RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES Relatório de avaliação intercalar do Programa Erasmus Mundus II (2009-2013) /* COM/2012/0515 final */
ÍNDICE RELATÓRIO DA COMISSÃO AO PARLAMENTO EUROPEU, AO
CONSELHO, AO COMITÉ ECONÓMICO E SOCIAL EUROPEU E AO COMITÉ DAS REGIÕES Relatório de avaliação intercalar do Programa
Erasmus Mundus II (2009-2013) 1........... INTRODUÇÃO............................................................................................................ 3 2........... CONTEXTO DA AVALIAÇÃO EXTERNA................................................................ 3 3........... A AVALIAÇÃO EXTERNA......................................................................................... 4 3.1........ Os critérios da avaliação................................................................................................. 4 3.2........ Metodologia................................................................................................................... 4 3.3........ Conclusões do avaliador................................................................................................. 4 3.3.1..... Novidades do EM II:...................................................................................................... 4 3.3.2..... Outras conclusões gerais................................................................................................. 6 3.3.3..... Pertinência...................................................................................................................... 6 3.3.4..... Eficácia.......................................................................................................................... 6 3.3.5..... Sustentabilidade.............................................................................................................. 7 3.3.6..... Eficiência........................................................................................................................ 7 3.3.7..... Gestão do programa: conceção e
estrutura...................................................................... 8 4........... PRINCIPAIS RECOMENDAÇÕES DA
AVALIAÇÃO EXTERNA........................... 9 4.1........ Recomendações gerais em matéria de
relevância:............................................................ 9 4.2........ Recomendações gerais relevantes em
matéria de eficácia:................................................ 9 4.3........ Recomendações gerais em matéria de
sustentabilidade:.................................................... 9 4.4........ Recomendações gerais em matéria de
eficiência:.............................................................. 9 5........... CONCLUSÕES DA COMISSÃO.............................................................................. 10 1. INTRODUÇÃO A avaliação intercalar do programa Erasmus
Mundus II (EM) foi lançada pela Comissão Europeia, de acordo com as exigências
da Decisão n.º 1298/2008/CE (Erasmus Mundus) do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 16 de dezembro de 2008[1].
O objetivo da presente avaliação consistia em examinar a pertinência, a eficácia,
a sustentabilidade e a eficiência do programa, com uma atenção especial para as
novidades introduzidas na fase II do programa. A avaliação abrangeu todas as
três ações (Ação 1, ação 2 e ação 3) durante o período de execução de
2009-2011. A avaliação foi conduzida pelo Grupo Diretor,
com membros provenientes de direções-gerais da Comissão Europeia (Educação e
Cultura; Desenvolvimento e Cooperação – EuropeAid e Alargamento), do Serviço
Europeu para a Ação Externa e da Agência de Execução relativa à Educação, ao
Audiovisual e à Cultura, todos eles envolvidos no programa EM. O texto integral
da avaliação pode ser obtido através do link http://ec.europa.eu/dgs/education_culture/evalreports/index_en.htm. O presente relatório de avaliação intercalar é
apresentado em conformidade com o artigo 13.º da Decisão EM. Baseia-se nas conclusões
da avaliação intercalar do EM II sobre os resultados obtidos e os aspetos
qualitativos da execução do programa. Expõe a posição da Comissão sobre as
principais conclusões e recomendações da avaliação intercalar. Essas conclusões
e recomendações baseiam-se em inquéritos e entrevistas aprofundados realizados
junto dos participantes no programa EM e das principais partes interessadas. 2. CONTEXTO DA AVALIAÇÃO
EXTERNA O programa EM II (2009 – 2013) tem por
objetivo reforçar a qualidade do ensino superior europeu, ajudar a melhorar as
perspetivas de carreira dos estudantes e promover o diálogo e a compreensão
entre povos e culturas através da cooperação internacional, e ainda contribuir
para o desenvolvimento sustentável de países terceiros na área do ensino
superior, em conformidade com os objetivos de política externa da UE. O programa EM tem um orçamento superior a 950
milhões de euros, com cerca de 494 milhões de euros afetados às ações 1 e 3, a
partir do orçamento da UE em matéria de educação, e 460 milhões de euros
afetados à Ação 2, a partir de uma série de diferentes instrumentos de financiamento.
Estrutura do programa: O programa EM II
(2009-2013) foi executado através das seguintes ações: –
Ação 1: programas conjuntos EM de qualidade
excecional a nível de mestrado e doutoramento, incluindo bolsas de
estudo/bolsas para participação nos programas; –
Ação 2: parcerias EM entre instituições de ensino
superior europeias e de países terceiros, incluindo a atribuição de bolsas de
estudo e de bolsas para a mobilidade a todos os níveis académicos. Esta ação
substitui o antigo regime «Janela de Cooperação Externa»; –
Ação 3: promoção do ensino superior europeu através
de projetos que reforcem a atratividade da Europa enquanto destino de estudos e
centro de excelência a nível mundial. Novidades do EM II: No quadro da fase II, o
âmbito do programa EM foi alargado, passando a integrar as seguintes novas
grandes dimensões: –
Alargamento dos programas conjuntos ao nível do
doutoramento; –
Concessão de bolsas a estudantes europeus; –
Integração do regime «Janela de Cooperação Externa»
no programa EM, a título da Ação 2 e alargamento do seu âmbito de aplicação; –
Participação das instituições de ensino superior de
países terceiros nos programas conjuntos EM. 3. A AVALIAÇÃO EXTERNA 3.1. Os
critérios da avaliação Na sequência de um concurso público[2], o Public Policy and Management
Institute (PPMI) foi selecionado para realizar a avaliação. O período
abrangido pela avaliação intercalar estendeu-se de 2009 a 2011, tendo sido
publicados neste período alguns convites à apresentação de candidaturas com
vista à execução do programa. A avaliação intercalar teve por objetivo fornecer
respostas às perguntas de avaliação relacionadas com a pertinência e utilidade,
eficiência, eficácia, sustentabilidade e valor acrescentado do programa para a
União Europeia. No que diz respeito a cada uma das questões de
avaliação, a avaliação intercalar apresentou recomendações concretas sobre a
forma como a lógica, os objetivos, a conceção, a execução e os resultados podem
ainda ser melhorados do ponto de vista da Comissão, dos beneficiários e dos candidatos
potenciais. 3.2. Metodologia A metodologia aplicada tem início, em primeiro
lugar, com um conjunto de 45 perguntas de avaliação e subperguntas/perguntas
operacionais. Para responder às perguntas, foram definidos indicadores e
critérios explícitos de apreciação. 3.3. Conclusões
do avaliador 3.3.1. Novidades
do EM II: - Os programas conjuntos de doutoramento do
EM: Os programas conjuntos de mestrado e de
doutoramento financiados pela Ação 1 tinham um valor acrescentado considerável,
facilitando o êxito de diplomados quando procuram emprego e/ou mais lugares de
investigador. A experiência internacional e as competências interculturais
podem ser consideradas como os ativos mais importantes que distinguiram os
estudantes EM de outros licenciados. A inclusão da cooperação em matéria de
doutoramento e de pós-doutoramento no quadro do EM II foi uma das inovações
mais frutuosas da fase II, atraindo a participação de um grande número de
instituições de ensino superior de prestígio. - A nova Ação 2 do EM A inclusão da Ação 2, com objetivos
específicos relacionados com a cooperação com países terceiros, foi efetuada no
quadro de uma conceção do programa que incidia sobre o potencial conflito entre
o desenvolvimento sustentável de países terceiros (Ação 2) e a promoção da
excelência (Ação 1). Desta forma, o EM II foi concebido com o objetivo de
evitar a «fuga de cérebros». Esta nova ação inclui duas vertentes: uma para os
países em desenvolvimento (vertente 1) e outra para os países industrializados
(vertente 2). As entrevistas com beneficiários
institucionais e individuais, bem como os estudos de casos, sugerem que os
objetivos em matéria de cooperação e de excelência foram mais complementares do
que contraditórias. Os beneficiários de países terceiros apreciam o grande
impacto positivo da cooperação sobre as capacidades das instituições de ensino
superior dos respetivos países. No entanto, as partes interessadas de países
terceiros salientaram a necessidade de reforçar a reciprocidade entre as
instituições de ensino superior da UE e dos países terceiros. - Concessão de bolsas a estudantes da União
Europeia; De um modo geral, esta nova fase do programa
EM ofereceu valor acrescentado aos estudantes da UE quando procuram emprego ou
mais lugares de investigador (dado que anteriormente tal acontecia apenas para
estudantes de países terceiros). A experiência internacional e as competências
interculturais são ativos importantes do EM que atualmente também beneficiam os
estudantes da UE. Contudo, no quadro da Ação 1, as bolsas para
os estudantes europeus podem ser consideradas as novidades menos bem sucedidas
do programa (as bolsas da categoria B para estudantes da UE não foram
suficientemente valiosas para atrair estudantes). Além disso, sugere-se que a
existência de informações adequadas é crucial para atrair estudantes europeus. Atrair estudantes europeus para a mobilidade
da Ação 2 foi também um desafio. Contudo, os representantes entrevistados das
instituições parceiras na Ação 2, vertente 2 (países industrializados), mostraram-se
firmemente convictos de que a mobilidade de, e para, países terceiros
industrializados deve continuar a figurar nos futuros programas EM, uma vez que
apoia a excelência e oferece grandes oportunidades para criar relações com
instituições de ensino superior das economias importantes de todo o mundo. - Permitir a instituições de ensino superior
de países terceiros participar na Ação 1 do programa, enquanto parceiros de
pleno direito Esta novidade ofereceu às instituições de
ensino superior de países terceiros oportunidades de fazerem parte dos
consórcios de conceção transeuropeia de programas conjuntos. A cooperação entre instituições de ensino
superior da UE e não europeias é entravada pela diversidade de sistemas
nacionais de ensino superior. A participação de instituições de ensino superior
não europeias no programa EM é dificultada por questões regulamentares e de
governação, recursos limitados e características específicas relacionadas com
as várias áreas temáticas. As instituições de ensino superior não pertencentes
à UE e os parceiros da UE têm abordado obstáculos ligados à diversidade dos
sistemas nacionais, questões administrativas, coordenação a nível de consórcio,
atribuição ou diplomas comuns e a diversidade de custos de educação em todo o
consórcio. Em termos gerais, os desafios foram superados numa base ad hoc,
mas no futuro serão necessárias mais medidas sistémicas para resolver essas
questões. No programa EM II, os beneficiários
institucionais mostraram-se entusiastas quanto ao impacto do programa no
reforço dos laços internacionais entre as instituições europeias e as
instituições de países terceiros. Os exemplos demonstraram claramente a
utilidade do programa para internacionalizar os sistemas de ensino superior dos
países participantes (aumentando as oportunidades de cooperação internacional inter-institucional). 3.3.2. Outras
conclusões gerais A presente avaliação intercalar foi útil para
conhecer melhor os objetivos finais dos beneficiários do programa EM II: –
Os beneficiários da Ação 1 argumentaram que a
excelência em matéria de ensino e investigação foi o principal objetivo dos
seus projetos selecionados. –
Os beneficiários da Ação 2 – vertente 1 sublinharam
a cooperação, a mobilidade e o reforço de capacidades. –
As partes interessadas participantes na Ação 2 –
vertente 2 sugeriram que a excelência académica foi a principal motivação das
instituições envolvidas. O programa EM contribuiu para reforçar a
vantagem competitiva da Europa no que respeita ao ensino superior, ajudando os
sistemas de ensino superior a proporcionarem uma imagem mais homogénea no
quadro dos programas conjuntos. Os objetivos do EM II estavam em consonância
com as iniciativas e as prioridades políticas da UE. No entanto, no futuro, o
EM II pode reforçar a sua tónica na empregabilidade dos jovens, o que é
salientado na Estratégia Europa 2020. O programa oferece competências de
carreira valiosas para licenciados, mas a empregabilidade real manteve-se
desigual em termos de regiões e áreas temáticas. 3.3.3. Pertinência Os objetivos do EM II continuaram a ser
altamente pertinentes, mesmo que as necessidades enfrentadas pelos grupos-alvo
e as partes interessadas sejam bastante diversos. Ambos os programas conjuntos
(Ação 1) e mobilidade (Ação 2) contribuem para a promoção da excelência, da
criação de capacidades e do desenvolvimento da cooperação internacional. Os beneficiários de países terceiros
sublinharam o potencial do programa para contribuir para o reforço das
capacidades das suas instituições de ensino superior. O risco da «fuga de
cérebros» de países terceiros continua a existir, mas as partes interessadas
dos países terceiros também sugeriram que o elemento de desenvolvimento poderia
ser reforçado através da garantia de relações mais equilibradas e recíprocas entre
participantes da UE e de países terceiros. O EM II foi estreitamente associado e
complementou outros programas da UE, nomeadamente: Programa Aprendizagem ao
Longo da Vida, Tempus, Alfa, Edulink e ações Marie Curie. 3.3.4. Eficácia Apesar de o programa ter contribuído para
políticas estratégicas da UE, o seu impacto sobre o processo de Bolonha foi
misto e variado nos diferentes países. A contribuição foi muito significativa
em alguns países terceiros, nomeadamente nos países vizinhos, e em especial no
domínio da legislação necessária para o reconhecimento de diplomas conjuntos e
de mecanismos de reconhecimento de créditos. Reconhece-se, no entanto, que é
necessário envidar um esforço adicional nestas questões no âmbito da UE e em
países terceiros. Globalmente, o programa contribui de forma
significativa para reforçar a orientação internacional de instituições
participantes, mas o processo deve ser visto no contexto de uma maior
colaboração internacional e ter em conta as diferentes situações existentes em instituições
de ensino superior. O programa tem sido considerado como uma iniciativa de
«poder discreto» tendente a mudar atitudes e opiniões dos decisores políticos e
das partes interessadas. Nalguns casos, os participantes no EM II já tinham
compromissos de longo prazo em matéria de cooperação internacional. Em termos globais, no que se refere às
dificuldades encontradas, a avaliação identificou três conjuntos de obstáculos
relacionados com a mobilidade: 1) obstáculos relacionados com a diversidade dos
sistemas nacionais de ensino superior; 2) obstáculos relacionados com a
conceção do programa; 3) obstáculos relacionados com a carga administrativa e o
cofinanciamento (os consórcios EM normalmente confiam a administração
centralizada e a gestão às suas instituições de coordenação. Essas instituições
tentam assegurar a eficácia administrativa e financeira, que inclui a
identificação de possíveis fontes de cofinanciamento). 3.3.5. Sustentabilidade As instituições participantes eram geralmente
altamente internacionalizadas e tinham membros do pessoal responsáveis pela
gestão dos projetos internacionais, mas quase metade dos beneficiários
declararam que não dispunham de recursos humanos para fazer face à carga de
trabalho do projeto conjunto EM. As instituições participantes estavam, em
geral, preparadas para a eliminação progressiva do financiamento da UE, mas
esperavam que tal fosse gradual. O rótulo EM permitiu às instituições, que têm
grande qualidade no respetivo domínio mas não têm prestígio a nível internacional,
aceder ao financiamento externo e obter um reconhecimento mais fácil dos seus
cursos. Permitir aos beneficiários anteriores manter o rótulo no final do
período de financiamento reforçaria a sustentabilidade dos seus cursos. A promoção do programa e a exploração dos
resultados podem melhorar a sustentabilidade dos projetos EM. A EMA (associação
de estudantes do EM) está particularmente motivada e ativa na promoção do
programa e no desenvolvimento da identidade dos licenciados EM. As suas atividades
de divulgação assumiram, na sua maioria, a forma de promoção do programa, em
vez de promover a Europa enquanto destino de estudo. 3.3.6. Eficiência O programa foi executado de modo eficaz. A
avaliação mostra os seguintes elementos relativos à eficiência do programa: - A maior parte dos resultados previstos do
programa devem ser alcançados até 2013, com um custo mais baixo do que o
inicialmente previsto. - Os resultados do programa foram realizados
com custos análogos ou mesmo inferiores aos dos regimes de bolsas de estudos
semelhantes. Globalmente, a análise sugere que conseguir os mesmos resultados
com menos financiamento não era problemático, dado que o programa foi executado
eficazmente em termos de orçamento e de resultados alcançados. - Na segunda fase do EM, foram criadas
ferramentas administrativas relevantes, como o cálculo de custos incorridos com
base em montantes fixos. Apesar de o número de relatórios de atividades ter
sido reduzido durante a execução do programa, os beneficiários avaliaram a sua participação
no EM como onerosa. 3.3.7. Gestão
do programa: conceção e estrutura Os beneficiários do programa avaliaram
positivamente a preparação e a execução dos projetos EM, exceto em relação à
grande carga de trabalho administrativo. Os beneficiários sugeriram que eram
possíveis novas medidas de simplificação (por exemplo, relatórios de
atividade), incluindo a substituição da abordagem da recandidatura anual. O acompanhamento e a avaliação dos projetos
foram essencialmente quantitativos. Para o futuro, o potencial do projeto de
avaliação da qualidade EM (EMQA) também pode ser aplicado para avaliar melhor a
qualidade dos programas conjuntos com a participação de peritos. Os beneficiários estavam satisfeitos com os
serviços da Agência de Execução (EACEA) e com as informações e orientações
fornecidas pelas estruturas nacionais, os gabinetes nacionais Tempus e as
delegações da UE. Embora os mecanismos de seleção dos projetos fossem
eficientes, as baixas taxas de sucesso no caso de algumas ações e vertentes
reduziram a confiança dos grupos-alvo na transparência da seleção de projetos. A partilha de responsabilidades entre DG na
execução das ações 1 e 2, bem como a falta de um comité único responsável por
todo o programa, não contribui para o desenvolvimento de sinergias entre as
ações do programa. No entanto, as deficiências em matéria de coordenação
estratégica são, em certa medida, compensadas pela boa coordenação a nível
operacional, visto que a administração de todas as ações é da responsabilidade
de uma única unidade da Agência de Execução (EACEA - Agência de Execução
relativa à Educação, ao Audiovisual e à Cultura). É necessário nomear um comité único (incluindo
representantes da DG EAC, DG DEVCO e de outras direções-gerais e serviços da
Comissão Europeia) para dirigir o programa após 2013. 4. PRINCIPAIS
RECOMENDAÇÕES DA AVALIAÇÃO EXTERNA Recomendações gerais 4.1. Recomendações
gerais em matéria de relevância: De acordo com as recomendações da avaliação
geral, a relevância pode ser reforçada através de objetivos do programa mais
equilibrados e de ligações reforçadas entre o EM e outros programas da UE no
domínio do ensino superior. 4.2. Recomendações
gerais relevantes em matéria de eficácia: A fim de melhorar a eficácia, as recomendações
da avaliação são dirigidas às seguintes questões fundamentais: empregabilidade;
equilíbrio do programa entre objetivos em matéria de excelência, reforço da
capacidade e participação geográfica, incluindo empregadores; facilitar o
procedimento de obtenção de vistos e identificação das melhores práticas. Em relação à empregabilidade, as atividades do
programa podem ser mais abertas à mobilidade internacional e à cooperação no
domínio do ensino profissional prestado por instituições de ensino superior
para a formação de profissionais altamente qualificados. Manter e reforçar o equilíbrio entre os
objetivos do programa em matéria de excelência, desenvolvimento de capacidades
e representação geográfica. Devem ser dados incentivos para abranger um leque
mais vasto de instituições dos países candidatos e potenciais candidatos no
programa, assim como para reforçar as suas capacidades, a fim de garantir uma
mobilidade equilibrada. Devem ser reforçadas as boas práticas que
incluam empregadores, sendo necessário desenvolver ações de sensibilização nos
países candidatos e potenciais candidatos. Uma vez que os principais entraves estão
relacionados com questões administrativas, é importante que a DG EAC continue a
apoiar a ação da Comissão Europeia para facilitar o procedimento de obtenção de
vistos para os beneficiários dos programas de mobilidade europeus, atualmente
aplicado através da emissão de diretivas. As boas práticas devem ser integradas para
candidatos e beneficiários. 4.3. Recomendações
gerais em matéria de sustentabilidade: Garantir a sustentabilidade é uma grande
preocupação partilhada pelos beneficiários do EM. As recomendações em matéria
de sustentabilidade estão relacionadas com uma melhor utilização dos limitados
recursos financeiros da UE. A partilha de boas práticas e um programa mais
integrado também podem ser úteis. Apesar de existir um risco de dependência em
relação ao financiamento da UE, também é verdade que os pedidos de
financiamento de outros instrumentos exigem redes universitárias com maturidade
e em expansão, contribuindo assim para a excelência dos cursos e a formação de
parcerias. É importante partilhar boas práticas para
ajudar os parceiros a reforçar os seus mecanismos de reconhecimento e poupar
recursos necessários ao seu desenvolvimento. 4.4. Recomendações
gerais em matéria de eficiência: De acordo com as recomendações da avaliação
intercalar, a eficiência do programa pode ser reforçada através de um maior
equilíbrio entre ações (nomeadamente ligando as dotações financeiras para cada
ação a objetivos políticos claramente identificados, que tomem em devida
consideração as necessidades específicas de diferentes regiões do mundo na
definição das prioridades temáticas, do nível de intervenção – pré-graduado,
mestrado, doutoramento em relação à mobilidade de créditos, etc., melhorar o
acompanhamento e a avaliação de projetos futuros e racionalizar a promoção do
programa. Reconsiderar o equilíbrio entre diferentes
ações e as suas vertentes no programa após 2013, em sintonia com objetivos
políticos claramente identificados e com vista a maximizar as oportunidades de
sucesso. Melhorar o acompanhamento e a avaliação dos
projetos futuros através de um maior equilíbrio entre avaliação qualitativa e
quantitativa, envolvendo peritos no terreno nas visitas de acompanhamento e de
avaliação do projeto. Prosseguir o projeto de avaliação da qualidade EM e
reforçar os seus laços com o acompanhamento do projeto. Racionalizar a promoção do programa através de
diferentes ações do programa após 2013, mantendo-se o atual quadro
institucional que envolve a Agência Executiva, as estruturas nacionais e as
delegações da UE. 5. CONCLUSÕES DA COMISSÃO A Comissão concorda com a avaliação global do
avaliador de que o programa EM II tem prestado um forte apoio e dado um
importante contributo para o processo de internacionalização do Espaço Europeu
do Ensino Superior. O programa continua a ser extremamente
importante para promover a excelência, a cooperação internacional, a mobilidade
e o reforço da capacidade académica. Durante a primeira metade do programa EM
(2009 – 2011), o programa demonstrou a sua eficácia no reforço da orientação da
estratégia internacional das instituições participantes, proporcionando
simultaneamente a sustentabilidade das atividades estratégicas de constituição de
redes. A avaliação intercalar do EM revela um programa que foi executado de
modo eficaz com uma muito boa relação custo/benefício. As três ações do programa apresentaram
excelentes resultados para os estabelecimentos de ensino superior, os
estudantes e os académicos dos Estados-Membros da UE e de países terceiros. A
Ação 1 contribuiu para melhorar a excelência do ensino e da aprendizagem, bem
como para apoiar as redes institucionais. A Ação 2 do EM II – parcerias - foi importante
no apoio à cooperação internacional no domínio do ensino superior e bastante
eficiente no que se refere à inclusão de instituições de países terceiros como
membros de parcerias internacionais que apoiam a mobilidade académica. A Ação 3 do EM II foi eficaz para dar
coerência e sustentabilidade a todo o programa. O EM II foi concebido de modo a incluir 4
novidades tendentes a superar diversas deficiências, lacunas e insuficiências
observadas na fase anterior (2004 - 2008). Mesmo se a novidades carecem de
aperfeiçoamentos, o resultado global é altamente positivo, nomeadamente no que
se refere à integração da nova Ação 2, à participação mais ativa de parceiros
de países terceiros em consórcios e nas bolsas de estudos oferecidas a
estudantes da União Europeia. A Comissão toma nota das conclusões da
presente avaliação a favor de melhorias suscetíveis de serem introduzidas
durante a segunda metade do programa e nos anos seguintes. Em especial, a Comissão congratula-se com a
recomendação 4.1, no sentido de reforçar a importância do reforço das relações
entre o EM e outros programas da UE no domínio do ensino superior. Essa
recomendação reflete em grande medida a opção preferida identificada na
avaliação de impacto sobre a dimensão internacional das ações em matéria de
ensino superior do futuro programa integrado para o período de 2014-2020. Essa
opção (com base na qual a Comissão elaborou a sua proposta para o futuro
programa integrado Erasmus para Todos – programa para o ensino, a formação, a
juventude e o desporto) destina-se a reforçar os objetivos e maximizar o
impacto através da concentração e de uma arquitetura racionalizada. A
utilização dessa opção na conceção do futuro programa integrado deve criar as
ligações necessárias no âmbito de programas internos (entre o programa Erasmus
e o Erasmus Mundus) e entre as políticas internas e externas e os programas no
domínio do ensino superior (Erasmus Mundus, Tempus, EDULINK, Alfa, Atlantis,
etc.). Espera-se também que reforce as ligações entre mobilidade e parcerias
(incluindo o reforço das capacidades e medidas de apoio a políticas) e preste
apoio para aumentar a qualidade geral e a importância do ensino superior,
reforçando os laços entre políticas e programas, acompanhando as universidades
na sua estratégia de internacionalização e na modernização do ensino superior
nos países terceiros, bem como o desenvolvimento do seu capital humano. A Comissão também concorda com a recomendação
4.2, destinada a melhorar a eficácia do programa, permitindo um maior
equilíbrio entre excelência e reforço das capacidades (nomeadamente ligando as
dotações financeiras para cada ação a objetivos políticos claramente definidos,
refletindo as necessidades dos diferentes regiões do mundo), uma maior
participação dos empregadores e contribuindo para melhorar - tanto quanto
possível - o processo de obtenção de vistos. Em relação à recomendação 4.3, a Comissão já
está a apoiar (e continuará a fazê-lo) a sustentabilidade, através de
diferentes iniciativas como a criação da marca «Erasmus Mundus» e a criação de
um pólo que agrupe todas as melhores práticas de sustentabilidade no quadro do
programa Erasmus Mundus. No que diz respeito à recomendação 4.4, a
Comissão concorda com a necessidade de melhorar o acompanhamento e a avaliação
dos projetos e de racionalizar a promoção do programa (com vista a reforçar o
quadro institucional atual que envolve a Agência de Execução, as estruturas
nacionais e as delegações da UE). Tal será efetuado no âmbito do futuro
programa integrado, utilizando os instrumentos desenvolvidos na sua fase atual,
especialmente no âmbito do projeto de avaliação da qualidade do programa EM. [1] JO L 340 de 19.12.2008, p. 83. [2] Concurso limitado ao abrigo do contrato-quadro múltiplo
EAC/50/2009, para efeitos de avaliação, avaliação de apoio conexo e avaliação de
impacto.