude. Daqui, vira à esquerda seguindo o perfil da colina que delimita o monte Rocca, até chegar à estrada municipal. Vira à esquerda para o centro de Caldiero e vai até à praça. Continua pela direita até entroncar, à esquerda, na estrada municipal de Zecconelli, deixando-a quase imediatamente de seguida, dirigindo-se para norte, na mesma altitude, até ao caminho de ferro. A partir deste ponto, segue a linha de caminho de ferro, continuando para leste até ao início da demarcação.

Demarcação «Monte Bisson» – Município de Soave.

Partindo do Capitello del Fornello, avançando para norte no sentido dos ponteiros do relógio, continua ao longo da estrada municipal de Bisson, até à intersecção com a estrada que conduz à povoação de San Vittore. Avança sempre pela direita, acompanhando o perfil da colina em direção a sul, até aos 42 metros de altitude, quinta de Bisson seguindo, a partir daí, à mesma altitude, para oeste, até à estrada municipal que leva a Fornello no município de Colognola ai Colli.

7.   Castas de uva de vinho

Chardonnay B.

Garganega B.

Trebbiano-di-soave B. – Trebbiano

8.   Descrição da(s) relação(ões)

DOP «Soave» – para todas as categorias (vinho e vinho espumante de qualidade)

Informações sobre a área geográfica

Fatores naturais que contribuem para a relação

A área de produção dos vinhos «Soave DOC» compreende a parte centro-ocidental da região dos Monti Lessini, perto do vale do Pó. Os solos tufácios e basálticos de origem vulcânica são prevalentemente constituídos por substratos de rochas basálticas decompostas, que deram origem a solos franco-argilosos de cor tipicamente escura, pouco alcalinos, ricos em substâncias minerais, com boa drenagem, mas boa capacidade de armazenamento de água ao longo do ano. O caráter mineral dos solos favorece os processos de fermentação dos mostos obtidos a partir das uvas garganega e trebbiano-di-soave.

Do ponto de vista climático, a zona de Soave é favorecida por um clima ameno e temperado, com precipitações anuais de 700 a 1 000 mm, que se concentram sobretudo na primavera e no outono. O clima é tipicamente temperado e húmido, com verões quentes.

A altitude das vinhas varia entre os 35 metros de altitude, na zona dos sopés, e os 380 metros de altitude nas colinas mais altas, com diferentes gradientes e exposição predominante a leste, sul e oeste.

Fatores históricos e humanos que contribuem para a relação

O território de Soave era já na época romana um «pagus», ou seja, uma zona vitícola circunscrita, conhecida pela boa localização e cultura intensiva. Produziam-se com estas uvas uns vinhos especiais denominados «acinatici», segundo um método tradicional de secagem das uvas. Este facto é mencionado em alguns documentos datados da época do rei godo Teodorico (503 A.D.), que aconselham os produtores veroneses a escolher estes vinhos «muito suaves e bem encorpados» para a mesa do rei e a não esquecer o vinho produzido a partir de uvas brancas, que «reluz como uma bebida láctea, clara e pura de jovial candura e incrível suavidade». Documentos de 680 A.D. mencionam a utilização da pergola veronese, método tradicional de condução em latada, ainda hoje utilizado nesta zona.

O aumento da produção e da notoriedade dos vinhos «Soave» levou, em 1924, à primeira medida de proteção e defesa de vinhos típicos. Seguiu-se a criação do Consorzio per la difesa del Vino Tipico Soave (Consórcio para a defesa do vinho típico «Soave»). Em 1931, o Ministério italiano reconheceu a primeira zona demarcada para a produção deste «Vino Típico Soave». A DOP foi reconhecida em 1968.

A pergola veronese é considerada, há séculos, pelos viticultores o sistema ideal de condução da videira. Este sistema de cultivo caracteriza fortemente a paisagem, mas também a qualidade dos vinhos e a continuidade da sua produção.

Nos últimos anos, a evolução deste sistema de condução da videira exigiu que se alterassem alguns parâmetros, tendo em vista a prossecução dos objetivos enológicos: os viticultores passaram de uma latada com um espaçamento entre filas de 4,5-5 m e uma distância entre pés de 0,8 a 1,5 m (sendo o espaço entre as linhas inteiramente coberto por vegetação) para latadas com distâncias de plantação mais próximas, poda consideravelmente mais curta e um número muito inferior de olhos francos por planta.

Este sistema de condução em latada, apergola veronese, propicia a sanidade e boa maturação das uvas.

Para além deste sistema tradicional de condução da videira, existem também formas de condução em parede ou espaldeira, em especial nas zonas planas, onde é mais fácil utilizar meios mecânicos para a poda e vindima.

Nos terrenos acidentados, dada a dificuldade em mecanizar as operações em declives pronunciados, a vindima, geralmente tardia, é sobretudo efetuada à mão.

A região de Soave produz um número significativo de vinhos excelentes, premiados todos os anos pelos principais guias internacionais do setor. É também apreciável e constante o reconhecimento obtido nos principais concursos enológicos em todo o mundo.

DOP Soave – Categoria dos vinhos

Relação causal entre a qualidade, as características do produto e o meio geográfico, com os fatores naturais e humanos:

O vinho DOP «Soave», incluindo as especificações «Classico» e «Colli Scaligeri», apresenta cor amarela-palha (tendendo ocasionalmente para o esverdeado), aroma intenso e agradável, sabor pronunciado e acidez equilibrada. Predominam as notas de amêndoas e flores brancas, frutos exóticos, citrinos e especiarias.

As colinas da região de Verona proporcionam o meio ideal para a produção dos vinhos da DOP «Soave», incluindo o «Classico» e o «Colli Scaligeri». Os solos calcários e vulcânicos são ricos em nutrientes; as correntes frias que descem dos Monti Lessini permitem que as uvas alcancem a maturação ideal, mantendo simultaneamente a acidez necessária para os vinhos brancos. O método tradicional de condução da vinha em latada, a competência técnica dos viticultores, a tradição centenária e os investimentos em tecnologia moderna permitem obter vinhos de grande complexidade aromática, riqueza gustativa, teor médio-alto de açúcares e acidez equilibrada.

O vinho DOP «Soave», com a menção «Classico», em particular, é o vinho mais antigo da região, apresentando características organoléticas minerais, um sabor pleno e arredondado, com notas vegetais, olfativas e retro-olfativas.

DOP «Soave» – Categoria dos vinhos - Vinho espumante de qualidade

Relação causal entre a qualidade, as características do produto e o meio geográfico, com os fatores naturais e humanos:

Os vinhos espumantes da DOP «Soave», incluindo os vinhos com as menções «Classico» e «Colli Scaligeri», apresentam espuma fina e persistente, cor amarela-palha (tendendo ocasionalmente para o verde-claro), um aroma delicado e um equilíbrio gustativo agradável entre os extratos e os açúcares. O teor de açúcares varia do extrabruto ao seco.

O clima temperado e as variações de temperatura entre o dia e a noite, típicas da região de Soave, determinam a produção de uma quantidade significativa de precursores aromáticos que acentuam as características organoléticas e as notas típicas das diferentes castas que compõem a base ampelográfica da DOP «Soave».

O vinho espumante apresenta agradável vivacidade, acidez pronunciada e um equilíbrio gustativo entre os extratos e os açúcares. As uvas são colhidas antes das que serão destinadas à produção do vinho DOP «Soave» tranquilo, para garantir um nível de acidez suficientemente elevado. A acidez é igualmente garantida pelo baixo pH dos solos e pelas variações de temperatura características da região.

9.   Outras condições essenciais (engarrafamento, rotulagem, outros requisitos)

DOP «Soave»

Quadro jurídico:

Legislação da UE

Tipo de condição adicional:

Derrogação à produção na área geográfica delimitada

Descrição da condição:

Na aceção do artigo 5.o, n.o 1, alínea b), do Regulamento Delegado (UE) 2019/33 da Comissão, o vinho pode ser produzido no território da província de Verona e no território dos municípios de Gambellara e Montebello, na província de Vicenza.

DOP «Soave»

Quadro jurídico:

Legislação nacional

Tipo de condição adicional:

Engarrafamento na área geográfica delimitada

Descrição da condição:

O engarrafamento na zona demarcada de produção é motivado pela necessidade de salvaguardar a qualidade dos vinhos DOP «Soave», garantir a sua origem e assegurar a realização atempada de controlos eficazes e rentáveis em termos de custos.

Verificou-se que o transporte e o engarrafamento fora da área de produção podem comprometer a qualidade do vinho «Soave», que é, assim, exposto a reações de oxirredução, alterações súbitas da temperatura e contaminação microbiológica que podem ter efeitos negativos nas características físico-químicas (acidez total mínima, mínimo extrato não redutor mínimo, etc.) e organoléticas (cor, aroma e sabor).

O risco é proporcional à distância percorrida.

O engarrafamento na zona de origem contribui para preservar as características e a qualidade do produto, uma vez que os lotes de vinho não são transportados ou são-no apenas a curta distância.

Estes aspetos, juntamente com a experiência e os conhecimentos técnico-científicos aprofundados das qualidades específicas dos vinhos adquiridos pelos produtores da denominação de origem «Soave» ao longo dos anos, permitem efetuar o engarrafamento na área de origem com as devidas precauções tecnológicas e preservar todas as características físicas, químicas e organoléticas dos vinhos abrangidos pelo caderno de especificações.

Com o engarrafamento na área de produção, pretende-se, além do mais, assegurar que o organismo competente possa desempenhar as suas funções de controlo com a máxima eficiência, eficácia e rentabilidade, requisitos que não se podem cumprir em igual medida fora da área de produção.

O organismo de controlo pode programar atempadamente as visitas de controlo a todas as explorações da área de produção na altura do engarrafamento do vinho «Soave», em conformidade com o plano de controlo.

Pretende-se com isto assegurar, de forma sistemática, que sejam engarrafados apenas os lotes de vinho DOP «Soave». Conseguem-se, deste modo, melhores resultados em termos de eficácia dos controlos, a um custo limitado para os produtores, proporcionando aos consumidores a máxima garantia quanto à autenticidade do vinho.

Além disso, de acordo com a legislação nacional em vigor e a fim de salvaguardar os direitos preexistentes, as empresas de engarrafamento podem solicitar uma derrogação para continuar a engarrafar nas suas instalações fora da zona demarcada, desde que apresentem o respetivo pedido ao Ministério das Políticas Agrícolas, Alimentares e Florestais, bem como os documentos comprovativos de que engarrafaram vinhos DOP «Soave» durante, pelo menos, dois dos cinco anos anteriores à entrada em vigor da alteração que introduz a obrigatoriedade de engarrafamento dentro da área de produção (não têm de ser dois anos seguidos).

DOP Soave – Menções geográficas adicionais

Quadro jurídico:

Legislação da UE

Tipo de condição adicional:

Disposições adicionais relativas à rotulagem

Descrição da condição:

Na designação e apresentação dos vinhos «Soave», «Soave Classico» e «Soave Colli Scaligeri» é permitida a referência às menções geográficas adicionais seguintes:

1.

Brognoligo

2.

Broia

3.

Ca’ del vento

4.

Campagnola

5.

Carbonare

6.

Casarsa

7.

Castelcerino

8.

Castellaro

9.

Colombara

10.

Corte del Durlo

11.

Costalta

12.

Costalunga

13.

Coste

14.

Costeggiola

15.

Croce

16.

Duello

17.

Fittà

18.

Froscà

19.

Foscarino

20.

Menini

21.

Monte di Colognola

22.

Monte Grande

23.

Paradiso

24.

Pigno

25.

Ponsara

26.

Pressoni

27.

Roncà - Monte Calvarina

28.

Rugate

29.

Sengialta

30.

Tenda

31.

Tremenalto

32.

Volpare

33.

Zoppega

Hiperligação para o caderno de especificações

https://www.politicheagricole.it/flex/cm/pages/ServeBLOB.php/L/IT/IDPagina/16389


(1)  JO L 347 de 20.12.2013, p. 671.


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