PONTOS-CHAVE

O regulamento:

abrange os hidrofluorocarbonetos (HFC)¹, os perfluorocarbonetos (PFC)² e os hexafluoretos de enxofre (SF6)³;
estabelece regras em matéria de confinamento, utilização, recuperação e destruição de gases fluorados;
fixa um limite global anual para o impacto dos HFC no clima. Este limite será reduzido gradualmente entre 2015 e 2030.

O regulamento estabelece as seguintes obrigações:

É proibida a libertação intencional de gases fluorados se não for tecnicamente necessária no âmbito da utilização pretendida de um produto. Os fabricantes devem envidar todos os esforços para limitar as emissões geradas durante a produção, o transporte e o armazenamento de gases fluorados.
Os operadores dos equipamentos que contêm gases fluorados devem tomar todas precauções no sentido de evitar possíveis fugas. Devem garantir a verificação regular dos equipamentos para deteção de fugas. Os requisitos variam consoante o potencial impacto no clima ou caso esteja em causa um equipamento hermeticamente fechado.
A Comissão Europeia deve publicar um relatório sobre o impacto do presente regulamento até 31 de dezembro de 2022.

As autoridades nacionais são responsáveis pela criação de programas de certificação e formação para as empresas e as pessoas envolvidas em atividades de instalação, assistência técnica, manutenção, reparação ou desativação de equipamentos de gases fluorados, bem como de recuperação de gases fluorados.

O regulamento aplica gradualmente, entre 2015 e 2025, proibições de comercialização de novos artigos, como determinadas categorias de frigoríficos e congeladores, aparelhos de ar condicionado, espumas e aerossóis que contenham gases fluorados quando existam alternativas mais seguras e mais favoráveis ao clima.

O regulamento visa reduzir o impacto no clima resultante da utilização de HFC ao longo do tempo. O limite anual para os HFC colocados no mercado em 2030 corresponde a 21 % dos níveis aplicáveis no período de 2009-2012.
A fim de assegurar o cumprimento dos limites, a Comissão atribui quotas anuais aos produtores e importadores. Estas quotas não podem ser excedidas.

Os produtores, importadores, exportadores, utilizadores de matéria-prima e empresas cuja atividade envolva a destruição de gases fluorados têm de apresentar um relatório anual à Comissão.
Os importadores de equipamentos que contenham gases fluorados estão também sujeitos a esta obrigação e, a partir de 2017, tiveram de fornecer provas de que as quantidades de HFC dos equipamentos que importam são contabilizadas.

O regulamento também assegura que a UE cumpre as suas obrigações internacionais ao abrigo da Alteração de Quigali do Protocolo de Montreal.
A alteração de Quigali adicionou os HFC à lista de substâncias regulamentadas nos termos do Protocolo de Montreal (ver síntese). Entrou em vigor em 1 de janeiro de 2019. Espera-se que a redução progressiva dos HFC poupe cerca de 80 gigatoneladas de equivalente de CO₂ até 2050 e dê um contributo significativo para o combate às alterações climáticas.
Todas as 198 partes no Protocolo de Montreal concordaram em tomar medidas para reduzir gradualmente a sua produção e utilização de HFC. O primeiro passo de redução deveria ser dado pela UE e outros países desenvolvidos em 2019. A maioria dos países em desenvolvimento iniciará a sua redução progressiva em 2024.

O Regulamento (UE) n.^o 517/2014 foi revogado pelo Regulamento (UE) 2024/573 (consultar síntese) a partir de 12 de dezembro de 2024.

Reduzir os gases antropogénicos com efeito de estufa (gases fluorados)