ISSN 1977-0774 doi:10.3000/19770774.L_2012.070.por |
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Jornal Oficial da União Europeia |
L 70 |
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Edição em língua portuguesa |
Legislação |
55.o ano |
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(1) Texto relevante para efeitos do EEE |
PT |
Os actos cujos títulos são impressos em tipo fino são actos de gestão corrente adoptados no âmbito da política agrícola e que têm, em geral, um período de validade limitado. Os actos cujos títulos são impressos em tipo negro e precedidos de um asterisco são todos os restantes. |
II Atos não legislativos
DECISÕES
8.3.2012 |
PT |
Jornal Oficial da União Europeia |
L 70/1 |
DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO
de 28 de fevereiro de 2012
que estabelece as conclusões sobre as melhores técnicas disponíveis (MTD) para a produção de vidro nos termos da Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa às emissões industriais
[notificada com o número C(2012) 865]
(Texto relevante para efeitos do EEE)
(2012/134/UE)
A COMISSÃO EUROPEIA,
Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,
Tendo em conta a Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, relativa às emissões industriais (prevenção e controlo integrados da poluição) (1), nomeadamente o 13.o, n.o 5,
Considerando o seguinte:
(1) |
O artigo 13.o, n.o 1 da Diretiva 2010/5/UE incumbe a Comissão da organização de um intercâmbio de informações relativo às emissões industriais entre ela e os Estados-Membros, as indústrias em causa e as organizações não governamentais que promovem a protecção do ambiente, a fim de facilitar a elaboração de documentos de referência sobre as melhores técnicas disponíveis (cia MTD), tal como definidos no artigo 3.o, n.o 11 dessa diretiva. |
(2) |
Em conformidade com o artigo 13.o, n.o 2 da Diretiva 2010/5/UE, o intercâmbio de informações deve incidir sobre o desempenho ambiental das emissões das instalações e das técnicas em termos de emissões, expresso em médias de curto e longo prazo, sempre que adequado, e as condições de referência associadas, o consumo e a natureza das matérias primas, o consumo de água, a utilização de energia e a produção de resíduos; as técnicas utilizadas, a correspondente monitorização, os efeitos entre os diversos meios, a viabilidade económica e técnica e a sua evolução; as melhores técnicas disponíveis e as técnicas emergentes, identificadas depois de analisar as questões referidas no artigo 13.o, n.o 2, alíneas a) e b) dessa diretiva. |
(3) |
As «Conclusões MTD», como definido no artigo 3.o, n.o 12 da Diretiva 2010/75/UE, são o elemento fundamental dos documentos de referência MTD e apresentam as conclusões sobre as melhores técnicas disponíveis, a sua descrição, as informações necessárias para avaliar a sua aplicabilidade, os valores de emissão associados às melhores técnicas disponíveis, as medidas de monitorização associadas, os níveis de consumo associados e, se adequado, medidas relevantes de reabilitação do local. |
(4) |
Em conformidade com o artigo 14.o, n.o 3 da Diretiva 2010/75/UE, as conclusões MTD devem constituir a referência para a definição das condições de licenciamento das instalações abrangidas pelo Capítulo II dessa diretiva. |
(5) |
O artigo 15.o, n.o 3 da Diretiva 2010/75/UE incumbe a autoridade competente de definir valores-limite de emissão que assegurem que, em condições normais de funcionamento, as emissões não excedam os valores de emissão associados às melhores técnicas disponíveis estabelecidas nas decisões sobre as conclusões MTD a que se refere o artigo 13.o, n.o 5 da Diretiva 2010/75/UE. |
(6) |
O artigo 15.o, n.o 4 da Diretiva 2010/75/UE prevê derrogações ao disposto no n.o 3, mas só se os custos para a obtenção de valores de emissão ultrapassarem desproporcionadamente os benefícios ambientais obtidos devido à localização geográfica, às condições ambientais locais ou às características técnicas da instalação em causa. |
(7) |
O artigo 16.o, n.o 1 da Diretiva 2010/75/UE dispõe que os requisitos de monitorização do licenciamento referido no artigo 14.o, n.o 1, alínea c) da Diretiva se devem basear nas conclusões sobre monitorização descritas nas conclusões MTD. |
(8) |
Em conformidade com o artigo 21.o, n.o 3 da Diretiva 2010/75/UE, no prazo de quatro anos após a publicação das decisões sobre as conclusões MTD, a autoridade competente deve reexaminar e, se necessário, actualizar todas as condições de licenciamento e assegurar que a instalação cumpre essas condições de licenciamento. |
(9) |
A Decisão da Comissão, de 16 de maio de 2011, que cria um fórum para o intercâmbio de informações nos termos do artigo 13.o da Diretiva 2010/75/UE relativa às emissões industriais (2) instituiu um fórum constituído por representantes dos Estados-Membros, das indústrias em causa e das organizações não governamentais que promovem a protecção do ambiente. |
(10) |
Em conformidade com o artigo 13.o, n.o 4 da Diretiva 2010/75/2010/UE, a Comissão solicitou o parecer (3) desse fórum sobre o teor proposto do documento de referência MTD para a produção de vidro, em 13 de setembro de 2011, e disponibilizou-o ao público. |
(11) |
As medidas previstas na presente decisão estão em conformidade com o parecer do comité instituído pelo artigo 75.o da Diretiva 2010/75/UE, |
ADOPTOU A PRESENTE DECISÃO:
Artigo 1.o
As conclusões MTD para a produção de vidro são definidas no anexo à presente decisão.
Artigo 2.o
Os Estados-Membros são os destinatários da presente decisão.
Feito em Bruxelas, em 28 de fevereiro de 2012.
Pela Comissão
Janez POTOČNIK
Membro da Comissão
(1) JO L 334 de 17.12.2010, p. 17.
(2) JO C 146 de 17.5.2011, p. 3.
(3) http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ied/library?l=/ied_art_13_forum/opinions_article
ANEXO
Conclusões MTD para a Produção de Vidro
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
DEFINIÇÕES
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Períodos de amostragem e condições de referência para as emissões atmosféricas
Conversão para a concentração de oxigénio de referência
Conversão de concentrações em emissões mássicas específicas
Definições para determinados poluentes atmosféricos:
Períodos de amostragem para a descarga de águas residuais
1.1. |
Conclusões MTD gerais para a produção de vidro |
1.1.1. |
Sistemas de gestão ambiental |
1.1.2. |
Eficiência energética |
1.1.3. |
Armazenagem e manuseamento de matérias |
1.1.4. |
Técnicas primárias gerais |
1.1.5. |
Emissões para a água provenientes dos processos de fabrico de vidro |
1.1.6. |
Resíduos provenientes dos processos de fabrico de vidro |
1.1.7. |
Ruído proveniente dos processos de fabrico de vidro |
1.2. |
Conclusões MTD para a produção de vidro de embalagem |
1.2.1. |
Emissões de partículas provenientes de fornos de fusão |
1.2.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes de fornos de fusão |
1.2.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes de fornos de fusão |
1.2.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.2.5. |
Metais provenientes de fornos de fusão |
1.2.6. |
Emissões provenientes de processos a jusante |
1.3. |
Conclusões MTD para a produção de vidro plano |
1.3.1. |
Emissões de partículas provenientes de fornos de fusão |
1.3.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes de fornos de fusão |
1.3.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes de fornos de fusão |
1.3.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.3.5. |
Metais provenientes de fornos de fusão |
1.3.6. |
Emissões provenientes de processos a jusante |
1.4. |
Conclusões MTD para a produção de fibra de vidro de filamento contínuo |
1.4.1. |
Emissões de partículas provenientes de fornos de fusão |
1.4.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes de fornos de fusão |
1.4.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes de fornos de fusão |
1.4.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.4.5. |
Metais provenientes de fornos de fusão |
1.4.6. |
Emissões provenientes de processos a jusante |
1.5. |
Conclusões MTD para a produção de vidro doméstico |
1.5.1. |
Emissões de partículas provenientes de fornos de fusão |
1.5.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes de fornos de fusão |
1.5.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes de fornos de fusão |
1.5.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.5.5. |
Metais provenientes de fornos de fusão |
1.5.6. |
Emissões provenientes de processos a jusante |
1.6. |
Conclusões MTD para a produção de vidro especial |
1.6.1. |
Emissões de partículas provenientes de fornos de fusão |
1.6.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes de fornos de fusão |
1.6.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes de fornos de fusão |
1.6.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.6.5. |
Metais provenientes de fornos de fusão |
1.6.6. |
Emissões provenientes de processos a jusante |
1.7. |
Conclusões MTD para a produção de lã mineral |
1.7.1. |
Emissões de partículas provenientes de fornos de fusão |
1.7.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes de fornos de fusão |
1.7.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes de fornos de fusão |
1.7.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.7.5. |
Sulfureto de hidrogénio (H2S) proveniente de fornos de fusão de lã de rocha |
1.7.6. |
Metais provenientes de fornos de fusão |
1.7.7. |
Emissões provenientes de processos a jusante |
1.8. |
Conclusões MTD para a produção de lãs de isolamento de alta temperatura |
1.8.1. |
Emissões de partículas provenientes da fusão e de processos a jusante |
1.8.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes da fusão e de processos a jusante |
1.8.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes da fusão e de processos a jusante |
1.8.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.8.5. |
Metais provenientes de fornos de fusão e de processos a jusante |
1.8.6. |
Compostos orgânicos voláteis provenientes de processos a jusante |
1.9. |
Conclusões MTD para a produção de fritas |
1.9.1. |
Emissões de partículas provenientes de fornos de fusão |
1.9.2. |
Óxidos de azoto (NOX) provenientes de fornos de fusão |
1.9.3. |
Óxidos de enxofre (SOX) provenientes de fornos de fusão |
1.9.4. |
Cloreto de hidrogénio (HCl) e fluoreto de hidrogénio (HF) provenientes de fornos de fusão |
1.9.5. |
Metais provenientes de fornos de fusão |
1.9.6. |
Emissões provenientes de processos a jusante |
Glossário:
1.10. |
Descrição das técnicas |
1.10.1. |
Emissões de partículas |
1.10.2. |
Emissões de NOX |
1.10.3. |
Emissões de SOX |
1.10.4. |
Emissões de HCl e HF |
1.10.5. |
Emissões de metais |
1.10.6. |
Emissões gasosas combinadas (por exemplo SOX, HCl, HF, compostos de boro) |
1.10.7. |
Emissões combinadas (sólidas + gasosas) |
1.10.8. |
Emissões provenientes das operações de corte, trituração e polimento |
1.10.9. |
Emissões de H2S e COV |
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
As presentes conclusões MTD dizem respeito às atividades industriais especificadas no anexo I da Diretiva 2010/75/UE, nomeadamente:
— |
|
— |
|
As presentes conclusões MTD não abrangem as seguintes atividades:
— |
Produção de vidro de água, abrangida pelo documento de referência Produtos Químicos Inorgânicos com Grande Volume de Produção - Produtos Sólidos e Outros (LVIC-S) |
— |
Produção de fibras policristalinas |
— |
Produção de espelhos, abrangida pelo documento de referência relativo ao tratamento de superfícies utilizando solventes orgânicos (STS) |
Outros documentos de referência relevantes para as atividades abrangidas pelas presentes conclusões MTD são:
Documentos de referência |
Atividade |
Emissões resultantes do armazenamento (EFS) |
Armazenamento e manuseamento de matérias-primas |
Eficiência energética (ENE) |
Eficiência energética em geral |
Efeitos económicos e conflitos ambientais (ECM) |
Determinação dos custos e benefícios da implementação de MTD, visando a proteção do ambiente como um todo |
Princípios gerais de monitorização (MON) |
Monitorização das emissões e dos consumos |
As técnicas enumeradas e descritas nas presentes conclusões MTD não são vinculativas nem exaustivas. Podem utilizar-se outras técnicas, que garantam um nível de proteção ambiental pelo menos equivalente.
DEFINIÇÕES
Para efeitos das presentes conclusões MTD, entende-se por:
Termo utilizado |
Definição |
Nova instalação |
Uma instalação construída no local após a publicação das presentes conclusões MTD ou uma reconstrução total de uma instalação sobre as fundações existentes no local após a publicação das presentes conclusões MTD. |
Instalação existente |
Uma instalação que não seja uma nova instalação. |
Novo forno |
Um forno construído no local após a publicação das presentes conclusões MTD ou uma reconstrução total de um forno após a publicação das presentes conclusões MTD. |
Reconstrução normal do forno |
Uma reconstrução entre campanhas sem alterações significativas nos requisitos do forno ou na tecnologia, em que a estrutura do forno não sofre ajustamentos significativos e em que as dimensões do forno permanecem basicamente inalteradas. O refratário do forno e, sempre que necessário, os regeneradores são reparados mediante a substituição total ou parcial dos materiais. |
Reconstrução total do forno |
Uma reconstrução que implique uma alteração significativa dos requisitos do forno ou da tecnologia, com ajustamentos significativos ou substituição do forno e de equipamentos associados. |
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Períodos de amostragem e condições de referência para as emissões atmosféricas
Salvo disposição em contrário, os valores de emissão associados às melhores técnicas disponíveis (VEA às MTD) para as emissões atmosféricas indicados nas presentes conclusões MTD são aplicáveis nos termos das condições de referência indicadas no quadro 1. Todos os valores para as concentrações de gases residuais referem-se a condições normais: gás seco, temperatura 273,15 K, pressão 101,3 kPa.
Para medições descontínuas |
Os VEA às MTD referem-se ao valor médio de três amostras de, pelo menos, 30 minutos cada; para fornos regenerativos, o período de amostragem deve abranger um mínimo de duas inversões da combustão das câmaras de regeneração |
Para medições contínuas |
Os VEA às MTD referem-se a valores médios diários |
Quadro 1
Condições de referência para VEA às MTD relativos às emissões atmosféricas
Atividades |
Unidade |
Condições de referência |
|
Atividades de fusão |
Forno de fusão convencional em bacias de fusão contínua |
mg/Nm3 |
8 % de oxigénio em volume. |
Forno de fusão convencional em bacias de fusão descontínua |
mg/Nm3 |
13 % de oxigénio em volume. |
|
Fornos de oxigénio/combustível |
kg/tonelada de vidro fundido |
A expressão dos valores de emissão medidos em mg/Nm3 para uma concentração de oxigénio de referência não é aplicável. |
|
Fornos elétricos |
mg/Nm3 ou kg/tonelada de vidro fundido |
A expressão dos valores de emissão medidos em mg/Nm3 para uma concentração de oxigénio de referência não é aplicável. |
|
Fornos de fusão de fritas |
mg/Nm3 ou kg/tonelada de frita fundida |
As concentrações referem-se a 15 % de oxigénio em volume. Sempre que for utilizada combustão a ar/gás, são aplicáveis os VEA às MTD expressos sob a forma de concentração das emissões (mg/Nm3). Sempre que for utilizada apenas combustão a oxigénio/combustível, são aplicáveis os VEA às MTD expressos como emissões mássicas específicas (kg/tonelada de frita fundida). Sempre que for utilizada combustão a ar enriquecido com oxigénio/combustível, são aplicáveis os VEA às MTD expressos como concentração das emissões (mg/Nm3) ou como emissões mássicas específicas (kg/tonelada de frita fundida). |
|
Todos os tipos de fornos |
kg/tonelada de vidro fundido |
As emissões mássicas específicas referem-se a uma tonelada de vidro fundido. |
|
Atividades de não fusão incluindo processos a jusante |
Todos os processos |
mg/Nm3 |
Sem correção de oxigénio. |
Todos os processos |
kg/tonelada de vidro |
As emissões mássicas específicas referem-se a uma tonelada de vidro produzido. |
Conversão para a concentração de oxigénio de referência
A fórmula para calcular a concentração das emissões a um nível de oxigénio de referência (ver quadro 1) é apresentada infra.
em que:
ER (mg/Nm3) |
: |
concentração das emissões corrigida para o nível de oxigénio de referência OR; |
OR (vol %) |
: |
nível de oxigénio de referência; |
EM (mg/Nm3) |
: |
concentração das emissões com referência ao nível de oxigénio medido OM; |
OM (vol %) |
: |
nível de oxigénio medido. |
Conversão de concentrações em emissões mássicas específicas
Os VEA às MTD indicados nas secções 1.2 a 1.9 como emissões mássicas específicas (kg/tonelada de vidro fundido) baseiam-se no cálculo abaixo, exceto no que diz respeito aos fornos de oxigénio/combustível e, num número limitado de casos, à fusão elétrica, em que os VEA às MTD indicados em kg/tonelada de vidro fundido decorrem de dados específicos comunicados.
O procedimento de cálculo utilizado para a conversão de concentrações em emissões mássicas específicas é apresentado abaixo.
Emissão mássica específica (kg/tonelada de vidro fundido) = fator de conversão × concentração das emissões (mg/Nm3)
em que: fator de conversão = (Q/P) × 10–6;
com |
|
O volume de gás residual (Q) é determinado pelo consumo específico de energia, pelo tipo de combustível e pelo oxidante (ar, ar enriquecido com oxigénio e oxigénio com grau de pureza dependente do processo de produção). O consumo de energia é uma função complexa (predominantemente) do tipo de forno, do tipo de vidro e da percentagem de casco.
No entanto, vários fatores podem influenciar a relação entre a concentração e o débito mássico específico, incluindo:
— |
tipo de forno (temperatura de pré-aquecimento do ar, técnica de fusão); |
— |
tipo de vidro produzido (energia necessária para a fusão); |
— |
mix energético (combustíveis fósseis/reforço elétrico); |
— |
tipo de combustível fóssil (petróleo, gás); |
— |
tipo de oxidante (oxigénio, ar, ar enriquecido com oxigénio); |
— |
percentagem de casco; |
— |
composição da mistura a fundir; |
— |
envelhecimento do forno; |
— |
dimensões do forno. |
Os fatores de conversão apresentados no quadro 2 foram utilizados para converter VEA às MTD de concentrações em emissões mássicas específicas.
Os fatores de conversão foram determinados com base em fornos eficientes em termos energéticos e referem-se apenas a fornos alimentados exclusivamente a ar/combustível.
Quadro 2
Fatores indicativos utilizados para converter mg/Nm3 em kg/tonelada de vidro fundido com base em fornos energeticamente eficientes alimentados a ar/combustível
Setores |
Fatores para converter mg/Nm3 em kg/tonelada de vidro fundido |
|
Vidro plano |
2,5 × 10–3 |
|
Vidro de embalagem |
Em geral |
1,5 × 10–3 |
Casos específicos (1) |
Estudo caso a caso (frequentemente 3,0 × 10–3) |
|
Fibra de vidro de filamento contínuo |
4,5 × 10–3 |
|
Vidro doméstico |
Carbonato de sódio e calcário |
2,5 × 10–3 |
Casos específicos (2) |
Estudo caso a caso (entre 2,5 e > 10 × 10–3; frequentemente 3,0 × 10–3) |
|
Lã mineral |
Lã de vidro |
2 × 10–3 |
Cúpula de lã de rocha |
2,5 × 10–3 |
|
Vidro especial |
Vidro para televisores (painéis) |
3 × 10–3 |
Vidro para televisores (funil) |
2,5 × 10–3 |
|
Borossilicato (tubo) |
4 × 10–3 |
|
Vitrocerâmica |
6,5 × 10–3 |
|
Vidro para iluminação (carbonato de sódio e calcário) |
2,5 × 10–3 |
|
Fritas |
Estudo caso a caso (entre 5 – 7,5 × 10–3) |
DEFINIÇÕES PARA DETERMINADOS POLUENTES ATMOSFÉRICOS:
Para efeitos das presentes conclusões MTD e dos VEA às MTD mencionados nas secções 1.2 a 1.9, entende-se por:
NOX, expressos como NO2 |
O total de óxido de azoto (NO) e dióxido de azoto (NO2), expresso como NO2 |
SOX, expressos como SO2 |
O total de dióxido de enxofre (SO2) e trióxido de enxofre (SO3), expresso como SO2 |
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl |
Todos os cloretos gasosos, expressos como HCl |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
Todos os fluoretos gasosos, expressos como HF |
PERÍODOS DE AMOSTRAGEM PARA A DESCARGA DE ÁGUAS RESIDUAIS
Salvo disposição em contrário, os valores de emissão associados às melhores técnicas disponíveis (VEA às MTD) para as emissões de águas residuais indicados nas presentes conclusões MTD referem-se ao valor médio de uma amostra composta recolhida ao longo de um período de duas horas ou de 24 horas.
1.1. Conclusões MTD gerais para a produção de vidro
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações.
As MTD específicas de cada processo incluídas nas secções 1.2 a 1.9 aplicam-se em complemento das MTD gerais mencionadas na presente secção.
1.1.1.
1. É MTD implementar e respeitar um sistema de gestão ambiental (SGA) que incorpore todos os seguintes elementos:
i. |
Empenho das chefias, incluindo chefias de topo; |
ii. |
Definição de uma política ambiental que inclua a melhoria contínua da instalação pelas chefias; |
iii. |
Planeamento e implementação dos procedimentos, objetivos e metas necessários, em conjugação com planeamento financeiro e investimento; |
iv. |
Implementação de procedimentos prestando particular atenção a:
|
v. |
Verificação do desempenho e medidas corretivas, prestando particular atenção a:
|
vi. |
Revisão do SGA pelos quadros superiores quanto à respetiva aptidão, adequação e eficácia continuadas; |
vii. |
Acompanhamento do desenvolvimento de tecnologias mais limpas; |
viii. |
Consideração dos impactos ambientais decorrentes de uma eventual desativação da instalação na fase de conceção de uma nova instalação e ao longo da respetiva vida útil; |
ix. |
Aplicação regular de avaliações comparativas (benchmarking) setoriais. |
Aplicabilidade
O âmbito (por exemplo nível de detalhe) e a natureza do SGA (por exemplo normalizado ou não normalizado) estarão geralmente relacionados com a natureza, escala e complexidade da instalação, e com a diversidade de impactos ambientais que esta possa ter.
1.1.2.
2. É MTD reduzir o consumo específico de energia utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
|||
|
Aplicável a novas instalações. Para as instalações existentes, a implementação requer uma reconstrução total do forno. |
||
|
Aplicável a fornos de ar/combustível e de oxigénio/combustível. |
||
|
Não aplicável aos setores de fibra de vidro de filamento contínuo, lã de isolamento de alta temperatura e fritas. |
||
|
Aplicável a fornos de ar/combustível e de oxigénio/combustível. A aplicabilidade e a viabilidade económica da técnica são ditadas pela eficiência global que possa ser obtida, incluindo a utilização eficaz do vapor gerado. |
||
|
Aplicável a fornos de ar/combustível e de oxigénio/combustível. A aplicabilidade restringe-se normalmente a misturas a fundir com mais de 50 % de casco. |
1.1.3.
3. É MTD evitar, ou quando tal não for praticável, reduzir as emissões de partículas difusas decorrentes da armazenagem e do manuseamento de matérias sólidas, utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
I. |
Armazenagem de matérias-primas
|
II. |
Manuseamento de matérias-primas
|
4. É MTD evitar ou, quando tal não for praticável, reduzir as emissões gasosas difusas decorrentes da armazenagem e do manuseamento de matérias-primas voláteis utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
i. |
Utilização nos tanques de tinta com baixa absorção solar para a armazenagem a granel sujeita a mudanças de temperatura devido ao aquecimento solar. |
ii. |
Controlo da temperatura de armazenagem das matérias-primas voláteis. |
iii. |
Isolamento dos tanques para armazenagem de matérias-primas voláteis. |
iv. |
Gestão de existências. |
v. |
Utilização de tanques de teto flutuante para armazenagem de grandes quantidades de produtos petrolíferos voláteis. |
vi. |
Utilização de sistemas de transferência do retorno de vapores na transferência de fluidos voláteis (por exemplo de camiões cisterna para o tanque de armazenagem). |
vii. |
Utilização de reservatórios flexíveis para armazenagem de matérias-primas líquidas. |
viii. |
Utilização de válvulas de pressão/vácuo nos tanques concebidos para resistir a flutuações de pressão. |
ix. |
Aplicação de um tratamento de descarga (por exemplo adsorção, absorção, condensação) na armazenagem de matérias perigosas. |
x. |
Aplicação de um preenchimento subsuperficial na armazenagem de líquidos com tendência para produzir espuma. |
1.1.4.
5. É MTD reduzir o consumo de energia e as emissões atmosféricas procedendo a uma monitorização constante dos parâmetros operacionais e uma manutenção programada do forno de fusão.
Técnica |
Aplicabilidade |
A técnica consiste numa série de operações de monitorização e manutenção que podem ser utilizadas individualmente ou em combinação adequada ao tipo de forno, com o intuito de minimizar os efeitos de envelhecimento no forno, tais como selar o forno e os blocos do queimador, manter o isolamento máximo, controlar as condições de chama estabilizada, controlar a razão ar/combustível, etc. |
Aplicável a fornos regenerativos, recuperativos e de oxigénio/combustível. A aplicabilidade a outros tipos de fornos requer uma avaliação específica da instalação. |
6. É MTD proceder a uma seleção e a um controlo criteriosos de todas as substâncias e matérias-primas que entrem no forno de fusão, a fim de reduzir ou evitar as emissões atmosféricas, utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica |
Aplicabilidade |
||
|
Aplicável dentro dos condicionalismos inerentes ao tipo de vidro produzido na instalação e à disponibilidade de matérias-primas e combustíveis. |
||
|
|||
|
7. É MTD proceder regularmente à monitorização das emissões e/ou de outros parâmetros relevantes para o processo, incluindo o seguinte:
Técnica |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
|||
|
|||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
|||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
8. É MTD operar os sistemas de tratamento de gases residuais durante as condições normais de operação com capacidade e disponibilidade ótimas para evitar ou reduzir as emissões
Aplicabilidade
Podem ser definidos procedimentos especiais para condições de operação específicas, mais concretamente:
i. |
Durante as operações de arranque e desligamento; |
ii. |
Durante outras operações especiais que possam afetar o correto funcionamento dos sistemas (por exemplo trabalhos de manutenção normais e extraordinários e operações de limpeza do forno e/ou do sistema de tratamento de gases residuais, ou alteração substancial da produção); |
iii. |
Em caso de caudal dos gases residuais ou temperatura insuficientes que impeçam a utilização do sistema na capacidade total. |
9. É MTD limitar as emissões de monóxido de carbono (CO) do forno de fusão, sempre que forem aplicadas técnicas primárias ou redução química por combustível, para redução das emissões de NOX
Técnica |
Aplicabilidade |
As técnicas primárias para redução das emissões de NOX baseiam-se em modificações da combustão (por exemplo redução da razão ar/combustível, queimadores de combustão por etapas com baixa emissão de NOX, etc.). A redução química por combustível consiste na adição de hidrocarbonetos ao fluxo de gás residual para reduzir o NOX formado no forno. O aumento das emissões de CO devido à aplicação destas técnicas pode ser limitado através de um controlo cuidadoso dos parâmetros operacionais. |
Aplicável em fornos convencionais de ar/combustível. |
Quadro 3
VEA às MTD para emissões de monóxido de carbono provenientes dos fornos de fusão
Parâmetro |
VEA às MTD |
Monóxido de carbono, expresso como CO |
< 100 mg/Nm3 |
10. É MTD limitar as emissões de amoníaco (NH3), sempre que forem aplicadas técnicas de redução catalítica seletiva (RCS) ou redução não catalítica seletiva (RNCS) para uma redução altamente eficiente das emissões de NOX
Técnica |
Aplicabilidade |
A técnica consiste em adotar e manter as condições de operação adequadas dos sistemas de tratamento dos gases residuais por RCS ou RNCS, com o objetivo de limitar as emissões de amoníaco que não reagiu |
Aplicável a fornos de fusão equipados com RCS ou RNCS. |
Quadro 4
VEA às MTD para as emissões de amoníaco, sempre que forem aplicadas técnicas de RCS ou RNCS
Parâmetro |
VEA às MTD (3) |
Amoníaco, expresso como NH3 |
< 5 – 30 mg/Nm3 |
11. É MTD reduzir as emissões de boro do forno de fusão, sempre que forem utilizados compostos de boro na formulação da mistura a fundir, utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (4) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade a instalações existentes pode ser limitada por condicionalismos técnicos associados à localização e às características do sistema de filtros existente. |
||
|
A aplicabilidade pode ser limitada por uma menor eficiência na remoção de outros poluentes gasosos (SOX, HCl, HF) provocada pela deposição de compostos de boro na superfície do reagente alcalino seco. |
||
|
A aplicabilidade a instalações existentes pode ser limitada pela necessidade de um tratamento específico de águas residuais. |
Monitorização
A monitorização das emissões de boro deve ser efetuada de acordo com uma metodologia específica que permita medir formas sólidas e gasosas e determinar a remoção efetiva destas espécies dos gases libertados.
1.1.5.
12. É MTD reduzir o consumo de água utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica |
Aplicabilidade |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. A recirculação da água de depuração é aplicável à maioria dos sistemas de depuração; no entanto, pode ser necessário descarregar e substituir periodicamente o meio de depuração. |
||||||
|
A aplicabilidade desta técnica pode ser limitada por condicionalismos associados à gestão de segurança do processo de produção. Mais concretamente:
|
13. É MTD reduzir a carga de emissões poluentes nas descargas de águas residuais, utilizando um ou uma combinação dos seguintes sistemas de tratamento de águas residuais:
Técnica |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
A aplicabilidade está limitada aos setores que utilizem substâncias orgânicas no processo de produção (por exemplo setores da fibra de vidro de filamento contínuo e da lã mineral). |
||
|
Aplicável às instalações em que é necessária uma redução adicional dos poluentes. |
||
|
A aplicabilidade é geralmente limitada ao setor das fritas (possível reutilização na indústria cerâmica). |
Quadro 5
VEA às MTD para a descarga nas águas de superfície de águas residuais provenientes da produção de vidro
Parâmetro (5) |
Unidade |
VEA às MTD (6) (amostra de compósito) |
pH |
— |
6,5 – 9 |
Sólidos totais em suspensão |
mg/l |
< 30 |
Carência química de oxigénio (CQO) |
mg/l |
< 5 – 130 (7) |
Sulfatos, expressos como SO4 2– |
mg/l |
< 1 000 |
Fluoretos, expressos como F– |
mg/l |
< 6 (8) |
Hidrocarbonetos totais |
mg/l |
< 15 (9) |
Chumbo, expresso como Pb |
mg/l |
< 0,05 – 0,3 (10) |
Antimónio, expresso como Sb |
mg/l |
< 0,5 |
Arsénio, expresso como As |
mg/l |
< 0,3 |
Bário, expresso como Ba |
mg/l |
< 3,0 |
Zinco, expresso como Zn |
mg/l |
< 0,5 |
Cobre, expresso como Cu |
mg/l |
< 0,3 |
Crómio, expresso como Cr |
mg/l |
< 0,3 |
Cádmio, expresso como Cd |
mg/l |
< 0,05 |
Estanho, expresso como Sn |
mg/l |
< 0,5 |
Níquel, expresso como Ni |
mg/l |
< 0,5 |
Amoníaco, expresso como NH4 |
mg/l |
< 10 |
Boro, expresso como B |
mg/l |
< 1 – 3 |
Fenol |
mg/l |
< 1 |
1.1.6.
14. É MTD reduzir a produção de resíduos sólidos a eliminar, utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica |
Aplicabilidade |
||||||||||
|
A aplicabilidade pode ser limitada pelos condicionalismos associados à qualidade do produto final de vidro. |
||||||||||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||||||||||
|
De modo geral, não aplicável aos setores de fibra de vidro de filamento contínuo, lã de isolamento de alta temperatura e fritas. |
||||||||||
|
A aplicabilidade pode ser limitada por diferentes fatores:
|
||||||||||
|
De aplicação geral no setor do vidro doméstico (para lamas de corte de cristal de chumbo) e no setor do vidro de embalagem (partículas finas de vidro misturadas com óleo). Aplicabilidade limitada a outros setores de produção de vidro devido a composição imprevisível e contaminada, baixos volumes e viabilidade económica. |
||||||||||
|
A aplicabilidade é limitada pelos condicionalismos impostos pelos fabricantes de materiais refratários e potenciais utilizadores finais. |
||||||||||
|
A aplicabilidade de tijolos à base de resíduos prensados ligados com cimento está limitada ao setor da lã de rocha. Deve efetuar-se uma abordagem de compromisso entre as emissões para a atmosfera e a geração de resíduos sólidos. |
1.1.7.
15. É MTD reduzir as emissões de ruído utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
i. |
Proceder a uma avaliação do ruído ambiental e formular um plano de gestão do ruído apropriado para o ambiente local; |
ii. |
Isolar os equipamentos/operações ruidosos numa estrutura/unidade em separado; |
iii. |
Utilizar taludes que atuem como barreira à fonte de ruído; |
iv. |
Desenvolver atividades ruidosas no exterior durante o dia; |
v. |
Utilizar paredes ou barreiras naturais (árvores, arbustos) para proteção contra o ruído entre a instalação e a área protegida, com base nas condições locais. |
1.2. Conclusões MTD para a produção de vidro de embalagem
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de vidro de embalagem.
1.2.1.
16. É MTD reduzir as emissões de partículas provenientes dos gases residuais do forno de fusão aplicando um sistema de limpeza dos gases libertados, como por exemplo um precipitador eletrostático ou um filtro de mangas.
Técnica (11) |
Aplicabilidade |
Os sistemas de limpeza dos gases libertados consistem em técnicas de fim de linha baseadas na filtração de todos as matérias que se encontrem no estado sólido no ponto de medição |
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 6
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor do vidro de embalagem
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (12) |
|
Partículas |
< 10 – 20 |
< 0,015 – 0,06 |
1.2.2.
17. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
I. |
Técnicas primárias, tais como:
|
II. |
Técnicas secundárias, tais como:
|
Quadro 7
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro de embalagem
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (15) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Modificações da combustão, design especial dos fornos (16) (17) |
500 – 800 |
0,75 – 1,2 |
Fusão elétrica |
< 100 |
< 0,3 |
|
Fusão a oxigénio/combustível (18) |
Não aplicável |
< 0,5 – 0,8 |
|
Técnicas secundárias |
< 500 |
< 0,75 |
18. Sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir e/ou sejam necessárias condições especiais de combustão oxidante no forno de fusão para garantir a qualidade do produto final, é MTD reduzir as emissões de NOX, minimizando a utilização destas matérias-primas, em combinação com técnicas primárias ou secundárias
Os VEA às MTD são indicados no quadro 7.
Caso sejam utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir para campanhas curtas ou para fornos de fusão com capacidade < 100 t/dia, os VEA às MTD são indicados no quadro 8.
Técnica (19) |
Aplicabilidade |
||
Técnicas primárias:
|
A substituição dos nitratos na formulação da mistura a fundir pode estar limitada pelos custos elevados e/ou por um maior impacto ambiental das matérias alternativas. |
Quadro 8
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro de embalagem, sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir e/ou existam condições especiais de combustão oxidante em casos de campanhas curtas ou para fornos de fusão com capacidade < 100 t/dia
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (20) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Técnicas primárias |
< 1 000 |
< 3 |
1.2.3.
19. É MTD reduzir as emissões de SOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (21) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
A minimização do teor de enxofre na formulação da mistura a fundir é geralmente aplicável dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final de vidro. A aplicação da otimização do balanço de massa do enxofre requer uma abordagem de compromisso entre a eliminação de emissões de SOX e a gestão de resíduos sólidos (partículas dos filtros). A redução eficaz das emissões de SOX depende da retenção de compostos de enxofre no vidro, que podem variar significativamente dependendo do tipo de vidro. |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
Quadro 9
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro de embalagem
Parâmetro |
Combustível |
||
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (24) |
||
SOX, expressos como SO2 |
Gás natural |
< 200 – 500 |
< 0,3 – 0,75 |
Fuelóleo (25) |
< 500 – 1 200 |
< 0,75 – 1,8 |
1.2.4.
20. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes dos fornos de fusão (possivelmente combinadas com gases libertados das atividades de tratamento de superfície a quente), utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (26) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos inerentes ao tipo de vidro produzido na instalação e à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 10
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor do vidro de embalagem
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (27) |
|
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl (28) |
< 10 – 20 |
< 0,02 – 0,03 |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 1 – 5 |
< 0,001 – 0,008 |
1.2.5.
21. É MTD reduzir as emissões de partículas metálicas provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (29) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos impostos pelo tipo de vidro produzido na instalação e pela disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
|||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 11
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão no setor do vidro de embalagem
Parâmetro |
||
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (33) |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 0,2 – 1 (34) |
< 0,3 – 1,5 × 10–3 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 1 – 5 |
< 1,5 – 7,5 × 10–3 |
1.2.6.
22. Sempre que forem utilizados compostos de estanho, organoestânicos ou de titânio para operações de tratamento de superfície a quente, é MTD reduzir as emissões utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica |
Aplicabilidade |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||||||
|
A combinação com gases provenientes do forno de fusão é de aplicação geral. A combinação com ar de combustão pode ser afetada por condicionalismos técnicos, devido a efeitos potenciais sobre a química do vidro e os materiais do regenerador. |
||||||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
Quadro 12
VEA às MTD para emissões atmosféricas provenientes de atividades de tratamento de superfície a quente no setor do vidro de embalagem sempre que os gases libertados das operações a jusante forem tratados em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Partículas |
< 10 |
Compostos de titânio, expressos como Ti |
< 5 |
Compostos de estanho, incluindo organoestânicos, expressos como Sn |
< 5 |
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl |
< 30 |
23. Sempre que for utilizado SO3 nas operações de tratamento de superfícies, é MTD reduzir as emissões de SOX utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (36) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 13
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes de atividades a jusante sempre que for utilizado SO3 nas operações de tratamento de superfícies no setor do vidro de embalagem, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
SOx, expressos como SO2 |
< 100 – 200 |
1.3. Conclusões MTD para a produção de vidro plano
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de vidro plano.
1.3.1.
24. É MTD reduzir as emissões de partículas provenientes dos gases residuais do forno de fusão aplicando um precipitador eletrostático ou um filtro de mangas
É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.1.
Quadro 14
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor do vidro plano
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (37) |
|
Partículas |
< 10 – 20 |
< 0,025 – 0,05 |
1.3.2.
25. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
I. |
Técnicas primárias, tais como:
|
II. |
Técnicas secundárias, tais como:
|
Quadro 15
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro plano
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD (40) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (41) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Modificações da combustão, processo Fenix (42) |
700 – 800 |
1,75 – 2,0 |
Fusão a oxigénio/combustível (43) |
Não aplicável |
< 1,25 – 2,0 |
|
Técnicas secundárias (44) |
400 – 700 |
1,0 – 1,75 |
26. Sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir, é MTD reduzir as emissões de NOX minimizando a utilização destas matérias-primas, em combinação com técnicas primárias e secundárias. Caso sejam aplicadas técnicas secundárias, são aplicáveis os VEA às MTD indicados no quadro 15.
Caso sejam utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir para a produção de vidros especiais num número limitado de campanhas curtas, os VEA às MTD são indicados no quadro 16.
Técnica (45) |
Aplicabilidade |
||||||
Técnicas primárias:
|
A substituição dos nitratos na formulação da mistura a fundir pode estar limitada pelos custos elevados e/ou por um maior impacto ambiental das matérias alternativas |
Quadro 16
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro plano, sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir para a produção de vidros especiais num número limitado de campanhas curtas
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (46) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Técnicas primárias |
< 1 200 |
< 3 |
1.3.3.
27. É MTD reduzir as emissões de SOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (47) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
A minimização do teor de enxofre na formulação da mistura a fundir é geralmente aplicável dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final de vidro. A aplicação da otimização do balanço de massa do enxofre requer uma abordagem de compromisso entre a eliminação de emissões de SOX e a gestão de resíduos sólidos (partículas dos filtros). |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas de energia do Estado-Membro. |
Quadro 17
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro plano
Parâmetro |
Combustível |
VEA às MTD (48) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (49) |
||
SOx, expressos como SO2 |
Gás natural |
< 300 – 500 |
< 0,75 – 1,25 |
500 – 1 300 |
1,25 – 3,25 |
1.3.4.
28. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (52) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos inerentes ao tipo de vidro produzido na instalação e à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 18
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor do vidro plano
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (53) |
|
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl (54) |
< 10 – 25 |
< 0,025 – 0,0625 |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 1 – 4 |
< 0,0025 – 0,010 |
1.3.5.
29. É MTD reduzir as emissões de partículas metálicas provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (55) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos impostos pelo tipo de vidro produzido na instalação e pela disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
Quadro 19
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão no setor do vidro plano, com exceção de vidros corados com selénio
Parâmetro |
VEA às MTD (56) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (57) |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 0,2 – 1 |
< 0,5 – 2,5 × 10–3 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 1 – 5 |
< 2,5 – 12,5 × 10–3 |
30. Sempre que forem utilizados compostos de selénio para colorir o vidro, é MTD reduzir as emissões de selénio provenientes do forno de fusão, utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (58) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos impostos pelo tipo de vidro produzido na instalação e pela disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
Quadro 20
VEA às MTD para emissões de selénio provenientes do forno de fusão no setor do vidro plano para a produção de vidro colorido
Parâmetro |
||
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (61) |
|
Compostos de selénio, expressos como Se |
1 – 3 |
2,5 – 7,5 × 10–3 |
1.3.6.
31. A MTD consiste em reduzir as emissões atmosféricas provenientes de processos a jusante utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (62) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
|||
|
|||
|
As técnicas são de aplicação geral. A seleção da técnica e o respetivo desempenho irá depender da composição do gás residual admitido. |
Quadro 21
VEA às MTD para emissões atmosféricas provenientes de processos a jusante no setor do vidro plano, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Partículas |
< 15 – 20 |
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl |
< 10 |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 1 – 5 |
SOX, expressos como SO2 |
< 200 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 1 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 5 |
1.4. Conclusões MTD para a produção de fibra de vidro de filamento contínuo
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de fibra de vidro de filamento contínuo.
1.4.1.
Os VEA às MTD indicados na presente secção para partículas referem-se a todos as matérias que se encontrem no estado sólido no momento da medição, incluindo compostos de boro em estado sólido. Os compostos de boro em estado gasoso no momento da medição não são incluídos.
32. É MTD reduzir as emissões de partículas provenientes dos gases residuais do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (63) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicação da técnica está limitada por questões de propriedade, uma vez que as formulações de lotes isentos de boro ou com níveis reduzidos de boro estão patenteadas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. Os benefícios ambientais máximos são alcançados nas aplicações em novas instalações, em que o posicionamento e as características do filtro podem ser decididos sem restrições. |
||
|
A aplicação em instalações existentes pode ser limitada por condicionalismos técnicos, por exemplo pela necessidade de uma instalação específica para tratamento de águas residuais. |
Quadro 22
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor da fibra de vidro de filamento contínuo
Parâmetro |
VEA às MTD (64) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (65) |
|
Partículas |
< 10 – 20 |
< 0,045 – 0,09 |
1.4.2.
33. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (66) |
Aplicabilidade |
||||||
i. Modificações da combustão |
|||||||
|
Aplicável em fornos convencionais a ar/combustível. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
Aplicável em fornos convencionais de ar/combustível dentro dos condicionalismos inerentes à eficiência energética do forno e a um maior consumo de combustível. A maioria dos fornos é já do tipo recuperativo. |
||||||
|
A distribuição de combustível é aplicável à maioria dos fornos de ar/combustível e oxigénio/combustível. A distribuição de ar possui aplicabilidade muito limitada devido à respetiva complexidade técnica. |
||||||
|
A aplicabilidade desta técnica está limitada à utilização de queimadores especiais com recirculação automática dos gases residuais. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
A aplicabilidade está limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade dos diferentes tipos de combustível, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
||||||
|
Os benefícios ambientais máximos são alcançados em aplicações feitas durante uma reconstrução total do forno. |
Quadro 23
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor da fibra de vidro de filamento contínuo
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
|
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (67) |
|
NOX, expressos como NO2 |
Modificações da combustão |
< 600 – 1 000 |
< 2,7 – 4,5 |
Fusão a oxigénio/combustível (68) |
Não se aplica |
< 0,5 – 1,5 |
1.4.3.
34. É MTD reduzir as emissões de SOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (69) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final de vidro. A aplicação da otimização do balanço de massa do enxofre requer uma abordagem de compromisso entre a eliminação de emissões de SOX e a gestão de resíduos sólidos (partículas dos filtros), que é necessário eliminar. |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. A presença de concentrações elevadas de compostos de boro nos gases libertados pode limitar a eficácia de redução de emissões por parte do reagente utilizado nos sistemas de depuração a seco ou por via semisseca. |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos técnicos; isto é, da necessidade de uma instalação específica para tratamento de águas residuais. |
Quadro 24
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes do forno de fusão no setor da fibra de vidro de filamento contínuo
Parâmetro |
Combustível |
VEA às MTD (70) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (71) |
||
SOx, expressos como SO2 |
Gás natural (72) |
< 200 – 800 |
< 0,9 – 3,6 |
< 500 – 1 000 |
< 2,25 – 4,5 |
1.4.4.
35. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (75) |
Aplicabilidade |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à formulação da mistura a fundir e à disponibilidade de matérias-primas. |
||||||
|
A substituição de compostos de flúor por matérias alternativas está limitada pelos requisitos de qualidade do produto. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos técnicos; isto é, da necessidade de uma instalação específica para tratamento de águas residuais. |
Quadro 25
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor da fibra de vidro de filamento contínuo
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (76) |
|
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl |
< 10 |
< 0,05 |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF (77) |
< 5 – 15 |
< 0,02 – 0,07 |
1.4.5.
36. É MTD reduzir as emissões de metais provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (78) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos técnicos; isto é, da necessidade de uma instalação específica para tratamento de águas residuais. |
Quadro 26
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão no setor da fibra de vidro de filamento contínuo
Parâmetro |
VEA às MTD (79) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (80) |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 0,2 – 1 |
< 0,9 – 4,5 × 10–3 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 1 – 3 |
< 4,5 – 13,5 × 10–3 |
1.4.6.
37. É MTD reduzir as emissões dos processos a jusante utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (81) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral para o tratamento de gases residuais provenientes do processo de conformação (aplicação de revestimento nas fibras) ou de processos secundários que envolvam a utilização de agentes aglutinadores que necessitem de cura ou secagem. |
||
|
|||
|
A técnica é de aplicação geral para o tratamento de gases residuais provenientes de operações de corte e trituração dos produtos |
Quadro 27
VEA às MTD para emissões atmosféricas provenientes de processos a jusante no setor da fibra de vidro de filamento contínuo, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Emissões provenientes dos processos de conformação e revestimento |
|
Partículas |
< 5 – 20 |
Formaldeído |
< 10 |
Amoníaco |
< 30 |
Compostos orgânicos voláteis totais, expressos como C |
< 20 |
Emissões provenientes dos processos de corte e trituração |
|
Partículas |
< 5 – 20 |
1.5. Conclusões MTD para a produção de vidro doméstico
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de vidro doméstico.
1.5.1.
38. É MTD reduzir as emissões de partículas provenientes dos gases residuais do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (82) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes ao tipo de vidro produzido e à disponibilidade de matérias-primas alternativas. |
||
|
Não aplicável à produção de grandes volumes de vidro (> 300 toneladas/dia). Não aplicável à produção que exija grandes variações de extração. A implementação requer a reconstrução total do forno. |
||
|
Os benefícios ambientais máximos são alcançados em aplicações feitas a partir de uma reconstrução total do forno. |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
A aplicabilidade está limitada a casos específicos, nomeadamente a fornos de fusão elétricos, em que os volumes de gases libertados e as emissões de partículas sejam geralmente baixos e relacionados com fenómenos de transporte de partículas decorrente da formulação da mistura a fundir. |
Quadro 28
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (83) |
|
Partículas |
< 10 – 20 (84) |
< 0,03 – 0,06 |
< 1 – 10 (85) |
< 0,003 – 0,03 |
1.5.2.
39. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (86) |
Aplicabilidade |
||||||
i. Modificações da combustão |
|||||||
|
Aplicável em fornos convencionais a ar/combustível. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
Aplicável apenas sob circunstâncias específicas da instalação, devido a uma menor eficiência do forno e a um consumo de combustível mais elevado (por exemplo utilização de fornos recuperativos em vez de fornos regenerativos). |
||||||
|
A distribuição de combustível é aplicável à maioria dos fornos a ar/combustível. A distribuição de ar possui aplicabilidade muito limitada devido à sua complexidade técnica. |
||||||
|
A aplicabilidade desta técnica está limitada à utilização de queimadores especiais com recirculação automática dos gases residuais. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. Os benefícios ambientais alcançados são geralmente mais baixos para aplicações em fornos de combustão cruzada a gás, devido a condicionalismos técnicos e a um menor grau de flexibilidade do forno. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
A aplicabilidade está limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade dos diferentes tipos de combustível, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
||||||
|
A aplicabilidade está limitada a lotes com formulações que contenham níveis elevados de casco externo (> 70 %). A aplicação requer uma reconstrução total do forno de fusão. O formato do forno (comprido e estreito) pode impor limitações de espaço. |
||||||
|
Não aplicável à produção de grandes volumes de vidro (> 300 toneladas/dia). Não aplicável à produção que exija grandes variações de extração. A implementação requer a reconstrução total do forno. |
||||||
|
Os benefícios ambientais máximos são alcançados em aplicações feitas durante uma reconstrução total do forno. |
Quadro 29
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (87) |
||
NOx, expressos como NO2 |
Modificações da combustão, design especial dos fornos |
< 500 – 1 000 |
< 1,25 – 2,5 |
Fusão elétrica |
< 100 |
< 0,3 |
|
Fusão a oxigénio/combustível (88) |
Não aplicável |
< 0,5 – 1,5 |
40. Sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir, é MTD reduzir as emissões de NOX minimizando a utilização destas matérias-primas, em combinação com técnicas primárias e secundárias.
Os VEA às MTD são indicados no quadro 29.
Caso sejam utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir para um número limitado de campanhas curtas ou para fornos de fusão com capacidade < 100 t/dia para produção de tipos especiais de vidro de base de carbonato de sódio e calcário (vidro transparente/ultratransparente ou vidro colorido com utilização de selénio) e outros vidros especiais (por exemplo borossilicato, vitrocerâmica, vidro opala, cristal e cristal de chumbo), os VEA às MTD são apresentados no quadro 30.
Técnica (89) |
Aplicabilidade |
||
Técnicas primárias: |
|||
|
A substituição dos nitratos na formulação da mistura a fundir pode estar limitada pelos custos elevados e/ou por um maior impacto ambiental das matérias alternativas. |
Quadro 30
VEA às MTD para as emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico, sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir para um número limitado de campanhas curtas ou para fornos de fusão com capacidade < 100 t/dia para produção de tipos especiais de vidro de base de carbonato de sódio e calcário (vidro transparente/ultratransparente ou vidro colorido com utilização de selénio) e outros vidros especiais (por exemplo borossilicato, vitrocerâmica, vidro opala, cristal e cristal de chumbo)
Parâmetro |
Tipo de forno |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (90) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Fornos convencionais de combustível/ar |
< 500 – 1 500 |
< 1,25 – 3,75 |
Fusão elétrica |
< 300 – 500 |
< 8 – 10 |
1.5.3.
41. É MTD reduzir as emissões de SOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (91) |
Aplicabilidade |
||
|
A minimização do teor de enxofre na formulação da mistura a fundir é geralmente aplicável dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final de vidro. A aplicação da otimização do balanço de massa do enxofre requer uma abordagem de compromisso entre a eliminação de emissões de SOX e a gestão de resíduos sólidos (partículas dos filtros). |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas de energia do Estado-Membro. |
||
|
A técnica é de aplicação geral |
Quadro 31
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico
Parâmetro |
Combustível/técnica de fusão |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (92) |
||
SOx, expressos como SO2 |
Gás natural |
< 200 – 300 |
< 0,5 – 0,75 |
Fuelóleo (93) |
< 1 000 |
< 2,5 |
|
Fusão elétrica |
< 100 |
< 0,25 |
1.5.4.
42. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (94) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos inerentes à formulação da mistura a fundir para o tipo de vidro produzido na instalação e à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos técnicos; isto é, da necessidade de uma instalação específica para tratamento de águas residuais. Custos elevados e aspetos relacionados com o tratamento de águas residuais, incluindo restrições à reciclagem de lamas ou resíduos sólidos provenientes do tratamento de águas, podem limitar a aplicabilidade desta técnica. |
Quadro 32
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (95) |
|
< 10 – 20 |
< 0,03 – 0,06 |
|
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF (98) |
< 1 – 5 |
< 0,003 – 0,015 |
1.5.5.
43. É MTD reduzir as emissões de metais provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (99) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos impostos pelo tipo de vidro produzido na instalação e pela disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
Para a produção de vidro cristal e de cristal de chumbo, a minimização dos compostos metálicos na formulação da mistura a fundir é restringida pelos limites definidos na Diretiva 69/493/CEE relativa à classificação da composição química dos produtos finais de vidro. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 33
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico, com exceção de vidros descorados com selénio
Parâmetro |
VEA às MTD (100) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (101) |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 0,2 – 1 |
< 0,6 – 3 × 10–3 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 1 – 5 |
< 3 – 15 × 10–3 |
44. Sempre que forem utilizados compostos de selénio para descorar o vidro, é MTD reduzir as emissões de selénio provenientes do forno de fusão, utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (102) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos impostos pelo tipo de vidro produzido na instalação e pela disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 34
VEA às MTD para as emissões de selénio provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico sempre que forem utilizados compostos de selénio para descorar o vidro
Parâmetro |
VEA às MTD (103) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (104) |
|
Compostos de selénio, expressos como Se |
< 1 |
< 3 × 10–3 |
45. Sempre que forem utilizados compostos de chumbo para a produção de cristal de chumbo, é MTD reduzir as emissões de chumbo provenientes do forno de fusão, utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (105) |
Aplicabilidade |
||
|
Não aplicável à produção de grandes volumes de vidro (> 300 toneladas/dia). Não aplicável à produção que exija grandes variações de extração. A implementação requer a reconstrução total do forno. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
|||
|
Quadro 35
VEA às MTD para as emissões de chumbo provenientes do forno de fusão no setor do vidro doméstico sempre que forem utilizados compostos de chumbo para a produção de cristal de chumbo
Parâmetro |
VEA às MTD (106) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (107) |
|
Compostos de chumbo, expressos como Pb |
< 0,5 – 1 |
< 1 – 3 × 10–3 |
1.5.6.
46. Para processos a jusante com emissões de partículas, é MTD reduzir as emissões de partículas e metais utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (108) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 36
VEA às MTD para emissões atmosféricas provenientes de processos a jusante com emissões de partículas no setor do vidro doméstico, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Partículas |
< 1 – 10 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) (109) |
< 1 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) (109) |
< 1 – 5 |
Compostos de chumbo, expressos como Pb (110) |
< 1 – 1,5 |
47. Para os processos de polimento a ácido, é MTD reduzir as emissões de HF utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (111) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 37
VEA às MTD para emissões de HF provenientes de processos de polimento a ácido no setor do vidro doméstico, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 5 |
1.6. Conclusões MTD para a produção de vidro especial
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de vidro especial.
1.6.1.
48. É MTD reduzir as emissões de partículas provenientes dos gases residuais do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (112) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à qualidade do vidro produzido. |
||
|
Não aplicável à produção de grandes volumes de vidro (> 300 toneladas/dia). Não aplicável à produção que exija grandes variações de extração. A implementação requer a reconstrução total do forno. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 38
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor do vidro especial
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (113) |
|
Partículas |
< 10 – 20 |
< 0,03 – 0,13 |
< 1 – 10 (114) |
< 0,003 – 0,065 |
1.6.2.
49. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
I. |
Técnicas primárias, tais como:
|
II. |
Técnicas secundárias, tais como:
|
Quadro 39
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro especial
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (117) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Modificações da combustão |
600 – 800 |
1,5 – 3,2 |
Fusão elétrica |
< 100 |
< 0,25 – 0,4 |
|
Não se aplica |
< 1 – 3 |
||
Técnicas secundárias |
< 500 |
< 1 – 3 |
50. Sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir, é MTD reduzir as emissões de NOX minimizando a utilização destas matérias-primas, em combinação com técnicas primárias ou secundárias
Técnica (120) |
Aplicabilidade |
||
Técnicas primárias |
|||
|
A substituição dos nitratos na formulação da mistura a fundir pode estar limitada pelos custos elevados e/ou por um maior impacto ambiental das matérias alternativas. |
Quadro 40
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro especial sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD (121) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (122) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Minimização da utilização de nitratos na formulação da mistura a fundir, combinada com técnicas primárias ou secundárias |
< 500 – 1 000 |
< 1 – 6 |
1.6.3.
51. É MTD reduzir as emissões de SOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (123) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final de vidro. |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 41
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro especial
Parâmetro |
Combustível/técnica de fusão |
VEA às MTD (124) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (125) |
||
SOX, expressos como SO2 |
Gás natural, fusão elétrica (126) |
< 30 – 200 |
< 0,08 – 0,5 |
Fuelóleo (127) |
500 – 800 |
1,25 – 2 |
1.6.4.
52. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (128) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos inerentes à formulação da mistura a fundir para o tipo de vidro produzido na instalação e à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 42
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor do vidro especial
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (129) |
|
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl (130) |
< 10 – 20 |
< 0,03 – 0,05 |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 1 – 5 |
< 0,003 – 0.04 (131) |
1.6.5.
53. É MTD reduzir as emissões de metais provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (132) |
Aplicabilidade |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada por condicionalismos impostos pelo tipo de vidro produzido na instalação e pela disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 43
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão no setor do vidro especial
Parâmetro |
||
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (135) |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 0,1 – 1 |
< 0,3 – 3 × 10–3 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 1 – 5 |
< 3 – 15 × 10–3 |
1.6.6.
54. Para processos a jusante com emissões de partículas, é MTD reduzir as emissões de partículas e metais utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (136) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 44
VEA às MTD para emissões de partículas e de metais provenientes de processos a jusante no setor do vidro especial, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Partículas |
1 – 10 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) (137) |
< 1 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) (137) |
< 1 – 5 |
55. Para os processos de polimento a ácido, é MTD reduzir as emissões de HF utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (138) |
Descrição |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 45
VEA às MTD para emissões de HF provenientes de processos de polimento a ácido no setor do vidro especial, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 5 |
1.7. Conclusões MTD para a produção de lã mineral
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de lã mineral.
1.7.1.
56. É MTD reduzir as emissões de partículas provenientes dos gases residuais do forno de fusão aplicando um precipitador eletrostático ou um filtro de mangas
Técnica (139) |
Aplicabilidade |
Sistema de filtração: precipitador eletrostático ou filtro de mangas |
A técnica é de aplicação geral. Os precipitadores eletrostáticos não são aplicáveis a altos-fornos de cúpula para a produção de lã de rocha, devido ao risco de explosão pela ignição do monóxido de carbono produzido dentro do forno. |
Quadro 46
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor da lã mineral
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (140) |
|
Partículas |
< 10 – 20 |
< 0,02 – 0,050 |
1.7.2.
57. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (141) |
Aplicabilidade |
||||||
i. Modificações da combustão |
|||||||
|
Aplicável em fornos convencionais a ar/combustível. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
Aplicável apenas sob circunstâncias específicas da instalação, devido a uma menor eficiência do forno e a um consumo de combustível mais elevado (por exemplo utilização de fornos recuperativos em vez de fornos regenerativos). |
||||||
|
A distribuição de combustível é aplicável à maioria dos fornos a ar/combustível. A distribuição de ar possui aplicabilidade muito limitada devido à sua complexidade técnica. |
||||||
|
A aplicabilidade desta técnica está limitada à utilização de queimadores especiais com recirculação automática dos gases residuais. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. Os benefícios ambientais alcançados são geralmente mais baixos para aplicações em fornos de combustão cruzada a gás, devido a condicionalismos técnicos e a um menor grau de flexibilidade do forno. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
A aplicabilidade está limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade dos diferentes tipos de combustível, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
||||||
|
Não aplicável à produção de grandes volumes de vidro (> 300 toneladas/dia). Não aplicável à produção que exija grandes variações de extração. A implementação requer a reconstrução total do forno. |
||||||
|
Os benefícios ambientais máximos são alcançados em aplicações feitas durante uma reconstrução total do forno. |
Quadro 47
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor da lã mineral
Parâmetro |
Produto |
Técnica de fusão |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (142) |
|||
NOX, expressos como NO2 |
Lã de vidro |
Fornos de combustível/ar e elétricos |
< 200 – 500 |
< 0,4 – 1,0 |
Fusão a oxigénio/combustível (143) |
Não aplicável |
< 0.5 |
||
Lã de rocha |
Todos os tipos de fornos |
< 400 – 500 |
< 1,0 – 1,25 |
58. Sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir para a produção de lã de vidro, é MTD reduzir as emissões de NOX utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (144) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes aos requisitos de qualidade do produto final. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. A implementação da fusão elétrica requer uma reconstrução total do forno. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. Os benefícios ambientais máximos são alcançados em aplicações feitas a partir de uma reconstrução total do forno. |
Quadro 48
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor da lã de vidro sempre que forem utilizados nitratos na formulação da mistura a fundir
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (145) |
||
NOX, expressos como NO2 |
Minimização da utilização de nitratos na formulação da mistura a fundir, combinada com técnicas primárias |
< 500 – 700 |
< 1,0 – 1,4 (146) |
1.7.3.
59. É MTD reduzir as emissões de SOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (147) |
Aplicabilidade |
||
|
Na produção de lã de vidro, a técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à disponibilidade de matérias-primas com baixo teor de enxofre, nomeadamente casco externo. Níveis elevados de casco externo na formulação da mistura a fundir limitam a possibilidade de otimizar o balanço de massa do enxofre devido a um teor variável de enxofre. Na produção de lã de rocha, a otimização do balanço de massa do enxofre pode requerer uma abordagem de compromisso entre a eliminação de emissões de SOX dos gases de combustão e a gestão de resíduos sólidos, provenientes do tratamento dos gases de combustão (partículas dos filtros) e/ou do processo de fibragem, que possam ser reciclados na formulação da mistura a fundir (briquetes com aglutinador) ou que tenham de ser eliminados. |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas de energia do Estado-Membro. |
||
|
Os precipitadores eletrostáticos não são aplicáveis a altos-fornos de cúpula para a produção de lã de rocha (ver MTD 56). |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos técnicos; isto é, da necessidade de uma instalação específica para tratamento de águas residuais |
Quadro 49
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes do forno de fusão no setor da lã mineral
Parâmetro |
Produto/condições |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (148) |
||
SOX, expressos como SO2 |
Lã de vidro |
||
Fornos a gás e elétricos (149) |
< 50 – 150 |
< 0,1 – 0,3 |
|
Lã de rocha |
|||
Fornos a gás e elétricos |
< 350 |
< 0,9 |
|
Altos-fornos de cúpula, sem reciclagem de briquetes e de escórias (150) |
< 400 |
< 1,0 |
|
Altos-fornos de cúpula, com reciclagem de briquetes com aglutinador e de escórias (151) |
< 1 400 |
< 3,5 |
1.7.4.
60. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (152) |
Descrição |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à formulação da mistura a fundir e à disponibilidade de matérias-primas |
||
|
Os precipitadores eletrostáticos não são aplicáveis a altos-fornos de cúpula para a produção de lã de rocha (ver MTD 56). |
Quadro 50
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor da lã mineral
Parâmetro |
Produto |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (153) |
||
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl |
Lã de vidro |
< 5 – 10 |
< 0,01 – 0,02 |
Lã de rocha |
< 10 – 30 |
< 0,025 – 0,075 |
|
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
Todos os produtos |
< 1 – 5 |
< 0,002 – 0,013 (154) |
1.7.5.
61. É MTD reduzir as emissões de H2S provenientes do forno de fusão aplicando um sistema de incineração dos gases residuais de modo a oxidar o sulfureto de hidrogénio para SO2
Técnica (155) |
Aplicabilidade |
Sistema de incineração de gases residuais |
A técnica é de aplicação geral em altos-fornos de cúpula para produção de lã de rocha. |
Quadro 51
VEA às MTD para emissões de H2S provenientes do forno de fusão na produção de lã de rocha
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (156) |
|
Sulfureto de hidrogénio, expresso como H2S |
< 2 |
< 0,005 |
1.7.6.
62. É MTD reduzir as emissões de metais provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (157) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à disponibilidade de matérias-primas. Na produção de lã de vidro, a utilização de manganês na formulação da mistura a fundir como agente oxidante depende da quantidade e qualidade do casco externo empregado na formulação da mistura a fundir, podendo ser minimizado de forma correspondente. |
||
|
Os precipitadores eletrostáticos não são aplicáveis a altos-fornos de cúpula para a produção de lã de rocha (ver MTD 56). |
Quadro 52
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão no setor da lã mineral
Parâmetro |
VEA às MTD (158) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (159) |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 0,2 – 1 (160) |
< 0,4 – 2,5 × 10–3 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 1 – 2 (160) |
< 2 – 5 × 10–3 |
1.7.7.
63. É MTD reduzir as emissões dos processos a jusante utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (161) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral no setor da lã mineral, nomeadamente nos processos de lã de vidro para o tratamento de emissões provenientes da área de conformação (aplicação de revestimento nas fibras). Aplicabilidade limitada nos processos de lã de rocha, pois pode influenciar negativamente outras técnicas de redução das emissões que estejam a ser utilizadas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral para o tratamento de gases residuais provenientes do processo de conformação (aplicação do revestimento nas fibras) ou para gases residuais combinados (conformação e cura). |
||
|
A técnica é de aplicação geral para o tratamento de gases residuais provenientes do processo de conformação (aplicação do revestimento nas fibras) ou das estufas de cura ou para gases residuais combinados (conformação e cura). |
||
|
A aplicabilidade está limitada principalmente a processos de lã de rocha para gases residuais provenientes da área de conformação e/ou das estufas de cura. |
||
|
A técnica é de aplicação geral para o tratamento de gases residuais provenientes de estufas de cura, em particular nos processos de lã de rocha. A aplicação em gases residuais combinados (conformação e cura) não é economicamente viável, devido ao grande volume, à baixa concentração e à baixa temperatura dos gases residuais. |
Quadro 53
VEA às MTD para emissões atmosféricas provenientes de processos a jusante no setor da lã mineral, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada produto acabado |
|
Área de conformação - Emissões combinadas dos processos de conformação e cura - Emissões combinadas dos processos de conformação, cura e arrefecimento |
||
Partículas totais |
< 20 – 50 |
— |
Fenol |
< 5 – 10 |
— |
Formaldeído |
< 2 – 5 |
— |
Amoníaco |
30 – 60 |
— |
Aminas |
< 3 |
— |
Compostos orgânicos voláteis totais, expressos como C |
10 – 30 |
— |
Partículas totais |
< 5 – 30 |
< 0,2 |
Fenol |
< 2 – 5 |
< 0,03 |
Formaldeído |
< 2 – 5 |
< 0,03 |
Amoníaco |
< 20 – 60 |
< 0,4 |
Aminas |
< 2 |
< 0.01 |
Compostos orgânicos voláteis totais, expressos como C |
< 10 |
< 0,065 |
NOX, expressos como NO2 |
< 100 – 200 |
< 1 |
1.8. Conclusões MTD para a produção de lãs de isolamento de alta temperatura
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de lãs de isolamento de alta temperatura (LIAT).
1.8.1.
64. É MTD reduzir as emissões de partículas dos gases residuais do forno de fusão aplicando um sistema de filtração.
Técnica (164) |
Aplicabilidade |
O sistema de filtração é normalmente composto por um filtro de mangas. |
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 54
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor de LIAT
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
||
Partículas |
Limpeza de gases libertados com sistemas de filtração |
< 5 – 20 (165) |
65. Para os processos a jusante com emissões de partículas, é MTD reduzir as emissões utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (166) |
Aplicabilidade |
||||||||||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||||||||||
|
|||||||||||
|
Quadro 55
VEA às MTD para processos a jusante com emissões de partículas no setor de LIAT, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Partículas (167) |
1 – 5 |
1.8.2.
66. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de queima de lubrificante aplicando controlo e/ou modificações da combustão
Técnica |
Aplicabilidade |
||||||
Controlo e/ou modificações da combustão As técnicas para reduzir a formação de emissões de NOX térmico incluem um controlo dos parâmetros principais da combustão:
Um bom controlo da combustão consiste em gerar as condições que sejam menos favoráveis à formação de NOX |
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 56
VEA às MTD para NOX proveniente do forno de queima de lubrificante no setor de LIAT
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
||
NOX, expressos como NO2 |
Controlo e/ou modificações da combustão |
100 – 200 |
1.8.3.
67. É MTD reduzir as emissões de SOX provenientes dos fornos de fusão e dos processos a jusante utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (168) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
Quadro 57
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes dos fornos de fusão e de processos a jusante no setor de LIAT
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
||
SOx, expressos como SO2 |
Técnicas primárias |
< 50 |
1.8.4.
68. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão selecionando matérias-primas para a formulação da mistura a fundir com baixo teor de cloro e flúor
Técnica (169) |
Aplicabilidade |
Seleção de matérias-primas para a formulação da mistura a fundir com baixo teor de cloro e de flúor |
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 58
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor de LIAT
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl |
< 10 |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 5 |
1.8.5.
69. É MTD reduzir as emissões de metais provenientes do forno de fusão e/ou dos processos a jusante utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (170) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 59
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão e/ou de processos a jusante no setor de LIAT
Parâmetro |
VEA às MTD (171) |
mg/Nm3 |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 1 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 5 |
1.8.6.
70. É MTD reduzir as emissões de compostos orgânicos voláteis (COV) provenientes do forno de queima de lubrificante utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (172) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
A viabilidade económica pode limitar a aplicabilidade destas técnicas devido aos baixos volumes de gases residuais e às baixas concentrações de COV. |
||
|
Quadro 60
VEA às MTD para emissões de COV provenientes do forno de queima de lubrificante no setor de LIAT, quando tratadas em separado
Parâmetro |
MTD |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
||
Compostos orgânicos voláteis, expressos como C |
Técnicas primárias e/ou secundárias |
10 – 20 |
1.9. Conclusões MTD para a produção de fritas
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas na presente secção podem ser aplicadas a todas as instalações de produção de fritas.
1.9.1.
71. É MTD reduzir as emissões de partículas provenientes dos gases residuais do forno de fusão através de um precipitador eletrostático ou um sistema de filtro de mangas.
Técnica (173) |
Aplicabilidade |
Sistema de filtração: precipitador eletrostático ou filtro de mangas |
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 61
VEA às MTD para emissões de partículas provenientes do forno de fusão no setor das fritas
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (174) |
|
Partículas |
< 10 – 20 |
< 0,05 – 0,15 |
1.9.2.
72. É MTD reduzir as emissões de NOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (175) |
Aplicabilidade |
||||||
|
A substituição dos nitratos na formulação da mistura a fundir pode estar limitada pelos custos elevados e/ou por um maior impacto ambiental das matérias alternativas e/ou pelos requisitos de qualidade do produto final. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||||||
iii. Modificações da combustão |
|||||||
|
Aplicável em fornos convencionais a ar/combustível. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
Aplicável apenas em circunstâncias específicas para cada instalação, devido a uma menor eficiência do forno e a um maior consumo de combustível. |
||||||
|
A distribuição de combustível é aplicável à maioria dos fornos a ar/combustível. A distribuição de ar possui aplicabilidade muito limitada devido à respetiva complexidade técnica. |
||||||
|
A aplicabilidade desta técnica está limitada à utilização de queimadores especiais com recirculação automática dos gases residuais. |
||||||
|
A técnica é de aplicação geral. São obtidos benefícios totais em caso de reconstrução normal ou total do forno, quando combinada com a melhor geometria e o melhor design possível do forno. |
||||||
|
A aplicabilidade está limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade dos diferentes tipos de combustível, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
||||||
|
Os benefícios ambientais máximos são alcançados em aplicações feitas durante uma reconstrução total do forno. |
Quadro 62
VEA às MTD para emissões de NOX provenientes do forno de fusão no setor do vidro de fritas
Parâmetro |
MTD |
Condições de operação |
VEA às MTD (176) |
|
mg/Nm3 (177) |
kg/tonelada de vidro fundido (178) |
|||
NOX, expressos como NO2 |
Técnicas primárias |
Combustão a oxigénio/combustível, sem nitratos (178) |
Não aplicável |
< 2,5 – 5 |
Combustão a oxigénio/combustível, com utilização de nitratos |
Não aplicável |
5 – 10 |
||
Combustão a combustível/ar, combustível/ar enriquecido com oxigénio, sem nitratos |
500 – 1 000 |
2,5 – 7,5 |
||
Combustão a combustível/ar, combustível/ar enriquecido com oxigénio, com utilização de nitratos |
< 1 600 |
< 12 |
1.9.3.
73. É MTD controlar as emissões de SOX provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (179) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
||
|
A aplicabilidade pode estar limitada pelos condicionalismos associados à disponibilidade de combustíveis com baixo teor de enxofre, que pode ser afetada pelas políticas do Estado-Membro relativas à energia. |
Quadro 63
VEA às MTD para emissões de SOX provenientes do forno de fusão no setor das fritas
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (180) |
|
SOX, expressos como SO2 |
< 50 – 200 |
< 0,25 – 1,5 |
1.9.4.
74. É MTD reduzir as emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (181) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes à formulação da mistura a fundir e à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
A minimização ou substituição de compostos de flúor por matérias alternativas está limitada pelos requisitos de qualidade do produto. |
||
|
A técnica é de aplicação geral. |
Quadro 64
VEA às MTD para emissões de HCl e HF provenientes do forno de fusão no setor das fritas
Parâmetro |
VEA às MTD |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (182) |
|
Cloreto de hidrogénio, expresso como HCl |
< 10 |
< 0,05 |
Fluoreto de hidrogénio, expresso como HF |
< 5 |
< 0,03 |
1.9.5.
75. É MTD reduzir as emissões de metais provenientes do forno de fusão utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (183) |
Aplicabilidade |
||
|
A técnica é de aplicação geral dentro dos condicionalismos inerentes ao tipo de frita produzido na instalação e à disponibilidade de matérias-primas. |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
Quadro 65
VEA às MTD para emissões de metais provenientes do forno de fusão no setor das fritas
Parâmetro |
VEA às MTD (184) |
|
mg/Nm3 |
kg/tonelada de vidro fundido (185) |
|
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 1 |
< 7,5 × 10–3 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 5 |
< 37 × 10–3 |
1.9.6.
76. Para os processos a jusante com emissões de partículas, é MTD reduzir as emissões utilizando uma ou uma combinação das seguintes técnicas:
Técnica (186) |
Aplicabilidade |
||
|
As técnicas são de aplicação geral. |
||
|
|||
|
Quadro 66
VEA às MTD para emissões atmosféricas provenientes de processos a jusante no setor das fritas, quando tratadas em separado
Parâmetro |
VEA às MTD |
mg/Nm3 |
|
Partículas |
5 – 10 |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI) |
< 1 (187) |
Σ (As, Co, Ni, Cd, Se, CrVI, Sb, Pb, CrIII, Cu, Mn, V, Sn) |
< 5 (187) |
Glossário
1.10. Descrição das técnicas
1.10.1.
Técnica |
Descrição |
Precipitador eletrostático |
Os precipitadores eletrostáticos operam de modo que as partículas são carregadas e separadas por influência de um campo elétrico. Os precipitadores eletrostáticos podem operar sob um leque variado de condições. |
Filtro de mangas |
Os filtros de mangas são feitos de tecido poroso ou feltro através do qual os gases são forçados a passar para que as partículas sejam removidas. A utilização de um filtro de mangas requer a seleção de um material de filtração adequado às características dos gases residuais e à temperatura máxima de operação. |
Redução dos componentes voláteis através de modificações nas matérias-primas |
A formulação da composição da mistura a fundir pode conter componentes muito voláteis (por exemplo compostos de boro), que podem ser minimizados ou substituídos reduzindo as emissões de partículas geradas principalmente por fenómenos de volatilização. |
Fusão elétrica |
A técnica consiste num forno de fusão em que a energia é fornecida por aquecimento de uma resistência elétrica. Nos fornos de abóbada fria (em que os elétrodos são geralmente colocados no fundo do forno), a manta de composição cobre a superfície da massa fundida com uma consequente e significativa redução da volatilização dos componentes da composição (por exemplo compostos de chumbo). |
1.10.2.
Técnica |
Descrição |
||||||||
Modificações da combustão |
|||||||||
|
A técnica baseia-se principalmente nas seguintes características:
|
||||||||
|
A utilização de fornos recuperativos, em vez de fornos regenerativos, resulta numa redução da temperatura de pré-aquecimento do ar e, consequentemente, numa temperatura mais baixa da chama. No entanto, esta está associada a uma menor eficiência do forno (extração específica inferior), menor eficiência em termos de combustível e maior consumo de combustível, que resultam num potencial aumento das emissões (kg/tonelada de vidro). |
||||||||
|
— Distribuição de ar– envolve a combustão subestequiométrica e o fornecimento do ar ou oxigénio remanescente ao forno para completar a combustão; — Distribuição de combustível– uma chama primária de baixo impulso é desenvolvida no queimador (10 % da energia total); uma chama secundária cobre a base da chama primária, reduzindo a temperatura do respetivo núcleo. |
||||||||
|
Implica a reinjeção dos gases residuais do forno na chama, para reduzir o teor de oxigénio e, consequentemente, a temperatura da chama. A utilização de queimadores especiais baseia-se na recirculação interna dos gases de combustão que arrefecem a base das chamas e reduzem o teor de oxigénio na parte mais quente das chamas. |
||||||||
|
A técnica baseia-se nos princípios de redução das temperaturas máximas da chama, atrasando, mas completando, a combustão e aumentando a transferência de calor (maior capacidade de emissão da chama). Pode ser associada a um design modificado da câmara de combustão do forno. |
||||||||
|
Regra geral, os fornos alimentados a combustível líquido apresentam emissões de NOX inferiores às dos fornos a gás, devido a uma melhor capacidade de emissão térmica e a temperaturas mais baixas das chamas. |
||||||||
Design especial do forno |
Forno do tipo recuperativo que integra várias características, permitindo temperaturas mais baixas das chamas. As características principais são:
|
||||||||
Fusão elétrica |
A técnica num forno de fusão em que a energia é fornecida por aquecimento com uma resistência elétrica. As características principais são:
|
||||||||
Fusão a oxigénio/combustível |
A técnica envolve a substituição do ar de combustão por oxigénio (> 90 % de pureza), com a consequente eliminação/redução da formação de NOX térmico a partir do nitrogénio que entra no forno. O teor residual de nitrogénio no forno depende da pureza do oxigénio fornecido, da qualidade do combustível (% de N2 no gás natural) e da potencial admissão de ar. |
||||||||
Redução química por combustível |
A técnica baseia-se na injeção de um combustível fóssil nos gases residuais com a redução química de NOX para N2 através de uma série de reações. No processo 3R, o combustível (gás natural ou combustível líquido) é injetado à entrada do regenerador. A tecnologia foi concebida para utilização em fornos regenerativos. |
||||||||
Redução catalítica seletiva (RCS) |
A técnica baseia-se na redução de NOX para nitrogénio num leito catalítico através de uma reação com amoníaco (regra geral, solução aquosa) a uma temperatura ótima de operação entre 300 e 450 °C. Pode ser aplicada uma ou duas camadas de leito catalítico. É alcançada uma maior redução de NOX com a utilização de maiores quantidades de catalisador (duas camadas). |
||||||||
Redução não catalítica seletiva (RNCS) |
A técnica baseia-se na redução de NOX para nitrogénio através de uma reação com amoníaco ou ureia a alta temperatura. A temperatura de operação deve ser mantida entre 900 e 1 050 °C. |
||||||||
Minimização da utilização de nitratos na formulação da mistura a fundir |
A minimização dos nitratos é utilizada para reduzir as emissões de NOX decorrentes da decomposição destas matérias-primas quando aplicadas como agentes oxidantes para produtos de qualidade muito elevada, sempre que é necessário um vidro muito transparente ou para outros tipos de vidro com características específicas. Podem ser aplicadas as seguintes opções:
|
1.10.3.
Técnica |
Descrição |
Depuração a seco ou por via semisseca em combinação com um sistema de filtração |
É introduzido e disperso no fluxo de gases residuais um reagente alcalino sob a forma de pó seco ou de suspensão/solução. Esta matéria reage com as substâncias sulfurosas gasosas para formar uma substância sólida que tem de ser removida por filtração (filtro de mangas ou precipitador eletrostático). Em geral, a utilização de uma torre de reação melhora a eficiência de remoção do sistema de depuração. |
Minimização do teor de enxofre na formulação da mistura a fundir e otimização do balanço de massa do enxofre |
A minimização do teor de enxofre na formulação da mistura a fundir é aplicada para reduzir as emissões de SOX decorrentes da decomposição de matérias-primas sulfurosas (em geral, sulfatos), utilizadas como agentes afinantes. A redução eficaz das emissões de SOX depende da retenção de compostos de enxofre no vidro, que podem variar significativamente dependendo do tipo de vidro e da otimização do balanço de massa do enxofre. |
Utilização de combustíveis com baixo teor de enxofre |
A utilização de gás natural ou de fuelóleo com baixo teor de enxofre é aplicada para reduzir as emissões de SOX decorrentes da oxidação do enxofre contido no combustível durante a combustão. |
1.10.4.
Técnica |
Descrição |
Seleção de matérias-primas para a formulação da mistura a fundir com baixo teor de cloro e flúor |
A técnica consiste numa seleção cuidadosa das matérias-primas que possam conter cloretos e fluoretos como impurezas (por exemplo carbonato de sódio sintético, dolomite, casco externo, partículas dos filtros recicladas), para reduzir na fonte as emissões de HCl e HF decorrentes da decomposição destas matérias durante o processo de fusão. |
Minimização dos compostos de flúor e/ou cloro na formulação da mistura a fundir e otimização do balanço de massa do flúor e/ou do cloro |
A minimização das emissões de flúor e/ou cloro provenientes do processo de fusão pode ser conseguida minimizando/reduzindo a quantidade destas substâncias na formulação da mistura a fundir para o mínimo compatível com a qualidade do produto final. Os compostos de flúor (por exemplo fluorite, criolite, silicato de flúor) são utilizados para conferir características particulares aos vidros especiais (por exemplo vidro opaco, vidro ótico). Os compostos de cloro podem ser utilizados como agentes afinantes. |
Depuração a seco ou por via semisseca em combinação com um sistema de filtração |
É introduzido e disperso no fluxo de gases residuais um reagente alcalino sob a forma de pó seco ou de suspensão/solução. Esta matéria reage com os cloretos e os fluoretos gasosos para formar uma substância sólida que tem de ser removida por filtração (precipitador eletrostático ou filtro de mangas). |
1.10.5.
Técnica |
Descrição |
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Seleção de matérias-primas para a formulação da mistura a fundir com baixo teor de metais |
A técnica consiste numa seleção cuidadosa das matérias-primas da mistura que possam conter impurezas metálicas (por exemplo casco externo), para reduzir na fonte as emissões de metais decorrentes da decomposição dessas matérias durante o processo de fusão. |
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Minimização da utilização de compostos metálicos na formulação da mistura a fundir, quando for necessário colorir ou descorar o vidro, sujeita aos requisitos de qualidade do vidro para consumo humano |
A minimização das emissões de metais provenientes do processo de fusão pode ser alcançada da seguinte forma:
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Minimização dos compostos de selénio na formulação da mistura a fundir, através de uma seleção adequada das matérias-primas |
A minimização das emissões de flúor provenientes do processo de fusão pode ser alcançada da seguinte forma:
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Aplicação de um sistema de filtração |
Os sistemas de redução de partículas (filtro de mangas e precipitador eletrostático) conseguem reduzir tanto as emissões de partículas como de metais, pois as emissões atmosféricas provenientes dos metais dos processos de fusão estão em grande parte contidas sob a forma de partículas. No entanto, no caso de alguns metais que apresentam compostos extremamente voláteis (por exemplo selénio), a eficácia da remoção pode variar significativamente com a temperatura de filtração. |
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Depuração a seco ou por via semisseca em combinação com um sistema de filtração |
Os metais gasosos podem ser substancialmente reduzidos através da utilização de técnicas de depuração a seco ou por via semisseca com um reagente alcalino. O reagente alcalino reage com as substâncias gasosas para formar uma substância sólida que tem de ser removida por filtração (filtro de mangas ou precipitador eletrostático). |
1.10.6.
Lavadores |
No processo de depuração húmida (recurso a lavadores), os compostos gasosos são dissolvidos num líquido adequado (água ou solução alcalina). A jusante do lavador, os gases libertados são saturados com água e é necessária uma separação das gotículas antes de descarregar os gases libertados. O líquido resultante tem de ser tratado por um processo de tratamento de águas residuais e a matéria insolúvel é recolhida por sedimentação ou filtração. |
1.10.7.
Técnica |
Descrição |
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Lavadores |
Num processo de depuração húmida (lavadores com um líquido adequado: água ou solução alcalina), é possível a remoção simultânea de compostos sólidos e gasosos. Os critérios de conceção para a remoção de partículas ou de gases são diferentes; por esse motivo, o design constitui um compromisso entre as duas opções. O líquido resultante tem de ser tratado por um processo de tratamento de águas residuais e a matéria insolúvel (emissões sólidas e produtos resultantes das reações químicas) é recolhida por sedimentação ou filtração. No setor da lã mineral e da fibra de vidro de filamento contínuo, os sistemas mais comummente aplicados são:
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Precipitadores eletrostáticos húmidos |
A técnica consiste num precipitador eletrostático em que as matérias recolhidas são removidas das placas coletoras por um líquido adequado, normalmente água. É normalmente instalado um mecanismo para remover as gotículas de água antes de libertar os gases residuais (desumidificador ou uma zona final de vapor seco). |
1.10.8.
Técnica |
Descrição |
Execução de operações que gerem partículas (por exemplo corte, trituração, polimento) sob um líquido |
É geralmente utilizada água como líquido de arrefecimento nas operações de corte, trituração e polimento, bem como para evitar as emissões de partículas. Pode ser necessário um sistema de extração equipado com um desumidificador. |
Aplicação de um sistema de filtro de mangas |
A utilização de filtros de mangas é adequada para a redução de emissões de partículas e de metais, uma vez que os metais provenientes dos processos a jusante estão em grande parte contidos sob a forma de partículas. |
Minimização de perdas do produto de polimento, garantindo uma boa estanquidade do sistema de aplicação |
O polimento a ácido é executado por imersão dos artigos de vidro num banho de polimento composto por ácidos fluorídrico e sulfúrico. A libertação de vapores pode ser minimizada através de uma boa conceção e manutenção do sistema aplicado, para minimizar as perdas. |
Aplicação de uma técnica secundária, por exemplo recurso a lavadores |
A depuração húmida (recurso a lavadores) com água é utilizada para o tratamento de gases residuais, devido à natureza ácida das emissões e à elevada solubilidade dos poluentes gasosos a remover. |
1.10.9.
Incineração dos gases residuais |
A técnica consiste num sistema de pós-combustão que oxida o sulfureto de hidrogénio (gerado por fortes condições de redução no forno de fusão) para dióxido de enxofre e de monóxido de carbono para dióxido de carbono. Os compostos orgânicos voláteis são incinerados termicamente com a consequente oxidação para dióxido de carbono, água e outros produtos de combustão (por exemplo NOX, SOX). |
(1) Os casos específicos correspondem a casos menos favoráveis (p. ex. pequenos fornos especiais com uma produção geralmente inferior a 100 toneladas/dia e uma percentagem de casco inferior a 30 %). Esta categoria representa apenas 1 ou 2 % da produção de vidro de embalagem.
(2) Casos específicos correspondentes a casos menos favoráveis e/ou vidros que não os de base de carbonato de sódio e calcário: borossilicatos, vitrocerâmica, vidro cristal e, com menos frequência, cristal de chumbo.
(3) Os valores mais altos estão associados à admissão de concentrações mais elevadas de NOX, a taxas de redução mais elevadas e ao envelhecimento do catalisador.
(4) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.1, 1.10.4 e 1.10.6.
(5) A relevância das substâncias poluentes listadas no quadro depende do setor da indústria do vidro e das diferentes atividades desenvolvidas na instalação.
(6) Os valores referem-se a uma amostra composta recolhida ao longo de um período de duas horas ou 24 horas.
(7) Para o setor da fibra de vidro de filamento contínuo, o VEA às MTD é < 200 mg/l.
(8) O valor refere-se a água tratada proveniente de atividades que envolvam polimento a ácido.
(9) Em geral, os hidrocarbonetos totais são compostos por óleos minerais.
(10) O valor mais elevado da gama é associado a processos a jusante para a produção de cristal de chumbo.
(11) É apresentada uma descrição dos sistemas de filtração (por exemplo precipitador eletrostático, filtro de mangas) na secção 1.10.1.
(12) Foram utilizados os fatores de conversão de 1,5 × 10–3 e 3 × 10–3 para determinar respetivamente os valores mais baixo e mais alto da gama.
(13) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(14) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(15) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 para casos gerais (1,5 × 10–3), com exceção da fusão elétrica (casos específicos: 3 × 10–3).
(16) O valor mais baixo refere-se à utilização de designs especiais dos fornos, onde aplicável.
(17) Estes valores devem ser reconsiderados aquando de uma reconstrução normal ou total do forno de fusão.
(18) Os valores alcançáveis dependem da qualidade do gás natural e do oxigénio disponíveis (teor de azoto).
(19) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(20) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 para casos específicos (3 × 10–3).
(21) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.3.
(22) Relativamente a tipos especiais de vidro colorido (por exemplo vidros verdes reduzidos), preocupações relacionadas com os valores de emissões alcançáveis podem implicar a verificação do balanço de massa do enxofre. Os valores indicados no quadro podem ser difíceis de alcançar em combinação com a reciclagem das partículas dos filtros e a taxa de reciclagem de casco externo.
(23) Os valores mais baixos estão associados a condições em que a redução de SOX possui maior prioridade em relação a uma menor produção de resíduos sólidos correspondentes a poeira dos filtros com elevado teor de sulfatos.
(24) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 para casos gerais (1,5 × 10–3).
(25) Os valores de emissões associados estão relacionados com a utilização de fuelóleo com teor de enxofre de 1 % em combinação com técnicas secundárias de redução das emissões.
(26) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.4.
(27) Foi aplicado o fator de conversão para casos gerais indicado no quadro 2 (1,5 × 10–3).
(28) Os valores mais altos estão associados ao tratamento simultâneo de gases provenientes de operações de tratamento de superfície a quente.
(29) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(30) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(31) Os valores mais baixos são VEA às MTD sempre que não forem utilizados intencionalmente compostos metálicos na formulação da mistura a fundir.
(32) Os valores superiores estão associados à utilização de metais para colorir e descorar o vidro, ou sempre que os gases libertados das operações de tratamento de superfície a quente forem tratados em conjunto com as emissões do forno de fusão.
(33) Foi aplicado o fator de conversão para casos gerais indicado no quadro 2 (1,5 × 10–3).
(34) Em casos específicos, quando é produzido cristal ótico de alta qualidade que requer maiores quantidades de selénio para descorar (dependendo das matérias-primas), são registados valores mais elevados, que podem atingir 3 mg/Nm3.
(35) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.4 e 1.10.7.
(36) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.6.
(37) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (2,5 × 10–3).
(38) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(39) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(40) São expectáveis valores de emissões mais altos quando forem ocasionalmente utilizados nitratos para a produção de vidros especiais.
(41) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (2,5 × 10–3).
(42) Os valores mais baixos da gama estão associados à aplicação do processo Fenix.
(43) Os valores alcançáveis dependem da qualidade do gás natural e do oxigénio disponíveis (teor de azoto).
(44) Os valores mais altos da gama estão associados a instalações existentes até se proceder à reconstrução normal ou total do forno de fusão. Os valores mais baixos estão associados a instalações recentes/adaptadas.
(45) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.2.
(46) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 para casos específicos (2,5 × 10–3)
(47) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.3.
(48) Os valores mais baixos estão associados a condições em que a redução de SOX possui maior prioridade em relação a uma menor produção de resíduos sólidos correspondentes a poeira dos filtros com elevado teor de sulfatos.
(49) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (2,5 × 10–3).
(50) Os valores de emissões associados estão relacionados com a utilização de fuelóleo com teor de enxofre de 1 % em combinação com técnicas secundárias de redução das emissões.
(51) Para os fornos de vidro plano de grandes dimensões, preocupações relacionadas com os valores de emissão alcançáveis podem implicar a verificação do balanço de massa do enxofre. Os valores indicados no quadro podem ser difíceis de alcançar em combinação com a reciclagem da poeira dos filtros.
(52) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.4.
(53) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (2,5 × 10–3).
(54) Os valores mais altos da gama estão associados à reciclagem da poeira dos filtros na formulação da mistura a fundir.
(55) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(56) Os leques de valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(57) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (2,5 × 10–3)
(58) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(59) Os valores referem-se ao total de selénio presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(60) Os valores mais baixos correspondem a condições em que a redução das emissões de Se possui maior prioridade em relação a uma menor produção de resíduos sólidos provenientes da poeira dos filtros. Neste caso, é aplicada uma razão estequiométrica elevada (reagente/poluente) e é gerado um fluxo significativo de resíduos sólidos.
(61) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (2,5 × 10–3).
(62) É apresentada uma descrição dos sistemas de tratamento secundários nas secções 1.10.3 e 1.10.6.
(63) É apresentada uma descrição dos sistemas de tratamento secundários nas secções 1.10.1 e 1.10.7.
(64) Foram registados valores < 30 mg/Nm3 (< 0,14 kg/tonelada de vidro fundido) para formulações isentas de boro, com a aplicação de técnicas primárias.
(65) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (4,5 × 10–3).
(66) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(67) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (4,5 × 10–3).
(68) Os valores alcançáveis dependem da qualidade do gás natural e do oxigénio disponíveis (teor de azoto).
(69) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.3 e 1.10.6.
(70) Os valores mais altos da gama estão associados à utilização de sulfatos na formulação da mistura a fundir para refinar o vidro.
(71) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (4,5 × 10–3).
(72) Para fornos de oxigénio/combustível com aplicação de lavadores, os VEA às MTD registados apresentam valores < 0,1 kg/tonelada de vidro fundido de SOX, expressos como SO2.
(73) Os valores de emissões associados estão relacionados com a utilização de fuelóleo com teor de enxofre de 1 % em combinação com técnicas secundárias de redução das emissões.
(74) Os valores mais baixos correspondem a condições em que a redução de SOX possui maior prioridade em relação a uma menor produção de resíduos sólidos correspondentes a poeira dos filtros com elevado teor de sulfatos. Neste caso, os valores mais baixos estão associados à utilização de um filtro de mangas.
(75) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.4 e 1.10.6.
(76) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (4,5 × 10–3).
(77) Os valores mais altos da gama estão associados à utilização de compostos de flúor na formulação da mistura a fundir.
(78) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.5 e 1.10.6.
(79) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(80) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 (4,5 × 10–3).
(81) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.7 e 1.10.8.
(82) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.5 e 1.10.7.
(83) Foi aplicado um fator de conversão de 3 × 10–3 (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico para produções específicas.
(84) Foram registadas questões relacionadas com a viabilidade económica do cumprimento dos VEA às MTD no caso de fornos com capacidade < 80 t/d, para produção de vidro de base de carbonato de sódio e calcário.
(85) Os presentes VEA às MTD são aplicáveis a formulações de lotes que contenham quantidades significativas de componentes classificáveis como substâncias perigosas, nos termos do Regulamento (CE) n.o 1272/2008.
(86) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(87) Foi aplicado um fator de conversão de 2,5 × 10–3 para as modificações da combustão e para os designs especiais dos fornos, bem como um fator de conversão de 3 × 10–3 para a fusão elétrica (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico para produções específicas.
(88) Os valores alcançáveis dependem da qualidade do gás natural e do oxigénio disponíveis (teor de azoto).
(89) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.2.
(90) Foi aplicado o fator de conversão indicado no quadro 2 para vidro de base de carbonato de sódio e calcário (2,5 × 10–3).
(91) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.3.
(92) Foi aplicado um fator de conversão de 2,5 × 10–3 (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário um fator de conversão específico para produções específicas.
(93) Os valores estão relacionados com a utilização de fuelóleo com teor de enxofre de 1 % em combinação com técnicas secundárias de redução das emissões.
(94) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.4 e 1.10.6.
(95) Foi aplicado um fator de conversão de 3 × 10–3 (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico para produções específicas.
(96) Os valores mais baixos estão associados à utilização de fusão elétrica.
(97) Nos casos em que forem utilizados KCl ou NaCl como agentes de refinamento, os VEA às MTD são < 30 mg/Nm3 ou < 0,09 kg/tonelada de vidro fundido.
(98) Os valores mais baixos estão associados à utilização de fusão elétrica. Os valores mais altos estão associados à produção de vidro opala, à reciclagem da poeira dos filtros ou à utilização de níveis elevados de casco externo na formulação da mistura a fundir.
(99) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(100) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(101) Foi aplicado um fator de conversão de 3 × 10–3 (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico para produções específicas.
(102) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(103) Os valores referem-se ao total de selénio presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(104) Foi aplicado um fator de conversão de 3 × 10–3 (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico para produções específicas.
(105) É apresentada uma descrição da técnica nas secções 1.10.1 e 1.10.5.
(106) Os valores referem-se ao total de chumbo presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(107) Foi aplicado um fator de conversão de 3 × 10–3 (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico para produções específicas.
(108) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.8.
(109) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases residuais.
(110) Os valores referem-se a operações a jusante em cristal de chumbo.
(111) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.6.
(112) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.1.
(113) Foram utilizados os fatores de conversão de 2,5 × 10–3 e 6,5 × 10–3 para determinar os valores mais baixo e mais alto da gama de VEA às MTD (ver quadro 2), tendo alguns valores sido aproximados. No entanto, é necessário aplicar um fator de conversão específico, dependendo do tipo de vidro produzido (ver quadro 2).
(114) Os VEA às MTD são aplicáveis a formulações de lotes que contenham quantidades significativas de componentes classificáveis como substâncias perigosas, nos termos do Regulamento (CE) n.o 1272/2008.
(115) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(116) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(117) Foram utilizados os fatores de conversão de 2,5 × 10–3 e 4 × 10–3 para determinar os valores mais baixo e mais alto da gama de VEA às MTD (ver quadro 2), tendo alguns valores sido aproximados. No entanto, é necessário aplicar um fator de conversão específico, baseado no tipo de produção (ver quadro 2).
(118) Os valores mais altos estão relacionados com uma produção especial de tubos de vidro de borossilicato para utilização farmacêutica.
(119) Os valores alcançáveis dependem da qualidade do gás natural e do oxigénio disponíveis (teor de azoto).
(120) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.2.
(121) Os valores mais baixos estão associados à utilização de fusão elétrica.
(122) Foram utilizados os fatores de conversão de 2,5 × 10–3 e 6,5 × 10–3 para determinar respetivamente os valores mais baixo e mais alto da gama de VEA às MTD, tendo os valores sido aproximados. Pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico, baseado no tipo de produção (ver quadro 2).
(123) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.3.
(124) As gamas de valores tomam em consideração os balanços de massa do enxofre variáveis associados ao tipo de vidro produzido.
(125) Foi aplicado o fator de conversão de 2,5 × 10–3 (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico baseado no tipo de produção.
(126) Os valores mais baixos estão associados à utilização de fusão elétrica e à formulação de lotes sem sulfatos.
(127) Os valores de emissões associados estão relacionados com a utilização de fuelóleo com teor de enxofre de 1 % em combinação com técnicas secundárias de redução das emissões.
(128) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.4.
(129) Foi aplicado o fator de conversão de 2,5 × 10–3, tendo alguns valores sido aproximados. Pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico, baseado no tipo de produção.
(130) Os valores mais altos estão associados à utilização de matérias com cloro na formulação da mistura a fundir.
(131) O valor mais alto da gama deriva de dados específicos transmitidos.
(132) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(133) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(134) Os valores mais baixos são VEA às MTD sempre que não forem utilizados intencionalmente compostos metálicos na formulação da mistura a fundir.
(135) Foi utilizado o fator de conversão 2,5 × 10–3 (ver quadro 2), tendo sido aproximados alguns dos valores indicados no quadro. Pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico, baseado no tipo de produção.
(136) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.8.
(137) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases residuais.
(138) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.6.
(139) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.1.
(140) Foram utilizados os fatores de conversão de 2 × 10–3 e 2,5 × 10–3 para determinar os valores mais baixo e mais alto da gama de VEA às MTD (ver quadro 2), de modo a abranger a produção de lã de vidro e de lã de rocha.
(141) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(142) Foram utilizados os fatores de conversão 2 × 10–3 para a lã de vidro e 2,5 × 10–3 para a lã de rocha (ver quadro 2).
(143) Os valores alcançáveis dependem da qualidade do gás natural e do oxigénio disponíveis (teor de azoto).
(144) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.2.
(145) Foi utilizado um fator de conversão de 2 × 10–3 (ver quadro 2).
(146) Os valores mais baixos das gamas estão associados à aplicação de fusão a oxigénio/combustível.
(147) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.3 e 1.10.6.
(148) Foram utilizados os fatores de conversão 2 × 10–3 para a lã de vidro e 2,5 × 10–3 para a lã de rocha (ver quadro 2).
(149) Os valores mais baixos das gamas estão associados à utilização de fusão elétrica. Os valores mais altos estão associados a níveis elevados de reciclagem de casco.
(150) O VEA às MTD está associado a condições em que a redução de SOX possui maior prioridade em relação a uma menor produção de resíduos sólidos.
(151) Quando a redução de resíduos possui maior prioridade em relação às emissões de SOX, são expectáveis emissões com valores mais altos. Os valores alcançáveis devem basear-se num balanço de massa do enxofre.
(152) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.4.
(153) Foram utilizados os fatores de conversão 2 × 10–3 para a lã de vidro e 2,5 × 10–3 para a lã de rocha (ver quadro 2).
(154) Foram utilizados os fatores de conversão de 2 × 10–3 e 2,5 × 10–3 para determinar os valores mais baixo e mais alto da gama de VEA às MTD (ver quadro 2).
(155) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.9.
(156) Foi utilizado um fator de conversão de 2,5 × 10–3 para a lã de rocha (ver quadro 2).
(157) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(158) Os leques de valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(159) Foram utilizados os fatores de conversão de 2 × 10–3 e 2,5 × 10–3 para determinar os valores mais baixo e mais alto da gama de VEA às MTD (ver quadro 2).
(160) Os valores mais altos estão associados à utilização de altos-fornos de cúpula para a produção de lã de rocha.
(161) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.7 e 1.10.9.
(162) Os valores de emissões expressos em kg/tonelada de produto acabado não são afetados pela espessura da manta de lã mineral produzida nem pela concentração ou diluição extremas dos gases libertados. Foi utilizado um fator de conversão de 6,5 × 10–3.
(163) Caso sejam produzidas lãs minerais com alta densidade ou alto teor de agentes aglutinadores, os valores de emissões associados às técnicas listadas como MTD para o setor podem ser significativamente mais elevados do que os presentes VEA às MTD. Caso estes tipos de produtos representem a maior parte da produção de determinada instalação, devem ser tomadas em consideração outras técnicas.
(164) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.1.
(165) Os valores estão associados à utilização de um filtro de mangas.
(166) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.1.
(167) O nível mais baixo da gama está associado a emissões de lã de vidro de silicato de alumínio/fibras de cerâmica refratária.
(168) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.3.
(169) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.4.
(170) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.5.
(171) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(172) É apresentada uma descrição das técnicas nas secções 1.10.6 e 1.10.9.
(173) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.1.
(174) Foram utilizados os fatores de conversão de 5 × 10–3 e 7,5 × 10–3 para determinar os valores mais baixo e mais alto da gama de VEA às MTD (ver quadro 2). No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico baseado no tipo de combustão.
(175) É apresentada uma descrição da técnica na secção 1.10.2.
(176) As gamas de valores tomam em consideração o conjunto dos gases de combustão provenientes de fornos onde são aplicadas diferentes técnicas de fusão e onde são produzidos diferentes tipos de fritas, com ou sem nitratos na formulação da mistura a fundir, que podem ser conduzidos para uma única chaminé, excluindo a possibilidade de caracterizar cada técnica de fusão aplicada e os diferentes produtos.
(177) Foram utilizados os fatores de conversão de 5 × 10–3 e 7,5 × 10–3 para determinar os valores mais baixo e mais alto da gama. No entanto, pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico baseado no tipo de combustão (ver quadro 2).
(178) Os valores alcançáveis dependem da qualidade do gás natural e do oxigénio disponíveis (teor de azoto).
(179) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.3.
(180) Foram utilizados os fatores de conversão 5 × 10–3 e 7,5 × 10–3, no entanto, os valores indicados no quadro podem ter sido aproximados. Pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico, baseado no tipo de combustão (ver quadro 2).
(181) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.4.
(182) Foi aplicado o fator de conversão de 5 × 10–3, tendo alguns valores sido aproximados. Pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico, baseado no tipo de combustão (ver quadro 2).
(183) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.5.
(184) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases libertados, tanto em fase sólida como gasosa.
(185) Foi aplicado o fator de conversão de 7,5 × 10–3. Pode ser necessário aplicar um fator de conversão específico, baseado no tipo de combustão (ver quadro 2).
(186) É apresentada uma descrição das técnicas na secção 1.10.1.
(187) Os valores referem-se ao total de metais presente nos gases residuais.
8.3.2012 |
PT |
Jornal Oficial da União Europeia |
L 70/63 |
DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO
de 28 de fevereiro de 2012
que adota as conclusões sobre as melhores técnicas disponíveis (MTD) para a produção de ferro e aço ao abrigo da Diretiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa às emissões industriais
[notificada com o número C(2012) 903]
(Texto relevante para efeitos do EEE)
(2012/135/UE)
A COMISSÃO EUROPEIA,
Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,
Tendo em conta a Directiva 2010/75/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, relativa às emissões industriais (prevenção e controlo integrados da poluição) (1), e, em particular, o artigo 13.o, n.o 5,
Considerando o seguinte:
(1) |
O artigo 13.o, n.o 1, da Directiva 2010/5/UE incumbe a Comissão de organizar um intercâmbio de informações relativo às emissões industriais, entre os Estados-Membros, as indústrias em causa, as organizações não governamentais que promovem a protecção do ambiente e a própria Comissão, a fim de facilitar a elaboração de documentos de referência sobre as melhores técnicas disponíveis (documentos de referência MTD), definidos no artigo 3.o, n.o 11, da directiva. |
(2) |
Em conformidade com o artigo 13.o, n.o 2, da Directiva 2010/5/UE, o intercâmbio de informações deve incidir sobre o desempenho ambiental das instalações e das técnicas em termos de emissões, expresso em médias de curto e longo prazo, sempre que adequado, e as condições de referência associadas, o consumo e a natureza das matérias primas, o consumo de água, a utilização de energia e a produção de resíduos; as técnicas utilizadas, a correspondente monitorização, os efeitos entre os diversos meios, a viabilidade económica e técnica e a sua evolução; e também sobre as melhores técnicas disponíveis e as técnicas emergentes identificadas, depois de analisar as questões referidas no artigo 13.o, n.o 2, alíneas a) e b), da directiva. |
(3) |
As «Conclusões MTD», definidas no artigo 3.o, n.o 12, da Directiva 2010/75/UE, são o elemento fundamental dos documentos de referência MTD e expõem as conclusões a respeito das melhores técnicas disponíveis, a sua descrição, as informações necessárias para avaliar a sua aplicabilidade, os valores de emissão associados às melhores técnicas disponíveis, as medidas de monitorização associadas, os níveis de consumo associados e, se adequado, medidas relevantes de reabilitação do local. |
(4) |
Em conformidade com o artigo 14.o, n.o 3, da Directiva 2010/75/UE, as conclusões MTD devem constituir a referência para a definição das condições de licenciamento das instalações abrangidas pelo capítulo II da directiva. |
(5) |
O artigo 15.o, n.o 3, da Directiva 2010/75/UE incumbe a autoridade competente de definir valores-limite de emissão que assegurem que, em condições normais de funcionamento, as emissões não excedem os valores de emissão associados às melhores técnicas disponíveis estabelecidas nas decisões sobre as conclusões MTD a que se refere o artigo 13.o, n.o 5, da directiva. |
(6) |
O artigo 15.o, n.o 4, da Directiva 2010/75 prevê derrogações ao disposto no n.o 3, mas só se os custos para a obtenção de valores de emissão ultrapassarem desproporcionadamente os benefícios ambientais obtidos, devido à localização geográfica, às condições ambientais locais ou às características técnicas da instalação em causa. |
(7) |
A Directiva 2010/75/UE dispõe, no seu artigo 16.o, n.o 1, que os requisitos de monitorização para o licenciamento referidos no artigo 14.o, n.o 1, alínea c), se devem basear nas conclusões sobre a monitorização descritas nas conclusões MTD. |
(8) |
Em conformidade com o artigo 21.o, n.o 3, da Directiva 2010/75/UE, no prazo de quatro anos após a publicação de decisões sobre as conclusões MTD, as autoridades competentes providenciam no sentido do reexame e, se necessário, da actualização de todas as condições de licenciamento e asseguram que a instalação cumpre essas condições de licenciamento. |
(9) |
A Decisão da Comissão de 16 de maio de 2011 que cria um fórum para o intercâmbio de informações nos termos do artigo 13.o da Directiva 2010/75/UE relativa às emissões industriais (2) instituiu um fórum constituído por representantes dos Estados-Membros, das indústrias em causa e das organizações não governamentais que promovem a protecção do ambiente. |
(10) |
Em conformidade com o artigo 13.o, n.o 4, da Directiva 2010/75/2010, a Comissão solicitou o parecer (3) desse fórum sobre o conteúdo proposto do documento de referência MTD para a produção de ferro e aço em 13 de setembro de 2011 e disponibilizou-o ao público. |
(11) |
As medidas previstas na presente decisão estão em conformidade com o parecer do comité instituído pelo artigo 75.o da Directiva 2010/75/UE, |
ADOPTOU A PRESENTE DECISÃO:
Artigo 1.o
As conclusões MTD para a produção de ferro e aço são definidas no anexo à presente decisão.
Artigo 2.o
Os Estados-Membros são os destinatários da presente decisão.
Feito em Bruxelas, em 28 de fevereiro de 2012.
Pela Comissão
Janez POTOČNIK
Membro da Comissão
(1) JO L 334 de 17.12.2010, p. 17.
(2) JO C 146 de 17.5.2011, p. 3.
(3) http://circa.europa.eu/Public/irc/env/ied/library?l=/ied_art_13_forum/opinions_article
ANEXO
CONCLUSÕES MTD PARA A PRODUÇÃO DE FERRO E AÇO
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
CONSIDERAÇÕES GERAIS
DEFINIÇÕES
1.1 |
Conclusões MTD gerais |
1.1.1 |
Sistemas de gestão ambiental |
1.1.2 |
Gestão da energia |
1.1.3 |
Gestão de materiais |
1.1.4 |
Gestão dos resíduos do processo, como subprodutos e desperdícios |
1.1.5 |
Emissões difusas de partículas provenientes da armazenagem, do manuseamento e do transporte de matérias-primas e produtos (intermédios) |
1.1.6 |
Gestão da água e das águas residuais |
1.1.7 |
Monitorização ou acompanhamento |
1.1.8 |
Desativação |
1.1.9 |
Ruído |
1.2 |
Conclusões MTD para Instalações de Sinterização |
1.3 |
Conclusões MTD para Instalações de Peletização |
1.4 |
Conclusões MTD para Coquerias |
1.5 |
Conclusões MTD para Altos-Fornos |
1.6 |
Conclusões MTD para Produção e Vazamento de Aço em Conversor de Oxigénio |
1.7 |
Conclusões MTD para Produção e Vazamento de Aço em Forno de Arco Elétrico |
ÂMBITO DE APLICAÇÃO
As presentes conclusões MTD dizem respeito às seguintes atividades especificadas no anexo I da Diretiva 2010/75/UE, nomeadamente:
— atividade 1.3: produção de coque
— atividade 2.1: ustulação ou sinterização de minério metálico (incluindo minério sulfurado)
— atividade 2.2: produção de gusa ou aço (fusão primária ou secundária), incluindo os equipamentos de vazamento contínuo com capacidade superior a 2,5 toneladas por hora.
As conclusões MTD abrangem em especial os seguintes processos:
— |
carga, descarga e manuseamento de matérias-primas a granel; |
— |
dosagem e mistura de matérias-primas; |
— |
sinterização e peletização de minério de ferro; |
— |
produção de coque a partir de carvão de coque; |
— |
produção de metal quente em altos-fornos, incluindo processamento de escórias; |
— |
produção e refinação de aço utilizando o processo de conversor de oxigénio, incluindo dessulfuração da panela de vazamento a montante, metalurgia da panela de vazamento a jusante e processamento de escórias; |
— |
produção de aço em forno de arco elétrico, incluindo metalurgia da panela de vazamento a jusante e processamento de escórias; |
— |
vazamento contínuo (fundição de brames finos/bandas finas e fundição direta de chapas (formas quase definitivas)). |
As presentes conclusões MTD não abrangem as seguintes atividades:
— |
produção de cal em fornos, no âmbito do documento de referência sobre MTD nas Indústrias de Produção de Cimento, Cal e Óxido de Magnésio (CLM); |
— |
tratamento de poeiras para recuperação de metais não ferrosos (por exemplo, poeiras do forno de arco elétrico) e produção de ferroligas, no âmbito do documento de referência sobre MTD na indústria de metais não ferrosos (NFM); |
— |
instalações de produção de ácido sulfúrico em fornos de coque, no âmbito do documento de referência sobre MTD para o Fabrico de Produtos Químicos Inorgânicos com Grande Volume de Produção – Amoníaco, Ácidos e Adubos (LVIC-AAF). |
Outros documentos de referência relevantes para as atividades abrangidas pelas presentes conclusões MTD:
Documento de referência |
Atividade |
Documento de referência sobre MTD para as grandes instalações de combustão (LCP) |
Instalações de combustão com potência térmica nominal de 50 MW ou superior |
Documento de referência sobre MTD no processamento de metais ferrosos (FMP) |
Processos a jusante, como laminagem, decapagem química, revestimento, etc. |
Vazamento contínuo (fundição de brames finos/bandas finas e fundição direta de chapas (formas quase definitivas)) |
|
Documento de referência sobre MTD no que respeita às emissões resultantes do armazenamento (EFS) |
Armazenagem e manuseamento de materiais |
Documento de referência sobre MTD para os Sistemas de Refrigeração Industrial (ICS) |
Sistemas de refrigeração |
Princípios gerais de monitorização (MON) |
Monitorização das emissões e dos consumos |
Documento de referência sobre MTD para a eficiência energética (ENE) |
Eficiência energética em geral |
Efeitos económicos e conflitos ambientais (ECM) |
Determinação dos custos e benefícios da implementação de MTDs, visando a proteção do ambiente enquanto um todo. |
As técnicas enunciadas e descritas nas presentes conclusões MTD não são vinculativas nem exaustivas. Poderão ser utilizadas outras técnicas, desde que garantam pelo menos um nível equivalente de proteção do ambiente.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Os valores de desempenho ambiental associados às MTD são expressos em gamas de valores, e não em valores individuais. Uma gama de valores pode refletir as diferenças dentro de um determinado tipo de instalação (por exemplo, diferenças em termos de tipo/pureza e qualidade do produto final, diferenças na conceção, construção, dimensão e capacidade da instalação) que resultam em variações nos desempenhos ambientais obtidos quando se aplicam as MTD.
EXPRESSÃO DOS VALORES DE EMISSÃO ASSOCIADOS ÀS MELHORES TÉCNICAS DISPONÍVEIS (VEA às MTD)
Nas presentes conclusões MTD, os VEA às MTD para as emissões atmosféricas são expressos como:
— |
massa de substâncias emitidas por volume de gás residual em condições-padrão (273,15 K, 101,3 kPa), após dedução do teor de vapor de água, expressa nas unidades g/Nm3, mg/Nm3, μg/Nm3 ou ng/Nm3 |
— |
massa de substâncias emitidas por unidade de massa de produtos gerados ou processados (fatores de consumo ou de emissão), expressa nas unidades kg/t, g/t, mg/t ou μg/t. |
e os VEA às MTD relativos às emissões para a água são expressos como:
— |
massa de substâncias emitidas por volume de água residual, expressa nas unidades g/m3, g/l, mg/l ou μg/l. |
DEFINIÇÕES
Para efeitos das presentes conclusões MTD, entende-se por:
— |
«nova instalação», uma instalação construída no local, posteriormente à publicação das presentes conclusões MTD, ou a reconstrução total de uma instalação sobre as fundações existentes no local, após a publicação das presentes conclusões MTD |
— |
«instalação existente», uma instalação que não seja uma nova instalação |
— |
«NOX», a soma de óxido de azoto (NO) e dióxido de azoto (NO2), expresso como NO2 |
— |
«SOX», a soma de dióxido de enxofre (SO2) e trióxido de enxofre (SO3), expresso como SO2 |
— |
«HCl», todos os cloretos gasosos expressos como HCl |
— |
«HF», todos os fluoretos gasosos expressos como HF |
1.1 Conclusões MTD gerais
Salvo disposição em contrário, as conclusões MTD apresentadas nesta secção são de aplicação geral.
As MTD específicas de cada processo incluídas nas secções 1.2 a 1.7 são aplicáveis em complemento das MTD gerais mencionadas na presente secção.
1.1.1
1. É MTD implementar e aderir a um sistema de gestão ambiental (SGA) que incorpore todos os seguintes elementos:
I. |
Empenho das chefias, incluindo quadros superiores; |
II. |
Definição de uma política ambiental que inclua a melhoria contínua da instalação pelas chefias; |
III. |
Planeamento e estabelecimento dos procedimentos, objetivos e metas necessários, em conjunção com planeamento financeiro e investimento; |
IV. |
Implementação dos procedimentos prestando particular atenção a:
|
V. |
Verificação do desempenho e tomada de medidas corretivas, com particular atenção a:
|
VI. |
Revisão do SGA pelas chefias quanto à respetiva aptidão, adequação e eficácia continuadas; |
VII. |
Acompanhamento do desenvolvimento de tecnologias mais limpas; |
VIII. |
Consideração dos impactos ambientais decorrentes de uma eventual desativação da instalação na fase de conceção de uma nova instalação e ao longo da respetiva vida útil; |
IX. |
Aplicação regular de avaliações comparativas (benchmarking) setoriais. |
Aplicabilidade
O âmbito (por exemplo, nível de detalhe) e a natureza do SGA (por exemplo, normalizado ou não normalizado) estarão geralmente relacionados com a natureza, a escala e a complexidade da instalação e com a gama de impactos ambientais que esta possa ter.
1.1.2
2. É MTD a redução do consumo de energia térmica utilizando uma combinação das seguintes técnicas:
I. |
Sistemas melhorados e otimizados para obter um processamento suave e estável, operando perto dos parâmetros definidos para cada processo, mediante:
|
II. |
Recuperação do calor excedente dos processos, em especial nas zonas de arrefecimento; |
III. |
Gestão otimizada do vapor e do calor; |
IV. |
Aplicação da reutilização integrada nos processos do calor sensível, tanto quanto possível. |
No contexto da gestão da energia, ver o documento de referência sobre MTD para a eficiência energética (ENE).
Descrição da MTD I.i
Os itens seguintes são relevantes para as siderurgias integradas, a fim de melhorar a eficiência energética geral:
— |
otimização do consumo de energia |
— |
monitorização em linha dos fluxos energéticos e processos de combustão mais importantes no local, incluindo a monitorização de todas as queima de gases para evitar perdas de energia, permitindo uma manutenção imediata e atingindo um processo de produção ininterrupto |
— |
ferramentas de registo e análise para verificar o consumo médio de energia de cada processo |
— |
definição dos níveis específicos de consumo de energia para os processos relevantes e comparação dos mesmos a longo prazo |
— |
realização de auditorias energéticas, conforme definidas no documento de referência sobre MTD para a eficiência energética, por exemplo, para identificar oportunidades rentáveis de poupança de energia. |
Descrição das MTD II-IV
As técnicas integradas nos processos utilizadas para melhorar a eficiência energética no fabrico do aço pela otimização da recuperação de calor incluem:
— |
produção combinada de calor e eletricidade com recuperação de calor residual através de permutadores de calor e distribuição para outras partes da siderurgia ou para uma rede de aquecimento urbano |
— |
instalação de caldeiras de vapor ou de sistemas adequados em fornos de reaquecimento de grandes dimensões (os fornos podem suprir parte das necessidades de vapor) |
— |
pré-aquecimento do ar de combustão nos fornos e em outros sistemas de combustão para poupar combustível, tomando em conta os efeitos adversos, por exemplo, um aumento dos óxidos de azoto nos efluentes gasosos |
— |
isolamento dos tubos de vapor e de água quente |
— |
recuperação do calor dos produtos, por exemplo, na sinterização |
— |
utilização de bombas de calor e painéis solares quando é necessário arrefecer o aço |
— |
utilização de caldeiras de gases de combustão em fornos com altas temperaturas |
— |
evaporação do oxigénio e refrigeração do compressor para permutar energia entre permutadores de calor convencionais |
— |
utilização de turbinas de recuperação de topo para converter em energia elétrica a energia cinética do gás produzido no alto-forno. |
Aplicabilidade das MTD II-IV
A geração combinada de calor e eletricidade aplica-se a todas as fábricas de ferro e aço localizadas junto a zonas urbanas com necessidades caloríficas. O consumo específico de energia depende do âmbito do processo, da qualidade do produto e do tipo de instalação (por exemplo, a quantidade de tratamento por vácuo no conversor de oxigénio, a temperatura de recozimento, a espessura dos produtos, etc.).
3. É MTD reduzir o consumo de energia primária através da otimização dos fluxos energéticos e da utilização otimizada dos gases extraídos dos processos, tais como gases de coqueria, gases de altos-fornos e gases do conversor de oxigénio.
Descrição
As técnicas integradas nos processos para melhorar a eficiência energética de uma siderurgia integrada, através da utilização otimizada dos gases dos processos, incluem:
— |
utilização, para todos os gases produzidos, de reservatórios de gás ou de outros sistemas adequados à armazenagem a curto prazo e infraestruturas de manutenção da pressão |
— |
aumento da pressão nas condutas de gás caso haja perdas de energia na queima de gases – a fim de utilizar mais gases dos processos, com o consequente aumento da taxa de utilização |
— |
enriquecimento de gás com os gases dos processos e diferentes valores calóricos para diferentes consumidores |
— |
aquecimento dos fornos de combustão com gases dos processos |
— |
utilização de um sistema informatizado de controlo do valor calórico |
— |
registo e utilização das temperaturas do coque e dos efluentes gasosos |
— |
dimensionamento adequado da capacidade das instalações de recuperação de energia para os gases dos processos, em particular tendo em atenção a variabilidade dos gases de processos. |
Aplicabilidade
O consumo específico de energia depende do âmbito do processo, da qualidade do produto e do tipo de instalação (por exemplo, a quantidade de tratamento por vácuo no conversor de oxigénio, a temperatura de recozimento, a espessura dos produtos, etc.).
4. É MTD a utilização dos gases excedentes de coqueria, isentos de enxofre e partículas, os gases dos altos-fornos, isentos de poeiras, e os gases do conversor de oxigénio (misturados ou separados) em caldeiras ou em centrais de cogeração para gerar vapor, eletricidade e/ou calor utilizando o calor residual excedente para alimentar redes de aquecimento internas ou externas, caso exista procura por parte de terceiros.
Aplicabilidade
A cooperação e a concordância de terceiros podem não estar sob a esfera de controlo do operador e, consequentemente, podem não ser abrangidas pelo âmbito de aplicação da licença.
5. É MTD minimizar o consumo de energia elétrica utilizando uma das seguintes técnicas ou várias em combinação:
I. |
Sistemas de gestão do consumo de energia elétrica |
II. |
Equipamentos de trituração, de bombagem, de ventilação e de transporte, bem como outros equipamentos alimentados a eletricidade, com elevada eficiência energética. |
Aplicabilidade
As bombas com regulação por frequência não podem ser utilizadas quando a fiabilidade das bombas é de importância vital para a segurança do processo.
1.1.3
6. É MTD otimizar a gestão e o controlo dos fluxos internos de materiais, de forma a prevenir a poluição, prevenir a deterioração, proporcionar uma qualidade adequada das entradas, permitir a reutilização e a reciclagem e melhorar a eficiência do processo e a otimização do rendimento em metal.
Descrição
A armazenagem e o manuseamento corretos das matérias-primas e dos resíduos da produção podem ajudar a minimizar as emissões de partículas em suspensão provenientes de locais de armazenagem e de cintas transportadoras, incluindo pontos de transferência, e a evitar a poluição do solo, das águas subterrâneas e das águas de escorrência (ver também MTD 11).
A aplicação de uma gestão adequada das siderurgias integradas e dos resíduos, incluindo desperdícios, provenientes de outras instalações e setores, permite uma utilização maximizada interna e/ou externa desses produtos como matérias-primas (ver também MTD 8, 9 e 10).
A gestão de materiais inclui a eliminação controlada de pequenas partes da quantidade total de resíduos de uma siderurgia integrada que não possuam uso económico.
7. Para atingir níveis de emissão baixos para poluentes relevantes, é MTD selecionar tipos apropriados de sucata e outras matérias-primas. No que respeita à sucata, é MTD proceder a uma inspeção adequada em busca de contaminantes visíveis que possam conter metais pesados, nomeadamente mercúrio, ou que possam dar origem à formação de dibenzodioxinas/dibenzofuranos policlorados (PCDD/PCDF) e de bifenilos policlorados (PCB).
Para melhorar a utilização da sucata, podem ser utilizadas as seguintes técnicas, individualmente ou em combinação:
— |
especificação de critérios de aprovação adequados ao perfil de produção nas notas de encomenda de sucata; |
— |
posse de bons conhecimentos sobre a composição da sucata através de uma monitorização cuidadosa da origem da sucata; em casos excecionais, um teste ao banho de fusão pode ajudar a caracterizar a composição da sucata; |
— |
posse de instalações de receção adequadas e verificação das entregas; |
— |
existência de procedimentos para excluir sucata inadequada à utilização na instalação; |
— |
armazenagem da sucata de acordo com diferentes critérios (por exemplo, dimensão, ligas, grau de limpeza); armazenagem de sucata com potencial de libertação de contaminantes para o solo em superfícies impermeáveis com um sistema de drenagem e recolha; utilização de uma cobertura que reduza a necessidade de um desses sistemas; |
— |
elaboração da carga de sucata para os diferentes banhos de fusão tendo em conta o conhecimento da composição, de modo a utilizar a sucata mais adequada ao tipo de aço a produzir (este aspeto é essencial, em alguns casos, para evitar a presença de elementos indesejados e, noutros casos, para aproveitar os elementos das ligas presentes na sucata que são necessários ao tipo de aço a produzir); |
— |
retorno imediato de toda a sucata gerada internamente à zona de armazenagem, para reciclagem; |
— |
existência de um plano de operação e gestão; |
— |
separação da sucata de forma a minimizar o risco de incluir contaminantes perigosos ou não-ferrosos, nomeadamente bifenilos policlorados (PCB) e óleos ou gorduras. Esta tarefa é normalmente executada pelo fornecedor de sucata, mas o operador inspeciona todas as cargas de sucata em contentores selados por razões de segurança. Portanto, ao mesmo tempo, há a possibilidade de verificar, dentro do possível, a presença de contaminantes. Pode ser necessária uma avaliação das pequenas quantidades de plástico (por exemplo, componentes revestidos a plástico); |
— |
controlo de radioatividade, em conformidade com o quadro de recomendações elaborado pelo grupo de peritos da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE); |
— |
implementação da remoção obrigatória dos componentes contendo mercúrio em veículos em fim de vida e em resíduos dos equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE) pelos processadores de sucata pode ser melhorada pelas seguintes formas:
|
Aplicabilidade
A seleção e a separação de sucata podem não estar totalmente sob controlo do operador.
1.1.4
8. Para os resíduos sólidos é MTD utilizar técnicas integradas e técnicas operacionais para minimizar os resíduos através da utilização interna ou da aplicação de processos de reciclagem especializados (internos ou externos).
Descrição
As técnicas para a reciclagem de resíduos ricos em ferro incluem técnicas de reciclagem especializadas, como o forno de cuba OxyCup®, o processo DK, processos de fusão redutora ou granulação/briquetagem a frio, bem como as técnicas para os resíduos de produção referidos nas secções 9.2 a 9.7.
Aplicabilidade
Como os processos mencionados podem ser executados por terceiros, a reciclagem propriamente dita pode não estar sob o controlo do operador da fábrica de ferro e aço e, consequentemente, pode não ser abrangida pelo âmbito de aplicação da licença.
9. É MTD maximizar a utilização ou a reciclagem externas de resíduos sólidos que não possam ser utilizados ou reciclados em conformidade com o disposto na MTD 8, sempre que tal seja possível e esteja em conformidade com a regulamentação relativa aos resíduos. É MTD gerir de forma controlada os resíduos que não possam ser evitados nem reciclados.
10. É MTD utilizar as melhores práticas operacionais e de manutenção nos processos de recolha, manuseamento, armazenagem e transporte de todos os resíduos sólidos e a cobertura dos pontos de transferência a fim de evitar emissões para o ar e para a água.
1.1.5
11. É MTD evitar ou reduzir as emissões difusas de partículas provenientes da armazenagem, do manuseamento e do transporte de materiais utilizando uma das técnicas a seguir indicadas ou várias em combinação.
Caso sejam utilizadas técnicas de redução, a MTD consiste em otimizar a eficácia da recolha e da subsequente limpeza através de técnicas apropriadas, como as que a seguir se indicam. É dada preferência à recolha das emissões de partículas o mais perto possível da origem.
I. |
As técnicas gerais incluem:
|
II. |
As técnicas para a prevenção de emissões de partículas durante o manuseamento e o transporte de matérias-primas a granel incluem:
|
III. |
As técnicas para as atividades de entrega, armazenagem e reclamação de materiais incluem:
|
IV. |
Se as matérias-primas e o combustível forem fornecidos por mar e as emissões de partículas puderem ser significativas, algumas técnicas incluem:
|
V. |
As técnicas de descarga de comboios ou camiões incluem:
|
VI. |
Para os materiais muito finos que possam provocar uma libertação significativa de partículas, algumas técnicas incluem:
|
VII. |
As técnicas para manuseamento e processamento de escórias incluem:
|
VIII. |
As técnicas para o manuseamento de sucata incluem:
|
IX. |
As técnicas a ter em consideração durante o transporte de materiais incluem:
|
1.1.6
12. Para a gestão das águas residuais é MTD evitar, recolher e separar os diversos tipos de águas residuais, maximizando a reciclagem interna e utilizando um tratamento adequado a cada fluxo final. Tal inclui técnicas que utilizem, por exemplo, separadores de óleo, filtração ou sedimentação. Neste contexto, as seguintes técnicas podem ser utilizadas sempre que os pré-requisitos indicados estejam presentes:
— |
evitar a utilização de água potável nas linhas de produção, |
— |
aumentar o número e/ou a capacidade dos sistemas de circulação de água aquando da construção de novas instalações ou da modernização/remodelação de instalações existentes, |
— |
centralizar a distribuição de água de abastecimento, |
— |
utilizar a água em cascatas até os parâmetros individuais alcançarem os limites legais ou técnicos, |
— |
utilizar a água em outras instalações caso apenas sejam afetados parâmetros individuais da água e seja possível a sua reutilização, |
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separar as águas residuais tratadas e não tratadas; com esta medida é possível eliminar as águas residuais de diferentes formas com custos razoáveis, |
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utilizar água da chuva, sempre que possível. |
Aplicabilidade
A gestão da água numa siderurgia integrada está condicionada essencialmente pela disponibilidade e qualidade da água de abastecimento e pelos requisitos legais locais. Nas instalações existentes, a configuração dos circuitos de água pode limitar a aplicabilidade.
1.1.7
13. É MTD medir ou avaliar todos os parâmetros relevantes necessários para conduzir os processos a partir de salas de controlo através de sistemas informatizados modernos, a fim de ajustar continuamente e otimizar os processos online, para garantir um processamento estável e suave, desse modo aumentando a eficiência energética, maximizando o rendimento do metal e melhorando as práticas de manutenção.
14. É MTD medir as emissões pontuais de poluentes, provenientes das principais fontes de emissões de todos os processos incluídos nas secções 1.2 a 1.7 sempre que forem indicados VEA às MTD, bem como nas centrais de produção de eletricidade alimentadas a gás dos processos nas siderurgias.
É MTD utilizar medições contínuas pelo menos para:
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emissões primárias de partículas, óxidos de azoto (NOX) e dióxidos de enxofre (SO2) provenientes de instalações de sinterização |
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emissões de óxidos de azoto (NOX) e dióxido de enxofre (SO2) provenientes das linhas de endurecimento das instalações de peletização |
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emissões de partículas provenientes das naves de vazamento de altos-fornos |
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emissões secundárias de partículas provenientes de conversores de oxigénio |
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emissões de óxidos de azoto (NOX) provenientes de centrais de produção de eletricidade |
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emissões de partículas provenientes de fornos de arco elétrico de grandes dimensões. |
Para outras emissões, é MTD utilizar a monitorização contínua das emissões, em função do caudal mássico e das características das emissões.
15. Para as fontes de emissão relevantes não indicadas na MTD 14, é MTD medir periódica e pontualmente as emissões de poluentes provenientes de todos os processos incluídos nas secções 1.2 a 1.7 e das centrais de produção de eletricidade alimentadas a gás dos processos dentro das siderurgias, bem como todos os componentes/poluentes dos gases dos processos. Tal inclui a monitorização pontual dos gases dos processos, das emissões pontuais e das dibenzodioxinas/dibenzofuranos policlorados (PCDD/F) e a monitorização da descarga de águas residuais, mas exclui as emissões difusas (ver MTD 16).
Descrição (relevante para as MTD 14 e 15)
A monitorização dos gases dos processos fornece informação sobre a composição dos mesmos e sobre as emissões indiretas provenientes da combustão de gases dos processos, tais como emissões de partículas, metais pesados e SOx.
As emissões pontuais podem ser medidas regularmente, em medições pontuais periódicas nas fontes de emissão relevantes canalizadas ao longo de um período suficientemente longo, para obter valores de emissão representativos.
Para a monitorização da descarga de águas residuais há uma grande variedade de procedimentos padronizados de colheita de amostras e análise da água e das águas residuais, entre os quais:
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amostragem aleatória, com colheita de uma amostra única de um fluxo de águas residuais |
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amostragem compósita, com colheita contínua de uma amostra ao longo de determinado período, ou amostragem constituída por várias amostras colhidas contínua ou descontinuamente ao longo de determinado período e posteriormente misturadas |
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amostragem aleatória qualificada, que consiste numa amostragem compósita de pelo menos cinco amostras aleatórias colhidas ao longo de um período máximo de duas horas em intervalos não inferiores a dois minutos e posteriormente misturadas. |
A monitorização deve ser realizada em conformidade com os padrões EN ou ISO relevantes. Caso os padrões EN ou ISO não estejam disponíveis, devem ser utilizados os padrões nacionais ou internacionais que garantam o fornecimento de dados com qualidade científica equivalente.
16. É MTD determinar a ordem de grandeza das emissões difusas provenientes de fontes relevantes através dos métodos abaixo indicados. Sempre que possível, os métodos de medição direta são preferíveis aos métodos de medição indireta ou a avaliações baseadas em cálculos com fatores de emissão.
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Métodos de medição direta quando as emissões são medidas junto à respetiva fonte. Neste caso, é possível medir ou determinar as concentrações e os caudais mássicos. |
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Métodos de medição indireta quando a determinação das emissões ocorre a determinada distância da fonte; não é possível a medição direta das concentrações e do caudal mássico. |