Abordagens locais e centradas nas pessoas ao património cultural da UE
SÍNTESE DE:
Conclusões do Conselho sobre a governação participativa do património cultural
SÍNTESE
PARA QUE SERVEM ESTAS CONCLUSÕES?
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Estas conclusões enfatizam os benefícios de envolver as pessoas e as organizações de diferentes ramos da sociedade e do governo no zelo pelo património cultural (*).
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Sugerem medidas destinadas a melhorar a situação atual.
PONTOS-CHAVE
Os benefícios da abordagem participativa incluem:
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promover a participação democrática (*), a sustentabilidade (*) e a coesão social (*);
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aumentar a responsabilização e a transparência dos investimentos públicos e conquistar a confiança do público nas decisões políticas;
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reduzir o risco de utilização abusiva e aumentar os benefícios sociais e económicos através de uma maior sensibilização;
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apoiar as obras culturais, artísticas e criativas contemporâneas que podem constituir o património cultural das gerações futuras.
Ação ao nível nacional
Os países da UE são convidados a adotar uma série de medidas, nomeadamente:
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definir estruturas de governação do património cultural que envolvam várias camadas da sociedade e reforcem as ligações entre os diferentes níveis de governo, do local ao europeu;
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promover a participação das entidades envolvidas nas políticas relativas ao património cultural ou afetadas por elas através do processo decisório;
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promover estruturas que facilitem a aplicação de políticas relativas ao património cultural e que sejam favoráveis a diferentes setores, como o desenvolvimento económico local e a educação;
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desenvolver melhores ligações entre as estratégias de turismo sustentável e os setores culturais e criativos;
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utilizar os fundos nacionais e da UE para alcançar estes objetivos.
Ação ao nível nacional e da UE
A Comissão e os países da UE são convidados a tomar medidas no âmbito das suas respetivas competências, nomeadamente:
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cooperar em questões relacionadas com a governação participativa (ou seja, o envolvimento dos cidadãos), a fim de identificar e divulgar boas práticas (por exemplo, o desenvolvimento das competências dos envolvidos);
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utilizar as tecnologias digitais para assegurar o acesso e a participação de todos os grupos sociais na governação do património cultural;
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explorar o papel das comunidades em linha no desenvolvimento e na aplicação das políticas relativas ao património cultural, no apoio à sua gestão e no financiamento;
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realizar progressos concretos por forma a garantir o futuro a longo prazo da Europeana e facilitar a sua ligação com a educação, o turismo cultural e outros setores;
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dar seguimento à comunicação da Comissão «Rumo a uma abordagem integrada do património cultural europeu» e trabalhar em conjunto com vista à elaboração de uma estratégia europeia global para o património cultural;
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aumentar a cooperação com organizações internacionais como o Conselho da Europa e a Unesco tendo em vista a promoção de uma abordagem participativa.
Ação ao nível da UE
As conclusões convidam a Comissão a:
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promover, com base em dados concretos, a investigação sobre o impacto das abordagens participativas nas políticas relativas ao património cultural e na sua governação, a fim de criar sinergias;
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prosseguir o diálogo com organizações não-governamentais e grupos de interesse ligados ao património cultural e considerar a possibilidade de apresentar uma proposta de «Ano Europeu do Património Cultural» .
CONTEXTO
Apoiar o património cultural
PRINCIPAIS TERMOS
(*) Património cultural: de acordo com a definição da Unesco, inclui:
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património cultural tangível:
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mobiliário: pinturas, esculturas, moedas, manuscritos,
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imobiliário: monumentos, sítios arqueológicos, etc.,
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subaquático: destroços de navios e ruínas e cidades submersas;
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património cultural intangível:
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tradições orais, artes do espetáculo e rituais.
(*) Participação democrática: o envolvimento dos cidadãos no zelo pelo seu património cultural.
(*) Sustentabilidade: garantir que o património cultural é preservado para as gerações futuras. Trata-se de uma forma de manter a identidade, as tradições e as práticas locais.
(*) Coesão social: o património cultural desempenha um papel importante na promoção da coesão social, ou seja, de um sentimento de comunidade e da vontade das pessoas de cooperarem entre si para o bem comum. Exemplos disso incluem a regeneração das zonas negligenciadas das cidades, que pode criar empregos locais e aumentar o orgulho das pessoas no seu bairro.
ATO
Conclusões do Conselho sobre a governação participativa do património cultural (JO C 463 de 23.12.2014, p. 1-3)
ATOS RELACIONADOS
Comunicação da Comissão ao Parlamento Europeu, ao Conselho, ao Comité Económico e Social Europeu e ao Comité das Regiões: Rumo a uma abordagem integrada do património cultural europeu (COM(2014) 477 final de 22 de julho de 2014)
última atualização 16.11.2015