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Document 32018D0568

    Decisão (PESC) 2018/568 do Conselho, de 12 de abril de 2018, que altera a Decisão 2011/235/PESC que impõe medidas restritivas contra certas pessoas e entidades tendo em conta a situação no Irão

    JO L 95 de 13.4.2018, p. 14–20 (BG, ES, CS, DA, DE, ET, EL, EN, FR, HR, IT, LV, LT, HU, MT, NL, PL, PT, RO, SK, SL, FI, SV)

    Legal status of the document In force

    ELI: http://data.europa.eu/eli/dec/2018/568/oj

    13.4.2018   

    PT

    Jornal Oficial da União Europeia

    L 95/14


    DECISÃO (PESC) 2018/568 DO CONSELHO

    de 12 de abril de 2018

    que altera a Decisão 2011/235/PESC que impõe medidas restritivas contra certas pessoas e entidades tendo em conta a situação no Irão

    O CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado da União Europeia, nomeadamente o artigo 29.o,

    Tendo em conta a proposta da alta-representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança,

    Considerando o seguinte:

    (1)

    Em 12 de abril de 2011, o Conselho adotou a Decisão 2011/235/PESC (1).

    (2)

    Com base numa reapreciação da Decisão 2011/235/PESC, o Conselho decidiu que as medidas restritivas nela previstas deverão ser prorrogadas até 13 de abril de 2019.

    (3)

    O Conselho concluiu igualmente que deverão ser atualizadas as entradas relativas a 29 pessoas e a uma entidade que constam do anexo da Decisão 2011/235/PESC.

    (4)

    A Decisão 2011/235/PESC deverá ser alterada em conformidade,

    ADOTOU A PRESENTE DECISÃO:

    Artigo 1.o

    A Decisão 2011/235/PESC é alterada do seguinte modo:

    1)

    No artigo 6.o, o n.o 2 passa a ter a seguinte redação:

    «2.   A presente decisão é aplicável até 13 de abril de 2019. Fica sujeita a reapreciação permanente. A presente decisão é prorrogada, ou alterada conforme for adequado, caso o Conselho considere que os seus objetivos não foram atingidos.»;

    2)

    O anexo é alterado nos termos do anexo da presente decisão.

    Artigo 2.o

    A presente decisão entra em vigor no dia da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.

    Feito no Luxemburgo, em 12 de abril de 2018.

    Pelo Conselho

    O Presidente

    T. DONCHEV


    (1)  Decisão 2011/235/PESC do Conselho, de 12 de abril de 2011, que impõe medidas restritivas contra determinadas pessoas e entidades tendo em conta a situação no Irão (JO L 100 de 14.4.2011, p. 51).


    ANEXO

    As entradas que se seguem substituem as entradas correspondentes na lista de pessoas e entidades que constam do anexo da Decisão 2011/235/PESC:

    «Pessoas

     

    Nome

    Elementos de identificação

    Motivos

    Data de inclusão na lista

    1.

    AHMADI-MOQADDAM Esmail

    Local de nascimento: Teerão (Irão)

    Data de nascimento: 1961

    Ex-conselheiro principal do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas em matéria de assuntos de segurança. Ex-chefe da polícia nacional do Irão (desde 2005 até início de 2015). Forças sob o seu comando dirigiram ataques brutais contra manifestações pacíficas e um violento ataque noturno nas residências da Universidade de Teerão, em 15 de junho de 2009. Atual chefe do Quartel-General do Irão em apoio do povo do Iémen.

    12.4.2011

    3.

    ARAGHI (ERAGHI) Abdollah

     

    Ex-chefe adjunto das forças terrestres do CGRI. Teve responsabilidade direta e pessoal na repressão dos protestos durante todo o verão de 2009.

    12.4.2011

    9.

    NAQDI Mohammad-Reza

    Local de nascimento: Najaf (Iraque)

    Data de nascimento: cerca de 1952

    Vice-chefe do CGRI para assuntos culturais e sociais. Ex-comandante das Forças Basij. Na sua qualidade de comandante das Forças Basij do Corpo de Guardas da Revolução do Irão (CGRI), teve responsabilidade ou foi cúmplice nas brutalidades cometidas pelas Forças Basij em finais de 2009, entre as quais a violenta reação aos protestos durante a Ashura, em dezembro de 2009, de que resultaram 15 mortes e centenas de detenções. Antes de ser nomeado Comandante das Forças Basij, em outubro de 2009, Naqdi era chefe da Unidade de Informações, responsável pelos interrogatórios dos detidos durante a repressão pós-eleitoral.

    12.4.2011

    10.

    RADAN Ahmad-Reza

    Local de nascimento: Isfahan (Irão)

    Data de nascimento: 1963

    Ex-responsável pelo Centro de Estudos Estratégicos da Força de Polícia do Irão, um organismo ligado à polícia nacional. Ex-diretor do Centro de Estudos Estratégicos da Polícia, ex-chefe adjunto da polícia nacional do Irão (até junho de 2014). Nesse cargo, que ocupa desde 2008, Radan foi responsável por atos cometidos pela polícia contra participantes em protestos, designadamente espancamentos, assassinatos, prisões e detenções arbitrárias. Atual comandante do CGRI, responsável pelo treino das forças «antiterroristas» iraquianas.

    12.4.2011

    11.

    RAJABZADEH Azizollah

     

    Ex-chefe da Organização de Mitigação de Catástrofes de Teerão. Ex-chefe da polícia de Teerão (até janeiro de 2010).

    Na qualidade de Comandante das Forças de Polícia da Grande Teerão, Azizollah Rajabzadeh é o responsável de mais alta patente acusado no julgamento dos casos de maus tratos no Centro de Detenção de Kahrizak.

    12.4.2011

    12.

    SAJEDI-NIA Hossein

     

    Comandante adjunto das operações de polícia. Ex-chefe da polícia de Teerão, ex-chefe adjunto da polícia nacional do Irão, responsável pelas operações policiais. Tem a seu cargo a coordenação, sob a alçada do Ministério do Interior, das operações de repressão na capital iraniana.

    12.4.2011

    13.

    TAEB Hossein

    Local de nascimento: Teheran (Teerão)

    Data de nascimento: 1963

    Chefe dos serviços de informações do CGRI. Ex-comandante adjunto do CGRI, responsável pelos serviços de informações. Ex-comandante das Forças Basij (até outubro de 2009). Forças sob o seu comando participaram em atos de violência em massa, designadamente espancamentos, assassinatos, detenções e tortura de pessoas que protestavam pacificamente.

    12.4.2011

    16.

    HADDAD Hassan (t.c.p. Hassan ZAREH DEHNAVI)

     

    Ex-responsável adjunto pela segurança do Tribunal Revolucionário de Teerão. Ex-juiz, Tribunal Revolucionário de Teerão, 26.a Secção. Responsável pelos processos contra detidos durante a crise pós-eleitoral, ameaçava regularmente os familiares dos detidos para os obrigar ao silêncio. A sua ação foi determinante na emissão dos mandados para detenção no Centro de Detenção de Kahrizak. Em novembro de 2014, o seu papel na morte de pessoas detidas foi oficialmente reconhecido pelas autoridades iranianas.

    12.4.2011

    21.

    MOHSENI-EJEI Gholam-Hossein

    Local de nascimento: Ejiyeh

    Data de nascimento: cerca de 1956

    Membro do Conselho de Discernimento do Interesse Superior do Regime. Procurador-geral do Irão desde setembro de 2009 e chefe adjunto e porta-voz do Ministério Público. Ex-ministro dos serviços de informações durante as eleições de 2009. Quando exercia o cargo de ministro dos serviços de informações, durante as eleições de 2009, agentes sob o seu comando detiveram, torturaram e extraíram falsas confissões, sob pressão, a centenas de ativistas, jornalistas, dissidentes e políticos reformistas. Também figuras políticas foram coagidas a fazer falsas confissões durante interrogatórios realizados em condições insustentáveis, com recurso à tortura, maus tratos, chantagem e ameaças a familiares.

    12.4.2011

    26.

    SHARIFI Malek Adjar (t.c.p. SHARIFI Malek Ajdar)

     

    Juiz do Supremo Tribunal, presidente da 43.a Secção. Ex-procurador do Azerbaijão Oriental. Foi responsável pelo julgamento de Sakineh Mohammadi-Ashtiani.

    12.4.2011

    28.

    YASAGHI Ali-Akbar

     

    Juiz do Supremo Tribunal, presidente da 44.a Secção. Presidente executivo adjunto da Fundação Setad-e Dieh. Ex-juiz-presidente, Tribunal Revolucionário de Mashhad. Presidiu a julgamentos sumários e à porta fechada, sem respeito pelos direitos fundamentais dos réus. Dado que as decisões de execução foram decretadas em série, as sentenças de morte proferidas não respeitaram as regras do processo equitativo.

    12.4.2011

    32.

    ZANJIREI Mohammad-Ali

     

    Conselheiro principal do chefe da Organização das Prisões do Irão e ex-chefe adjunto desta organização, responsável por brutalidades e privação de direitos no centro de detenção. Ordenou a transferência de muitos detidos para celas de isolamento.

    12.4.2011

    33.

    ABBASZADEH– MESHKINI Mahmoud

     

    Conselheiro junto do Conselho dos Direitos do Homem. Ex-secretário do Conselho dos Direitos do Homem. Antigo governador da Província de Ilam. Ex-diretor político do Ministério do Interior. Enquanto chefe do Comité do Artigo 10.o da Lei sobre as Atividades dos Partidos e Grupos Políticos, competia-lhe autorizar as manifestações e outros eventos públicos e registar os partidos políticos.

    Em 2010, suspendeu as atividades de dois partidos políticos reformistas ligados a Mousavi — a Frente de Participação Islâmica e a Organização Mujahedin da Revolução Islâmica.

    A partir de 2009, recusou sistemática e continuamente todas as reuniões que não fossem pró-governamentais, negando assim o direito constitucional ao protesto e conduzindo à detenção de muitos manifestantes pacíficos, em violação do direito à liberdade de reunião.

    Em 2009, também recusou à oposição a autorização para uma cerimónia de homenagem às pessoas mortas nas manifestações durante as eleições presidenciais.

    10.10.2011

    34.

    AKBARSHAHI Ali-Reza

     

    Ex-diretor-geral dos Serviços Centrais iranianos de Controlo da Droga (t.c.p. Serviços Centrais contra o Narcotráfico). Ex-comandante da polícia de Teerão. Sob o seu comando, a Polícia foi responsável pelo uso da força extrajudicial contra suspeitos no contexto extrajudicial da detenção e durante a prisão preventiva. A polícia de Teerão esteve implicada em assaltos contra residências de estudantes da universidade de Teerão em junho de 2009, em que, de acordo com uma comissão do Majlis (Parlamento iraniano), foram feridos pela polícia e pelas Forças Basiji mais de 100 estudantes. Atual chefe da polícia ferroviária.

    10.10.2011

    36.

    AVAEE Seyyed Ali-Reza (t.c.p.: AVAEE Seyyed Alireza)

     

    Ministro da Justiça. Ex-diretor do serviço de investigações especiais. Até julho de 2016, ministro-adjunto do Interior e chefe do registo público. Conselheiro do Tribunal Disciplinar da Magistratura desde abril de 2014. Antigo presidente da magistratura de Teerão. Enquanto presidente da magistratura de Teerão, foi responsável por violações dos direitos humanos, detenções arbitrárias, negação dos direitos dos presos e aumento das execuções.

    10.10.2011

    40.

    HABIBI Mohammad Reza

     

    Chefe do gabinete do Ministério da Justiça em Yazd. Ex-procurador-adjunto de Isfahan (Ispaã). Cúmplice, em vários processos, da negação do direito dos réus a um processo equitativo — como no caso de Abdollah Fathi, executado em maio de 2011 após Habibi lhe ter recusado o direito a ser ouvido e ter ignorado problemas de saúde mental durante o seu julgamento, em março de 2010. É, por conseguinte, cúmplice numa grave violação das garantias processuais, contribuindo para o uso excessivo e cada vez maior da pena capital e para um forte aumento do número de execuções desde o início de 2011.

    10.10.2011

    45.

    JOKAR Mohammad Saleh

     

    Ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares dos Guardas Revolucionários. Entre 2011 e 2016, deputado parlamentar pela província de Yasd e membro do comité parlamentar para a segurança nacional e a política externa. Ex-comandante das Forças dos Estudantes Basij.

    Na qualidade de comandante das Forças dos Estudantes Basij, esteve ativamente envolvido na repressão dos protestos nas escolas e universidades e na detenção extrajudicial de ativistas e jornalistas.

    10.10.2011

    48.

    MAHSOULI Sadeq (t.c.p.: MAHSULI Sadeq)

    Local de nascimento: Oroumieh (Irão)

    Data de nascimento: 1959/60

    Conselheiro do antigo presidente Mahmoud Ahmadinejad e atual membro do Conselho de Discernimento e chefe adjunto da Frente da Perseverança. Ministro dos Assuntos Sociais e da Segurança Social entre 2009 e 2011. Ministro do Interior até agosto de 2009. Enquanto ministro do Interior, Mahsouli teve autoridade sobre todas as forças de polícia, os agentes de segurança do Ministério do Interior e os agentes à paisana. As forças sob o seu comando foram responsáveis pelos ataques às residências da Universidade de Teerão a 14 de junho de 2009 e pela tortura dos estudantes na cave do Ministério (no tristemente conhecido nível 4). Outros participantes em protestos foram alvo de maus tratos graves no Centro de Detenção de Kahrizak, gerido pela polícia sob o controlo de Mahsouli.

    10.10.2011

    50.

    OMIDI Mehrdad (t.c.p. Reza; OMIDI Reza)

     

    Chefe da VI secção da polícia, departamento de investigação. Ex-chefe dos serviços secretos da polícia iraniana. Ex-chefe da Unidade de Cibercrime da polícia iraniana. Responsável por milhares de investigações e acusações contra reformistas e opositores políticos que utilizam a Internet. Responsável, por conseguinte, por graves violações dos direitos humanos na repressão de pessoas que elevam a sua voz em defesa dos seus legítimos direitos, incluindo a liberdade de expressão.

    10.10.2011

    51.

    SALARKIA Mahmoud

    Ex-diretor do clube de futebol de Teerão «Persepolis»

    Ex chefe da Comissão da Gasolina e dos Transportes da cidade de Teerão. Procurador-geral-adjunto de Teerão para os Assuntos Prisionais durante a repressão de 2009.

    Na qualidade de procurador-geral adjunto de Teerão para os Assuntos Prisionais foi diretamente responsável por muitos dos mandados de detenção contra manifestantes e ativistas inocentes e pacíficos. Numerosos relatórios de defensores dos direitos humanos mostram que praticamente todos os detidos são, por instruções suas, mantidos em regime de isolamento, sem acesso aos respetivos advogados ou famílias e sem culpa formada, por variados períodos de tempo, muitas vezes em condições equivalentes ao desaparecimento forçado. Frequentemente, a detenção não é notificada às famílias.

    10.10.2011

    53.

    TALA Hossein (t.c.p.: TALA Hosseyn)

     

    Presidente da Câmara de Eslamshahr. Antigo deputado ao Parlamento iraniano. Ex-governador-geral («Farmandar») da província de Teerão (até setembro de 2010), responsável pela intervenção das forças de polícia e, como tal, pela repressão de manifestações. Em dezembro de 2010, recebeu um prémio pelo seu papel na repressão após as eleições.

    10.10.2011

    54.

    TAMADDON Morteza (t.c.p.: TAMADON Morteza)

    Local de nascimento: Shahr Kord-Isfahan

    Data de nascimento: 1959

    Antigo presidente do Conselho Provincial de Segurança Pública de Teerão. Ex-governador geral da província de Teerão, membro do CGRI. Na qualidade de governador e de presidente do Conselho Provincial de Segurança Pública de Teerão, tem uma responsabilidade geral por todas as atividades de repressão levadas a cabo pelo CGRI na Província de Teerão, incluindo a repressão dos protestos políticos desde junho de 2009. Atualmente, é membro do Conselho de Administração, Universidade de Tecnologia de Khajeh Nasireddin Tusi.

    10.10.2011

    55.

    ZEBHI Hossein

     

    Juiz do Supremo Tribunal. Ex-procurador-geral adjunto do Irão. Tem a seu cargo vários processos judiciais ligados aos protestos pós-eleitorais.

    10.10.2011

    59.

    BAKHTIARI Seyyed Morteza

    Local de nascimento: Mashad (Irão)

    Data de nascimento: 1952

    Guardião adjunto do mausoléu do imã Reza. Antigo funcionário do tribunal religioso especial. Ex-ministro da Justiça (de 2009 a 2013). Durante o seu mandato de ministro da Justiça, as condições de vida nas prisões iranianas desceram muito abaixo das normas internacionalmente aceites e eram generalizados os maus tratos infligidos aos presos. Além disso, enquanto ministro da Justiça, desempenhou um papel essencial nas ameaças e no assédio à diáspora iraniana, anunciando a criação de um tribunal especial para julgar especificamente os iranianos que vivem fora do país. Também foi responsável por um forte aumento do número de execuções no Irão, nomeadamente execuções secretas, não anunciadas pelo Governo, e execuções por crimes relacionados com a droga.

    10.10.2011

    60.

    HOSSEINI Dr. Mohammad (t.c.p.: HOSSEYNI Dr. Seyyed Mohammad; Seyed, Sayyed e Sayyid)

    Local de nascimento: Rafsanjan, Kerman

    Data de nascimento: 1961

    Conselheiro do antigo presidente Mahmoud Ahmadinejad e porta-voz da fação política intransigente Yekta. Ex-ministro da Cultura e da Orientação Islâmica (2009-2013). Ex-membro do CGRI, foi cúmplice na repressão de jornalistas.

    10.10.2011

    69.

    MORTAZAVI Seyyed Solat

    Local de nascimento: Farsan, Tchar Mahal-o-Bakhtiari (Sul) (Irão)

    Data de nascimento: 1967

    Antigo presidente da Câmara de Mashad, segunda maior cidade do Irão, onde ocorrem regularmente execuções públicas. Ex-ministro adjunto do Interior para os Assuntos Políticos. Foi responsável pela repressão de cidadãos que se pronunciavam em defesa dos seus direitos legítimos, nomeadamente a liberdade de expressão. Mais tarde nomeado diretor da Comissão Eleitoral do Irão para as eleições parlamentares de 2012 e as eleições presidenciais de 2013.

    23.3.2012

    73.

    FAHRADI Ali

     

    Vice-chefe da Superintendência dos Assuntos Jurídicos e Inspeção Pública do Ministério da Justiça de Teerão. Antigo procurador de Karaj. Responsável por graves violações dos direitos humanos, nomeadamente julgamentos em que são proferidas sentenças de morte. Registou-se um elevado número de execuções na região de Karaj durante o seu mandato como procurador.

    23.3.2012

    75.

    RAMEZANI Gholamhossein

     

    Desde 2011, chefe dos Serviços de Informações do Ministério da Defesa; de novembro de 2009 a março de 2011: Comandante dos Serviços de Informações do Pasdaran; de março de 2008 a novembro de 2009: Comandante adjunto dos Serviços de Informações do Pasdaran; de abril de 2006 a março de 2008: Chefe da Proteção e dos Serviços de Informações de Pasdaran. Implicado na repressão da liberdade de expressão, nomeadamente pela sua associação aos responsáveis pela detenção de bloguistas/jornalistas em 2004, tendo sido apontado como um dos implicados na repressão dos protestos que se seguiram às eleições de 2009.

    23.3.2012

    82.

    SARAFRAZ Mohammad (Dr.) (t.c.p.: Haj-agha Sarafraz)

    Local de nascimento: Teheran (Teerão)

    Data de nascimento: aproximadamente 1963

    Local de residência: Local de trabalho em Teerão: IRIB and PressTV HQ, Tehran

    Ex-membro do Conselho Supremo do Ciberespaço. Antigo presidente da «Islamic Republic of Iran Broadcasting» (IRIB). Antigo diretor do «IRIB World Service» e da «Press TV», responsável por todas as decisões de programação. Intimamente ligado ao aparelho de segurança do Estado. Sob a sua direção, a Press TV, tal como a IRIB, colaborou com os serviços de segurança e procuradores iranianos na transmissão de confissões forçadas de detidos, incluindo a do jornalista e cineasta irano-canadiano Maziar Bahari, no programa semanal «O Irão Hoje». A entidade reguladora independente OFCOM multou a Press TV no Reino Unido em 100 000  libras esterlinas por ter transmitido a confissão de Bahari em 2011, filmada na prisão sob coação. Sarafraz colaborou assim na violação do direito a um processo equitativo e a um julgamento justo.

    12.3.2013

    Entidades

     

    Nome

    Elementos de identificação

    Motivos

    Data de inclusão na lista

    1.

    Polícia anticibercriminalidade

    Localização: Tehran, Iran (Teerão, Irão)

    Sítio Web: http://www.cyberpolice.ir

    A polícia anticibercriminalidade iraniana, criada em janeiro de 2011, é uma unidade da Polícia da República Islâmica do Irão, que desde essa data e até ao início de 2015 foi dirigida por Esmail Ahmadi-Moqaddam (constante da lista). Ahmadi-Moqaddam sublinhou que a polícia que dirige iria combater os grupos antirrevolucionários e dissidentes que em 2009 se serviram das redes sociais da Internet para desencadear protestos contra a reeleição do Presidente Mahmoud Ahmadinejad. Em janeiro de 2012, a polícia anticibercriminalidade emitiu novas diretrizes para os cibercafés que obrigam os utilizadores a fornecer informações pessoais que os proprietários dos cafés conservam durante seis meses, a par de um registo dos sítios Internet que visitam. As regras obrigam ainda os proprietários de cibercafés a instalar câmaras TV de circuito fechado e a conservar as gravações durante seis meses. Estas novas regras podem criar um registo que as autoridades poderão utilizar para seguir o rasto dos ativistas ou de quem quer que seja considerado uma ameaça à segurança nacional.

    Em junho de 2012, os meios de comunicação social iranianos noticiaram que a polícia anticibercriminalidade ia lançar medidas de repressão contra as redes privadas virtuais. Em 30 de outubro de 2012, a polícia anticibercriminalidade prendeu sem mandato o bloguista Sattar Beheshti, por «ações contra a segurança nacional nas redes sociais e no Facebook». Beheshti criticou o Governo iraniano no seu blogue. Em 3 de novembro Beheshti foi encontrado morto na cela da prisão em que se encontrava, julgando-se que tenha sido torturado até à morte pelas autoridades da referida polícia.

    12.3.2013»


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