16.10.2009   

PT

Jornal Oficial da União Europeia

C 248/26


Publicação de um pedido de registo em conformidade com o n.o 2 do artigo 6.o do Regulamento (CE) n.o 510/2006 do Conselho relativo à protecção das indicações geográficas e denominações de origem dos produtos agrícolas e dos géneros alimentícios

2009/C 248/08

A presente publicação confere um direito de oposição nos termos do artigo 7.o do Regulamento (CE) n.o 510/2006 do Conselho. As declarações de oposição devem dar entrada na Comissão no prazo de seis meses a contar da data do presente aviso.

FICHA-RESUMO

REGULAMENTO (CE) N.o 510/2006

«GYULAI KOLBÁSZ» OU «GYULAI PÁROSKOLBÁSZ»

N.o CE: HU-PDO-0005-0394-21.10.2004

DOP ( ) IGP ( X )

A presente ficha-resumo expõe os principais elementos do caderno de especificações, para efeitos de informação.

1.   Serviço competente do Estado-Membro:

Nome:

Földművelésügyi és Vidékfejlesztési Minisztérium, Élelmiszerlánc-elemzési Főosztály

Endereço:

Budapest

Kossuth Lajos tér 11.

1055

MAGYARORSZÁG/HUNGARY

Tel.

+36 13014419

Fax

+36 13014808

E-mail:

zobore@fvm.hu

2.   Agrupamento:

Csoportosulás a GYULAI földrajzi árujelző alkalmazása érdekében

Nome:

Gyulai Húskombinát Zrt.

Endereço:

Gyula

Kétegyházi út 3.

5700

MAGYARORSZÁG/HUNGARY

Tel.

+36 66620220

Fax

+36 66620202

E-mail:

info@gyulahus.hu

Nome:

Csabahús Kft.

Endereço:

Békéscsaba

Kétegyházi út 8.

5600

MAGYARORSZÁG/HUNGARY

Tel.

+36 66443211

Fax

+36 66441723

E-mail:

csabahus@csabahus.hu

Composição:

Produtores/transformadores ( X ) Outra ( )

3.   Tipo de produto:

1.2. —

Produtos à base de carne

4.   Caderno de especificações:

[resumo dos requisitos previstos no n.o 2 do artigo 4.o do Regulamento (CE) n.o 510/2006]

4.1.   Nome:

«Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász».

4.2.   Descrição:

O «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász» é um enchido feito de carne picada e de toucinho rijo de suínos provenientes do cruzamento da raça húngara para produção de carne Large White, com as raças húngaras Mangalica e Lapály de pelo comprido, bem como as raças Hampshire, Duroc e Pietrain e seus híbridos. Os suínos são engordados até alcançarem, no mínimo, 135 kg. Para que a carne obtenha a qualidade necessária para a produção de «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász», procede-se à desossagem manual, que assegura a extracção eficaz dos tendões aquando da transformação de quase todas as peças de carne do suíno.

O enchido é um produto à base de carne com um teor proteico de, no mínimo, 15 % (m/m), sem tecido conjuntivo, constituído por carne de suíno e toucinho cortados em fragmentos de 4 a 6 mm. Esta massa é introduzida em tripas de intestino delgado de suíno (ou, se o produto final se destinar a ser vendido fatiado, tripas sintéticas permeáveis ao vapor). Apresenta-se em pares, é temperado com sal, pimentão-doce e pimento vermelho moídos, alho, pimenta e alcaravia moída, é fumado essencialmente sobre madeira de faia e é curado e preservado seco.

O «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász» tem um diâmetro de 26-40 mm e é vendido em pares, de 18 a 26 cm de comprimento, ou fatiado. O invólucro dos enchidos apresenta-se limpo, intacto, sem bolores, ligeiramente rugoso e com saliências, de cor vermelho-escuro deixando aperceber fragmentos de toucinho. A massa é compacta, flexível, coesa e fácil de cortar. Ao corte, a superfície revela fragmentos de carne e toucinho de 4-6 mm integrados na massa e distribuídos regularmente. Tem um aroma agradável com notas de fumo e especiarias que, tal como o paladar harmonioso, se deve à sua condimentação.

É vendido em pares, ostentando um rótulo num dos enchidos. O produto é acondicionado em pares no vácuo ou em atmosfera modificada, numa película alimentar em que figuram indicações impressas. O produto para venda fatiado é mais comprido e não é acondicionado em pares: tira-se-lhe o invólucro e, depois de cortado, é vendido em embalagens no vácuo de diversos tamanhos.

Composição química do produto:

Actividade de água:

máximo 0,91

Rácio água/proteína:

máximo 1,5

Rácio matéria gorda/proteína:

máximo 2,7

Teor em proteínas sem tecido conjuntivo:

mínimo 15 %

Teor em cloreto de sódio:

máximo 5,0 %.

4.3.   Área geográfica:

O «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász» é produzido no território administrativo dos municípios de Gyula e Békéscsaba.

4.4.   Prova de origem:

Todas as matérias-primas e outras matérias entregues na unidade de transformação são registadas com um código de identificação, que figura tanto na documentação como nas próprias matérias.

Ao produto a elaborar é dado um número de código permanente que permite identificá-lo em cada fase do processo. É também utilizado para identificar o produto acabado um número de unidade, que contém o número de código do produto e a data de fabrico. Os documentos sobre a produção incluem informações sobre as matérias-primas e as outras matérias. O código identificativo da unidade aplica-se a toda a produção diária.

O rótulo do produto embalado ostenta a data da embalagem e a data-limite de consumo.

Esta informação permite ligar o número de identificação ao produto com base na documentação diária sobre o acondicionamento.

Os documentos classificados permitem garantir que todas as informações sobre a produção de qualquer produto acabado sejam encontradas posteriormente.

4.5.   Método de obtenção:

O «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász» é constituído por carne das pernas, espáduas, chispes, diafragmas, lombos e cachaço, obtida exclusivamente a partir da desmancha manual de meias carcaças (sem cabeça nem patas), e por toucinho rijo (sem glândulas), de animais resultantes do cruzamento de raças específicas de suíno.

A carne (congelada a uma temperatura compreendida entre – 2 e – 4 °C ou previamente refrigerada a uma temperatura compreendida entre 0 e 7 °C) é triturada na máquina até se obterem fragmentos de 4-6 mm, acrescentando-se então as especiarias e o nitrito. A massa obtida, com uma temperatura de 0 a – 4 °C, é injectada, à máquina, em tripas do intestino delgado do suíno ou em tripas artificiais permeáveis ao vapor, apresentadas em pares e amarradas na ponta.

Seguidamente, os enchidos são colocados durante 2 ou 3 dias numa sala à temperatura de 20 °C, com humidade relativa de 90 a 70 %, onde são fumados sobre troncos de madeira dura (principalmente faia) de combustão lenta.

Depois de fumados, os enchidos são curados e secos. A fim de evitar defeitos de qualidade (formação de crostas), os parâmetros de cura são calibrados de forma a que a diferença entre a humidade relativa equilibrada dos enchidos e a humidade relativa do meio não exceda 4 a 5 %. A temperatura ambiente típica varia entre 16 e 18 °C; a humidade relativa ambiente inicial de 90 a 92 % é gradualmente reduzida para 65 a 70 %. O processo de secagem é prosseguido até a actividade de água nos enchidos atingir 0,91, o que dura 14 a 16 dias. Por último, tem lugar a pós-maturação: nesta fase, em que o teor de humidade do produto se equilibra, a superfície das fatias cortadas torna-se regular, a massa torna-se friável e a cor estabiliza-se graças ao efeito antioxidante das especiarias naturais. Estas características, aliadas a um sabor sui generis e harmonioso, distinguem este enchido dos outros produtos comercializados de imediato.

4.6.   Relação:

 

Apresentação da área geográfica:

Os municípios de Gyula e Békéscsaba estão situados numa das regiões mais baixas do país, na ponta sudeste da Grande Planície, a uma altitude de, respectivamente, 87 e 88 metros acima do nível do mar. Esta região tem clima continental moderado, característico de toda a Grande Planície, com influências continentais dominantes, embora as influências dos climas mediterrânico e oceânico estejam por vezes presentes. A paisagem e o clima na região de Gyula e Békéscsaba são moldadas pelos rios. Igualmente importantes são as florestas, especialmente a de Mályvád, perto de Gyula, que conta com variedades de árvores primordiais. A cultura do trigo e a pecuária têm aqui tradições antigas, graças às condições agro-ecológicas favoráveis da região. Todos estes elementos favoreceram o desenvolvimento, nos arredores imediatos de Gyula e de Békéscsaba, de uma zona de repouso importante para as caravanas de comerciantes que atravessavam os Balcãs rumo às feiras em Viena, a partir de 1880. Em especial, paravam aí, para um curto descanso, negociantes a caminho ou de volta de feiras de gado; as florestas e os rios eram locais excelentes para descansar, alimentar, dar de beber e molhar os animais. Os animais feridos podiam ser abatidos e transformados nestas terras. Os talhantes e magarefes mais astutos tratavam de satisfazer estas necessidades e de proporcionar alojamento e alimentação a um grande número de forasteiros. Desta forma estabeleceram as fundações das futuras empresas de transformação de carne destas cidades. No início do século XX, os talhantes possuíam já um grande saber-fazer e apresentavam os seus produtos em várias feiras nacionais e internacionais muito importantes.

 

História e reputação do enchido «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász»:

O verdadeiro renome internacional deste enchido deve-se a József Balogh Jr., que ganhou uma medalha de ouro na feira internacional de 1910 em Bruxelas. A empresa criada por József Balogh tornou-se um grande negócio familiar. A produção mecanizada em grande escala de «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász» está ligada ao nome de András Stéberl, que, em 1912, era aprendiz no talho de József Balogh, onde aprendeu os segredos do ofício; em 1935, András Stéberl, que entretanto se tinha tornado mestre salsicheiro, levou os seus produtos à feira internacional de Bruxelas. O pequeno par de enchidos gyulai obteve um diploma de ouro. András Stéberl comprou uma instalação de fabrico em plena cidade, tendo aí começado a produção industrial de «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász» e outros enchidos secos. Esta instalação tornou-se uma das maiores indústrias de transformação de carne na região, empregando pessoal competente das zonas vizinhas.

A produção de «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász» prosseguiu após a 2.a Guerra Mundial e a nacionalização e concentração de empresas no início da era comunista. Como o atestam vários galardões e prémios de qualidade, as tradições centenárias foram desde então combinadas com êxito com as novas técnicas e tecnologias.

Feira internacional de Bruxelas, 1910, medalha de ouro, diploma com menção honrosa;

Feira internacional de Bruxelas, 1935, diploma de ouro, diploma com menção honrosa;

Direito de utilizar o emblema do Kiváló Áruk Fóruma (marca de qualidade húngara);

Prémio de Foodapest de 2000;

Magyar Termék Nagydíj (grande prémio para produtos húngaros) de 2001;

Magyar Minőség Háza (casa da qualidade húngara) de 2001; e

Prémio especial para o desenvolvimento das exportações de 2001.

Artigos da imprensa nacional e regional consolidaram a reputação do «Gyulai kolbász» ou «Gyulai pároskolbász».

4.7.   Estrutura de controlo:

Nome:

Békés Megyei Mezőgazdasági Szakigazgatási Hivatal Élelmiszerlánc-biztonsági és Állategészségügyi Igazgatóság

Endereço:

Békéscsaba

Szerdahelyi út 2.

5700

MAGYARORSZÁG/HUNGARY

Tel.

+36 66540240

Fax

+36 66547440

E-mail:

karpatia@oai.hu

4.8.   Rotulagem: