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Adaptação às alterações climáticas

As alterações climáticas — uma variação significativa das condições meteorológicas médias ao longo de décadas — representam um grande desafio a nível humano e mundial. Embora possam ser empreendidas determinadas ações para atenuar as alterações climáticas (com o objetivo de evitar e reduzir a emissão de gases com efeito de estufa, que conduz ao aquecimento global), é necessário adotar outras medidas para a adaptação às alterações climáticas.

A adaptação às alterações climáticas implica mudar o nosso comportamento e formas de agir para nos prepararmos para o inevitável, a fim de assegurar a nossa proteção, bem como a proteção do ambiente e da economia, contra os impactos das alterações climáticas.

Em fevereiro de 2021, a Comissão Europeia publicou a Estratégia da União Europeia (UE) para a Adaptação às Alterações Climáticas, que visa complementar as várias ações empreendidas pela UE para atenuar as alterações climáticas através da definição de uma estratégia de adaptação aos efeitos das alterações climáticas. Além disso, procura ajudar a tornar a UE não só neutra em termos de clima (com zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa), mas também climaticamente resiliente até 2050.

A estratégia tem os quatro objetivos principais seguidamente enunciados.

  • Uma adaptação mais inteligente. As ações empreendidas devem ser informadas por dados robustos e instrumentos de avaliação dos riscos à disposição de todos.
  • Uma adaptação mais rápida. Devemos adaptar-nos de forma mais célere e abrangente e concentrar-nos no desenvolvimento e implementação de soluções para ajudar a reduzir os riscos climáticos, aumentar a proteção contra os riscos climáticos e preservar o acesso à água doce.
  • Uma adaptação mais sistémica. Uma vez que as alterações climáticas terão impacto em todos os níveis da sociedade e em todos os setores da economia, as ações de adaptação também devem ser sistémicas. A estratégia apoiará o desenvolvimento complementar e a aplicação de estratégias e de planos de adaptação em todos os níveis de governação, priorizando a integração da adaptação na política macro-orçamental, as soluções de adaptação baseadas na natureza e as medidas locais de adaptação.
  • Intensificar a ação internacional em prol da resiliência às alterações climáticas. Esta ação é realizada através do aumento do financiamento internacional e do reforço da participação e dos intercâmbios à escala mundial no domínio da adaptação.

O glossário de 2018 do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas inclui as seguintes definições.

  • Adaptação. Nos sistemas humanos, diz respeito ao processo de ajustamento ao clima efetivo ou esperado e aos seus efeitos, a fim de moderar os danos ou explorar as oportunidades benéficas. Nos sistemas naturais, define o processo de ajustamento ao clima efetivo e aos seus efeitos; a intervenção humana pode facilitar o ajustamento ao clima esperado e aos seus efeitos.
  • Resiliência. A capacidade dos sistemas sociais, económicos e ambientais para lidar com um evento, tendência ou perturbação de natureza perigosa, respondendo ou reorganizando de forma a manter a sua função, identidade e estrutura essenciais, mantendo simultaneamente a capacidade de adaptação, aprendizagem e transformação.

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