3.7.2014   

PT

Jornal Oficial da União Europeia

C 207/22


Comunicação da Comissão no âmbito da aplicação do Regulamento (UE) n.o 814/2013 da Comissão que dá execução à Diretiva 2009/125/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita aos requisitos de conceção ecológica aplicáveis aos aquecedores de água e reservatórios de água quente e do Regulamento Delegado (UE) n.o 812/2013 da Comissão que complementa a Diretiva 2010/30/UE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à rotulagem energética dos aquecedores de água, reservatórios de água quente e sistemas mistos de aquecedor de água e dispositivo solar

(2014/C 207/03)

1.   Publicação dos títulos e das referências dos métodos transitórios de medição e cálculo (1) para aplicação do Regulamento (UE) n.o 814/2013, nomeadamente dos anexos III, IV e V, e para aplicação do Regulamento (UE) n.o 812/2013, nomeadamente dos anexos VII, VIII e IX.

2.   Os parâmetros em itálico são determinados no Regulamento (UE) n.o 814/2013 e no Regulamento (UE) n.o 812/2013.

3.   Referências

Parâmetro medido/calculado

Organização

Referência

Título

Procedimentos de ensaio para Asol , IAM e elementos adicionais do ensaio de eficiência do coletor dos parâmetros η0 , a1 , a2 , IAM

CEN

EN 12975-2:2006

Parte 2: Métodos de ensaio Métodos de ensaio

Nível de potência sonora de aquecedores de água com bomba de calor

CEN

EN 12102:2013

Aparelhos de ar condicionado, sistemas mistos de arrefecimento de líquidos, bombas de calor e desumidificadores com compressores elétricos para aquecimento e arrefecimento ambiente – Medição do ruído por condução aérea – Determinação da potência sonora.

É aplicável a norma EN12102:2013, com as seguintes modificações:

Ponto 3.3 da EN12102:2013. Substituir o 2.o parágrafo por: As «condições normais de funcionamento» são definidas como condições para os pontos de funcionamento da unidade, em conformidade com o Regulamento (UE) n.o 814/2013, anexo III, quadro 4. Aplicam-se também as definições constantes da norma EN16147.

Ponto 5: Substituir o 2o parágrafo por: A unidade deve ser instalada e ligada para o ensaio (por exemplo, forma e dimensão das condutas de ar, ligação das condutas de água, etc.), em conformidade com as recomendações do fabricante no manual de instalação e funcionamento, e ensaiada nas condições nominais indicadas no Regulamento (UE) n.o 814/2013, anexo III, quadro 4. Os acessórios fornecidos por opção (por exemplo, elemento de aquecimento) não devem ser incluídos no ensaio.

A unidade é mantida em condições ambientes de funcionamento durante, pelo menos, 12 horas; É monitorizada a temperatura na cúpula do reservatório do aquecedor de água; É monitorizado o consumo de eletricidade do compressor, da ventoinha (se existir) e da bomba de circulação (se existir), para conhecer o período de descongelamento.

Enche-se o produto com água fria a 10 °C ± 5 °C.

Ponto 5: Substituir o 4.o parágrafo por: Os pontos de medição são efetuados em condições de estado estacionário, às seguintes temperaturas da água na cúpula do reservatório: 1.o ponto a 25 ± 3 °C, 2.o ponto a (Tset+25)/2 ± 3 °C, 3.o ponto a Tset +0/-6 °C (Tset é a temperatura da água em «modo out of the box»).

Durante a medição do ruído:

a temperatura da água na cúpula do reservatório deve ser incluída na margem de tolerância (por exemplo, 25 °C ± 3 °C durante a primeira medição);

os períodos de descongelamento são excluídos (consumo nulo de energia elétrica por parte do compressor, da ventoinha ou da bomba de circulação).

Nível de potência sonora de aquecedores instantâneos a gás e de aquecedores de água de reservatório

CEN

EN 15036-1:2006

Caldeiras de aquecimento. Disposições regulamentares de ensaio para emissões de ruído aéreo a partir de geradores de calor. Emissões de ruído aéreo a partir de geradores de calor

ISO EN 3741:2010

Acústica – Determinação dos níveis de potência sonora emitidos por fontes de ruído, a partir da pressão acústica – Métodos de precisão em salas reverberantes

ISO EN 3745:2012

Acústica – Determinação dos níveis de potência sonora e níveis de energia sonora de fontes de ruído a partir da pressão sonora – Métodos de precisão para salas anecoicas e semianecoicas

Nível de potência sonora de aquecedores instantâneos elétricos e de aquecedores de água de reservatório

Cenelec

Considerando que não existe atualmente um procedimento disponível, assume-se que os aquecedores de água sem peças móveis emitem um ruído equivalente a 15 dB

 

Gases de ensaio

CEN

EN 437:2003/A1:2009

Gases de ensaio – Pressões de ensaio – Categorias de aparelhos

Consumo de energia em modo de vigília solsb

CLC

EN 62301:2005

Aparelhos eletrodomésticos: Medição do consumo em vigília

Banco de ensaio para Q elec dos aquecedores de água de reservatório elétricos

CLC

prEN 50440:2014

Eficiência dos aquecedores de água de reservatório elétricos domésticos e métodos de ensaio

Banco de ensaio para Q elec dos aquecedores de água instantâneos elétricos

CLC

EN 50193-1:2013

Aquecedores de água instantâneos elétricos fechados. Métodos de medição da aptidão ao uso.

Banco de ensaio para Q fuel e Qelec dos aquecedores de água instantâneos a gás

CEN

EN 26:1997/A3:2006, ponto 7.1, exceto o ponto 7.1.5.4

Aquecedores de água instantâneos a gás para aplicações sanitárias equipados com queimadores atmosféricos

Banco de ensaio para Q fuel e Qelec dos aquecedores de água de reservatório a gás

CEN

EN 89:1999/A4:2006, ponto 7.1, exceto 7.1.5.4

Aquecedores de água de reservatório a gás para produção de água quente doméstica

Preparação do ensaio para Q fuel dos aquecedores de água instantâneos a gás e dos aquecedores de água de reservatório a gás

CEN

EN 13203-2:2006, anexo B «Banco de ensaio e dispositivos de medição»

Aparelhos domésticos de produção de água quente a gás – Aparelhos com caudal térmico não superior a 70 kW e 300 litros de capacidade – Parte 2: Avaliação do consumo de energia

Preparação do ensaio para Q fuel dos aquecedores de água com bomba de calor que utilizam combustível

CEN

EN 13203-2:2006, anexo B «Banco de ensaio e dispositivos de medição»

Aparelhos domésticos de produção de água quente a gás – Aparelhos com caudal térmico não superior a 70 kW e 300 litros de capacidade – Parte 2: Avaliação do consumo de energia

Banco de teste para aquecedores de água com bomba de calor

CEN

EN 16147:2011

Bombas de calor, com compressores acionados por motor elétrico – Ensaio e requisitos de marcação de unidades para aquecimento de água para uso doméstico

Perdas permanentes de energia S dos reservatórios

CEN

EN 12897:2006, ponto 6.2.7, anexo B e anexo A (para a correta localização do aquecedor)

Fornecimento de água – Especificação para aquecedores de água de reservatório de aquecimento indireto e não ventilado (fechados).

Perdas permanentes de energia S e psbsol dos reservatórios

CEN

EN 12977-3:2012

Sistemas solares térmicos e componentes – Sistemas sob medida – parte 3: Métodos de ensaio do desempenho dos reservatórios de aquecedores de água solares

Perdas permanentes de energia S dos reservatórios

CEN

EN 15332:2007, pontos 5.1 e 5.4 (Medição da perda em modo de vigília)

Caldeiras de aquecimento – Averiguação do consumo de energia dos reservatórios de água quente

Perdas permanentes de energia S dos reservatórios

CLC

EN 60379:2004, pontos 9, 10, 11, 12 e 14

Métodos de medição do desempenho dos aquecedores de água de reservatório elétricos para usos domésticos

Emissão de óxidos de azoto NO x dos aquecedores de água que utilizam combustíveis gasosos

CEN

prEN 89:2012, ponto 6.18 Óxidos de azoto

Aquecedores de água de reservatório a gás para produção de água quente doméstica

Emissão de óxidos de azoto NO x dos aquecedores de água instantâneos a gás

CEN

prEN 26, ponto 6.9.3 Emissões de óxidos de azoto

Aquecedores de água instantâneos a gás para produção de água quente doméstica

Eficiência energética do aquecimento de água η wh de aquecedores de água e perdas permanentes de energia S dos reservatórios de armazenagem

Comissão Europeia

Ponto 4 da presente comunicação

Elementos adicionais para medições e cálculos relacionados com a eficiência energética dos aquecedores de água e reservatórios

4.   Elementos adicionais para medições e cálculos relacionados com a eficiência energética dos aquecedores de água e reservatórios

Para efeitos dos Regulamentos (UE) n.o 812/2013 e (UE) n.o 814/2013, cada aquecedor de água deve ser testado em «modo out of the box».

O «modo out of the box» é a condição ou o modo de funcionamento fixado pelo fabricante na fábrica, para ser ativado imediatamente após a instalação do aparelho e que é adequado à utilização normal pelo utilizador final, de acordo com o padrão de escoamento de água para o qual o produto foi concebido e colocado no mercado. Qualquer alteração para uma outra condição ou um outro modo de funcionamento, se for caso disso, deve resultar de uma intervenção intencional por parte do utilizador final e não pode ser automaticamente alterada pelo aquecedor em momento algum, com exceção da função de controlo inteligente que adapta o processo de aquecimento de água às condições concretas de utilização, com o objetivo de reduzir o consumo de energia.

No caso dos aquecedores de água combinados, não devem ser considerados extras ou fatores de ponderação que tenham em conta as diferenças entre os modos de verão e de inverno para medir ou calcular o Qelec e o Qfuel.

No caso dos aquecedores de água tradicionais que consomem combustíveis, apenas na fórmula de cálculo do consumo anual de eletricidade AEC (ver Regulamento (UE) n.o 812/2013, anexo VIII, ponto 4, alínea a), o fator de correção ambiente Qcor é igualado a zero.

4.1.   Definições

    «Incerteza de medição (precisão)» a exatidão com a qual um instrumento ou uma cadeia de instrumentos é capaz de representar um valor efetivo, conforme estabelecido por uma referência de medição altamente calibrada;

    «Desvio admissível (média durante o período de ensaio)» a diferença máxima permitida, negativa ou positiva, entre um parâmetro medido, correspondente à média durante o período de ensaio, e um valor definido;

    «Desvios admissíveis entre valores individuais medidos e valores médios» a diferença máxima permitida, positiva ou negativa, entre um parâmetro medido e o valor médio desse parâmetro durante o período de ensaio.

4.2.   Consumo de energia

a)   Eletricidade e combustíveis fósseis

Parâmetro medido

Unidade

Valor

Desvio admissível (média durante o período de ensaio)

Incerteza de medição (precisão)

Eletricidade

Potência

W

 

 

± 2 %

Energia

kWh

 

 

± 2 %

Tensão, período de ensaio > 48 h

V

230/400

± 4 %

± 0,5 %

Tensão, período de ensaio < 48 h

V

230/400

± 4 %

± 0,5 %

Tensão, período de ensaio < 1 h

V

230/400

± 4 %

± 0,5 %

Corrente elétrica

A

 

 

± 0,5 %

Frequência

Hz

50

± 1 %

 

Gás

Tipos

Gases de ensaio, EN 437

 

 

Valor calorífico líquido (NCV) e

MJ/m3

Gases de ensaio, EN 437

 

± 1 %

Valor calorífico bruto (GCV)

 

 

 

 

Temperatura

K

288,15

 

± 0,5

Pressão

mbar

1 013,25

 

± 1 %

Densidade

dm3/kg

 

 

± 0,5 %

Caudal

m3/s ou l/min

 

 

± 1 %

Petróleo

Gasóleo de aquecimento

Composição, carbono/hidrogénio/enxofre

kg/kg

86/13,6/0,2 %

 

 

Fração N

mg/kg

140

± 70

 

Valor calorífico líquido (NCV, Hi)

MJ/kg

42,689 (2)

 

 

Valor calorífico bruto (GCV, Hs)

MJ/kg

45,55

 

 

Densidade ρ15 a 15 °C

kg/dm3

0,85

 

 

Querosene

Composição, carbono/hidrogénio/enxofre

kg/kg

85/14,1/0,4 %

 

 

Valor calorífico líquido (NCV, Hi)

MJ/kg

43,3 (2)

 

 

Valor calorífico bruto (GCV, Hs)

MJ/kg

46,2

 

 

Densidade ρ15 a 15 °C

kg/dm3

0,79

 

 

b)   Energia solar para ensaios de coletor solar

Parâmetro medido

Unidade

Valor

Desvio admissível (média durante o período de ensaio)

Incerteza de medição (precisão)

Radiação solar de ensaio (G global, onda curta)

W/m2

> 700 W/m2

± 50 W/m2 (ensaio)

± 10 W/m2 (interior)

Radiação solar difusa (fração de G total)

%

< 30 %

 

 

Variação da radiação térmica (interior)

W/m2

 

 

± 10 W/m2

Temperatura do fluido na entrada/saída do coletor

°C/K

intervalo 0-99 °C

± 0,1 K

± 0,1 K

Diferença de temperatura do fluido à entrada/saída

 

 

 

± 0,05 K

Ângulo de incidência (relativamente ao normal)

°

< 20°

± 2 % (< 20°)

 

Paralelo velocidade-ar em relação ao coletor

m/s

3 ± 1 m/s

 

0,5 m/s

Caudal do fluido (também para simulador)

kg/s

0,02 kg/s por m2 da área de abertura do coletor

± 10 % entre ensaios

 

Perda de calor na conduta do circuito em ensaio

W/K

< 0,2 W/K

 

 

c)   Energia térmica ambiente

Parâmetro medido

Unidade

Desvio admissível (média durante o período de ensaio)

Desvios admissíveis (ensaios individuais)

Incerteza de medição (precisão)

Salmoura ou água como fonte de calor

Temperatura de entrada da água/salmoura

°C

± 0,2

± 0,5

± 0,1

Caudal volúmico

m3/s ou l/min

± 2 %

± 5 %

± 2 %

Diferença de pressão estática

Pa

± 10 %

± 5 Pa/5 %

Ar como fonte de calor

Temperatura do ar no exterior (bolbo seco) T j

°C

± 0,3

± 1

± 0,2

Temperatura do ar de saída de ventilação

°C

± 0,3

± 1

± 0,2

Temperatura do ar interior

°C

± 0,3

± 1

± 0,2

Caudal volúmico

dm3/s

± 5 %

± 10 %

± 5 %

Diferença de pressão estática

Pa

± 10 %

± 5 Pa/5 %

d)   Condições de ensaio e tolerâncias em relação aos resultados

Parâmetro medido

Unidade

Valor

Desvio admissível (média durante o período de ensaio)

Desvios admissíveis (ensaios individuais)

Incerteza de medição (precisão)

Ambiente

Temperatura ambiente no interior

°C ou K

20 °C

± 1 K

± 2 K

± 1 K

Velocidade do ar, bomba de calor (com aquecedor de água desligado)

m/s

< 1,5 m/s

 

 

 

Velocidade do ar, outros

m/s

< 0,5 m/s

 

 

 

Água para uso sanitário

Temperatura da água fria, solar

°C ou K

10 °C

± 1 K

± 2 K

± 0,2 K

Temperatura da água fria, outros

°C ou K

10 °C

± 1 K

± 2 K

± 0,2 K

Pressão da água fria, aquecedores de água a gás

bar

2 bares

 

± 0,1 bares

 

Pressão da água fria, outros (exceto aquecedores de água instantâneos elétricos)

bar

3 bares

 

 

± 5 %

Temperatura da água quente, aquecedores de água a gás

°C ou K

 

 

 

± 0,5 K

Temperatura da água quente, aquecedores instantâneos elétricos

°C ou K

 

 

 

± 1 K

Temperatura da água (entrada/saída), outros

°C ou K

 

 

 

± 0,5 K

Caudal volúmico, aquecedores de água com bomba de calor

dm3/s

 

± 5 %

± 10 %

± 2 %

Caudal volúmico, aquecedores de água instantâneos elétricos

dm3/s

 

 

 

≥10 l/min: ± 1 %

< 10 l/min: ± 0,1 l/min

Caudal volúmico, outros aquecedores de água

dm3/s

 

 

 

± 1 %

4.3.   Procedimento de ensaio para aquecedores de água de reservatório

O procedimento de ensaio para aquecedores de água de reservatório para determinar o consumo diário de eletricidade Q elec e o consumo diário de combustível Q fuel durante um ciclo de medição de 24 horas é o seguinte:

a)   Instalação

Instala-se o produto no ambiente de ensaio de acordo com as instruções do fabricante. Colocam-se no chão os aparelhos para colocação vertical no chão, num suporte fornecido com o produto ou numa plataforma para acesso fácil. Montam-se os produtos para montagem na parede num painel a, pelo menos, 150 mm de distância de qualquer parede estrutural, deixando um espaço livre de, pelo menos, 250 mm por cima e por baixo do produto e de, pelo menos, 700 mm em cada lado. Os produtos concebidos para serem incorporados devem ser montados de acordo com as instruções do fabricante. O produto deve estar protegido da radiação solar direta, exceto no caso dos coletores solares.

b)   Estabilização

Mantém-se o produto em condições ambientes até todas as respetivas peças terem alcançado condições ambientes de ± 2 K (no mínimo, 24 horas para produtos do tipo reservatório).

c)   Enchimento e aquecimento

Enche-se o produto com água fria. Interrompe-se o enchimento à pressão de água fria aplicável.

O produto é colocado sob tensão em «modo out of the box» até atingir a temperatura de funcionamento, controlada pelos seus próprios meios de controlo (termóstato). A fase seguinte começa com o termóstato desligado.

d)   Estabilização sem carga

Mantém-se o produto nestas condições, sem escoamentos, durante, no mínimo, 12 horas.

Sujeita a um ciclo de controlo, esta fase termina, e inicia-se a fase seguinte, aquando do primeiro desligar do termóstato após 12 horas.

Durante esta fase, registam-se o consumo total de combustível em kWh em termos de GCV, o consumo total de eletricidade em kWh em termos de energia final e o tempo exato decorrido em horas.

e)   Escoamentos de água

Para o perfil de carga declarado, os escoamentos são efetuados de acordo com as especificações do pertinente ciclo de escoamento de 24 horas. Esta fase começa imediatamente após o termóstato ser desligado da parte de estabilização com o primeiro escoamento no momento correspondente ao perfil de carga de escoamento (Regulamento (UE) n.o 814/2013, anexo III, ponto 2, e Regulamento (UE) n.o 812/2013, anexo VII, ponto 2). Entre o último escoamento de água e as 24h00, não há novo escoamento.

Durante os escoamentos de água, estabelecem-se os parâmetros técnicos relevantes (potência, temperatura, etc.). Para os parâmetros dinâmicos, a taxa de amostragem geral é de 60 s ou menos. Durante os escoamentos, a taxa de amostragem recomendada é de 5 s ou menos.

Durante o ciclo de medição de 24 horas, os consumos de combustível fóssil e de eletricidade, Qtestfuel e Qtestelec, são corrigidos tal como se especifica na alínea h).

f)   Nova estabilização sem carga

Mantém-se o produto em condições de funcionamento nominais sem escoamentos durante, no mínimo, 12 horas.

Sujeita a um ciclo de controlo, esta fase termina aquando do primeiro desligar do termóstato após 12 horas.

Durante esta fase, registam-se o consumo total de combustível em kWh em termos de GCV, o consumo total de eletricidade em kWh em termos de energia final e o tempo exato decorrido em horas.

g)   Água misturada a 40 °C (V40)

Água misturada a 40 °C (V40) é a quantidade de água a 40 °C que tem a mesma quantidade de calor (entalpia) que a água quente fornecida a mais de 40 °C à saída do aquecedor de água, expressa em litros.

Imediatamente após a medição indicada na alínea f), é retirada uma quantidade de água através da saída mediante o fornecimento de água fria. O fluxo de água dos aquecedores de água com saída aberta é controlado pela válvula de admissão. Em qualquer outro tipo de aquecedor de água, o fluxo de água é controlado através de uma válvula montada na saída ou na entrada. A medição termina quando a temperatura de saída baixa para menos de 40 °C.

O débito é ajustado ao valor máximo em função do perfil de carga declarado.

O valor normalizado da temperatura média é calculado de acordo com a seguinte equação:

Formula

em que:

    Tset em °C é a temperatura da água, sem retirada de água, medida com um termopar colocado no interior da zona superior do reservatório. Em reservatórios metálicos, o termopar também pode ser colocado na superfície exterior do reservatório. Este valor corresponde à temperatura da água medida após o último desligar do termóstato durante a fase prevista na alínea f),

    θc em °C é a temperatura média da água fria de entrada durante o ensaio,

    θ’p em °C é a temperatura média da água de saída e o seu valor normalizado é designado por θp em °C.

As leituras de temperatura devem ser registadas preferencialmente de forma contínua. Em alternativa, também podem ser registadas em intervalos iguais distribuídos uniformemente durante a descarga, por exemplo a cada 5 litros (máximo). Caso se registe uma queda acentuada da temperatura, podem ser necessárias leituras adicionais de forma a calcular corretamente o valor médio de θ’p.

A temperatura da água de saída é sempre ≥ 40 °C, o que deve ser tido em conta para o cálculo de θp.

A quantidade de água quente V40 em litros fornecida com uma temperatura mínima de 40 °C é calculada através da seguinte equação:

Formula

em que:

o volume V40_exp em litros corresponde à quantidade de água fornecida a, pelo menos, 40 °C.

h)   Comunicação de Q fuel e Q elec

O Qtestfuel e o Qtestelec são corrigidos quanto a excedentes ou défices de energia fora do ciclo de medição estrito de 24 horas, ou seja, é tida em consideração uma possível diferença energética entre o antes e o depois. Além disso, qualquer excedente ou défice no teor de energia útil da água quente fornecida é tido em consideração nas seguintes equações para Q fuel e Q elec:

Formula

Formula

em que:

    QH2O é o teor de energia útil do escoamento da água quente, em kWh

    T3 e T5 são as temperaturas da água medidas na cúpula do aquecedor de água, respetivamente no início (t3) e no fim (t5) do ciclo de medição de 24 horas.

    Cact é a capacidade efetiva do aquecedor de água, em litros. Cact é medida como se indica no n.o 4.5, alínea c).

4.4.   Procedimento de ensaio para aquecedores de água instantâneos a combustível

O procedimento de ensaio para aquecedores de água instantâneos a combustível para determinar o consumo diário de combustível Q fuel e o consumo diário de eletricidade Q elec durante um ciclo de 24 horas é o seguinte:

a)   Instalação

Instala-se o produto no ambiente de ensaio de acordo com as instruções do fabricante. Colocam-se no chão os aparelhos para colocação vertical no chão, num suporte fornecido com o produto ou numa plataforma para acesso fácil. Montam-se os produtos para montagem na parede num painel a, pelo menos, 150 mm de distância de qualquer parede estrutural, deixando um espaço livre de, pelo menos, 250 mm por cima e por baixo do produto e de, pelo menos, 700 mm em cada lado. Os produtos concebidos para serem incorporados devem ser montados de acordo com as instruções do fabricante. O produto deve estar protegido da radiação solar direta, exceto no caso dos coletores solares.

b)   Estabilização

Mantém-se o produto em condições ambientes até todas as suas peças terem alcançado condições ambientes de ± 2 K.

c)   Escoamentos de água

Para o perfil de carga declarado, os escoamentos são efetuados de acordo com as especificações do pertinente ciclo de escoamento de 24 horas. Esta fase começa imediatamente após o termóstato ser desligado da parte de estabilização com o primeiro escoamento no momento correspondente ao perfil de carga de escoamento (Regulamento (UE) n.o 814/2013, anexo III, ponto 2, e Regulamento (UE) n.o 812/2013, anexo VII, ponto 2). Entre o último escoamento de água e as 24h00, não há novo escoamento.

Durante os escoamentos de água, estabelecem-se os parâmetros técnicos relevantes (potência, temperatura, etc.). Para os parâmetros dinâmicos, a taxa de amostragem geral é de 60 s ou menos. Durante os escoamentos, a taxa de amostragem recomendada é de 5 s ou menos.

d)   Comunicação de Q fuel e Q elec

O Qtestfuel e o Qtestelec devem ser corrigidos de acordo com as seguintes equações para Q fuel e Q elec, tendo em consideração qualquer excedente ou défice no teor de energia útil da água quente fornecida.

Formula

Formula

em que:

    QH2O é o teor de energia útil do escoamento da água quente, em kWh.

4.5.   Procedimento de ensaio para aquecedores de água com bomba de calor que utilizam eletricidade

a)   Instalação

Instala-se o produto no ambiente de ensaio de acordo com as instruções do fabricante. Colocam-se no chão os aparelhos para colocação vertical no chão, num suporte fornecido com o produto ou numa plataforma para acesso fácil. Montam-se os produtos para montagem na parede num painel a, pelo menos, 150 mm de distância de qualquer parede estrutural, deixando um espaço livre de, pelo menos, 250 mm por cima e por baixo do produto e de, pelo menos, 700 mm em cada lado. Os produtos concebidos para serem incorporados devem ser montados de acordo com as instruções do fabricante.

Os produtos com perfis de carga declarados de 3XL ou 4XL podem ser testados no local, desde que as condições de ensaio sejam equivalentes, possivelmente com fatores de correção, às que se enunciam aqui.

Cumprem-se os requisitos de instalação descritos nos pontos 5.2, 5.4 e 5.5 da norma EN 16147.

b)   Estabilização

Mantém-se o produto em condições ambientes até todas as respetivas peças terem alcançado condições ambientes de ± 2 K (no mínimo, 24 horas para aquecedores de água de reservatório com bomba de calor).

O objetivo é verificar se o produto está a funcionar à temperatura normal após o transporte.

c)   Volume de enchimento e armazenamento (capacidade efetiva Cact)

O volume do reservatório é medido como indicado em seguida.

O aquecedor de água vazio deve ser pesado; o peso das torneiras em encanamentos de saída ou entrada deve ser tido em conta.

O aquecedor de água com reservatório é então cheio com água fria em conformidade com as instruções do fabricante, à pressão de água fria. Interrompe-se o fornecimento de água.

Pesa-se o aquecedor de água vazio.

A diferença entre os dois pesos (mact) é convertida em volume (Cact).

Formula

Este volume é expresso em litros, com aproximação à décima. O valor medido (Cact) não deve ser inferior ao valor nominal em mais de 2 %.

d)   Enchimento e aquecimento

Os produtos com instalações de reservatório devem ser cheios com água fria (10 ± 2 °C). Interrompe-se o enchimento à pressão de água fria aplicável.

Fornece-se energia ao produto até alcançar o «modo out of the box» (por exemplo no que se refere à temperatura de reservatório). Utilizam-se os meios de regulação próprios do produto (termóstato). Efetua-se esta fase seguindo o procedimento descrito no ponto 6.3 da norma EN 16147. A fase seguinte é iniciada quando o termóstato é desligado.

e)   Potência de entrada em modo de vigília

A potência de entrada em modo de vigília é determinada medindo a potência de entrada elétrica durante um número completo de ciclos ligado/desligado da bomba de calor, iniciados pelo termóstato situado no reservatório, quando não é escoada água quente.

Executa-se esta fase seguindo o procedimento descrito no ponto 6.4 da norma EN 16147 e o valor de Pstby [kW] é determinado pela equação

Formula

f)   Escoamentos de água

Para o perfil de carga declarado, os escoamentos são efetuados de acordo com as especificações do pertinente ciclo de escoamento de 24 horas. Esta fase começa imediatamente após o termóstato ser desligado da parte de estabilização com o primeiro escoamento no momento correspondente ao perfil de carga de escoamento (Regulamento (UE) n.o 814/2013, anexo III, ponto 2, e Regulamento (UE) n.o 812/2013, anexo VII, ponto 2). Entre o último escoamento de água e as 24h00, não há novo escoamento. O teor de energia útil requerido da água quente é o total de Q ref [em kWh].

Executa-se esta fase segundo o procedimento descrito nos pontos 6.5.2 a 6.5.3.5 da norma EN 16147. O ΔΤdesired na norma EN 16147 é definido utilizando o valor de T p:

ΔΤdesired = T p - 10

No final da fase, Q elec [kWh] é determinado pela equação

Formula

W EL-TC é definido na norma EN 16147.

Os produtos a classificar como produtos para funcionamento fora das horas de ponta recebem energia durante um período máximo de 8 horas consecutivas entre as 22:00 e as 07:00 do ciclo de tiragem de 24 horas. No final do ciclo de tiragem de 24 horas, os produtos recebem energia até ao fim da fase.

g)   Água misturada a 40 °C (V40)

Executa-se esta fase segundo o procedimento descrito no ponto 6.6 da EN 16147, mas evitando a desativação do compressor no final do último período de medição dos ciclos de escoamento; o valor de V40 [L] é determinado como igual a Vmax.

4.6.   Procedimento de ensaio para aquecedores de água instantâneos elétricos

Ignoram-se as perdas térmicas resultantes dos processos de transferência de calor durante o funcionamento e as perdas em modo de vigília.

a)   Pontos de referência

Os seletores ajustáveis pelo utilizador são definidos da seguinte forma:

Se o aparelho possuir um seletor de potência, este deve ser ajustado para o valor mais alto.

Se o aparelho possuir um seletor de temperatura independente do fluxo, o seletor dever ser ajustado para o valor mais alto.

Todos os outros parâmetros de regulação não ajustáveis pelo utilizador devem permanecer em «modo out of the box».

O caudal mínimo prescrito fi de cada escoamento individual i do perfil de escoamento deve ser utilizado conforme definido nos perfis de carga dos aquecedores de água. Se o caudal mínimo fi não for alcançável, o caudal é aumentado até o aparelho se ligar e estar apto a operar de forma contínua a Tm ou mais. Este caudal acrescido deve ser utilizado para o escoamento individual em vez do caudal mínimo prescrito fi.

b)   Eficiência estática

Determina-se a perda estática do aparelho P loss a uma carga nominal P nom sob condições de estado estacionário. O valor de P loss é a soma de todas as perdas de potência internas (resultado das perdas de corrente e de potência entre os terminais e os elementos de aquecimento) do aparelho após um mínimo de 30 minutos de funcionamento em condições nominais.

Este resultado de ensaio é, de ampla forma, independente da temperatura da água de entrada. Este ensaio pode ser efetuado com uma temperatura de água de entrada fria de 10 a 25 °C.

Para os aquecedores de água instantâneos controlados eletronicamente com interruptores semicondutores, se os interruptores semicondutores estiverem termicamente ligados à água, a potência nos terminais de alimentação semicondutores é subtraída das perdas de potência medidas. Neste caso, o calor produzido pelos interruptores semicondutores é convertido em energia útil para aquecer a água.

A eficiência estática é calculada da seguinte forma:

Formula

em que:

    η static é o fator de eficiência estática do aparelho,

    P nom é o consumo de energia nominal do produto em kW,

    P loss são as perdas estáticas internas medidas do produto em kW.

c)   Perdas de arranque

Este ensaio determina o tempo t starti que decorre entre o fornecimento de energia aos elementos de aquecimento e o fornecimento de água utilizável para cada escoamento no perfil de carga declarado. O método de ensaio assume que o consumo de energia do aparelho durante o período de arranque é equivalente ao consumo de energia em modo estático. P statici é o consumo de energia estático em condições de estado estacionário do aparelho para o escoamento específico i.

São efetuadas três medições para cada escoamento i. O resultado é a média destas três medições.

As perdas de arranque Q starti são calculadas da seguinte forma:

Formula

em que:

    Qstarti são as perdas de arranque em kWh para um escoamento específico i,

    tstarti é a média dos tempos de arranque medidos em segundos para o escoamento,

    Pstatici é o consumo de energia em estado estacionário medido em kW para um escoamento específico i.

d)   Cálculo da procura de energia

A procura diária de energia Q elec é a soma das perdas e da energia útil de todos os escoamentos individuais i por dia em kWh. A procura de energia diária é calculada da seguinte forma:

Formula

em que:

    Q starti são as perdas de arranque para um escoamento específico i em kWh,

    Q tapi é a energia útil predefinida por escoamento i em kWh,

    η static é a eficiência estática do aparelho.

4.7.   Procedimento de ensaio de controlo inteligente para aquecedores de água

O fator de controlo inteligente (SCF) e a conformidade do controlo inteligente (smart) devem ser determinados de acordo com o anexo IV, ponto 4, do Regulamento (UE) n.o 814/2013 e com o anexo VIII, ponto 5, do Regulamento (UE) n.o 812/2013. As condições para testar a conformidade do controlo inteligente (smart) dos aquecedores de água são indicadas no anexo III, ponto 3, do Regulamento (UE) n.o 814/2013 e no anexo VII, ponto 3, do Regulamento (UE) n.o 812/2013.

Os parâmetros para determinar o SCF devem basear-se em medições reais do consumo de energia com o controlo inteligente ativado e desativado.

«Controlo inteligente desativado» o estado em que a função smart se encontra ativada e a função de controlo inteligente do aquecedor de água se encontra no período de reconhecimento.

«Controlo inteligente ativado» o estado em que a função smart se encontra ativada e a função de controlo inteligente do aquecedor de água modula a temperatura de saída de forma a poupar energia.

a)   Aquecedores de água de reservatório elétricos

Para os aquecedores de água de reservatório elétricos, deve ser utilizada a metodologia de ensaio descrita na norma prEN 50440:2014.

b)   Aquecedores de água com bomba de calor

Para os aquecedores de água com bomba de calor, define-se o SCF pelo método de ensaio proposto em TC59X/WG4; este procedimento segue o prescrito na norma prEN 50440:2014 (ponto 9.2) e deve ser aplicado em conjugação com a norma EN 16147:2011.

Em especial:

o valor de Formula é determinado segundo o procedimento da norma EN 16147, pontos 6.5.2 a 6.5.3.4, e a duração do ciclo de ensaios (tTTC) é de 24h. O valor de Formula é:

Formula

em que W EL-HP-TC e Q EL-TC são definidos pela norma EN 16147.

O valor de Formula deve ser determinado como igual a QTC [kWh], descrito no ponto 6.5.2 da norma EN 16147;

o valor de Formula é determinado segundo o procedimento da norma EN 16147, pontos 6.5.2 a 6.5.3.4, e a duração do ciclo de ensaios (tTTC) é de 24h. O valor de Formula é:

Formula

em que W EL-HP-TC e Q EL-TC são definidos pela norma EN 16147.

O valor de Formula deve ser determinado como igual a QTC [kWh], descrito no ponto 6.5.2 da norma EN 16147;

4.8.   Aquecedores de água solares e sistemas exclusivamente solares, métodos de ensaio e cálculo

Para averiguar a contribuição calorífica não solar anual Q nonsol, expressa em kWh em termos de energia primária e/ou em kWh em termos de GCV, aplicam-se os seguintes métodos:

Método SOLCAL (3)

Método SOLICS (4)

O método SOLCAL requer que os parâmetros de eficiência do coletor solar sejam averiguados separadamente e que o desempenho geral do sistema seja determinado com base na contribuição calorífica não solar para o sistema solar e na eficiência específica de um aquecedor de água autónomo.

a)   Ensaio de coletor solar

Para os coletores solares, aplicam-se, no mínimo, ensaios 4x4, com 4 temperaturas de entrada do coletor diferentes tin espaçadas uniformemente ao longo do intervalo operacional, e medem-se 4 amostras de ensaio por temperatura de entrada do coletor de forma a obter valores de ensaio para a temperatura de saída de água te, a temperatura ambiente ta, a radiação solar G e a eficiência do coletor medida no ponto de ensaio ηcol . Se possível, é selecionada uma temperatura de entrada com tm = ta ± 3 K para obter uma avaliação exata da eficiência sem carga η 0. Com o coletor fixo (sem rastreio automático) e se as condições de ensaio permitirem, devem ser colhidas duas amostras de ensaio antes das 12:00 e duas depois. A temperatura máxima do fluido transportador de calor deve ser selecionada para que reflita o máximo do intervalo operacional dos coletores e resulte numa diferença de temperatura entre o coletor de entrada e o de saída ΔΤ > 1,0 K.

Para a eficiência do coletor instantâneo η col, é obtida, por ajuste da curva estatística dos resultados do ponto de ensaio utilizando o método dos mínimos quadrados, uma curva de eficiência contínua com um formato como o expresso na seguinte equação:

η col = η 0a 1 × T* ma 2 × G (T* m)2

em que:

    T* m é a diferença de temperatura reduzida em m2KW-1, com

T* m = (tm – ta)/G

em que:

    ta é a temperatura do ar ambiente ou exterior;

    tm é a temperatura média do fluido transportador de calor:

tm = tin + 0,5 × ΔΤ

em que:

   tin é a temperatura de entrada do coletor;

    ΔΤ é a diferença de temperatura entre a saída e entrada de fluido (te – tin).

Todos os ensaios devem ser efetuados de acordo com as normas EN 12975-2, EN 12977-2 e EN 12977-3. É permitida a conversão dos parâmetros de modelo, denominados quase-dinâmicos, num caso de referência de estado estacionário de forma a obter os parâmetros acima indicados. O modificador do ângulo de incidência (IAM) deve ser determinado de acordo com a norma EN 12975-2, num ensaio com um ângulo de incidência de 50° em relação ao coletor.

b)   Método SOLCAL

O método SOLCAL requer:

Os parâmetros de coletor solar A sol, η 0, a1, a2 e IAM;

O volume nominal do volume do reservatório (Vnom) em litros, o volume do reservatório de calor não solar (Vbu) em litros e a perda permanente de energia específica (psbsol) em W/K (K expressa a diferença entre a temperatura do reservatório e a temperatura ambiente);

O consumo de eletricidade auxiliar em condições de funcionamento estabilizadas Q aux;

O consumo de energia em modo de vigília solstandby;

O consumo de energia da bomba solpump, de acordo com a norma EN 16297-1:2012.

O cálculo assume valores por defeito para o isolamento específico das condutas do circuito do coletor (= 6 + 0,3 W/Km2) e a capacidade calorífica do permutador térmico (100 W/Km2). A variável m2 representa a área de abertura do coletor. Assume-se, ainda, que os períodos de armazenamento de calor solar são inferiores a um mês.

Com o objetivo de estabelecer o desempenho da eficiência energética total de um sistema exclusivamente solar e de um aquecedor de água convencional ou de um aquecedor de água solar, o método SOLCAL determina a contribuição calorífica não solar anual Q nonsol em kWh com

Q nonsol = SUM (Qnonsoltm) em kWh/a

em que:

    SUM (Qnonsoltm) é a soma de toda a contribuição calorífica não solar mensal do aquecedor de água convencional ou do gerador de calor convencional pertencente a um aquecedor de água solar; com

Qnonsoltm = Lwhtm - LsolWtm + psbSol × Vbu/Vnom × (60 - Ta) × 0,732

A procura mensal de calor do sistema térmico solar é definida da seguinte forma:

Lwhtm = 30,5 × 0,6 × (Q ref + 1,09)

em que:

0,6 representa um fator para calcular a procura média de calor do perfil de carga,

1,09 representa as perdas médias de distribuição.

Efetuam-se os seguintes cálculos:

LsolW1tm = Lwhtm ×(1,029 × Ytm - 0,065×Xtm - 0,245 × Ytm 2 + 0,0018 × Xtm 2 + 0,0215 × Ytm 3)

LsolWtm = LsolW1tm - Qbuftm

O valor mínimo de LsolWtm é 0 e o máximo é Lwhtm

em que:

    Qbuftm é a correção do reservatório solar em kWh/mês, com

Formula

em que:

0,732 é o fator que considera a média do número de horas mensal (24 × 30,5),

Psbsol é a perda permanente de energia específica do reservatório solar em W/K, conforme determinado na alínea a) do ponto 4.8,

Ta é a temperatura mensal média do ar no entorno do reservatório de calor, expressa em °C, com

Ta = 20 quando o reservatório de calor se encontra no interior da envolvente do edifício,

Ta = Touttm quando o reservatório de calor se encontra no exterior da envolvente do edifício,

Touttm é a temperatura média diurna, expressa em °C, para condições climáticas médias, mais frias e mais quentes.

Xtm e Ytm são coeficientes agregados:

Xtm = A sol × (Ac + UL) × etaloop × (Trefw - Touttm) × ccap × 0,732/Lwhtm

O valor mínimo de Хtm é 0 e o valor máximo é 18.

Em que:

Ac = a 1 + а 2 × 40,

UL = (6 + 0,3 × A sol)/A sol são perdas de circuito em W/(m2K),

etaloop = 1 - (η 0 × a 1)/100,

Trefw = 11,6 + 1,18 × 40 + 3,86 × Tcold - 1,32 × Touttm,

Tcold é a temperatura da água fria, sendo 10 °C a referência por defeito,

Touttm é a temperatura média diurna, expressa em °C, para condições climáticas médias, mais frias e mais quentes,

ccap é o coeficiente de armazenamento, com ccap = (75 × A sol/Vsol)0,25,

Vsol é o volume do reservatório solar, definido na norma EN 15316-4-3.

Ytm = A sol × IAM × η 0 × etaloop × QsolMtm × 0.732/Lwhtm

O valor mínimo de Υtm é 0 e o valor máximo é 3.

Em que:

    QsolMtm é a radiação solar global média, expressa em W/m 2, para condições climáticas médias, mais frias e mais quentes.

O consumo de eletricidade auxiliar Q aux é calculado da seguinte forma:

Q aux = (solpump × solhrs + solstandby × 24 × 365)/1 000

em que:

solhrs é o número de horas solares ativas em h, com

solhrs = 2 000 para aquecedores de água solares.

c)   Método SOLICS

O método SOLICS baseia-se no método de ensaio descrito na norma ISO 9459-5:2007. O procedimento para determinar a produção solar é anunciado da seguinte forma:

Termos e definições em conformidade com a norma ISO 9459-5:2007, capítulo 3;

Símbolos, unidades e nomenclatura em conformidade com a norma ISO 9459-5:2007, capítulo 4;

O sistema é montado em conformidade com a norma ISO 9459-5:2007, ponto 5.1;

As instalações de ensaio, a instrumentação e as localizações dos sensores estão em conformidade com a norma ISO 9459-5:2007, capítulo 5;

Os ensaios são realizados em conformidade com a norma ISO 9459-5:2007, capítulo 6;

Com base nos resultados de ensaio, os parâmetros do sistema são identificados em conformidade com a norma ISO 9459-5:2007, capítulo 7. Utilizam-se o algoritmo de ajuste dinâmico e o modelo de simulação, conforme descritos na norma ISO 9459-5:2007, anexo A;

O desempenho anual é calculado com o modelo de simulação descrito na norma ISO 9459-5:2007, anexo A, os parâmetros identificados e as seguintes definições:

Temperatura média diurna, expressa em °C, para condições climáticas médias, mais frias e mais quentes e radiação solar global média, expressa em W/m 2, para condições climáticas médias, mais frias e mais quentes;

Valores por hora para a radiação solar global em conformidade com o ano de referência de ensaio CEC apropriado;

Temperatura da água da rede: 10 °C;

Temperatura ambiente do reservatório (tampão no interior: 20 °C, tampão no exterior: temperatura ambiente);

Consumo de eletricidade auxiliar: por declaração;

Temperatura definida auxiliar: por declaração mas com um valor mínimo de 60 °C;

Temporizador do aquecedor auxiliar: por declaração.

Procura anual de calor: 0,6 × 366 × (Q ref + 1,09)

Em que:

0,6 representa um fator para calcular a procura média de calor do perfil de carga,

1,09 representa as perdas médias de distribuição.

O consumo de eletricidade auxiliar Q aux é calculado da seguinte forma:

Q aux = (solpump × solhrs + solstandby × 24 × 365)/1 000

em que:

solhrs é o número de horas solares ativas em h, com

solhrs = 2000 para aquecedores de água solares.

Com o objetivo de estabelecer o desempenho da eficiência energética total de um sistema exclusivamente solar e de um aquecedor de água convencional ou de um aquecedor de água solar, o método SOLICS determina a contribuição calorífica não solar anual Q nonsol, expressa em kWh em termos de energia primária e/ou em kWh em termos de GCV, como a seguir se indica:

Para os sistemas exclusivamente solares:

Q nonsol =0,6 × 366 × (Q ref +1,09) – QL

em que:

QL é o calor fornecido pelo sistema de aquecimento solar em kWh/a.

Para o aquecedor de água solar:

Q nonsol = Qaux,net

em que:

    Qaux,net é a procura de energia não solar útil em kWh/a.

4.9.   Procedimentos de ensaio para reservatórios

a)   Perdas permanentes de energia

As perdas permanentes de energia S dos reservatórios podem ser averiguadas utilizando qualquer um dos métodos enunciados no ponto 3, incluindo as perdas permanentes de energia do reservatório solar psbsol. Quando os resultados de medição das normas aplicáveis são expressos em kWh/24 horas, o resultado é multiplicado por (1 000/24) para obter valores para S em W. No que se refere à perda permanente de energia específica (por grau de diferença de temperatura entre o reservatório e o ambiente circundante) dos reservatórios solares psbsol, a perda de calor pode ser determinada em W/K utilizando diretamente a norma EN 12977-3 ou pode ser calculada indiretamente dividindo a perda de calor em W por 45 (Tstore = 65 °C, Tambient = 20 °C), de forma a obter um valor em W/K. Quando os resultados da norma EN 12977-3, expressos em W/K, são utilizados para averiguar o valor de S, multiplicam-se por 45.

b)   Volume de armazenamento

O volume do reservatório num aquecedor de água de reservatório elétrico é medido conforme previsto na alínea c) do ponto 4.5.

4.10.   Procedimento de ensaio da potência da bomba solar

A potência da bomba solar é classificada como o consumo elétrico em condições de utilização nominais. Ignoram-se os efeitos de arranque nos primeiros 5 minutos. As bombas solares que possuem controlo contínuo ou que são controladas em três passos, no mínimo, são classificadas como 50 % da potência nominal elétrica da bomba solar.


(1)  Está prevista a substituição futura destes métodos transitórios por normas harmonizadas. Quando estiverem disponíveis, as referências das normas harmonizadas serão publicadas no Jornal Oficial da União Europeia, em conformidade com os artigos 9.o e 10.o da Diretiva 2009/125/CE.

(2)  Valor por defeito, caso o valor não seja determinado calorimetricamente. Alternativamente, se a massa volumétrica e o teor de enxofre forem conhecidos (ex.: por análise básica), o valor calorífico líquido (Hi) pode ser determinado com:

Hi = 52,92 – (11,93 × ρ15) – (0,3 –S) em MJ/kg

(3)  Método baseado na norma EN 15316-4-3, B

(4)  Método baseado na norma ISO 9459-5