13.6.2019   

PT

Jornal Oficial da União Europeia

C 197/2


DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO

de 4 de junho de 2019

relativa à publicação, no Jornal Oficial da União Europeia, de um pedido de alteração do caderno de especificações de uma denominação do setor vitivinícola, ao abrigo do artigo 105.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho

[Vigneti delle Dolomiti/Weinberg Dolomiten (IGP)]

(2019/C 197/02)

A COMISSÃO EUROPEIA,

Tendo em conta o Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia,

Tendo em conta o Regulamento (UE) n.o 1308/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 17 de dezembro de 2013, que estabelece uma organização comum dos mercados dos produtos agrícolas e que revoga os Regulamentos (CEE) n.o 922/72, (CEE) n.o 234/79, (CE) n.o 1037/2001 e (CE) n.o 1234/2007 do Conselho (1), nomeadamente o artigo 97.o, n.o 3,

Considerando o seguinte:

(1)

A Itália apresentou um pedido de alteração do caderno de especificações da denominação «Vigneti delle Dolomiti»/«Weinberg Dolomiten», ao abrigo do artigo 105.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013.

(2)

A Comissão examinou o pedido e concluiu terem sido cumpridas as condições previstas nos artigos 93.o a 96.o, no artigo 97.o, n.o 1, bem como nos artigos 100.o, 101.o e 102.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013.

(3)

A fim de possibilitar a apresentação de declarações de oposição nos termos do artigo 98.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013, o pedido de alteração ao caderno de especificações da denominação «Vigneti delle Dolomiti»/«Weinberg Dolomiten» deve ser publicado no Jornal Oficial da União Europeia,

ADOTOU A PRESENTE DECISÃO:

Artigo único

O pedido de alteração do caderno de especificações da denominação «Vigneti delle Dolomiti»/«Weinberg Dolomiten» (IGP), em conformidade com o artigo 105.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013, consta do anexo da presente decisão.

Nos termos do artigo 98.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013, a publicação da presente decisão no Jornal Oficial da União Europeia confere, por um período de dois meses, o direito de oposição à alteração do caderno de especificações referida no primeiro parágrafo do presente artigo.

Feito em Bruxelas, em 4 de junho de 2019.

Pela Comissão

Phil HOGAN

Membro da Comissão


(1)  JO L 347 de 20.12.2013, p. 671.


ANEXO

PEDIDO DE ALTERAÇÃO DO CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES

«VIGNETI DELLE DOLOMITI»/«WEINBERG DOLOMITEN»

PGI-IT-A0755-AM02

Data do pedido: 14.4.2015

1.   Normas aplicáveis à alteração

Artigo 105.o do Regulamento (UE) n.o 1308/2013 – Alteração não menor

2.   Descrição e motivos da alteração

2.1.   Inclusão de novas categorias de vinhos espumantes

A alteração diz respeito à inclusão das seguintes categorias de vinhos espumantes:

vinho «espumante» branco e rosé,

vinho «espumante de qualidade» branco e rosé,

vinho «espumante aromático de qualidade» branco.

Motivos: Há mais de cem anos que se produzem vinhos espumantes na província de Trento pelo método de fermentação secundária em garrafa. Mais recentemente, na década de 50 e 60 do século passado, começaram a produzir-se vinhos genéricos e varietais através do método de fermentação secundária em grandes cubas (método Charmat). Só na província de Trento, esta produção corresponde atualmente a cerca de 3,5 milhões de garrafas, podendo uma parte considerável beneficiar da IGP em causa por ter as características exigidas.

Esta alteração propõe que o segmento acima referido beneficie de um nível de proteção mais elevado e de uma ligação mais estreita com o território de origem, incluindo-o no caderno de especificações da IGP «Vigneti delle Dolomiti» e sujeitando-o às mesmas regras que há muito se aplicam aos vinhos frisantes naturais.

Um pequeno número de empresas efetua o grosso da produção de vinhos espumantes através do método Charmat. No entanto, quando a produção das explorações é pequena, a transformação faz-se cada vez com maior frequência por terceiros, devido aos elevados custos de investimento necessários para que as explorações obtenham os sistemas e tecnologias necessários a este tipo de produção. Existe, pois, um número cada vez maior de explorações que desejam melhorar os seus vinhos, transformando-os em vinhos espumantes por fermentação secundária em autoclave.

Por esta razão se propôs que a transformação em vinho espumante possa ser efetuada em todo o território das regiões do Veneto e da Lombardia, em explorações capazes de demonstrar que seguiram a tradição de produção de vinhos IGP «Vigneti delle Dolomiti» e/ou a transformação dos mesmos em vinhos frisantes naturais durante as últimas cinco campanhas vitícolas.

Além de proporcionar aos consumidores uma indicação precisa da origem geográfica do produto, a possibilidade de classificar estes produtos como IGP «Vigneti delle Dolomiti» deve igualmente justificar o aumento do valor do produto no que diz respeito ao seu posicionamento na tabela de preços, com um ajuste do preço por garrafa e, consequentemente, do valor das uvas utilizadas.

Além disso, a distinção conferida pela IGP «Vigneti delle Dolomiti» permitirá diferenciar a produção local da vasta gama de vinhos espumantes genéricos ou varietais e evitará a política de preços imposta pela presença generalizada destes produtos no mercado.

A presente alteração diz respeito aos artigos 2.o, 6.o e 8.o do caderno de especificações e às seguintes secções do documento único: ponto 2.3 «Categorias de produtos vitivinícolas», 2.4 «Descrição dos vinhos», 2.5.1 «Práticas enológicas específicas» e 2.8 «Relação com a área geográfica»

2.2.   Inclusão de novas variedades na combinação de castas

A alteração diz respeito à inclusão, na combinação de castas, das seguintes variedades introduzidas nas províncias respetivas situadas na zona de produção da IGP «Vigneti delle Dolomiti»:

BRONNER (B)/(Bolzano e Trento),

CARMENÈRE (T)/(Bolzano),

DIOLINOIR (T)/(Bolzano),

HELIOS (B)/(Trento),

JOHANNITER (B)/(Trento),

SOLARIS (B)/(Bolzano e Trento),

TURCA (T)/(Trento).

Estas novas castas de uva são, assim, adicionadas às castas já autorizadas para as províncias em causa.

A alteração proposta é particularmente significativa, já que os híbridos interespecíficos da Vitis Vinifera e de outras espécies do género Vitis são naturalmente resistentes aos principais agentes patogénicos da vinha (míldio e oídio) dispensando, assim, tratamentos químicos. Esta característica particular significa que as vinhas se cultivam sobretudo perto de zonas «sensíveis», como escolas, zonas urbanizadas, instalações desportivas, ciclovias, etc.

Tendo, assim, em conta estas qualidades ambientais, o aumento da superfície plantada com as variedades em causa e os resultados favoráveis obtidos pela vinificação dessas variedades inovadoras, esta alteração visa conferir aos produtos o nível necessário de reconhecimento e de proteção.

A possibilidade de colocar no mercado vinhos IGP com os nomes dessas variedades nos rótulos aumentaria o seu valor.

A possibilidade de mencionar as variedades no rótulo, juntamente com a indicação geográfica «Vigneti delle Dolomiti», aumentaria o valor individual dos produtos. Há que ter em conta que estas variedades são, por vezes, pouco conhecidas ou apreciadas pelos consumidores porque, até à data, não era possível mencioná-las nos rótulos dos vinhos em questão.

Esta alteração diz respeito ao artigo 2.o do caderno de especificações e à secção 2, ponto 2.7 do documento único «Castas de uva de vinho».

2.3.   Produção de vinhos com indicação das castas «bianchetta trevigiana» ou «pavana» no rótulo

Acrescentam-se às categorias «vinho» e «vinho frisante natural» os tipos de vinhos cujos nomes das castas figuram nos seus rótulos.

BIANCHETTA TREVIGIANA (B),

PAVANA (T).

Motivos: A alteração proposta permite a produção de vinhos das castas «bianchetta trevigiana» e «pavana» e a menção das castas no rótulo, conforme a regulamentação da União Europeia.

As variedades em questão foram, efetivamente, já incluídas na combinação de castas do caderno de especificações da IGP «Vigneti delle Dolomiti» para a produção dos tipos brancos e tintos/rosés, respetivamente. A presente alteração visa, assim, no interesse dos produtores, permitir a indicação dos nomes destas duas variedades nos rótulos dos vinhos em causa.

Nesta secção do documento único, em particular, as duas castas acima mencionadas não estão incluídas na lista de castas cuja menção no rótulo é proibida.

Esta alteração diz respeito ao artigo 2.o do caderno de especificações e à secção 2, ponto 2.9 do documento único «Outras condições».

2.4.   Exceções que permitem a transformação dos vinhos em vinhos espumantes e vinhos frisantes naturais nas regiões limítrofes

O caderno de especificações já permite a vinificação normal de vinhos tranquilos nas regiões limítrofes (Veneto e Lombardia), contanto que as explorações em causa demonstrem terem produzido, de forma ininterrupta, vinhos IGP «Vigneti delle Dolomiti» nas cinco últimas campanhas vitícolas.

A presente alteração visa permitir que o vinho seja transformado em vinho frisante e espumante na mesma área autorizada para vinhos tranquilos.

Motivos: A possibilidade de transformar vinho em vinho espumante e em vinho frisante natural nas regiões limítrofes justifica-se pelo facto de poderem realizar-se nessas regiões as operações normais de vinificação (já previstas no caderno de especificações). Deve ter-se em conta que estes processos não são considerados etapas posteriores à vinificação, mas antes parte integrante da produção vinícola, pelo que só podem ser efetuados dentro da área de produção delimitada.

Quando a produção de vinhos frisantes e espumantes das explorações é pequena, a transformação faz-se cada vez com maior frequência por terceiros, devido aos elevados custos de investimento necessários para que as explorações possam obter os sistemas e tecnologias necessários a este tipo de transformação. É prática habitual dos operadores locais pedir às explorações das regiões limítrofes do Veneto e da Lombardia que efetuem essa transformação, sobretudo se a produção for pequena.

Esta alteração diz respeito ao artigo 5.o do caderno de especificações e à secção 2, ponto 2.9 do documento único «Outras condições».

2.5.   Prática enológica de lotação dos vinhos e dos mostos

O parágrafo relativo à prática enológica de lotação dos vinhos e dos mostos, inclusive com produtos provenientes do exterior da área (até um máximo de 15 %), é reformulado para excluir a possibilidade de utilizar, mesmo parcialmente, vinhos provenientes de castas diferentes das que podem ser cultivadas nas províncias de Trento, Bolzano e Belluno.

Motivos: A alteração visa prestar aos operadores informações mais precisas, ainda que mais restritivas que as do caderno de especificações anterior, sobre a possibilidade de recurso à prática tradicional da lotação. Visa, em particular, evitar que esta se faça com variedades de uvas diferentes das que são cultivadas na área, afetando negativamente a caracterização e as características típicas destes vinhos.

Esta alteração diz respeito ao artigo 5.o do caderno de especificações e à secção 2, ponto 2.5.1 do documento único «Práticas enológicas específicas».

DOCUMENTO ÚNICO

1.   Denominação a registar

 

«Vigneti delle Dolomiti»

 

Weinberg Dolomiten

2.   Tipo de indicação geográfica

IGP – Indicação Geográfica Protegida

3.   Categoria de produtos vitivinícolas

1.

Vinho

4.

Vinho espumante

5.

Vinho espumante de qualidade

6.

Vinho espumante aromático de qualidade

8.

Vinho frisante natural

15.

Vinho proveniente de uvas passas

16.

Vinho de uvas sobreamadurecidas

4.   Descrição do(s) vinho(s)

Vinho branco «Vigneti delle Dolomiti» pertencente às categorias «vinho» e «vinho frisante natural», com ou sem indicação de uma ou duas castas

Em termos cromáticos, estes vinhos brancos vão do amarelo-palha ao dourado, podendo apresentar reflexos esverdeados ou acobreados, no caso do pinot grigio.

Os vinhos caracterizam-se pela finura dos aromas, com notas frutadas que refletem geralmente a principal casta utilizada, mas também a «personalidade» típica dos produtos de montanha.

O sabor dos vinhos, que podem ir do seco ao doce, é harmonioso, bem estruturado e saboroso, apresentando bom equilíbrio entre o álcool e a acidez.

A presença de gás carbónico aumenta a frescura e vivacidade dos vinhos frisantes brancos.

Quando são colocados no mercado, os vinhos brancos que indicam o(s) nome(s) de uma ou duas castas apresentam, para além das qualidades acima descritas, as características organoléticas da sua casta ou castas.

Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica): 10 %

Extrato não redutor mínimo: 14,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

 

Acidez total mínima

3,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

«Vigneti delle Dolomiti» rosé, pertencente às categorias «vinho» e «vinho frisante natural», com ou sem indicação de uma ou duas castas

Estes vinhos rosés «prontos para consumo» obtêm-se essencialmente a partir das castas schiava, merlot e teroldego.

Apresentam uma cor rosada de intensidade variável em função do processo de vinificação e da duração do contacto com as películas.

O aroma é fino e delicado, com agradáveis notas frutadas.

O sabor é fresco e harmonioso, a acidez equilibrada. Podem ir do seco ao doce.

A presença de gás carbónico aumenta a frescura e vivacidade dos vinhos frisantes naturais.

Quando são colocados no mercado, os vinhos rosés que indicam o(s) nome(s) de uma ou duas castas apresentam, para além das qualidades acima descritas, as características organoléticas da casta ou castas a partir das quais o vinho foi produzido.

Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica): 10 %

Extrato não redutor mínimo: 15,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

 

Acidez total mínima

3,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

«Vigneti delle Dolomiti» tinto pertencente às categorias «vinho» e «vinho frisante natural», com ou sem indicação de casta

Estes vinhos apresentam cor rubi de intensidade variável e, por vezes, reflexos alaranjados, se foram sujeitos a envelhecimento. Aroma vinoso, por vezes etéreo ou frutado; consoante a casta utilizada, podem apresentar aromas frutados bem desenvolvidos, de intensidade variável, se forem envelhecidos.

Sabor harmonioso, encorpado, por vezes, amargo e austero. Podem ir do seco ao doce.

O vinho tinto «novello» apresenta os aromas e sabores característicos da técnica de vinificação das uvas por maceração carbónica, que reforça o perfil vinoso e as notas típicas da casta.

A presença de gás carbónico acentua a vivacidade dos vinhos frisantes naturais.

Quando são colocados no mercado, os vinhos tintos que indicam o(s) nome(s) de uma ou duas castas apresentam, para além das qualidades acima descritas, as características organoléticas da casta ou castas a partir das quais o vinho foi produzido.

Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica):

11 % para a tipologia «novello»,

10 % para outros tipos.

Extrato não redutor mínimo: 18,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

 

Acidez total mínima

3,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

«Vigneti delle Dolomiti» branco pertencente às categorias (15) e (16), incluindo a menção tradicional «passito» ou «vino passito», sem indicação da casta

São vinhos de grande personalidade e caráter. A cor varia entre o amarelo-dourado e o âmbar.

O aroma é delicado, fino e característico, com notas de uvas passas, por vezes especiadas.

Sabor pleno, harmonioso, de uvas passas, por vezes, alcoólico. Podem ir do seco ao doce.

Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica): 16 %

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume): 9,0 % (vinho proveniente de uvas passas) e 12,0 % (vinho de uvas sobreamadurecidas)

Extrato não redutor mínimo: 14,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

 

Acidez total mínima

3,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

«Vigneti delle Dolomiti» rosé pertencente às categorias (15) e (16), incluindo a menção tradicional «passito» ou «vino passito», sem indicação da casta

São vinhos de grande personalidade e caráter. Têm cor rosa de intensidade variável, podendo apresentar laivos alaranjados.

O aroma é delicado, fino e característico, com notas de uvas passas, por vezes especiadas.

Sabor pleno, harmonioso, de uvas passas, por vezes, alcoólico. Podem ir do seco ao doce.

Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica): 16 %

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume): 9,0 % (vinho proveniente de uvas passas) e 12,0 % (vinho de uvas sobreamadurecidas)

Extrato não redutor mínimo: 15,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

 

Acidez total mínima

3,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

«Vigneti delle Dolomiti» tinto pertencente às categorias (15) e (16), incluindo a menção tradicional «passito» ou «vino passito», sem indicação da casta

São vinhos de grande personalidade e caráter. Têm cor vermelho-granada de intensidade variável, podendo apresentar tonalidade alaranjada.

O aroma é delicado, fino e característico, com notas de uvas passas, por vezes especiadas.

Sabor pleno, harmonioso, de uvas passas, por vezes, alcoólico. Podem ir do seco ao doce.

Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica): 16 %

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume): 9,0 % (vinho proveniente de uvas passas) e 12,0 % (vinho de uvas sobreamadurecidas)

Extrato não redutor mínimo: 18,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

 

Acidez total mínima

3,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

«Vigneti delle Dolomiti» branco pertencente às categorias (4) vinho espumante, (5) vinho espumante de qualidade e (6) vinho espumante aromático de qualidade, com ou sem indicação de uma ou duas castas

O vinho espumante caracteriza-se pela espuma viva e persistente e pela cor, que vai do amarelo-palha ao dourado, com reflexos esverdeados. Distingue-se pela finura e elegância. Aroma distintivo, fino e delicado, com um toque de levedura. O vinho espumante aromático de qualidade apresenta os aromas característicos da casta moscato giallo. O sabor é fino, vivo e típico da casta. No que respeita ao teor de açúcares, pode ir do seco ao doce, ou seja, ter indicação de «brut nature» a «doce». Quando são colocados no mercado, os vinhos espumantes e os vinhos espumantes brancos de qualidade com indicação do(s) nome(s) de uma ou duas castas apresentam, para além das qualidades acima descritas, as características organoléticas da casta ou castas a partir das quais o vinho foi produzido. O vinho espumante aromático de qualidade, com ou sem indicação da casta, deve apresentar as características organoléticas da casta moscato giallo, a partir da qual deve ser integralmente produzido. Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica): 11,0 %

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume): 10,5 % (vinho espumante e vinho espumante de qualidade) e 6,0 % (vinho espumante aromático de qualidade).

Acidez total mínima: 4,5 g/l, expressa em ácido tartárico (vinho espumante e vinho espumante de qualidade). 5,0 g/l, expressa em ácido tartárico (vinho espumante aromático de qualidade);

Extrato não redutor mínimo: 14,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

 

Acidez total mínima

4,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

«Vigneti delle Dolomiti» tinto pertencente às categorias (4) vinho espumante e (5) vinho espumante de qualidade, com ou sem indicação de uma ou duas castas

O vinho espumante caracteriza-se por espuma viva e persistente e cor rosada de intensidade variável. Distingue-se pela finura e elegância.

Aroma característico, fino e delicado, com um toque de levedura.

O sabor é fino, vivo e típico da casta. No que respeita ao teor de açúcares, pode ir do seco ao doce, ou seja, ter indicação de «brut nature» a «doce».

Quando são colocados no mercado, os vinhos espumantes e os vinhos espumantes rosés de qualidade com indicação do(s) nome(s) de uma ou duas castas apresentam, para além das qualidades acima descritas, as características organoléticas da casta ou castas a partir das quais o vinho foi produzido.

Título alcoométrico total mínimo (em % volúmica): 11 %

Extrato não redutor mínimo: 14,0 g/l

Características analíticas gerais

Título alcoométrico total máximo (% volume)

 

Título alcoométrico volúmico adquirido mínimo (% volume)

10,5

Acidez total mínima

4,5 em gramas por litro, expressa em ácido tartárico

Acidez volátil máxima (em miliequivalentes por litro)

 

Teor máximo total em dióxido de enxofre (em miligramas por litro)

 

Os parâmetros analíticos não indicados no quadro cumprem os limites estabelecidos na legislação nacional e da UE.

5.   Práticas Enológicas

a)   Práticas enológicas essenciais

Prática enológica de lotação dos mostos e dos vinhos

Restrições aplicáveis às práticas enológicas

O caderno de especificações permite a lotação de mostos e vinhos até 15 %, de acordo com a regulamentação aplicável da União Europeia, com mostos de uvas e vinhos, até mesmo de outras regiões vitícolas italianas, desde que tenham sido obtidos a partir de castas não aromáticas classificadas como «adequadas para o cultivo» ou «em observação» nas províncias de Belluno, Bolzano e Trento.

Prática enológica de transformação em vinho espumante através do método de fermentação secundária em autoclave

Restrições aplicáveis às práticas enológicas

É autorizada a transformação em vinho espumante exclusivamente através do método de fermentação secundária em cubas de grande porte (autoclaves).

b)   Rendimentos máximos

«Vigneti delle Dolomiti» branco, tinto e rosé, sem indicação da casta

23 000 kg de uvas por hectare

«Vigneti delle Dolomiti» produzido a partir de moscato rosa

12 000 kg de uvas por hectare

Tipos «Vigneti delle Dolomiti» com indicação de outras castas autorizadas

19 500 kg de uvas por hectare

6.   Zona geográfica delimitada

A área de produção das uvas utilizadas na produção dos vinhos «Vigneti delle Dolomiti» compreende todo o território das províncias autónomas de Trento e Bolzano e da província de Belluno na região do Veneto, pertencentes à zona vitícola C I (B) da UE.

7.   Principais castas de uva de vinho

 

Cabernet franc T. - Cabernet

 

Cabernet sauvignon T. - Cabernet

 

Carmenère T. - Cabernet

 

Carmenère T. - Cabernet italiano

 

Carmenère T. - Cabernet nostrano

 

Casetta T.

 

Chardonnay B.

 

Franconia T.

 

Goldtraminer B.

 

Gosen T.

 

Groppello di Revò T. - Groppello

 

Kerner B.

 

Lagarino B.

 

Lambrusco a foglia frastagliata T. - Enantio T.

 

Lambrusco a foglia frastagliata T. - Lambrusco

 

Manzoni bianco B. - cruzamento com manzoni 6.0.13 b.

 

Maor B.

 

Merlot T.

 

Moscato giallo B. - Goldmuskateller

 

Moscato giallo B. - Moscato

 

Moscato giallo B. - Moscatellone

 

Moscato rosa Rs. - Moscato delle rose

 

Moscato rosa Rs. - Rosen muskateller

 

Müller thurgau B. - Riesling x Sylvaner

 

Nosiola B.

 

Paolina B.

 

Pavana T.

 

Petit verdot T.

 

Pinot bianco B. - Pinot

 

Pinot bianco B. - Pinot blanc

 

Pinot bianco B. - Weissburgunder

 

Pinot bianco B. - Weiß burgunder

 

Pinot bianco B. - Weißburgunder

 

Pinot grigio - Grauburgunder

 

Pinot grigio - Grauer burgunder

 

Pinot grigio - Pinot

 

Pinot grigio - Pinot gris

 

Pinot grigio - Ruländer

 

Pinot nero T. - Blauer spätburgunder

 

Pinot nero T. - Pinot

 

Pinot nero T. - Pinot noir

 

Pinot nero T. - Spätburgunder

 

Pinot nero T. - Blauburgunder

 

Rebo T.

 

Rossara T.

 

Saint laurent T.

 

Sauvignon B. – Sauvignon blanc

 

Schiava gentile T. - Kleinvernatsch

 

Schiava gentile T. - Mittervernatsch

 

Schiava gentile T. - Schiava

 

Schiava gentile T. - Vernatsch

 

Schiava T.

 

Schiava grigia T. - Grauvernatsch

 

Schiava grigia T. - Schiava

 

Schiava grigia T. - Vernatsch

 

Schiava grossa T. - Edelvernatsch Gr

 

Schiava grossa t. - Großvernatsch

 

Schiava grossa T. - Schiava

 

Schiava grossa T. - Vernatsch

 

Sennen T.

 

Sylvaner verde B. - Grüner sylvaner

 

Sylvaner verde B. - Silvaner

 

Sylvaner verde B. - Sylvaner

 

Syrah T. - Shiraz

 

Teroldego T.

 

Verdealbara B.

 

Bronner B.

 

Helios B.

 

Johanniter B.

 

Solaris B.

 

Turca T.

 

Turca T. - Serbina T.

 

Lagrein T.

 

Marzemino T. - Berzamino

 

Marzemino T. - Berzamino

 

Meunier T.

 

Negrara T.

 

Riesling italico B. - Riesling

 

Riesling italico B. - Welschriesling

 

Riesling renano B. - Rheinrieseling

 

Riesling renano B. - Riesling

 

Traminer aromatico Rs. - Gewürztraminer

 

Trebbiano toscano B. - Procanico

 

Trebbiano toscano B. - Trebbiano

 

Trebbiano toscano B. - Ugni blanc

 

Veltliner B. - Gruner veltliner

 

Moscato giallo B. - Moscatello

 

Moscato giallo B. - Muscat

 

Moscato giallo B. - Muskateller

 

Malvasia nera lunga T. - Malvasia

 

Malvasia T. - Malvasier

 

Malvasia T. - Roter malvasier

 

Petit manseng B.

 

Portoghese T. - Blauer portugieser

 

Portoghese T. - Portugieser

 

Tannat T.

 

Tempranillo T.

 

Viogner B.

 

Zweigelt T.

 

Diolinoir T.

 

Barbera T.

 

Bianchetta trevigiana B. - Bianchetta

 

Malvasia istriana B. - Malvasia

 

Marzemina grossa T. - Marzemina bastarda

 

Marzemina bianca B. - Marzemina

 

Moscato bianco B. - Gelber Muskateller

 

Moscato bianco B. - Moscatello

 

Moscato bianco B. - Moscatello

 

Moscato bianco B. - Moscatellone

 

Moscato bianco B. - Moscato

 

Moscato bianco B. – Muscat

 

Moscato bianco B. - Muskateller

 

Glera B. - Serprino

 

Glera lunga B. - Glera

 

Glera lunga B. - Serprino

 

Tocai friulano B. - Tai

 

Trevisana nera T.

8.   Descrição da(s) relação(ões)

«Vigneti delle Dolomiti», todas as categorias (1, 4, 5, 6, 8, 15 e 16)

Fatores naturais que contribuem para a relação:

A área compreende o Trentino e o Alto Adige, assim como, na região do Veneto, a província de Belluno, estando situada nas Dolomitas, uma majestosa cadeia de montanhas classificada pela UNESCO como património mundial da humanidade. A região é predominantemente montanhosa ou acidentada e a geologia variável, uma vez que inclui relevos de diferentes origens geológicas. As Dolomitas abarcam uma grande superfície desta região.

O clima está entre o semicontinental e o alpino; os meses mais frios são os de inverno e os mais quentes julho e agosto. A precipitação média é de 1 000 mm/ano e a distribuição das chuvas tipicamente mediterrânica, ocorrendo a precipitação sobretudo na primavera e no outono. Níveis adequados de precipitação e uma excelente capacidade de retenção da água, dada a presença de neve derretida das zonas montanhosas, asseguram a água suficiente a estes solos. A geografia específica das Dolomitas, associada a um clima de transição entre o mediterrânico e o alpino, determinam um ambiente único na área de produção IGT «Vigneti delle Dolomiti» distinguindo os vinhos aí produzidos.

Do ponto de vista edafológico, os solos são predominantemente constituídos por resíduos calcários com elevada pedregosidade, apresentando boas condições de drenagem e arejamento. Estes solos de resíduos calcários encontram-se, regra geral, em zonas de altitude média a alta, em áreas de cones de aluviões. Os solos das partes baixas dos declives são menos pedregosos. Nas terras mais baixas, encontram-se terrenos de acumulação coluvial e terras sobre depósitos de moreia ou gravilha fluvial. Não faltam terrenos de origem geológica diferente, como o Valle di Cembra (solos porfiríticos), o Val d’Isarco (solos metamórfico-cristalinos) e a Vallagarina Central (solos basálticos).

Fatores humanos que contribuem para a relação:

A vinha e o vinho sempre fizeram parte do património cultural da região, assim o atestam inúmeros achados arqueológicos e documentos que vão desde a Idade do Bronze até aos nossos dias. Durante séculos, a região fez também parte do império austro-húngaro, mantendo-se ainda hoje algumas das suas características administrativas e culturais. O homem cultiva a vinha desde há milhares de anos. Esta relação inextricável foi-se desenvolvendo ao longo do tempo e reflete-se hoje nas práticas vitícolas e enológicas tradicionais, mas também em áreas culturais mais vastas e transversais, como a gastronomia. A criação do Instituto Agrário de San Michele all’Adige, em 1874, teve um impacto decisivo e indelével na viticultura e enologia regionais, sendo uma extraordinária fonte de aprendizagem, conhecimento e educação. Com efeito, a viticultura moderna deve muito à formação e divulgação das novas técnicas vitícolas e enológicas realizadas por este instituto juntamente com a Escola Enológica de Conegliano. Os viticultores da região deram igualmente um contributo essencial, introduzindo processos e métodos de gestão da vinha que combinam a sustentabilidade ambiental e económica com as tecnologias inovadoras de vinificação.

«Vigneti delle Dolomiti», categoria: Vinho

Informações sobre a qualidade especial dos produtos atribuível à origem geográfica e relação causal com as características naturais e humanas da área geográfica.

Em termos cromáticos, os diferentes tipos de vinhos brancos vão do amarelo-palha ao dourado, podendo apresentar reflexos esverdeados ou acobreados, no caso do pinot grigio. Os vinhos caracterizam-se pela finura dos seus aromas. Apresentam notas frutadas que expressam geralmente a principal casta utilizada, em particular a casta muller thurgau e sauvignon, no caso dos vinhos aromáticos e semiaromáticos. Podem ser secos ou doces, são harmoniosos, bem estruturados, frescos e plenos de sabores.

Os vinhos rosés, em particular os vinhos feitos a partir das castas schiava, merlot e teroldego, apresentam cor rosada de intensidade variável resultante do processo de vinificação. São frescos e harmoniosos no palato, vão do seco ao doce e apresentam acidez equilibrada.

Os vinhos tintos têm cor rubi de intensidade variável, podendo apresentar reflexos alaranjados quando são envelhecidos. Aroma vinoso, por vezes etéreo ou frutado; consoante a casta utilizada, podem apresentar aromas frutados bem desenvolvidos, de intensidade variável, se forem envelhecidos. Sabor harmonioso, bem estruturado. Podem ir do seco ao doce.

O vinho tinto «novello» apresenta os aromas e sabores característicos da técnica de vinificação das uvas por maceração carbónica, que reforça o perfil vinoso e as notas típicas da casta.

A vasta gama de castas cultivadas permite explorar melhor os diferentes tipos de terrenos. As vinhas situam-se normalmente em zonas de maior exposição solar. Nas zonas montanhosas cultivam-se sobretudo as castas de uva branca. As castas de uva tinta cultivadas nos solos mais profundos do fundo do vale produzem vinhos encorpados, tânicos e plenos de sabores com notas bem desenvolvidas de frutos maduros.

As variações de temperatura entre o dia e a noite típicas desta zona propiciam, em particular nas uvas brancas, uma considerável acumulação de precursores aromáticos que conferem ao vinho as suas características organoléticas específicas. A diversidade de posições e altitudes de terras proporciona, assim, uma vasta gama de condições, permitindo identificar o local mais adequado para os diferentes vinhos.

As características e qualidades dos vinhos da IGT «Vigneti delle Dolomiti» devem-se igualmente a fatores humanos, nomeadamente ao profissionalismo dos produtores de vinho. A superfície de exploração vitícola é modesta (cerca de 1,3 hectares). A topografia exige ainda um elevado número de horas de trabalho (mais de 600) para cultivar 1 hectare de vinha. Uma grande parte do tempo é dedicada a operações destinadas a otimizar o crescimento de plantas e a maturação das uvas, estimular a resistência natural aos agentes patogénicos e minimizar o recurso a medidas fitossanitárias. A este respeito, cabe assinalar que a quase totalidade da superfície vitícola se cultiva segundo os princípios de gestão integrada, e cada vez mais ecológica, das pragas. As uvas são exclusivamente vindimadas à mão.

A interação entre os fatores naturais (clima, condições edafológicas e topografia), a experiência adquirida pelos operadores locais e as técnicas modernas de cultivo e de vinificação permitem produzir vinhos de qualidade, cujas características e reputação estão ligadas à zona de produção e às castas de que procedem.

«Vigneti delle Dolomiti», categorias (4) vinho espumante, (5) vinho espumante de qualidade, (6) vinho espumante aromático de qualidade, (8) vinho frisante natural

Informações sobre a qualidade especial dos produtos atribuível à origem geográfica e relação causal com as características naturais e humanas da área geográfica.

O vinho espumante beneficia de uma tradição secular e é considerado a «joia da coroa» da vinificação local. Os cuidados especiais tomados durante a fase de cultivo, vindima e elaboração do vinho de base, bem como durante o período subsequente de fermentação secundária, conferem aos vinhos espumantes a subtileza e elegância que os caracterizam.

A qualidade dos vinhos espumantes decorre das matérias-primas provenientes de zonas vitícolas montanhosas, onde as uvas e os vinhos apresentam características qualitativas ideais para a produção deste tipo de vinho. Entre estas conta-se, em particular, a capacidade que as uvas têm de manter um bom equilíbrio entre o teor de açúcar e a acidez. A amplitude térmica entre o dia e a noite, que se vai tornando mais acentuada com a altitude dos vinhedos, é também importante neste processo.

A caracterização do produto depende, ainda, da gama restrita de castas que podem ser utilizadas na elaboração dos vinhos espumantes.

No que diz respeito ao vinho espumante aromático de qualidade, a interação causal deve-se também à seleção da casta autóctone moscato giallo cultivada na região, cuja finura de aromas é realçada pelo processo de maturação pouco intenso e pelo clima subalpino.

O vinho espumante apresenta espuma viva e persistente. A cor vai do amarelo-palha ao dourado, com reflexos esverdeados. Aroma característico, fino e delicado, com um toque de levedura. O sabor é fino, vivo e típico da casta.

O vinho espumante apresenta espuma viva e persistente e cor rosada de intensidade variável. Aroma característico, fino e delicado, com um toque de levedura. O sabor é fino, vivo e característico.

Quanto ao teor de açúcares, o vinho espumante, branco ou rosé, pode ir do seco ao doce, isto é, ter indicação de «brut nature» a «doce».

Os vinhos frisantes naturais, brancos, rosés ou tintos, distinguem-se pela sua frescura e vivacidade, ligadas à moderada libertação de gás carbónico.

Além disso, o nível de especialização alcançado por algumas explorações na produção de vinhos frisantes naturais permitiu aperfeiçoar as técnicas de vinificação e os aspetos tecnológicos relacionados com a fermentação secundária efetuada em cubas de grande dimensão (autoclaves), contribuindo para elevar o nível de qualidade dos vinhos frisantes.

A especialização do processo de produção permitiu, de facto, identificar os tipos de variedades mais adequadas para a transformação em vinho frisante natural e efetuar a fermentação secundária com equipamentos de ponta. Estes fatores contribuíram para aumentar a qualidade do produto final.

A diversidade de ambientes, em termos de solo e de clima, permite explorar melhor o potencial das variedades adequadas à produção de vinhos espumantes. As vinhas situam-se normalmente em zonas de maior exposição solar. As variações de temperatura entre o dia e a noite típicas desta zona propiciam, em particular nas uvas brancas, uma considerável acumulação de precursores aromáticos que conferem ao vinho as suas características organoléticas específicas. A diversidade de posicionamento e altitude das terras proporciona, assim, uma vasta gama de condições, permitindo identificar o local mais adequado para os diferentes vinhos.

As características e qualidades dos vinhos da IGT «Vigneti delle Dolomiti» devem-se igualmente a fatores humanos, nomeadamente ao profissionalismo dos produtores de vinho. A superfície de exploração vitícola é modesta (cerca de 1,3 hectares). A topografia exige ainda um elevado número de horas de trabalho (mais de 600) para cultivar 1 hectare de vinha. Uma grande parte do tempo é dedicada a operações destinadas a otimizar o crescimento de plantas e a maturação das uvas, estimular a resistência natural aos agentes patogénicos e minimizar o recurso a medidas fitossanitárias. A este respeito, cabe assinalar que a quase totalidade da superfície vitícola se cultiva segundo os princípios de gestão integrada, e cada vez mais ecológica, das pragas. As uvas são exclusivamente vindimadas à mão.

A interação entre os fatores naturais (casta, clima, solo), a experiência adquirida pelos operadores locais e as técnicas modernas de cultivo e de vinificação permitem produzir vinhos de qualidade, cujas características e reputação estão ligadas à zona de produção e às castas de que procedem.

«Vigneti delle Dolomiti», categorias 15 (vinho proveniente de uvas passas) e 16 (vinho de uvas sobreamadurecidas)

Informações sobre a qualidade especial dos produtos atribuível à origem geográfica e relação causal com as características naturais e humanas da área geográfica. A cor dos vinhos brancos varia do amarelo-dourado ao âmbar e o do rosa ao vermelho, consoante a variedade utilizada. O aroma é delicado e característico, com notas de uvas passas, por vezes especiadas, mel e frutos maduros. O sabor é pleno, harmonioso, de vinho de uvas passas. Podem ir do seco ao doce, embora predominem os tipos com maior teor de açúcar.

Embora a produção de vinhos «passito» diga respeito a todas as variedades, tanto as castas brancas como as tintas, as mais frequentemente utilizadas são as castas aromáticas (moscato giallo, moscato rosa, traminer aromatico) e variedades semiaromáticas (goldtraminer, nosiola, riesling renano, sauvignon, etc.).

As uvas secam na planta (vinho de uvas sobreamadurecidas) ou em zonas de secagem (vinho proveniente de uvas passas). O período de maturação ou secagem é variável e depende da intensidade de características que o produtor pretende conferir ao produto final através desta técnica.

As uvas utilizadas na produção dos vinhos «passito» são identificadas pelo produtor com base nas características físicas e qualitativas específicas do cacho.

Os cachos com uma estrutura menos compacta, isto é, com muito espaço entre as uvas, são particularmente adequados para a secagem e são selecionados na vinha durante a vindima.

A secagem é favorecida pela amplitude térmica diária, que se faz sentir em particular no final do verão e no outono, e pelos ventos do Norte da região que atravessam os Alpes.

Além disso, os mitigantes ventos «Òra del Garda» sopram todos os dias a partir do lago de Garda, varrendo uma grande parte da área de produção e contribuindo significativamente para a criação de condições ideais para a secagem das uvas, isto é, uma ventilação natural quase contínua com níveis de humidade que impedem a uva de secar demasiado depressa.

Embora os vinhos «passito» sejam, globalmente, produzidos em pequenas quantidades, quase todas as empresas de engarrafamento os comercializam, dado constituírem, com frequência, um produto «emblemático».

A interação causal entre a área geográfica e as características do produto deve-se essencialmente a três fatores:

a disponibilidade de castas (conforme acima descrito) cujas uvas se prestam à secagem necessária para a produção deste tipo de vinho,

as variações de temperatura e as brisas locais periódicas («Òra del Garda») que favorecem a conservação das uvas durante a fase de secagem, quer na planta quer em áreas de secagem,

uma tradição antiga de produção de vinhos «passito», ainda praticada segundo técnicas seculares.

A diversidade de ambientes, em termos de solo e de clima, permite explorar melhor o potencial das variedades mais adequadas ao processo de secagem. As vinhas situam-se normalmente em zonas de maior exposição solar. As variações de temperatura entre o dia e a noite típicas desta zona propiciam, em particular nas uvas brancas, uma considerável acumulação de precursores aromáticos que conferem ao vinho as suas características organoléticas específicas. A diversidade de posicionamento e altitude das terras proporciona, assim, uma vasta gama de condições, permitindo identificar o local mais adequado para os diferentes vinhos.

As características e qualidades dos vinhos da IGT «Vigneti delle Dolomiti» devem-se igualmente a fatores humanos, nomeadamente ao profissionalismo dos produtores de vinho. A superfície de exploração vitícola é modesta (cerca de 1,3 hectares). A topografia exige ainda um elevado número de horas de trabalho (mais de 600) para cultivar 1 hectare de vinha. Uma grande parte do tempo é dedicada a operações destinadas a otimizar o crescimento de plantas e a maturação das uvas, estimular a resistência natural aos agentes patogénicos e minimizar o recurso a medidas fitossanitárias. A este respeito, cabe assinalar que a quase totalidade da superfície vitícola se cultiva segundo os princípios de gestão integrada, e cada vez mais ecológica, das pragas. As uvas são exclusivamente vindimadas à mão.

A interação entre os fatores naturais (casta, clima, solo), a experiência adquirida pelos operadores locais e as técnicas modernas de cultivo e de vinificação permitem produzir vinhos de qualidade, cujas características e reputação estão ligadas à zona de produção e às castas de que procedem.

9.   Outras condições essenciais

Exceções relativas à superfície de vinificação e transformação em vinho frisante e espumantes

Quadro jurídico: legislação da UE

Tipo de condição adicional: Exceção relativa à produção na zona geográfica delimitada

Descrição da condição:

Em conformidade com a legislação da UE aplicável, a vinificação e a transformação em vinhos frisantes e espumantes pode ser efetuada em todas as regiões limítrofes do Veneto e da Lombardia, contanto que as explorações em causa possam demonstrar que produziram, de forma ininterrupta, vinhos IGP «Vigneti delle Dolomiti» nas cinco últimas campanhas vitícolas.

A possibilidade de transformar vinho em vinho espumante e vinho frisante natural nas regiões limítrofes justifica-se pelo facto de poderem realizar-se nessas regiões os processos normais de vinificação. Estes processos não são considerados fases posteriores à vinificação, mas parte integrante da produção de vinho, pelo que só podem ser efetuados na área de produção delimitada.

Esta exceção baseia-se numa tradição bem estabelecida e permite que os produtores em causa utilizem também as adegas situadas nas unidades administrativas limítrofes da zona de produção.

Indicação da casta no rótulo

Quadro jurídico: legislação da UE

Tipo de condição adicional: Requisitos adicionais de rotulagem

Descrição da condição:

Os rótulos dos vinhos das categorias «vinho» e «vinho frisante natural» com a IGP «Vigneti delle Dolomiti» podem indicar o nome de uma ou de duas das castas que se utilizaram na produção dos vinhos.

No entanto, em conformidade com a legislação da UE, é proibida a utilização do nome da casta ou castas no rótulo e na apresentação, nos casos seguintes:

a)

nas categorias de vinhos «vinho de uvas passas» e «vinho de uvas sobreamadurecidas», incluindo as descritas como «vinho passito» ou «passito»;

b)

nas categorias «vinho» e «vinho frisante natural» podem indicar-se apenas as seguintes variedades: nos vinhos da província de Bolzano: lagrein, riesling italico, riesling renano, traminer aromatico, veltliner; nos vinhos da província de Trento: lagrein, marzemino, meunier, negrara, riesling italico, riesling renano, traminer aromatico, trebbiano toscano, veltliner.

Além disso, no que respeita às categorias «vinho espumante» e «vinho espumante de qualidade», podem constar do rótulo uma ou duas das seguintes variedades: chardonnay, pinot bianco, pinot grigio, pinot nero e müller thurgau. Quanto à categoria «vinho espumante aromático de qualidade», só pode figurar no rótulo a casta moscato giallo.

Hiperligação para o caderno de especificações

https://www.politicheagricole.it/flex/cm/pages/ServeBLOB.php/L/IT/IDPagina/12936