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Document 02013R0952-20221212
Regulation (EU) No 952/2013 of the European Parliament and of the Council of 9 October 2013 laying down the Union Customs Code (recast)
Consolidated text: Regulamento (UE) n.o 952/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de outubro de 2013, que estabelece o Código Aduaneiro da União (reformulação)
Regulamento (UE) n.o 952/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de outubro de 2013, que estabelece o Código Aduaneiro da União (reformulação)
02013R0952 — PT — 12.12.2022 — 004.001
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REGULAMENTO (UE) N.o 952/2013 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 9 de outubro de 2013 que estabelece o Código Aduaneiro da União (JO L 269 de 10.10.2013, p. 1) |
Alterado por:
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Jornal Oficial |
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n.° |
página |
data |
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REGULAMENTO (EU) 2016/2339 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 14 de dezembro de 2016 |
L 354 |
32 |
23.12.2016 |
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REGULAMENTO (UE) 2019/474 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 19 de março de 2019 |
L 83 |
38 |
25.3.2019 |
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REGULAMENTO (UE) 2019/632 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 17 de abril de 2019 |
L 111 |
54 |
25.4.2019 |
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REGULAMENTO (UE) 2022/2399 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO de 23 de novembro de 2022 |
L 317 |
1 |
9.12.2022 |
Retificado por:
REGULAMENTO (UE) N.o 952/2013 DO PARLAMENTO EUROPEU E DO CONSELHO
de 9 de outubro de 2013
que estabelece o Código Aduaneiro da União
(reformulação)
ÍNDICE |
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TÍTULO I |
DISPOSIÇÕES GERAIS |
CAPÍTULO 1 |
Âmbito de aplicação da legislação aduaneira, missão das alfândegas e definições |
CAPÍTULO 2 |
Direitos e deveres das pessoas em virtude da legislação aduaneira |
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CAPÍTULO 3 |
Conversão monetária e prazos |
TÍTULO II |
ELEMENTOS COM BASE NOS QUAIS SÃO APLICADOS OS DIREITOS DE IMPORTAÇÃO OU DE EXPORTAÇÃO, BEM COMO OUTRAS MEDIDAS PREVISTAS NO ÂMBITO DO COMÉRCIO DE MERCADORIAS |
CAPÍTULO 1 |
Pauta Aduaneira Comum e classificação pautal das mercadorias |
CAPÍTULO 2 |
Origem das mercadorias |
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CAPÍTULO 3 |
Valor aduaneiro das mercadorias |
TÍTULO III |
DÍVIDA ADUANEIRA E GARANTIAS |
CAPÍTULO 1 |
Constituição da dívida aduaneira |
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CAPÍTULO 2 |
Garantia referente a uma dívida aduaneira potencial ou existente |
CAPÍTULO 3 |
Cobrança, pagamento, reembolso e dispensa de pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação |
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CAPÍTULO 4 |
Extinção da dívida aduaneira |
TÍTULO IV |
MERCADORIAS INTRODUZIDAS NO TERRITÓRIO ADUANEIRO DA UNIÃO |
CAPÍTULO 1 |
Declaração sumária de entrada |
CAPÍTULO 2 |
Chegada de mercadorias |
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TÍTULO V |
REGRAS GERAIS SOBRE O ESTATUTO ADUANEIRO, A SUJEIÇÃO DAS MERCADORIAS A UM REGIME ADUANEIRO, A CONFERÊNCIA, A AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA E A CESSÃO DAS MERCADORIAS |
CAPÍTULO 1 |
Estatuto aduaneiro das mercadorias |
CAPÍTULO 2 |
Sujeição das mercadorias a um regime aduaneiro |
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CAPÍTULO 3 |
Conferência e autorização de saída das mercadorias |
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CAPÍTULO 4 |
Cessão das mercadorias |
TÍTULO VI |
INTRODUÇÃO EM LIVRE PRÁTICA E FRANQUIA DE DIREITOS DE IMPORTAÇÃO |
CAPÍTULO 1 |
Introdução em livre prática |
CAPÍTULO 2 |
Franquia de direitos de importação |
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TÍTULO VII |
REGIMES ESPECIAIS |
CAPÍTULO 1 |
Disposições gerais |
CAPÍTULO 2 |
Trânsito |
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CAPÍTULO 3 |
Armazenamento |
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CAPÍTULO 4 |
Utilização específica |
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CAPÍTULO 5 |
Aperfeiçoamento |
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TÍTULO VIII |
MERCADORIAS RETIRADAS DO TERRITÓRIO ADUANEIRO DA UNIÃO |
CAPÍTULO 1 |
Formalidades prévias à saída de mercadorias |
CAPÍTULO 2 |
Formalidades para a saída de mercadorias |
CAPÍTULO 3 |
Exportação e reexportação |
CAPÍTULO 4 |
Declaração sumária de saída |
CAPÍTULO 5 |
Notificação de reexportação |
CAPÍTULO 6 |
Franquia de direitos de importação |
TÍTULO IX |
SISTEMAS ELETRÓNICOS, SIMPLIFICAÇÕES, DELEGAÇÃO DE PODERES, PROCEDIMENTO DE COMITÉ E DISPOSIÇÕES FINAIS |
CAPÍTULO 1 |
Desenvolvimento de sistemas eletrónicos |
CAPÍTULO 2 |
Simplificações na aplicação da legislação aduaneira |
CAPÍTULO 3 |
Delegação de poderes e procedimento de comité |
CAPÍTULO 4 |
Disposições finais |
ANEXO |
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA |
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO 1
Âmbito de aplicação da legislação aduaneira, missão das alfândegas e definições
Artigo 1.o
Objeto e âmbito de aplicação
Sem prejuízo do direito internacional e das convenções internacionais, bem como da legislação da União noutros domínios, o Código aplica-se de modo uniforme em todo o território aduaneiro da União.
Artigo 2.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que especifiquem as disposições da legislação aduaneira e as suas simplificações relativamente à declaração aduaneira, à prova do estatuto aduaneiro, à utilização do regime de trânsito interno da União, desde que não afete uma aplicação adequada das medidas fiscais em questão, aplicáveis ao comércio de mercadorias UE a que faz referência o artigo 1.o, n.o 3. Esses atos podem ter por objeto circunstâncias especiais relacionadas com o comércio de mercadorias UE em que participe apenas um Estado-Membro.
Artigo 3.o
Missão das autoridades aduaneiras
As autoridades aduaneiras são antes de mais responsáveis pela supervisão do comércio internacional da União, contribuindo deste modo para um comércio justo e aberto, para a aplicação da vertente externa do mercado interno, da política comercial comum e das outras políticas comuns da União relacionadas com o comércio, bem como para a segurança do circuito de abastecimento global. As autoridades aduaneiras devem instituir medidas que visem, especialmente:
Proteger os interesses financeiros da União e dos seus Estados-Membros;
Proteger a União contra o comércio desleal e ilegal, apoiando simultaneamente as atividades económicas legítimas;
Garantir a proteção e a segurança da União e dos seus residentes, bem como a proteção do ambiente, se for caso disso, em estreita cooperação com outras autoridades; e
Manter um equilíbrio adequado entre controlos aduaneiros e facilitação do comércio legítimo.
Artigo 4.o
Território aduaneiro
O território aduaneiro da União abrange os seguintes territórios, que incluem igualmente as águas territoriais, as águas interiores e o espaço aéreo:
Tendo em conta as convenções e tratados que lhes são aplicáveis, consideram-se parte do território aduaneiro da União os seguintes territórios, incluindo as respetivas águas territoriais, águas interiores e espaço aéreo, situados fora do território dos Estados-Membros:
FRANÇA
O território do Mónaco, conforme definido na Convenção Aduaneira assinada em Paris, em 18 de maio de 1963 [Journal officiel de la République française (Jornal Oficial da República Francesa), de 27 de setembro de 1963, p. 8679];
CHIPRE
O território das zonas de soberania do Reino Unido em Akrotiri e Dhekelia, conforme definido no Tratado relativo à Fundação da República de Chipre, assinado em Nicósia em 16 de agosto de 1960 (United Kingdom Treaty Series No 4 (1961) Cmnd. 1252).
Artigo 5.o
Definições
Para efeitos do Código, entende-se por:
"Autoridades aduaneiras": as administrações aduaneiras dos Estados-Membros responsáveis pela aplicação da legislação aduaneira, bem como qualquer outra autoridade que, por força da legislação nacional, tenha competência para aplicar determinada legislação aduaneira;
"Legislação aduaneira": o conjunto da legislação constituído pelos seguintes elementos:
O Código, bem como as respetivas disposições que o complementam ou executam, aprovadas a nível da União ou a nível nacional;
A Pauta Aduaneira Comum;
A legislação relativa ao estabelecimento do regime de franquias aduaneiras da União;
Os acordos internacionais que contenham disposições em matéria aduaneira, na medida em que sejam aplicáveis na União;
O Regulamento (UE) 2022/2399 do Parlamento Europeu e do Conselho ( 1 ) e as disposições que o completam ou executam;
"Controlos aduaneiros": os atos específicos executados pelas autoridades aduaneiras a fim de garantirem o cumprimento da legislação aduaneira e de outra legislação que regule a entrada, a saída, o trânsito, a circulação, o armazenamento e a utilização para fins especiais de mercadorias que circulem entre o território aduaneiro da União e países ou territórios que não façam parte desse território, bem como a presença e a circulação no território aduaneiro da União de mercadorias não-UE e de mercadorias sujeitas ao regime de destino especial;
"Pessoa": as pessoas singulares, as pessoas coletivas ou qualquer associação de pessoas a que seja reconhecida, ao abrigo do direito da União ou do direito nacional, capacidade para praticar atos jurídicos, sem ter o estatuto jurídico de pessoa coletiva;
"Operador económico": as pessoas que, no exercício da sua atividade profissional, estejam envolvidas em atividades abrangidas pela legislação aduaneira;
"Representante aduaneiro": qualquer pessoa designada por outra pessoa para executar junto das autoridades aduaneiras os atos e as formalidades exigidos pela legislação aduaneira;
"Risco": a probabilidade e o impacto da ocorrência de um incidente, relacionado com a entrada, saída, trânsito, circulação ou utilização para fins especiais de mercadorias que circulem entre o território aduaneiro da União e países ou territórios que não façam parte desse território, e com a presença no território aduaneiro da União de mercadorias não-UE, o qual:
Impeça a correta aplicação de medidas da União ou de medidas nacionais;
Comprometa os interesses financeiros da União ou dos seus Estados-Membros; ou
Constitua uma ameaça para a proteção e a segurança da União e dos seus residentes, para a saúde humana, dos animais ou das plantas, para o ambiente ou para os consumidores;
"Formalidades aduaneiras": o conjunto das operações que devem ser executadas por uma pessoa e pelas autoridades aduaneiras em cumprimento da legislação aduaneira;
"Declaração sumária de entrada": o ato pelo qual uma pessoa informa as autoridades aduaneiras, na forma e segundo as modalidades prescritas, e dentro de um prazo específico, da introdução das mercadorias no território aduaneiro da União;
"Declaração sumária de saída": o ato pelo qual uma pessoa informa as autoridades aduaneiras, na forma e segundo as modalidades prescritas, e dentro de um prazo específico, da retirada das mercadorias do território aduaneiro da União;
"Declaração de depósito temporário": o ato pelo qual uma pessoa indica, na forma e segundo as modalidades prescritas, que as mercadorias estão em depósito temporário;
"Declaração aduaneira": o ato pelo qual uma pessoa manifesta, na forma e segundo as modalidades prescritas, a vontade de atribuir a uma mercadoria determinado regime aduaneiro, indicando, se for caso disso, os procedimentos específicos a aplicar;
"Declaração de reexportação": o ato pelo qual uma pessoa indica, na forma e segundo as modalidades prescritas, a intenção de retirar do território aduaneiro da União mercadorias não-UE, com exceção das que se encontrem sujeitas a regime de zona franca ou em depósito temporário;
"Notificação de reexportação": o ato pelo qual uma pessoa indica, na forma e segundo as modalidades prescritas, a intenção de retirar do território aduaneiro da União mercadorias não-UE que se encontram sujeitas a regime de zona franca ou em depósito temporário;
"Declarante": a pessoa que entrega uma declaração aduaneira, uma declaração de depósito temporário, uma declaração sumária de entrada, uma declaração sumária de saída, uma declaração de reexportação ou uma notificação de reexportação em nome próprio, ou a pessoa em cujo nome é entregue essa declaração ou notificação;
"Regime aduaneiro": qualquer dos regimes seguidamente referidos a que as mercadorias possam ser sujeitas nos termos do Código:
Introdução em livre prática;
Regimes especiais;
Exportação;
"Depósito temporário": a situação das mercadorias não-UE armazenadas temporariamente sob fiscalização aduaneira durante o período entre a sua apresentação à alfândega e a sua sujeição a um regime aduaneiro ou a reexportação;
"Dívida aduaneira": a obrigação de uma pessoa pagar o montante dos direitos de importação ou de exportação que se aplicam a determinadas mercadorias ao abrigo da legislação aduaneira em vigor;
"Devedor": uma pessoa responsável por uma dívida aduaneira;
"Direitos de importação": os direitos aduaneiros devidos aquando da importação de mercadorias;
"Direitos de exportação": os direitos aduaneiros devidos aquando da exportação de mercadorias;
"Estatuto aduaneiro": o estatuto das mercadorias enquanto mercadorias UE ou mercadorias não-UE;
"Mercadorias UE": as mercadorias abrangidas por uma das seguintes categorias:
Mercadorias inteiramente obtidas no território aduaneiro da União, sem incorporação de mercadorias importadas de países ou territórios que não façam parte do território aduaneiro da União;
Mercadorias introduzidas no território aduaneiro da União a partir de países ou territórios que não façam parte desse território e introduzidas em livre prática;
Mercadorias obtidas ou produzidas no território aduaneiro da União, quer exclusivamente a partir das mercadorias a que se refere a alínea b), quer a partir das mercadorias a que se referem as alíneas a) e b);
"Mercadorias não-UE": as mercadorias não abrangidas pelo ponto 23 ou que tenham perdido o estatuto aduaneiro de mercadorias UE;
"Gestão do risco": a identificação sistemática do risco, inclusive mediante controlos aleatórios, e a aplicação de todas as medidas necessárias para limitar a exposição ao risco;
"Autorização de saída das mercadorias": a colocação à disposição de determinada pessoa, pelas autoridades aduaneiras, das mercadorias para os fins previstos no regime aduaneiro ao qual estão sujeitas;
"Fiscalização aduaneira": a ação empreendida a nível geral pelas autoridades aduaneiras destinada a assegurar o cumprimento da legislação aduaneira e, se for caso disso, das restantes disposições aplicáveis às mercadorias sujeitas a essa ação;
"Reembolso": a restituição do montante de direitos de importação ou de exportação que tenha sido pago;
"Dispensa de pagamento": a dispensa da obrigação de pagamento de um montante de direitos de importação ou de direitos de exportação que não tenha sido pago;
"Produtos transformados": as mercadorias sujeitas a um regime de aperfeiçoamento que tenham sido objeto de operações de aperfeiçoamento;
"Pessoa estabelecida no território aduaneiro da União":
No caso de uma pessoa singular, uma pessoa que tenha a sua residência habitual no território aduaneiro da União;
No caso de uma pessoa coletiva ou de uma associação de pessoas, uma pessoa que tenha a sua sede social, a sua administração central ou um estabelecimento permanente no território aduaneiro da União;
"Estabelecimento permanente": uma instalação empresarial fixa em que os recursos humanos e técnicos necessários se encontram presentes de forma permanente, através da qual são efetuadas, no todo ou em parte, as operações aduaneiras de uma pessoa;
"Apresentação das mercadorias à alfândega": a comunicação às autoridades aduaneiras da chegada de mercadorias à estância aduaneira ou a qualquer outro local designado ou aprovado pelas autoridades aduaneiras, bem como da disponibilidade dessas mercadorias para controlo aduaneiro;
"Detentor das mercadorias": uma pessoa que é proprietária de mercadorias ou que é titular de um direito de disposição equivalente sobre as mesmas, ou que sobre elas exerce um controlo físico;
"Titular do regime":
A pessoa que entrega a declaração aduaneira ou por conta de quem é entregue essa declaração; ou
A pessoa para quem foram transferidos os direitos e obrigações relativos a um regime aduaneiro;
"Medidas de política comercial": as medidas não pautais estabelecidas no âmbito da política comercial comum sob a forma de disposições da União que regem o comércio internacional de mercadorias;
"Operações de aperfeiçoamento", uma das seguintes operações:
Complemento de fabrico de mercadorias, incluindo a sua montagem, reunião e adaptação a outras mercadorias;
Transformação de mercadorias;
Inutilização de mercadorias;
Reparação de mercadorias, incluindo a sua restauração e afinação;
Utilização de certas mercadorias que não se encontram nos produtos transformados, mas que permitem ou facilitem a obtenção destes produtos, mesmo que desapareçam total ou parcialmente no decurso da sua utilização (acessórios de produção);
"Taxa de rendimento": a quantidade ou a percentagem de produtos transformados obtidos no aperfeiçoamento de uma quantidade determinada de mercadorias sujeitas a um regime de aperfeiçoamento;
"Decisão": o ato de uma autoridade aduaneira em matéria de legislação aduaneira que decida sobre um caso concreto e produza efeitos jurídicos relativamente à pessoa ou pessoas em causa;
"Transportador":
No contexto da entrada, a pessoa que introduz as mercadorias do território aduaneiro da União ou que assume a responsabilidade pelo transporte das mercadorias para esse território. Todavia:
no caso do transporte combinado, entende-se por "transportador" a pessoa que opera o meio de transporte que, após ser introduzido no território aduaneiro da União, se moverá por si próprio como meio de transporte ativo;
no caso do tráfego marítimo ou aéreo em que vigore um acordo de partilha ou contratação de embarcações, entende-se por "transportador" a pessoa que assina um contrato e que emite um conhecimento de embarque ou carta de porte aéreo para o transporte efetivo das mercadorias para o território aduaneiro da União;
No contexto da saída, a pessoa que retira as mercadorias do território aduaneiro da União ou que assume a responsabilidade pelo transporte das mercadorias para fora desse território. Todavia:
No caso do transporte combinado, em que o meio de transporte ativo que sai do território aduaneiro da União serve unicamente para transportar um outro meio de transporte que, após a chegada do meio de transporte ativo ao seu destino, circula pelos seus próprios meios como meio de transporte ativo, entende-se por "transportador" a pessoa que opera o meio de transporte que, após ter saído do território aduaneiro da União e ter chegado ao seu destino, se move por si próprio;
No caso do tráfego marítimo ou aéreo em que vigore um acordo de partilha ou contratação de embarcações, entende-se por "transportador" a pessoa que assina um contrato e que emite um conhecimento de embarque ou carta de porte aéreo para o transporte efetivo das mercadorias para fora do território aduaneiro da União;
"Comissão de compra": a quantia paga por um importador a um agente pela sua representação na compra das mercadorias a avaliar.
CAPÍTULO 2
Direitos e deveres das pessoas em virtude da legislação aduaneira
Artigo 6.o
Meios para o intercâmbio e armazenamento de informações e requisitos comuns em matéria de dados
Podem ser utilizados, nos seguintes termos, outros meios para o intercâmbio e armazenamento de informações para além das técnicas de processamento eletrónico de dados a que se faz referência no n.o 1:
De forma permanente, em casos devidamente justificados pelo tipo de tráfego ou caso as técnicas de processamento eletrónico de dados não sejam apropriadas para as formalidades aduaneiras em causa;
A título temporário, em caso de falha temporária dos sistemas informáticos das autoridades aduaneiras ou dos operadores económicos.
Essa decisão sobre a derrogação deve ser justificada pela situação específica do Estado-Membro que a solicita e a derrogação deve ser concedida por um determinado período de tempo. A derrogação deve ser revista periodicamente e pode ser prorrogada por novos prazos determinados, mediante novo pedido do Estado-Membro que é dela destinatário. Deve ser revogada quando deixar de se justificar.
A derrogação não afeta o intercâmbio de informações entre o Estado-Membro que é dela destinatário e outros Estados-Membros, nem o intercâmbio e armazenamento de informações noutros Estados-Membros, para efeitos de aplicação da legislação aduaneira.
Artigo 7.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que determinem:
Os requisitos comuns em matéria de dados a que se refere o artigo 6.o, n.o 2, tendo em conta a necessidade de cumprir as formalidades aduaneiras previstas na legislação aduaneira, bem como a natureza e a finalidade do intercâmbio e armazenamento de informações a que se refere o artigo 6.o, n.o 1;
Os casos específicos em que podem ser utilizados, nos termos do artigo 6.o, n.o 3, alínea a), outros meios para o intercâmbio e armazenamento de informações para além de técnicas de processamento eletrónico de dados;
O tipo de informações e os elementos que devem constar dos registos a que se referem o artigo 148.o, n.o 4, e o artigo 214.o, n.o 1.
Artigo 8.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução:
Sempre que necessário, o formato e o código dos requisitos comuns em matéria de dados a que se refere o artigo 6.o, n.o 2;
As regras processuais sobre o intercâmbio e armazenamento de dados que podem ser efetuados por meios que não sejam as técnicas de processamento eletrónico de dados a que se refere o artigo 6.o, n.o 3.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame artigo 285.o, n.o 4.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento consultivo a que se refere o artigo 285.o, n.o 2.
Artigo 9.o
Registo
Caso as pessoas referidas no primeiro parágrafo estejam obrigadas a registar-se, são aplicáveis as seguintes condições:
Se estiverem estabelecidas no território aduaneiro da União, devem registar-se junto das autoridades aduaneiras responsáveis pelo lugar onde estão estabelecidas;
Se não estiverem estabelecidas no território aduaneiro da União, devem registar-se junto das autoridades aduaneiras responsáveis pelo lugar onde primeiro apresentarem uma declaração ou solicitarem uma decisão.
Artigo 10.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos referidos no artigo 9.o, n.o 2, em que os operadores económicos que não se encontram estabelecidos no território aduaneiro da União estejam obrigados a registar-se junto das autoridades aduaneiras;
Os casos referidos no artigo 9.o, n.o 3, primeiro parágrafo, em que pessoas que não sejam operadores económicos estejam obrigadas a registar-se junto das autoridades aduaneiras;
Os casos referidos no artigo 9.o, n.o 4, em que as autoridades aduaneiras anulam um registo.
Artigo 11.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, a autoridade aduaneira responsável pelo registo a que se refere o artigo 9.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 12.o
Comunicação de informações e proteção de dados
Todavia, essas informações podem ser divulgadas sem autorização caso as autoridades aduaneiras sejam obrigadas ou autorizadas a fazê-lo por força das disposições em vigor, em particular no que respeita à proteção de dados ou no âmbito de ações judiciais.
Artigo 13.o
Intercâmbio de informações adicionais entre as autoridades aduaneiras e os operadores económicos
Artigo 14.o
Prestação de informações pelas autoridades aduaneiras
Artigo 15.o
Prestação de informações às autoridades aduaneiras
A entrega de uma declaração aduaneira, uma declaração de depósito temporário, uma declaração sumária de entrada, uma declaração sumária de saída, uma declaração de reexportação ou uma notificação de reexportação por parte de uma pessoa às autoridades aduaneiras, ou ainda de um pedido de autorização ou de qualquer outra decisão, responsabiliza a pessoa em causa no que respeita:
À exatidão e ao caráter exaustivo das informações constantes da declaração, notificação ou pedido;
À autenticidade, exatidão e validade de qualquer documento de suporte da declaração, notificação ou pedido;
Se for caso disso, ao cumprimento de todas as obrigações relacionadas com a sujeição das mercadorias em causa ao regime aduaneiro em questão, ou com o desenrolar das operações autorizadas.
O primeiro parágrafo é igualmente aplicável à prestação de informações, sob qualquer outra forma, exigidas pelas autoridades aduaneiras ou fornecidas a estas últimas.
Caso a declaração, a notificação ou o pedido sejam entregues ou as informações sejam prestadas por um representante aduaneiro da pessoa em causa, tal como referido no artigo 18.o, esse representante aduaneiro fica igualmente sujeito às obrigações previstas no primeiro parágrafo do presente número.
Artigo 16.o
Sistemas eletrónicos
Artigo 17.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, através de atos de execução, as condições técnicas para a criação, manutenção e utilização dos sistemas eletrónicos a que se refere o artigo 16.o, n.o 1.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 18.o
Representante aduaneiro
Essa representação pode ser direta, caso em que o representante aduaneiro age em nome e por conta de outrem, ou indireta, caso em que o representante age em nome próprio, mas por conta de outrem.
Salvo disposição em contrário, essa exigência é dispensada se o representante aduaneiro agir por conta de pessoas que não são obrigadas a estar estabelecidas no território aduaneiro da União.
Artigo 19.o
Habilitação
Qualquer pessoa que não declare agir na qualidade de representante aduaneiro, ou que declare agir na qualidade de representante aduaneiro sem possuir habilitação para o efeito, é considerada como agindo em nome e por conta próprios.
Em casos específicos, as autoridades aduaneiras não exigem a apresentação dessa prova.
Artigo 20.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos em que a dispensa referida no artigo 18.o, n.o 2, segundo parágrafo, não é aplicável;
Os casos em que as autoridades aduaneiras não exigem a prova da habilitação a que se refere o artigo 19.o, n.o 2, primeiro parágrafo.
Artigo 21.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais para a concessão e comprovação da autorização a que se refere o artigo 18.o, n.o 3.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 22.o
Decisões adotadas mediante pedido
A decisão pode igualmente ser solicitada por várias pessoas ou ser tomada em relação a várias pessoas, nas condições estabelecidas pela legislação aduaneira.
Salvo disposição em contrário, a autoridade aduaneira competente é a do local onde é mantida ou disponibilizada a contabilidade principal para fins aduaneiros do requerente e onde deve ser realizada pelo menos parte das atividades a abranger pela decisão.
Se as autoridades aduaneiras concluírem que o pedido contém todas as informações necessárias para que possam tomar a decisão, devem comunicar a sua aceitação ao requerente no prazo previsto no primeiro parágrafo.
Se não lhes for possível observar o prazo para tomar uma decisão, as autoridades aduaneiras comunicam esse facto ao requerente antes do termo desse prazo, indicando os motivos, bem como o novo prazo que consideram necessário para tomarem uma decisão. Salvo disposição em contrário, esse novo prazo não pode ser superior a 30 dias.
Sem prejuízo do segundo parágrafo, as autoridades aduaneiras podem prorrogar o prazo para tomar essa decisão, nos termos da legislação aduaneira, a pedido do requerente, a fim de este efetuar adaptações destinadas a assegurar o cumprimento das condições e critérios. Essas adaptações e o novo prazo necessário para as efetuar devem ser comunicados às autoridades aduaneiras, que decidirão do prolongamento.
O disposto no primeiro parágrafo não se aplica nas seguintes situações:
Quando diz respeito a uma decisão a que se refere o artigo 33.o, n.o 1;
Em caso de recusa de benefício de um contingente pautal, em que o volume especificado do contingente pautal é atingido tal como referido no do artigo 56.o, n.o 4, primeiro parágrafo;
Quando a natureza ou o nível da ameaça para a proteção e segurança da União e dos seus residentes, para a saúde humana, dos animais ou das plantas, para o ambiente ou para os consumidores, assim o exijam;
Caso a decisão tenha o objetivo de assegurar a execução de uma outra decisão em relação à qual tenha sido aplicado o primeiro parágrafo, sem prejuízo do direito do Estado-Membro em causa;
Caso prejudique investigações iniciadas para efeito de luta contra a fraude;
Noutros casos específicos.
Artigo 23.o
Gestão das decisões adotadas mediante pedido
Em casos específicos, as autoridades aduaneiras devem:
Reavaliar a decisão;
Suspender a decisão se não for caso de a anular, revogar ou alterar.
Artigo 24.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
As exceções ao artigo 22.o, n.o 1, terceiro parágrafo;
As condições para a aceitação de um pedido referidas no artigo 22.o, n.o 2;
O prazo para adotar uma decisão específica, incluindo a possível prorrogação desse prazo, nos termos do artigo 22.o, n.o 3;
Os casos, a que se refere o artigo 22.o, n.o 4, em que a decisão produz efeitos a partir de uma data diferente da data em que o requerente a recebeu ou em que se considera que a recebeu;
Os casos, a que se refere o artigo 22.o, n.o 5, em que a decisão não é válida sem limite de tempo;
A duração do prazo a que se refere o artigo 22.o, n.o 6, primeiro parágrafo;
Os casos específicos, a que se refere o artigo 22.o, n.o 6, segundo parágrafo, alínea f), em que não é dada ao requerente a oportunidade de apresentar os seus pontos de vista;
Os casos e as regras para reavaliar e suspender as decisões nos termos do artigo 23.o, n.o 4.
Artigo 25.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À entrega e aceitação do pedido de decisão, a que se refere o artigo 22.o, n.os 1 e 2.o;
À adoção da decisão a que se refere o artigo 22 o, incluindo, se for caso disso, a consulta aos Estados-Membros em causa;
À monitorização de uma decisão, nos termos do artigo 23.o, n.o 5.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 26.o
Validade das decisões a nível da União
Com exceção dos casos em que os efeitos da decisão são limitados a um ou vários Estados-Membros, as decisões relacionadas com a aplicação da legislação aduaneira são válidas em todo o território aduaneiro da União.
Artigo 27.o
Anulação de decisões favoráveis
As autoridades aduaneiras devem anular uma decisão favorável ao titular da mesma, se estiverem preenchidas todas as condições a seguir enunciadas:
A decisão foi tomada com base em informações incorretas ou incompletas;
O titular da decisão tinha ou deveria razoavelmente ter tido conhecimento de que as informações eram incorretas ou incompletas;
A decisão teria sido diferente se as informações fossem corretas e completas.
Artigo 28.o
Revogação e alteração de decisões favoráveis
As decisões favoráveis são revogadas ou alteradas se, em casos diferentes dos previstos no artigo 27.o:
Não estiverem ou deixarem de estar reunidas uma ou mais das condições previstas para a tomada dessas decisões; ou
O titular da decisão tiver apresentado um pedido nesse sentido.
Todavia, em casos excecionais em que os legítimos interesses do titular da decisão o justifiquem, as autoridades aduaneiras podem diferir pelo período de um ano, no máximo, a data a partir da qual essa revogação ou alteração produz efeitos. Esta data deve ser indicada na decisão de revogação ou alteração.
Artigo 29.o
Decisões tomadas sem pedido prévio
Salvo nos casos em que uma autoridade aduaneira atue na qualidade de autoridade judicial, o disposto no artigo 22.o, n.os 4, 5, 6 e 7, no artigo 23.o, n.o 3, e nos artigos 26.o, 27.o e 28.o aplica-se igualmente às decisões tomadas pelas autoridades aduaneiras sem pedido prévio da pessoa em causa.
Artigo 30.o
Limitações aplicáveis às decisões sobre mercadorias sujeitas a um regime aduaneiro ou em depósito temporário
Salvo se a pessoa em causa o solicitar, a revogação, alteração ou suspensão de uma decisão favorável não tem incidência sobre mercadorias que, no momento em que a revogação, alteração ou suspensão produz efeitos, já foram e continuam sujeitas a um regime aduaneiro ou em depósito temporário por força da decisão revogada, alterada ou suspensa.
Artigo 31.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos, a que se refere o artigo 28.o, n.o 2, em que uma decisão favorável que tenha vários destinatários pode ser revogada também em relação a destinatários que não aquele que não tenha cumprido uma obrigação a que esteja adstrito por força dessa decisão;
Os casos excecionais em que as autoridades aduaneiras podem diferir a data a partir da qual a revogação ou alteração produz efeitos, nos termos do artigo 28.o, n.o 4, segundo parágrafo.
Artigo 32.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à anulação, revogação ou alteração de decisões favoráveis.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 33.o
Decisões relativas a informações vinculativas
Esses pedidos não devem ser deferidos em qualquer das seguintes circunstâncias:
Se forem apresentados, ou já tiverem sido apresentados, na mesma ou noutra estância aduaneira, pelo titular de uma decisão, ou em seu nome, relativamente às mesmas mercadorias e, no caso das decisões IVO, nas mesmas circunstâncias determinantes para a aquisição da origem;
Se não corresponderem a uma intenção de utilização efetiva da decisão IPV ou IVO ou a uma intenção de utilização efetiva de um regime aduaneiro.
As decisões IPV ou as decisões IVO são vinculativas, somente no que respeita à classificação pautal ou à determinação da origem das mercadorias, para:
As autoridades aduaneiras, perante o titular da decisão, apenas em relação às mercadorias cujas formalidades aduaneiras sejam cumpridas após a data em que a decisão produz efeitos;
O titular da decisão, perante as autoridades aduaneiras, apenas com efeitos a partir da data em que aquele recebe ou se considera que tenha recebido a notificação da decisão.
Tendo em vista a aplicação de uma decisão IPV ou de uma decisão IVO no contexto de um determinado regime aduaneiro, o titular da decisão deve poder provar que:
No caso de uma decisão IPV, as mercadorias declaradas correspondem em todos os aspetos às descritas na decisão;
No caso de uma decisão IVO, as mercadorias em questão e as circunstâncias determinantes para a aquisição da origem correspondem em todos os aspetos às mercadorias e às circunstâncias descritas na decisão.
Artigo 34.o
Gestão das decisões relativas a informações vinculativas
Uma decisão IPV deixa de ser válida antes do termo do prazo referido no artigo 33.o, n.o 3, se deixar de estar em conformidade com o direito, em consequência de um dos seguintes casos:
Adoção de uma alteração das nomenclaturas a que se refere o artigo 56.o, n.o 2, alíneas a) e b);
Adoção de medidas a que se refere o artigo 57.o, n.o 4,
com efeitos a partir da data de aplicação dessas alterações ou medidas.
Uma decisão IVO deixa de ser válida antes do termo do prazo referido no artigo 33.o, n.o 3, em qualquer dos seguintes casos:
Sempre que for adotado um regulamento ou celebrado um acordo pela União, e nela se tornar aplicável, e a decisão IVO deixar de estar em conformidade as normas aí previstas, com efeitos a partir da data de aplicação desse regulamento ou acordo;
Sempre que deixar de ser compatível com o Acordo sobre as Regras de Origem estabelecido no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC), ou com as notas explicativas ou com um parecer sobre a origem adotados para a interpretação desse acordo, com efeitos a partir da data da respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia.
As autoridades aduaneiras devem revogar as decisões IPV:
Sempre que deixarem de ser compatíveis com a interpretação de uma das nomenclaturas referidas no artigo 56.o, n.o 2, alíneas a) e b), por força:
Das notas explicativas referidas no artigo 9.o, n.o 1, alínea a), segundo travessão, do Regulamento (CEE) n.o 2658/87 do Conselho, de 23 de julho de 1987, relativo à nomenclatura pautal e estatística e à pauta aduaneira comum ( 2 ), com efeitos a partir da data da respetiva publicação no Jornal Oficial da União Europeia;
De um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, com efeitos a partir da data de publicação da parte decisória do acórdão no Jornal Oficial da União Europeia;
De decisões de classificação, fichas de classificação ou alterações das notas explicativas da Nomenclatura do Sistema Harmonizado de Designação e Codificação das mercadorias, adotadas pela Organização criada pela Convenção que institui um Conselho de Cooperação Aduaneira, assinada em Bruxelas em 15 de dezembro 1950, com efeitos a partir da data de publicação da Comunicação da Comissão na série "C" do Jornal Oficial da União Europeia; ou
Noutros casos específicos.
As decisões IVO devem ser revogadas:
Sempre que deixarem de ser compatíveis com um acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, com efeitos a partir da data de publicação da parte decisória do acórdão no Jornal Oficial da União Europeia; ou
Noutros casos específicos.
A utilização prolongada referida no primeiro parágrafo não pode exceder seis meses a contar da data em que a decisão IPV ou IVO deixa de ser válida ou é revogada. No entanto, uma medida prevista no artigo 57.o, n.o 4, ou no artigo 67.o, pode excluir essa utilização prolongada ou estabelecer um período mais curto. No caso de produtos para os quais é apresentado um certificado de importação ou de exportação na altura do cumprimento das formalidades aduaneiras, esse período de seis meses é substituído pelo prazo de validade do certificado.
A fim de beneficiar da utilização prolongada de uma decisão IPV ou IVO, o titular dessa decisão deve apresentar um pedido à autoridade aduaneira que tomou a decisão no prazo de 30 dias a contar da data em que a mesma deixar de ser válida ou for revogada, indicando as quantidades para as quais é solicitado um período de utilização prolongada e o Estados-Membro ou Estados-Membros onde as mercadorias serão desalfandegadas durante o período de utilização prolongada. A referida autoridade aduaneira deve tomar uma decisão sobre a utilização prolongada e notificar o titular sem demora, e no máximo no prazo de 30 dias a contar da data em que tiver recebido todas as informações necessárias para poder tomar essa decisão.
A Comissão notifica as autoridades aduaneiras caso:
Seja suspensa a tomada de decisões IPV e IVO para mercadorias relativamente às quais não está garantida a correta e uniforme classificação pautal ou a determinação de origem;
Seja levantada a suspensão referida na alínea a).
Artigo 35.o
Decisões relativas a informações vinculativas em relação a outros elementos
Em casos específicos, as autoridades aduaneiras tomam, a pedido, decisões relativamente a informações vinculativas em relação a outros elementos referidos no Título II, com base nas quais são aplicados os direitos de importação ou de exportação, bem como outras medidas previstas no âmbito do comércio de mercadorias.
Artigo 36.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos específicos a que se refere o artigo 34.o, n.o 7, alínea b), e n.o 8, alínea b), em que as decisões IPV ou IVO devem ser revogadas;
Os casos a que se refere o artigo 35.o, em que decisões relacionadas com informações vinculativas são tomadas em relação a outros elementos com base nos quais são aplicados os direitos de importação ou de exportação, bem como outras medidas previstas no âmbito do comércio de mercadorias.
Artigo 37.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À utilização de uma decisão IPV ou IVO depois de a mesma deixar de ser válida ou ser revogada, nos termos do artigo 34, n.o 9;
À notificação da Comissão às autoridades aduaneiras, nos termos do artigo 34.o, n.o 10, alíneas a) e b);
À utilização das decisões referidas no artigo 35.o, determinadas nos termos do artigo 36.o, alínea b), depois de deixarem de ser válidas;
À suspensão das decisões referidas no artigo 35.o, determinadas nos termos do artigo 36.o, alínea b), bem como à notificação da suspensão ou do levantamento da suspensão às autoridades aduaneiras.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
A Comissão adota, por meio de atos de execução, as decisões que exijam que os Estados-Membros revoguem:
Decisões referidas no artigo 34.o, n.o 11;
Decisões referidas no artigo 35.o e determinadas nos termos do artigo 36.o, alínea b).
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento consultivo a que se refere o artigo 285.o, n.o 2.
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o, n.o 6.
Artigo 38.o
Pedido e autorização
As autoridades aduaneiras, se necessário após consulta a outras autoridades competentes, concedem o referido estatuto, que fica sujeito a monitorização.
O estatuto de operador económico autorizado comporta os seguintes tipos de autorização:
A de operador económico autorizado para simplificações aduaneiras, que habilita o titular a beneficiar de determinadas simplificações nos termos da legislação aduaneira; ou
A de operador económico autorizado para segurança e proteção, que habilita o titular a beneficiar de facilitações no que respeita a segurança e proteção.
Artigo 39.o
Concessão do estatuto
Os critérios para a concessão do estatuto de operador económico autorizado são os seguintes:
Ausência de infrações graves ou recidivas à legislação aduaneira e às regras de tributação, incluindo a inexistência de registo de infrações penais graves relacionadas com a atividade económica do requerente;
Demonstração, pelo requerente, de um elevado nível de controlo das suas operações e do fluxo de mercadorias, mediante um sistema de gestão dos registos comerciais e, se for caso disso, dos registos de transportes, que permita controlos aduaneiros adequados;
Solvabilidade financeira, que deve ser considerada comprovada sempre que o requerente tenha uma situação financeira sólida, que lhe permita cumprir os seus compromissos, tendo em devida conta as características do tipo de atividade comercial em causa;
No que se refere à autorização referida no artigo 38.o, n.o 2, alínea a), cumprimento de normas práticas de competência ou qualificações profissionais diretamente relacionadas com a atividade exercida; e
No que se refere à autorização referida no artigo 38.o, n.o 2, alínea b), observância de normas adequadas em matéria de segurança e proteção, o que se deve considerar cumprido sempre que o requerente demonstrar que mantém medidas adequadas para garantir a segurança e a proteção do circuito de abastecimento internacional, inclusive nos domínios da integridade física e controlos de acesso, processos logísticos e manipulação de tipos específicos de mercadorias, pessoal e identificação dos seus parceiros comerciais.
Artigo 40.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
As simplificações a que se refere o artigo 38.o, n.o 2, alínea a);
As facilitações a que se refere o artigo 38.o, n.o 2, alínea b);
O tratamento mais favorável a que se refere o artigo 38.o, n.o 6.
Artigo 41.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução, as modalidades de aplicação dos critérios a que se refere o artigo 39.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 42.o
Aplicação de sanções
Caso sejam aplicadas, as sanções administrativas podem assumir, nomeadamente, uma das seguintes formas ou ambas:
Uma coima aplicável pelas autoridades aduaneiras, incluindo, se for caso disso, um pagamento acordado que substitua uma sanção penal;
A revogação, suspensão ou alteração de uma autorização que tenha sido concedida à pessoa em causa.
Artigo 43.o
Decisões proferidas por uma autoridade judicial
O disposto nos artigos 44.o e 45.o não se aplica aos recursos de anulação, revogação ou alteração de uma decisão relacionada com a aplicação da legislação aduaneira proferida pelas autoridades judiciais ou pelas autoridades aduaneiras atuando na qualidade de autoridades judiciais.
Artigo 44.o
Direito de recurso
Têm igualmente o direito de interpor recurso todas as pessoas que, tendo solicitado uma decisão das autoridades aduaneiras, delas não obtenham uma decisão no prazo fixado no artigo 22.o, n.o 3.
O direito de recurso pode ser exercido pelo menos em duas fases:
Numa primeira fase, perante as autoridades aduaneiras, uma autoridade judicial ou qualquer órgão designado para o efeito pelos Estados-Membros;
Numa segunda fase, perante uma instância superior independente, que pode ser uma autoridade judicial ou um órgão especializado equiparado, nos termos das disposições em vigor nos Estados-Membros.
Artigo 45.o
Suspensão da execução
Artigo 46.o
Gestão do risco e controlos aduaneiros
Os controlos aduaneiros podem, designadamente, consistir na verificação das mercadorias, na recolha de amostras, no controlo da exatidão e do caráter exaustivo das informações constantes de uma declaração ou notificação, e da existência, autenticidade, exatidão e validade dos documentos, na verificação da contabilidade dos operadores económicos e de outros registos, na inspeção dos meios de transporte, das bagagens e de outras mercadorias transportadas por pessoas ou em pessoas e na realização de inquéritos oficiais e outros atos similares.
Os controlos baseados em tais informações e critérios são efetuados sem prejuízo de outros controlos efetuados nos termos do n.o 1 ou de outras disposições em vigor.
A gestão de riscos inclui atividades como a recolha de dados e de informações, a análise e avaliação do risco, a recomendação e realização de ações e a monitorização e revisão regulares desse processo e dos seus resultados, com base em fontes e estratégias internacionais, da União e nacionais.
As autoridades aduaneiras devem trocar informações sobre riscos e resultados de análises de risco caso:
Os riscos sejam avaliados por uma autoridade aduaneira como significativos e exigindo um controlo aduaneiro, e os resultados desse controlo indicam que o incidente que desencadeou os riscos se verificou; ou
Os resultados do controlo não estabeleçam a ocorrência do incidente que desencadeou os riscos, mas a autoridade aduaneira em causa considere que a ameaça representa um risco elevado noutro local da União.
Para efeitos do estabelecimento de critérios e normas comuns de risco, bem como das medidas de controlo e das áreas de controlo prioritárias referidas no n.o 3, deve ser considerado o seguinte:
A proporcionalidade em relação ao risco;
A urgência da aplicação necessária dos controlos;
Os prováveis efeitos nos fluxos comerciais, nos diferentes Estados-Membros e nos recursos afetados aos controlos.
As normas e critérios comuns em matéria de risco referidos no n.o 3 incluem o seguinte:
Uma descrição dos riscos;
Os fatores ou indicadores de risco a utilizar para selecionar as mercadorias ou os operadores económicos sujeitos aos controlos aduaneiros;
A natureza dos controlos aduaneiros a efetuar pelas autoridades aduaneiras;
A duração de aplicação dos controlos aduaneiros referidos na alínea c).
Artigo 47.o
Cooperação entre autoridades
Artigo 48.o
Controlo após a autorização de saída
Para efeitos dos controlos aduaneiros, as autoridades aduaneiras podem, depois de concederem a autorização de saída das mercadorias, verificar a exatidão e o caráter exaustivo das informações constantes da declaração aduaneira, da declaração de depósito temporário, da declaração sumária de entrada, da declaração sumária de saída, da declaração de reexportação ou notificação de reexportação, e a existência, autenticidade, exatidão e validade de qualquer documento comprovativo, e podem examinar a contabilidade do declarante e outros registos relativos às operações no que respeita às mercadorias em causa ou às operações comerciais anteriores ou posteriores relativas a essas mercadorias. As referidas autoridades podem igualmente proceder à verificação das mercadorias e/ou à recolha de amostras, se tal for ainda possível.
Esses controlos podem ser efetuados nas instalações do detentor das mercadorias ou do seu representante, ou de qualquer pessoa direta ou indiretamente envolvida profissionalmente nas referidas operações, ou nas instalações de qualquer outra pessoa que, pela sua qualidade profissional, esteja na posse dos referidos documentos e dados.
Artigo 49.o
Serviços aéreos e marítimos intra-União
O n.o 1 é aplicável sem prejuízo de qualquer um dos seguintes casos:
Controlos de segurança e proteção;
Controlos decorrentes de proibições ou restrições.
Artigo 50.o
Atribuição de competências de execução
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Por imperativos de urgência relacionados com tais medidas, devidamente justificados pela necessidade de atualizar rapidamente o quadro comum de gestão do risco e adaptar à evolução dos riscos o intercâmbio de informações e análises de risco, os critérios e as normas comuns de risco, as medidas de controlo e as áreas de controlo prioritárias, a Comissão adota atos de execução imediatamente aplicáveis pelo procedimento a que se refere o artigo 285.o, n.o 5.
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o, n.o 6.
A Comissão determina, por meio de atos de execução, os portos ou aeroportos onde, nos termos do artigo 49.o, os controlos e formalidades aduaneiras devem ser aplicados:
Às bagagens de mão e às bagagens de porão das pessoas:
que efetuem um voo numa aeronave proveniente de um aeroporto fora da União e que, após escala num aeroporto da União, prossiga o voo com destino a outro aeroporto da União;
que efetuem um voo numa aeronave que faça escala num aeroporto da União antes de prosseguir o voo com destino a um aeroporto fora da União;
que utilizem um serviço marítimo efetuado pelo mesmo navio e que envolva trajetos sucessivos com início, escala ou termo num porto fora da União;
que viajem a bordo de barcos de recreio e de aeronaves de turismo ou de negócios;
Às bagagens de mão e às bagagens de porão:
que cheguem a um aeroporto da União a bordo de uma aeronave proveniente de um aeroporto fora da União e que sejam transbordadas, nesse aeroporto da União, para outra aeronave que efetue um voo intra-União;
embarcadas num aeroporto da União numa aeronave que efetue um voo intra-União com vista ao respetivo transbordo, noutro aeroporto da União, para uma aeronave com destino a um aeroporto fora da União.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 51.o
Conservação de documentos e de outras informações
No caso de mercadorias introduzidas em livre prática em casos distintos dos referidos no terceiro parágrafo ou de mercadorias declaradas para exportação, esse prazo corre a partir do fim do ano no decurso do qual as declarações aduaneiras de introdução em livre prática ou de exportação foram aceites.
No caso de mercadorias introduzidas em livre prática com isenção de direitos ou com uma taxa reduzida do direito de importação em função da sua utilização específica, este prazo corre a partir do fim do ano no decurso do qual as mercadorias deixam de estar sob fiscalização aduaneira.
No caso de mercadorias sujeitas a outro regime aduaneiro ou de mercadorias em depósito temporário, esse prazo corre a partir do fim do ano em que o regime aduaneiro em causa foi apurado ou o depósito temporário terminou.
Caso seja interposto um recurso ou intentada uma ação judicial, os documentos e as informações devem ser conservados durante o prazo previsto no n.o 1 ou até que o processo de recurso ou a ação judicial estejam concluídos, consoante o que ocorrer em último lugar.
Artigo 52.o
Taxas e despesas
As autoridades aduaneiras podem cobrar taxas ou fazer-se reembolsar das despesas incorridas no caso da prestação de serviços específicos, designadamente dos seguintes:
Atendimento, mediante pedido, pelo pessoal aduaneiro fora do horário oficial de funcionamento ou em instalações que não sejam as aduaneiras;
Análises e relatórios de peritos sobre mercadorias e taxas postais para devolução de mercadorias a um requerente, nomeadamente no que respeita a decisões adotadas ao abrigo do artigo 33.o ou ao fornecimento de informações nos termos do artigo 14.o, n.o 1;
Exame ou extração de amostras de mercadorias para fins de verificação, ou inutilização de mercadorias, caso impliquem outras despesas além das despesas resultantes do recurso ao pessoal aduaneiro;
Medidas excecionais de controlo, caso a natureza das mercadorias ou os riscos potenciais as exijam.
CAPÍTULO 3
Conversão monetária e prazos
Artigo 53.o
Conversão monetária
As autoridades competentes publicam e/ou divulgam na Internet a taxa de câmbio aplicável se for necessário proceder a uma conversão monetária por uma das seguintes razões:
Caso os elementos que servem para determinar o valor aduaneiro de uma mercadoria estejam expressos em moeda diferente da do Estado-Membro onde é efetuada essa determinação;
Caso o contravalor do euro em moeda nacional seja necessário para determinar a classificação pautal das mercadorias e o montante do direito de importação e de exportação, incluindo os valores máximos na Pauta Aduaneira Comum.
Artigo 54.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão estabelece, por meio de atos de execução, regras em matéria de conversão monetária para os efeitos a que se refere o artigo 53.o, n.os 1 e 2.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 55.o
Períodos, datas e prazos
TÍTULO II
ELEMENTOS COM BASE NOS QUAIS SÃO APLICADOS OS DIREITOS DE IMPORTAÇÃO OU DE EXPORTAÇÃO, BEM COMO OUTRAS MEDIDAS PREVISTAS NO ÂMBITO DO COMÉRCIO DE MERCADORIAS
CAPÍTULO 1
Pauta Aduaneira Comum e classificação pautal das mercadorias
Artigo 56.o
Pauta Aduaneira Comum e vigilância
As outras medidas estabelecidas por disposições específicas da União no âmbito do comércio de mercadorias são, se for caso disso, aplicadas em função da classificação pautal dessas mercadorias.
A Pauta Aduaneira Comum é constituída pelos seguintes elementos:
A Nomenclatura Combinada das mercadorias instituída pelo Regulamento (CEE) n.o 2658/87;
Qualquer outra nomenclatura que se baseie total ou parcialmente na Nomenclatura Combinada ou que lhe acrescente eventualmente subdivisões e que seja estabelecida por disposições específicas da União tendo em vista a aplicação de medidas pautais no âmbito do comércio de mercadorias;
Os direitos aduaneiros convencionais ou normais autónomos aplicáveis às mercadorias abrangidas pela Nomenclatura Combinada;
As medidas pautais preferenciais incluídas em acordos que a União tenha concluído com determinados países ou territórios fora do território aduaneiro da União ou com grupos desses países ou territórios;
As medidas pautais preferenciais adotadas unilateralmente pela União em benefício de determinados países ou territórios situados fora do território aduaneiro da União ou de grupos desses países ou territórios;
As medidas autónomas que prevejam a redução ou a isenção dos direitos aduaneiros aplicáveis a determinadas mercadorias;
O tratamento pautal favorável de que determinadas mercadorias podem beneficiar pela sua natureza ou em função da sua utilização específica, no quadro das medidas previstas nas alíneas c) a f) ou h);
Outras medidas pautais previstas pela legislação da União em matéria agrícola, comercial ou outra.
No caso de tetos pautais, essa aplicação cessa na sequência de um ato jurídico da União.
Artigo 57.o
Classificação pautal das mercadorias
Artigo 58.o
Atribuição de competências de execução
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Por imperativos de urgência relacionados com tais medidas, devidamente justificados pela necessidade de garantir rapidamente a aplicação correta e uniforme da Nomenclatura Combinada, a Comissão adota atos de execução imediatamente aplicáveis pelo procedimento a que se refere o artigo 285.o, n.o 5.
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o, n.o 6.
CAPÍTULO 2
Origem das mercadorias
Artigo 59.o
Âmbito
Os artigos 60.o e 61.o definem as normas para a determinação da origem não preferencial das mercadorias para efeitos da aplicação:
Da Pauta Aduaneira Comum, com exclusão das medidas a que se referem o artigo 56.o, n.o 2, alíneas d) e e);
Das medidas não pautais estabelecidas por disposições específicas da União no âmbito do comércio de mercadorias; e
De outras medidas da União relacionadas com a origem das mercadorias.
Artigo 60.o
Aquisição da origem
Artigo 61.o
Prova de origem
Artigo 62.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que estabeleçam as regras por força das quais se considera que as mercadorias cuja determinação da origem não preferencial é necessária, para efeitos de aplicação das medidas da União referidas no artigo 59.o, foram inteiramente obtidas num mesmo país ou território ou foram objeto do último processamento ou operação de complemento de fabrico substancial, economicamente justificado, efetuado numa empresa equipada para esse efeito, que resulte na obtenção de um produto novo ou que represente uma fase importante do fabrico, num dado país ou território, em conformidade com o artigo 60.o.
Artigo 63.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão estabelece, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à apresentação e verificação da prova de origem a que faz referência o artigo 61.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 64.o
Origem preferencial das mercadorias
Essas regras devem basear-se no critério de que as mercadorias foram inteiramente obtidas ou no critério de que as mercadorias resultam de uma operação suficiente de transformação ou complemento de fabrico.
A derrogação temporária deve ser justificada por uma das seguintes razões:
Fatores internos ou externos impedem temporariamente o país ou território beneficiário de assegurar o cumprimento das regras em matéria de origem preferencial;
O país ou território beneficiário necessita de tempo para se preparar para o cumprimento dessas regras.
O país ou território beneficiário em causa deve apresentar o pedido de derrogação por escrito à Comissão. O pedido deve mencionar as razões pelas quais a derrogação é necessária, tal como indicado no segundo parágrafo, e juntar os documentos justificativos adequados.
A derrogação temporária é limitada à duração dos efeitos dos fatores internos ou externos que estão na sua origem ou ao lapso de tempo necessário para que o país ou território beneficiário assegure o cumprimento das regras.
Quando uma derrogação é concedida, o país ou território beneficiário em causa fica sujeito ao cumprimento de todas as exigências estabelecidas no que respeita à informação a fornecer à Comissão relativamente à utilização da derrogação e à gestão das quantidades para as quais a derrogação é concedida.
Artigo 65.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que estabeleçam as regras em matéria de origem preferencial referidas no artigo 64.o, n.o 3.
Artigo 66.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução:
As regras processuais a que se refere o artigo 64.o, n.o 1, aplicáveis à facilitação do estabelecimento, na União, da origem preferencial das mercadorias;
As medidas que concedam a um país ou território beneficiário a derrogação temporária a que se refere o artigo 64.o, n.o 6.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 67.o
Medidas tomadas pela Comissão
A Comissão pode adotar medidas para determinar a origem de mercadorias específicas, em conformidade com as regras de origem aplicáveis a essas mercadorias.
Artigo 68.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução, as medidas referidas no artigo 67.o. Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Por imperativos de urgência relacionados com essas medidas, devidamente justificados pela necessidade de garantir rapidamente a aplicação correta e uniforme das regras de origem, a Comissão adota atos de execução imediatamente aplicáveis pelo procedimento a que se refere o artigo 285.o, n.o 5.
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o, n.o 6.
CAPÍTULO 3
Valor aduaneiro das mercadorias
Artigo 69.o
Âmbito de aplicação
Para efeitos da aplicação da Pauta Aduaneira Comum, bem como das medidas não pautais estabelecidas por disposições específicas da União no âmbito do comércio de mercadorias, o valor aduaneiro das mercadorias é determinado nos termos dos artigos 70.o e 74.o.
Artigo 70.o
Método de determinação do valor aduaneiro baseado no valor transacional
O valor transacional é aplicável desde que se encontrem preenchidas cumulativamente as seguintes condições:
Não existam restrições quanto à cessão ou utilização das mercadorias pelo comprador, para além de qualquer uma das restrições que:
sejam impostas ou exigidas pela lei ou pelas autoridades públicas na União,
limitem a zona geográfica na qual as mercadorias podem ser revendidas,
não afetem substancialmente o valor aduaneiro das mercadorias;
A venda ou o preço não estejam subordinados a condições ou prestações cujo valor não possa ser determinado relativamente às mercadorias a avaliar;
Não reverta direta ou indiretamente para o vendedor nenhuma parte do produto de qualquer revenda, cessão ou utilização posterior das mercadorias pelo comprador, salvo se puder ser efetuado um ajustamento apropriado;
O comprador e o vendedor não estejam coligados ou a relação de coligação não tenha influenciado o preço.
Artigo 71.o
Elementos do valor transacional
Para determinar o valor aduaneiro por aplicação do artigo 70.o, o preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias importadas é complementado pelo seguinte:
Na medida em que forem suportados pelo comprador mas não tenham sido incluídos no preço efetivamente pago ou a pagar pelas mercadorias:
comissões e despesas de corretagem, com exceção das comissões de compra,
custo dos recipientes que, para fins aduaneiros, se considera fazerem um todo com a mercadoria, e
o custo da embalagem, incluindo a mão-de-obra e materiais;
O valor, imputado de maneira adequada, dos produtos e serviços indicados em seguida, quando são fornecidos direta ou indiretamente pelo comprador, sem despesas ou a custo reduzido, e utilizados no decurso da produção e da venda para a exportação das mercadorias importadas, na medida em que este valor não tenha sido incluído no preço efetivamente pago ou a pagar:
matérias, componentes, partes e elementos similares incorporados nas mercadorias importadas,
ferramentas, matrizes, moldes e objetos similares utilizados no decurso da produção das mercadorias importadas,
matérias consumidas na produção das mercadorias importadas, e
conceção, desenvolvimento, arte, design e planos e esboços realizados fora da União e necessários para a produção das mercadorias importadas;
Royalties e direitos de licença relativos às mercadorias a avaliar, que o comprador é obrigado a pagar, direta ou indiretamente, como condição de venda das mercadorias a avaliar, na medida em que esses royalties e direitos de licença não tenham sido incluídos no preço efetivamente pago ou a pagar;
O valor de qualquer parte do produto de qualquer revenda, cessão ou utilização posterior das mercadorias importadas que reverta direta ou indiretamente para o vendedor; e
As seguintes despesas, até ao local onde as mercadorias são introduzidas no território aduaneiro da União:
as despesas de transporte e de seguro das mercadorias importadas, e
as despesas de carga e de manutenção conexas com o transporte das mercadorias importadas.
Artigo 72.o
Elementos a não incluir no valor aduaneiro
Para determinar o valor aduaneiro por aplicação do artigo 70.o, não se inclui qualquer dos seguintes elementos:
O custo de transporte das mercadorias importadas após a entrada destas no território aduaneiro da União;
As despesas para trabalhos de construção, instalação, montagem, manutenção ou assistência técnica realizadas depois da entrada no território aduaneiro da União, relativas às mercadorias importadas, tais como instalações, máquinas ou equipamentos industriais;
Os montantes dos juros a título de um acordo de financiamento concluído pelo comprador e relativo à compra das mercadorias importadas, independentemente de o financiamento ser assegurado pelo vendedor ou por outra pessoa, desde que o acordo de financiamento tenha sido estabelecido por escrito e que comprador possa demonstrar, se assim lhe for pedido, que se encontram preenchidas as seguintes condições:
Tais mercadorias são efetivamente vendidas ao preço declarado como preço efetivamente pago ou a pagar,
A taxa de juro exigida não excede o nível normalmente praticado em tais transações no momento e no país em que o financiamento foi assegurado;
As despesas relativas ao direito de reproduzir as mercadorias importadas na União;
As comissões de compra;
Os direitos de importação e outros encargos a pagar na União por motivo da importação ou da venda das mercadorias;
Não obstante o disposto no artigo 71.o, n.o 1, alínea c), os pagamentos efetuados pelo comprador em contrapartida do direito de distribuir ou de revender as mercadorias importadas, se esses pagamentos não forem uma condição da venda das mercadorias para a sua exportação com destino à União.
Artigo 73.o
Simplificação
As autoridades aduaneiras podem, mediante apresentação de um pedido, autorizar que os seguintes montantes sejam determinados com base em critérios específicos, caso estes não sejam quantificáveis na data de aceitação da declaração aduaneira:
Os montantes a incluir no valor aduaneiro em conformidade com o artigo 70.o, n.o 2; e
Os montantes a que se referem os artigos 71.o e 72.o.
Artigo 74.o
Métodos secundários de determinação do valor aduaneiro
A ordem de aplicação do n.o 2, alíneas c) e d), deve ser invertida se o declarante assim o solicitar.
O valor aduaneiro determinado nos termos do n.o 1 é:
O valor transacional de mercadorias idênticas vendidas para exportação para o território aduaneiro da União e exportadas no mesmo momento que as mercadorias a avaliar ou em momento muito próximo;
O valor transacional de mercadorias similares vendidas para exportação para o território aduaneiro da União e exportadas no mesmo momento que as mercadorias a avaliar ou em momento muito próximo;
O valor baseado no preço unitário correspondente às vendas, no território aduaneiro da União, das mercadorias importadas ou de mercadorias idênticas ou similares importadas que totalizem a quantidade mais elevada, feitas a pessoas não coligadas com os vendedores; ou
O valor calculado, igual à soma:
do custo ou do valor das matérias e das operações de fabrico ou outras, utilizadas ou efetuadas para produzir as mercadorias importadas,
de um montante representativo dos lucros e das despesas gerais igual ao que é geralmente contabilizado nas vendas de mercadorias da mesma natureza ou da mesma espécie que as mercadorias a avaliar, efetuadas por produtores do país de exportação para a exportação com destino à União,
do custo ou do valor dos elementos referidos no artigo 71.o, n.o 1, alínea e).
Se o valor aduaneiro não puder ser determinado nos termos do n.o 1, deve ser determinado, com base nos dados disponíveis no território aduaneiro da União, por meios razoáveis compatíveis com os princípios e disposições gerais:
Do Acordo relativo à Aplicação do artigo VII do Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio;
Do artigo VII do Acordo Geral sobre Pautas Aduaneiras e Comércio;
Do presente capítulo.
Artigo 75.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar as condições de concessão da autorização a que se refere o artigo 73.o.
Artigo 76.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais para a:
Determinação do valor aduaneiro nos termos do artigo 70.o, n.os 1 e 2, e dos artigos 71.o e 72.o, incluindo as regras para ajustar o preço efetivamente pago ou a pagar;
Aplicação das condições a que se refere o artigo 70.o, n.o 3;
Determinação do valor aduaneiro a que se refere o artigo 74.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
TÍTULO III
DÍVIDA ADUANEIRA E GARANTIAS
CAPÍTULO 1
Constituição da dívida aduaneira
Artigo 77.o
Introdução em livre prática e importação temporária
É facto constitutivo da dívida aduaneira na importação a sujeição de mercadorias não-UE passíveis de direitos de importação a um dos seguintes regimes aduaneiros:
Introdução em livre prática, incluindo ao abrigo das disposições relativas ao destino especial;
Importação temporária com franquia parcial de direitos de importação.
Caso uma declaração aduaneira referente a um dos regimes referidos no n.o 1 seja elaborada com base em informações de que resulte a não cobrança, total ou parcial, dos direitos de importação, é igualmente devedora a pessoa que prestou as informações necessárias à elaboração da declaração e que tinha ou deveria razoavelmente ter tido conhecimento de que essas informações eram falsas.
Artigo 78.o
Disposições específicas relativas às mercadorias não originárias
Artigo 79.o
Constituição da dívida aduaneira por incumprimento
Relativamente às mercadorias passíveis de direitos de importação, é facto constitutivo da dívida aduaneira na importação o incumprimento de:
Uma das obrigações previstas na legislação aduaneira em matéria de introdução de mercadorias não-UE no território aduaneiro da União, de subtração à fiscalização aduaneira, ou de circulação, transformação, armazenamento, depósito temporário, importação temporária ou cessão de tais mercadorias nesse território;
Uma das obrigações previstas na legislação aduaneira em matéria de utilização para fins especiais de mercadorias no território aduaneiro da União;
Uma das condições fixadas para a sujeição das mercadorias não-UE a um regime aduaneiro ou para a concessão, em função do destino especial das mercadorias, da isenção ou de uma redução da taxa do direito de importação.
A dívida aduaneira é constituída num dos seguintes momentos:
No momento em que a obrigação cujo incumprimento dá origem à dívida aduaneira não é cumprida ou deixa de ser cumprida;
No momento em que é aceite uma declaração aduaneira para a sujeição das mercadorias a um regime aduaneiro, se for estabelecido posteriormente que uma das condições fixadas para a sujeição das mercadorias a esse regime ou para a concessão de uma isenção de direitos ou de uma redução da taxa do direito de importação em função da sua utilização específica não foi efetivamente respeitada.
Nos casos a que se refere o n.o 1, alíneas a) e b), são devedoras:
As pessoas responsáveis pelo cumprimento das obrigações em causa;
As pessoas que tinham ou deveriam razoavelmente ter tido conhecimento do incumprimento de uma obrigação decorrente da legislação aduaneira e que agiram por conta de uma pessoa responsável pelo cumprimento dessa obrigação ou que participaram no ato que deu origem ao incumprimento da obrigação;
As pessoas que tenham adquirido ou detido as mercadorias em causa e que tinham ou deveriam razoavelmente ter tido conhecimento, no momento em que adquiriram ou receberam as mercadorias, de que não fora cumprida uma obrigação decorrente da legislação aduaneira.
Caso seja elaborada uma declaração aduaneira referente a um dos regimes aduaneiros mencionados no n.o 1, alínea c), e sejam comunicadas às autoridades aduaneiras informações exigidas por força da legislação aduaneira relacionada com as condições fixadas para a sujeição das mercadorias a esse regime aduaneiro, de que resulte a não cobrança, total ou parcial, dos direitos de importação, é igualmente devedora a pessoa que prestou as informações necessárias para elaborar a declaração aduaneira e que tinha ou deveria razoavelmente ter tido conhecimento de que tais informações eram falsas.
Artigo 80.o
Dedução do montante já pago de direitos de importação
O primeiro parágrafo aplica-se caso seja constituída uma dívida aduaneira em relação a resíduos e desperdícios resultantes da inutilização dessas mercadorias.
Artigo 81.o
Exportação e aperfeiçoamento passivo
Caso uma declaração aduaneira seja elaborada com base em informações de que resulte a não cobrança, total ou parcial, dos direitos de exportação, é igualmente devedora a pessoa que prestou as informações necessárias à elaboração da declaração e que tinha ou deveria razoavelmente ter tido conhecimento de que essas informações eram falsas.
Artigo 82.o
Constituição da dívida aduaneira por incumprimento
Relativamente às mercadorias passíveis de direitos de exportação, é facto constitutivo da dívida aduaneira na exportação o incumprimento:
De uma das obrigações previstas na legislação aduaneira para a saída das mercadorias;
Das condições que permitiram a saída das mercadorias do território aduaneiro da União com franquia total ou parcial de direitos de exportação.
A dívida aduaneira é constituída num dos seguintes momentos:
No momento em que as mercadorias saem efetivamente do território aduaneiro da União sem uma declaração aduaneira;
No momento em que as mercadorias chegam a um destino diferente daquele para o qual foi autorizada a saída do território aduaneiro da União com franquia total ou parcial de direitos de exportação;
Se as autoridades aduaneiras não puderem determinar o momento referido na alínea b), no momento em que termina o prazo fixado para a apresentação da prova de que foram respeitadas as condições fixadas para a concessão dessa franquia às mercadorias em causa.
Nos casos a que se refere o n.o 1, alínea a), são devedoras:
As pessoas responsáveis pelo cumprimento da obrigação em causa;
As pessoas que tinham ou deveriam razoavelmente ter tido conhecimento do incumprimento da obrigação em causa e que agiram por conta da pessoa que estava obrigada ao cumprimento dessa obrigação;
As pessoas que participaram no ato que deu origem ao incumprimento da obrigação e que tinham ou deveriam razoavelmente ter tido conhecimento de que a declaração aduaneira exigida não tinha sido entregue.
Artigo 83.o
Proibições e restrições
Todavia, não é constituída qualquer dívida aduaneira:
Na introdução irregular no território aduaneiro da União de moeda falsa;
Na introdução no território aduaneiro da União de estupefacientes e de substâncias psicotrópicas, salvo se essa introdução for realizada sob a estrita fiscalização das autoridades competentes com vista a uma utilização para fins médicos e científicos.
Artigo 84.o
Múltiplos devedores
Caso existam vários devedores do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente a uma mesma dívida aduaneira, aqueles ficam solidariamente obrigados ao pagamento daquele montante.
Artigo 85.o
Regras gerais para o cálculo do montante dos direitos de importação ou de exportação
Todavia, caso as informações de que dispõem as autoridades aduaneiras lhes permitam concluir que a dívida aduaneira foi constituída num momento anterior ao daquela constatação, considera-se que a dívida aduaneira foi constituída no momento mais recuado no tempo em que seja possível comprovar essa situação.
Artigo 86.o
Regras especiais para o cálculo do montante dos direitos de importação
No entanto, o valor aduaneiro, a quantidade, a natureza e a origem das mercadorias não-UE utilizadas nas operações devem ser tidos em conta para o cálculo do montante dos direitos de importação.
Artigo 87.o
Local de constituição da dívida aduaneira
Em todos os outros casos, o local de constituição da dívida aduaneira é o local onde ocorrem os factos constitutivos da mesma.
Se não for possível determinar esse local, a dívida aduaneira é constituída no local onde as autoridades aduaneiras constatam que as mercadorias se encontram numa situação constitutiva de dívida aduaneira.
Artigo 88.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
As regras para o cálculo do montante dos direitos de importação ou de exportação aplicáveis às mercadorias para as quais foi constituída uma dívida aduaneira no contexto de um regime especial, em complemento das previstas nos artigos 85.o e 86.o;
Os casos a que se refere o artigo 86.o, n.o 4.o;
O prazo a que se refere o artigo 87.o, n.o 2.
CAPÍTULO 2
Garantia referente a uma dívida aduaneira potencial ou existente
Artigo 89.o
Disposições gerais
Caso as autoridades aduaneiras exijam a prestação de uma garantia relativamente a uma dívida aduaneira potencial ou existente, essa garantia deve cobrir o montante dos direitos de importação ou de exportação e as outras imposições devidas relacionadas com a importação ou exportação das mercadorias, nas seguintes situações sempre que:
A garantia seja utilizada para a sujeição das mercadorias ao regime de trânsito da União; ou
A garantia possa ser utilizada em mais de um Estado-Membro.
Uma garantia que não possa ser utilizada fora do Estado-Membro em que é exigida só é válida nesse Estado-Membro e deve cobrir, pelo menos, o montante dos direitos de importação ou de exportação.
A garantia prestada relativamente a uma declaração específica é aplicável ao montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente à dívida aduaneira e de outras imposições relativas a todas as mercadorias abrangidas pela declaração ou que obtiveram autorização de saída ao abrigo dessa declaração, independentemente de essa declaração estar ou não correta.
Se a garantia não tiver sido liberada, pode igualmente ser utilizada, dentro dos limites do montante garantido, para a cobrança dos montantes dos direitos de importação ou de exportação e de outras imposições que se verifique serem devidos na sequência de um controlo após a autorização de saída dessas mercadorias.
Não são exigidas garantias nas seguintes situações:
Mercadorias transportadas no Reno, nas vias renanas, no Danúbio ou nas vias danubianas;
Mercadorias transportadas por instalações de transporte fixas;
Em casos específicos em que as mercadorias são sujeitas a um regime de importação temporária;
Mercadorias sujeitas ao regime de trânsito da União com recurso à simplificação a que se refere o artigo 233.o, n.o 4, alínea e), transportadas por via marítima ou aérea entre portos ou aeroportos da União.
Artigo 90.o
Garantia obrigatória
Caso não seja possível estabelecer o montante exato, a garantia é fixada no montante mais elevado, calculado pelas autoridades aduaneiras, dos direitos de importação ou de exportação correspondente à dívida aduaneira e de outras imposições já constituídas ou suscetíveis de se constituírem.
Artigo 91.o
Garantia facultativa
Caso a prestação de uma garantia seja facultativa, as autoridades aduaneiras devem em todo o caso exigi-la se considerarem que não está assegurado o pagamento dentro do prazo fixado do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente à dívida aduaneira e de outras imposições. O montante dessa garantia é fixado pelas referidas autoridades a um nível que não exceda o previsto no artigo 90.o.
Artigo 92.o
Prestação de uma garantia
A garantia pode ser prestada numa das seguintes formas:
Por depósito em numerário ou por outros meios de pagamento reconhecidos pelas autoridades aduaneiras como equiparados a um depósito em numerário, em euros ou na moeda do Estado-Membro onde é exigida;
Através de compromisso assumido pela entidade garante;
Por qualquer outra forma de garantia que assegure de forma equivalente o pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente à dívida aduaneira e de outras imposições.
A prestação de uma garantia através de depósito em numerário ou de outro meio de pagamento equiparado não dá direito ao pagamento de juros pelas autoridades aduaneiras.
Artigo 93.o
Escolha da garantia
A pessoa obrigada a prestar uma garantia pode optar por uma das formas de garantia previstas no artigo 92.o, n.o 1.
Todavia, as autoridades aduaneiras podem recusar-se a aceitar a forma de garantia proposta caso esta seja incompatível com o bom funcionamento do regime aduaneiro em causa.
As autoridades aduaneiras podem exigir que a forma de garantia escolhida seja mantida durante um período determinado.
Artigo 94.o
Entidade garante
Artigo 95.o
Garantia global
A autorização a que se refere o artigo 89.o, n.o 5, só é concedida às pessoas que satisfaçam cumulativamente as seguintes condições:
Estejam estabelecidas no território aduaneiro da União;
Cumpram os critérios previstos no artigo 39.o, alínea a);
Sejam utilizadores regulares dos regimes aduaneiros em causa ou operadores de armazéns de depósito temporário, ou cumprirem os critérios do artigo 39.o, alínea d).
Artigo 96.o
Proibições temporárias relativas ao recurso a garantias globais
No contexto dos regimes especiais ou do depósito temporário, a Comissão pode proibir temporariamente:
O recurso à garantia global de montante reduzido ou à dispensa de garantia a que se refere o artigo 95.o, n.o 2;
O recurso à garantia global a que se refere o artigo 95.o relativamente às mercadorias que tenham sido identificadas como sendo objeto de fraude em grande escala.
Caso se aplique o n.o 1, alíneas a) ou b), do presente artigo, o recurso à garantia global de montante reduzido, a dispensa de garantia ou o recurso à garantia global a que se refere o artigo 83.o podem ser autorizados se a pessoa em causa preencher uma das seguintes condições:
A pessoa em causa pode provar não terem sido constituídas dívidas aduaneiras em relação às mercadorias em causa no decurso das operações que efetuou nos dois anos anteriores à decisão referida no n.o 1;
A pessoa em causa pode provar, caso tenham sido contraídas dívidas aduaneiras nos dois anos anteriores à decisão referida no n.o 1, que as mesmas foram totalmente pagas pelo devedor ou devedores, ou pela entidade garante, dentro do prazo prescrito.
Para ser autorizado a recorrer a uma garantia global temporariamente proibida, a pessoa em causa deve preencher também os critérios previstos no artigo 39.o, alíneas b) e c).
Artigo 97.o
Garantia complementar ou de substituição
Caso as autoridades aduaneiras verifiquem que a garantia prestada não assegura ou deixou de assegurar de forma certa ou integral o pagamento dentro do prazo fixado do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente à dívida aduaneira e de outras imposições, devem exigir de qualquer uma das pessoas a que se refere artigo 89.o, n.o 3, à escolha desta, a prestação de uma garantia complementar ou a substituição da garantia inicial por uma nova garantia.
Artigo 98.o
Liberação da garantia
Artigo 99.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos específicos, a que se refere o artigo 89.o, n.o 8, alínea c), em que não é exigida qualquer garantia para as mercadorias sujeitas ao regime de importação temporária;
A forma da garantia, a que se refere o artigo 92.o, n.o 1, alínea c), e as regras relativas à entidade garante a que se refere o artigo 94.o;
As condições concessão da autorização de prestação de uma garantia global de montante reduzido ou para a concessão da dispensa de garantia a que se refere o artigo 95.o, n.o 2:
Os prazos de liberação de uma garantia.
Artigo 100.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
Ao cálculo do montante da garantia, incluindo o montante reduzido a que se refere o artigo 95.o, n.os 2 e 3;
À prestação e verificação da garantia a que se refere o artigo 89.o, à revogação e cancelamento do compromisso assumido pela entidade garante a que se refere o artigo 94.o, e à liberação da garantia a que se refere o artigo 98.o;
Às proibições temporárias a que se refere o artigo 96.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Por imperativos de urgência relacionados com tais medidas, devidamente justificados pela necessidade de reforçar rapidamente a proteção dos interesses financeiros da União e dos seus Estados-Membros, a Comissão adota atos de execução imediatamente aplicáveis pelo procedimento a que se refere o artigo 285.o, n.o 5.
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o, n.o 6.
CAPÍTULO 3
Cobrança, pagamento, reembolso e dispensa de pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação
Artigo 101.o
Determinação do montante dos direitos de importação ou de exportação
Se o montante a que se refere o primeiro parágrafo for expresso em euros, o arredondamento não pode exceder um arredondamento para a unidade imediatamente superior ou inferior.
Um Estado-Membro cuja moeda não seja o euro pode aplicar com as necessárias adaptações o disposto no segundo parágrafo ou estabelecer uma derrogação a esse parágrafo, desde que as regras aplicáveis ao arredondamento não tenham um impacto financeiro superior à aplicação das regras do segundo parágrafo.
Artigo 102.o
Notificação da dívida aduaneira
A notificação prevista no primeiro parágrafo não é efetuada nas seguintes situações:
Caso, na pendência da determinação final do montante dos direitos de importação ou de exportação, tenha sido instituída uma medida provisória de política comercial sob a forma de um direito;
Caso o montante dos direitos de importação ou de exportação devidos exceda o montante determinado com base numa decisão adotada nos termos do artigo 33.o;
Caso a decisão inicial de não notificar a dívida aduaneira ou de a notificar com um montante de direitos de importação ou de exportação de valor inferior ao montante dos direitos de importação ou de exportação devidos tenha sido tomada com base em disposições gerais que sejam posteriormente anuladas por decisão judicial;
Caso as autoridades aduaneiras estejam dispensadas, ao abrigo da legislação aduaneira, de notificar a dívida aduaneira.
No entanto, caso a notificação da dívida aduaneira possa prejudicar uma investigação criminal, as autoridades aduaneiras podem diferir a notificação até ao momento em que esta deixe de prejudicar a referida investigação.
Artigo 103.o
Caducidade da dívida aduaneira
Os prazos fixados nos n.os 1 e 2 são suspensos:
Se tiver sido interposto recurso nos termos do artigo 44.o; essa suspensão aplica-se a partir da data de interposição do recurso e vigora até ao termo do processo de recurso; ou
Se as autoridades aduaneiras tiverem comunicado ao devedor, nos termos do artigo 22.o, n.o 6, os motivos pelos quais tencionam notificar a dívida aduaneira; essa suspensão aplica-se a partir da data dessa comunicação até ao termo do período em que é dada ao devedor a oportunidade de apresentar o seu ponto de vista.
Artigo 104.o
Registo de liquidação
O primeiro parágrafo não é aplicável nos casos referidos no artigo 102.o, n.o 1, segundo parágrafo.
Artigo 105.o
Prazo do registo de liquidação
Todavia, sob reserva de o seu pagamento ter sido garantido, o montante total do direito de importação ou de exportação relativo a todas as mercadorias cuja autorização de saída tenha sido concedida a uma mesma pessoa durante um período fixado pelas autoridades aduaneiras, que não pode ultrapassar 31 dias, pode ser objeto de um registo de liquidação único no termo desse período. Esse registo deve ser efetuado no prazo de 14 dias a contar do termo do período em causa.
No entanto, caso a dívida aduaneira esteja relacionada com uma medida provisória de política comercial sob a forma de um direito, o registo de liquidação do montante dos direitos de importação ou de exportação devidos deve ser efetuado no prazo de dois meses a contar da data da publicação no Jornal Oficial da União Europeia do regulamento que institui a medida definitiva de política comercial.
Artigo 106.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, ►C2 a fim de determinar os casos referidos no artigo 102.o, n.o 1, segundo parágrafo, alínea d), ◄ em que as autoridades aduaneiras estão dispensadas de notificar a dívida aduaneira;
Artigo 107.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução, medidas destinadas a garantir a assistência mútua entre autoridades aduaneiras em caso de constituição de uma dívida aduaneira.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 108.o
Prazos gerais para pagamento e suspensão do prazo do pagamento
Sem prejuízo do artigo 45.o, n.o 2, esse período não pode exceder 10 dias a contar da data da notificação ao devedor da dívida aduaneira. No caso de globalização dos registos de liquidação nas condições fixadas no artigo 105.o, n.o 1, segundo parágrafo, o prazo deve ser fixado de forma a impedir que o devedor obtenha um período de pagamento mais longo do que aquele de que beneficiaria em caso de diferimento do pagamento nos termos do artigo 110.o.
Mediante pedido do devedor, as autoridades aduaneiras podem conceder uma prorrogação do prazo caso o montante dos direitos de importação ou de exportação devidos tenha sido determinado no decurso de um controlo após a autorização de saída tal como previsto no artigo 48.o. Sem prejuízo do artigo 112.o, n.o 1, a prorrogação do prazo não deve exceder o tempo necessário para permitir que o devedor tome as medidas necessárias para o cumprimento da sua obrigação.
O prazo de pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente a uma dívida aduaneira deve ser suspenso caso:
Seja apresentado um pedido de dispensa de pagamento dos direitos nos termos do artigo 121.o;
As mercadorias devam ser confiscadas, inutilizadas ou abandonadas a favor do Estado;
A dívida aduaneira seja constituída em conformidade com o artigo 79.o e existam vários devedores.
Artigo 109.o
Pagamento
Artigo 110.o
Diferimento do pagamento
As autoridades aduaneiras autorizam, mediante pedido da pessoa em causa e prestação de uma garantia, o diferimento do pagamento dos direitos devidos de acordo com as seguintes modalidades:
Quer isoladamente, para cada montante de direitos de importação ou de exportação objeto de registo de liquidação nos termos do artigo 105.o, n.o 1, primeiro parágrafo, ou n.o 4;
Quer globalmente, para o conjunto dos montantes de direitos de importação ou de exportação objeto de registo de liquidação nos termos do artigo 105.o, n.o 1, primeiro parágrafo, durante um período fixado pelas autoridades aduaneiras e que não pode ultrapassar 31 dias;
Quer globalmente, para o conjunto dos montantes de direitos de importação ou de exportação objeto de um registo de liquidação único nos termos do artigo 105.o, n.o 1, segundo parágrafo.
Artigo 111.o
Período de diferimento do pagamento
Caso esses períodos correspondam a um mês, os Estados-Membros podem determinar que o pagamento dos montantes dos direitos de importação ou de exportação objeto do diferimento seja efetuado até ao décimo sexto dia do mês seguinte a esse mês.
Artigo 112.o
Outras facilidades de pagamento
Relativamente aos Estados-Membros cuja moeda seja o euro, a taxa de juros de crédito corresponde à taxa de juros publicada no Jornal Oficial da União Europeia, série C, aplicada pelo Banco Central Europeu às suas principais operações de refinanciamento, no primeiro dia do mês em que o pagamento é devido, acrescida de um ponto percentual.
Se se tratar de um Estado-Membro cuja moeda não é o euro, a taxa de juro do crédito corresponde à taxa aplicada no primeiro dia do mês em causa pelo banco central nacional para as suas principais operações de refinanciamento, acrescida de um ponto percentual, ou, no caso de um Estado-Membro para o qual não está disponível a taxa do banco central nacional, a taxa mais equivalente aplicada no primeiro dia do mês em causa no mercado monetário do Estado-Membro, acrescida de um ponto percentual.
Artigo 113.o
Execução forçada
Caso o pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação devidos não tenha sido efetuado no prazo fixado, as autoridades aduaneiras recorrem a todos os meios previstos na legislação do Estado-Membro em causa para assegurar o pagamento desse montante.
Artigo 114.o
Juros de mora
Relativamente aos Estados-Membros cuja moeda seja o euro, a taxa de juros de mora corresponde à taxa de juros publicada no Jornal Oficial da União Europeia, série C, aplicada pelo Banco Central Europeu às suas principais operações de refinanciamento, no primeiro dia do mês em que o pagamento é devido, acrescida de dois pontos percentuais.
Se se tratar de um Estado-Membro cuja moeda não é o euro, a taxa de juros de mora corresponde à taxa aplicada no primeiro dia do mês em causa pelo banco central nacional para as suas principais operações de refinanciamento, acrescida de dois pontos percentuais, ou, no caso de um Estado-Membro para o qual não está disponível a taxa do banco central nacional, a taxa mais equivalente aplicada no primeiro dia do mês em causa no mercado monetário do Estado-Membro, acrescida de dois pontos percentuais.
A taxa dos juros de mora é fixada nos termos do n.o 1.
Artigo 115.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar as regras aplicáveis à suspensão do prazo para o pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente a uma dívida aduaneira a que faz referência o artigo 108.o, n.o 3, e o período de suspensão.
Artigo 116.o
Disposições gerais
Sob reserva das condições previstas na presente secção, procede-se ao reembolso ou à dispensa de pagamento dos montantes dos direitos de importação ou de exportação pelas seguintes razões:
Montantes de direitos de importação ou de exportação cobrados em excesso;
Mercadorias defeituosas ou não conformes com as estipulações do contrato;
Erro imputável às autoridades competentes;
Equidade.
É reembolsado o montante dos direitos de importação ou de exportação que tiver sido pago caso a declaração aduaneira correspondente seja anulada nos termos do artigo 174.o.
Se as autoridades aduaneiras considerarem que deve ser concedido o reembolso ou a dispensa de pagamento com base nos artigos 119.o ou 120.o, o Estado-Membro em causa deve transmitir o processo à Comissão, para que seja tomada uma decisão, em qualquer dos seguintes casos:
As autoridades aduaneiras consideram que as circunstâncias especiais resultam de incumprimento das obrigações da Comissão;
As autoridades aduaneiras consideram que a Comissão cometeu um erro na aceção do artigo 119.o;
As circunstâncias do caso em apreço estão relacionadas com os resultados de um inquérito da União efetuado em conformidade com as disposições do Regulamento (CE) n.o 515/97 do Conselho, de 13 de março de 1997, relativo à assistência mútua entre as autoridades administrativas dos Estados-membros e à colaboração entre estas e a Comissão, tendo em vista assegurar a correta aplicação das regulamentações aduaneira e agrícola ( 6 ), ou com base noutra disposição legislativa da União ou em acordos celebrados pela União com países ou grupos de países que prevejam a possibilidade de proceder a tais inquéritos;
O montante de que a pessoa em causa seja devedora, em relação a uma ou mais operações de importação ou exportação é igual ou superior a 500 000 EUR, em resultado de um erro ou de circunstâncias especiais.
Não obstante o primeiro parágrafo, os processos não são transmitidos em qualquer das seguintes situações:
A Comissão já adotou uma decisão sobre um caso em que se apresentavam elementos de facto e de direito comparáveis;
Já foi apresentado à Comissão um caso em que se apresentavam elementos de facto e de direito comparáveis.
Todavia, são pagos juros caso uma decisão de concessão de reembolso não seja executada no prazo de três meses a contar da data da sua aprovação, a menos que o não cumprimento do prazo não seja imputável às autoridades aduaneiras.
Neste caso, são pagos juros entre a data de termo do prazo de três meses e a data de reembolso. A taxa de juros é estabelecida nos termos do artigo 112.o.
Neste caso, ►C2 devem ser reembolsados os juros eventualmente pagos ao abrigo do n.o 6, segundo parágrafo. ◄
Artigo 117.o
Direitos de importação ou de exportação cobrados em excesso
Se o pedido de reembolso ou de dispensa do pagamento se basear na existência, à data de aceitação da declaração de introdução em livre prática das mercadorias, de um direito de importação reduzido ou nulo, aplicável no âmbito de um contingente pautal, de um teto pautal ou de outro regime pautal favorável, o reembolso ou a dispensa do pagamento só são concedidos se, no momento da entrega do pedido acompanhado dos documentos necessários, estiver preenchida uma das seguintes condições:
Se se tratar de um contingente pautal, este não estiver esgotado;
Nos outros casos, se não tiver sido efetuada a reintrodução do direito normalmente devido.
Artigo 118.o
Mercadorias defeituosas ou não conformes com as estipulações do contrato
São equiparadas a mercadorias defeituosas as mercadorias danificadas antes de lhes ser concedida a autorização de saída.
O reembolso ou a dispensa de pagamento não é concedido se:
As mercadorias, antes de serem introduzidas em livre prática, foram sujeitas a um regime especial para ensaios, exceto se se provar que o caráter defeituoso dessas mercadorias ou a sua não conformidade com as estipulações do contrato não podia ser normalmente detetado no decurso desses ensaios;
O caráter defeituoso das mercadorias foi tomado em consideração no momento da fixação dos termos do contrato, em especial o preço, antes de as mercadorias serem sujeitas a um regime aduaneiro que implicava a constituição de uma dívida aduaneira; ou
As mercadorias foram vendidas pelo requerente após ter sido detetado o seu caráter defeituoso ou a sua não conformidade com as estipulações do contrato.
Artigo 119.o
Erro imputável às autoridades competentes
Em casos distintos dos referidos no artigo 116.o, n.o 1, segundo parágrafo, e nos artigos 117.o, 118.o e 120.o, o montante dos direitos de importação ou de exportação deve ser objeto de reembolso ou de dispensa de pagamento caso, em consequência de erro das autoridades competentes, o montante correspondente à dívida aduaneira inicialmente notificada seja inferior ao montante devido, desde que estejam reunidas as seguintes condições:
O devedor não podia razoavelmente ter detetado esse erro; e
O devedor agiu de boa-fé.
Todavia, a emissão de um certificado incorreto não constitui um erro se o certificado se basear numa incorreta descrição dos factos pelo exportador, exceto se for evidente que as autoridades emissoras tinham ou deveriam ter tido conhecimento de que as mercadorias não preenchiam as condições exigidas para o tratamento preferencial.
Deve considerar-se que o devedor agiu de boa-fé caso este possa demonstrar que, durante o período das operações comerciais em causa, diligenciou no sentido de assegurar o respeito de todas as condições exigidas para o tratamento preferencial.
O devedor não pode, todavia, invocar a boa-fé caso a Comissão tenha publicado no Jornal Oficial da União Europeia um aviso que refira dúvidas fundadas sobre a correta aplicação do regime preferencial pelo país ou território beneficiário.
Artigo 120.o
Equidade
Artigo 121.o
Procedimento de reembolso e de dispensa de pagamento
Os pedidos de reembolso ou de dispensa de pagamento nos termos do artigo 116.o devem ser apresentados às autoridades aduaneiras nos seguintes prazos:
No caso de montantes de direitos de importação ou de exportação cobrados em excesso, de erro por parte das autoridades competentes ou de equidade, no prazo de três anos a contar da data da notificação da dívida aduaneira;
No caso de mercadorias defeituosas ou não conformes com as estipulações do contrato, no prazo de um ano a contar da data da notificação da dívida aduaneira;
No caso de anulação de uma declaração aduaneira, no prazo específico previsto nas regras aplicáveis à anulação.
Os prazos fixados nas alíneas a) e b) do primeiro parágrafo são prorrogados se o requerente provar que foi impedido de apresentar um pedido no prazo previsto devido a circunstâncias imprevistas ou em caso de força maior.
Artigo 122.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que estabelecem as regras que a Comissão deve cumprir para tomar a decisão a que se refere o artigo 116.o, n.o 3, nomeadamente:
As condições de aceitação do processo;
O prazo para a tomada de decisão e suspensão deste prazo;
A comunicação das razões em que a Comissão tenciona fundamentar a sua decisão, antes de tomar qualquer decisão suscetível de ter consequências adversas para a pessoa em causa;
A notificação da decisão;
As consequências da falta de decisão ou de notificação da mesma.
Artigo 123.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais para:
O reembolso e a dispensa de pagamento, a que se refere o artigo 116.o;
A informação da Comissão nos termos do artigo 121.o, n.o 4, bem como sobre as informações a prestar.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento consultivo a que se refere o artigo 285.o, n.o 2.
Caso o parecer do comité referido no artigo 285.o, n.o 1, deva ser obtido por procedimento escrito, aplica-se o artigo 285.o, n.o 6.
CAPÍTULO 4
Extinção da dívida aduaneira
Artigo 124.o
Extinção
Sem prejuízo das disposições em vigor relativas à não cobrança do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente a uma dívida aduaneira no caso de insolvência do devedor verificada por via judicial, a dívida aduaneira na importação ou na exportação extingue-se das seguintes formas:
Quando o devedor já não puder ser notificado da dívida aduaneira, nos termos do artigo 103.o;
Mediante pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação;
Sob reserva do n.o 5, mediante dispensa de pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação;
Caso, em relação a mercadorias declaradas para um regime aduaneiro que implique a obrigação de pagar direitos de importação ou de exportação, a declaração aduaneira seja anulada;
Caso as mercadorias passíveis de direitos de importação ou de exportação sejam confiscadas ou apreendidas e simultânea ou posteriormente confiscadas;
Caso as mercadorias passíveis de direitos de importação ou de exportação sejam inutilizadas sob fiscalização aduaneira ou abandonadas a favor do Estado;
Caso o desaparecimento das mercadorias ou o incumprimento das obrigações decorrentes da legislação aduaneira resulte da inutilização total ou da perda irremediável das referidas mercadorias por causa inerente à própria natureza das mercadorias ou devido a circunstâncias imprevistas ou em caso de força maior, ou em consequência de instruções das autoridades aduaneiras; para efeitos da presente alínea, considera-se que as mercadorias estão irremediavelmente perdidas caso tenham sido inutilizadas por qualquer pessoa;
Caso a dívida aduaneira tenha sido constituída por força dos artigos 79.o ou 82.o e estejam preenchidas as seguintes condições:
o incumprimento que deu origem à constituição da dívida aduaneira não teve qualquer efeito significativo sobre o correto funcionamento do depósito temporário ou do regime aduaneiro em questão e não constituiu uma tentativa de fraude;
as formalidades necessárias à regularização da situação das mercadorias são posteriormente cumpridas;
Caso as mercadorias introduzidas em livre prática com isenção de direitos ou com uma taxa reduzida de direitos de importação em função da sua utilização específica tenham sido exportadas com a autorização das autoridades aduaneiras;
Caso a dívida aduaneira tenha sido constituída por força do artigo 78.o e as formalidades cumpridas para permitir o benefício do tratamento pautal preferencial previsto no referido artigo sejam canceladas;
Caso, sem prejuízo do disposto no n.o 6, a dívida aduaneira tenha sido constituída ao abrigo do artigo 79.o e tenha sido apresentada às autoridades aduaneiras prova suficiente de que as mercadorias não foram utilizadas nem consumidas e foram retiradas do território aduaneiro da União.
Artigo 125.o
Aplicação de sanções
Sempre que a dívida aduaneira se extinga com base no artigo 124.o, n.o 1, alínea h), tal não impede que os Estados-Membros apliquem sanções por incumprimento da legislação aduaneira.
Artigo 126.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar a lista de incumprimentos que não têm consequências significativas para o bom funcionamento do depósito temporário ou do regime aduaneiro em causa, e complementar o artigo 124.o, n.o 1, alínea h), subalínea i).
TÍTULO IV
MERCADORIAS INTRODUZIDAS NO TERRITÓRIO ADUANEIRO DA UNIÃO
CAPÍTULO 1
Declaração sumária de entrada
Artigo 127.o
Entrega de uma declaração sumária de entrada
A obrigação referida no n.o 1 é dispensada:
Para os meios de transporte e as mercadorias neles transportadas que apenas atravessem as águas territoriais ou o espaço aéreo do território aduaneiro da União sem nele fazerem escala; e
Noutros casos, devidamente justificados pelo tipo de mercadorias ou de tráfego, ou por exigências de acordos internacionais.
As autoridades aduaneiras podem permitir que a declaração sumária de entrada seja entregue noutra estância aduaneira, desde que esta comunique ou disponibilize os elementos necessários, imediatamente e por via eletrónica, à primeira estância aduaneira de entrada.
Não obstante as obrigações do transportador, em alternativa a declaração sumária de entrada pode ser entregue por uma das seguintes pessoas:
Pelo importador ou destinatário, ou por outra pessoa em cujo nome ou por conta de quem o transportador atue;
Por qualquer pessoa capaz de apresentar as mercadorias em questão, ou de as mandar apresentar, à estância aduaneira de entrada.
Artigo 128.o
Análise de risco
A estância aduaneira referida no artigo 127.o, n.o 3, deve, dentro de um prazo específico, assegurar a realização de uma análise de risco, essencialmente para fins de proteção e segurança, com base na declaração sumária de entrada a que se refere o artigo 127.o, n.o 1, ou nos elementos a que se refere o artigo 127.o, n.o 5, e tomar as medidas necessárias em função dos resultados dessa análise.
Artigo 129.o
Alteração e anulação da declaração sumária de entrada
Deixa de ser possível qualquer alteração depois de:
As autoridades aduaneiras terem informado a pessoa que entregou a declaração sumária de entrada de que tencionam proceder à verificação das mercadorias;
As autoridades aduaneiras terem determinado que os elementos contidos na declaração sumária de entrada são incorretos; ou
As mercadorias terem sido apresentadas à alfândega.
Se as mercadorias em relação às quais foi entregue uma declaração sumária de entrada não forem introduzidas no território aduaneiro da União, as autoridades aduaneiras anulam sem demora essa declaração nos seguintes casos:
A pedido do declarante; ou
Decorridos 200 dias a contar da entrega da declaração.
Artigo 130.o
Declarações entregues em vez da declaração sumária de entrada
Artigo 131.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos em que a obrigação de entregar uma declaração sumária de entrada é objeto de dispensa, nos termos do artigo 127.o, n.o 2, alínea b);
O prazo específico a que se refere o artigo 127.o, n.os 3 e 7, dentro do qual deve ser entregue a declaração sumária de entrada antes da introdução das mercadorias no território aduaneiro da União, tendo em conta o tipo de mercadorias ou de tráfego;
Os casos a que se refere o artigo 127.o, n.o 6, e as outras pessoas a quem pode ser exigido o fornecimento dos elementos da declaração sumária de entrada nesses casos.
Artigo 132
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução:
As regras processuais aplicáveis à entrega da declaração sumária de entrada a que se refere o artigo 127.o;
As regras processuais aplicáveis ao fornecimento de elementos da declaração sumária de entrada pelas outras pessoas a que se refere o artigo 127.o, n.o 6;
O prazo de realização da análise de risco bem como da tomada das medidas necessárias, em conformidade com o disposto no artigo 128.o;
As regras processuais aplicáveis à alteração da declaração sumária de entrada, em conformidade com o artigo 129.o, n.o 1;
As regras processuais aplicáveis à anulação da declaração sumária de entrada, em conformidade com o artigo 129.o, n.o 2, tendo em conta a boa gestão da entrada das mercadorias.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 2
Chegada de mercadorias
Artigo 133.o
Notificação de chegada de uma embarcação marítima ou de uma aeronave
Se as autoridades aduaneiras dispuserem de informações acerca da chegada de uma embarcação marítima ou de uma aeronave, podem dispensar a notificação referida no primeiro parágrafo.
Artigo 134.o
Fiscalização aduaneira
As mercadorias permanecem sob essa fiscalização o tempo necessário para determinar o seu estatuto aduaneiro e não podem ser subtraídas a essa fiscalização sem a autorização das autoridades aduaneiras.
Sem prejuízo do artigo 254.o, as mercadorias UE deixam de estar sujeitas à fiscalização aduaneira logo que tenha sido determinado o seu estatuto aduaneiro.
As mercadorias não-UE permanecem sob fiscalização aduaneira até que o respetivo estatuto aduaneiro seja alterado ou até que as mercadorias sejam retiradas do território aduaneiro da União ou inutilizadas.
Artigo 135.o
Encaminhamento até ao local adequado
Artigo 136.o
Mercadorias que tenham saído temporariamente do território aduaneiro da União por via marítima ou aérea
Artigo 137.o
Encaminhamento em circunstâncias especiais
Artigo 138.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À notificação da chegada a que se refere o artigo 133.o;
Ao encaminhamento das mercadorias a que se refere o artigo 135.o, n.o 5.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 139.o
Apresentação das mercadorias à alfândega
As mercadorias introduzidas no território aduaneiro da União devem ser apresentadas à alfândega, imediatamente após a sua chegada, à estância aduaneira designada, a qualquer outro local designado ou aprovado pelas autoridades aduaneiras ou à zona franca, por uma das seguintes pessoas:
A pessoa que introduziu as mercadorias no território aduaneiro da União;
A pessoa em cujo nome ou por conta de quem atue a pessoa que introduziu as mercadorias nesse território;
A pessoa que assumiu a responsabilidade pelo transporte das mercadorias após a sua introdução no território aduaneiro da União.
Não obstante as obrigações da pessoa a que se refere o n.o 1, a apresentação das mercadorias pode ser efetuada por uma das seguintes pessoas:
Qualquer pessoa que sujeite imediatamente as mercadorias a um regime aduaneiro;
O titular de uma autorização de exploração de instalações de armazenamento ou qualquer pessoa que exerça uma atividade numa zona franca.
Artigo 140.o
Descarga e verificação das mercadorias
Todavia, não se exige esta autorização em caso de perigo iminente que obrigue à descarga imediata, total ou parcial, das mercadorias. Nesse caso, as autoridades aduaneiras devem ser imediatamente informadas do facto.
Artigo 141.o
Mercadorias transportadas sob regime de trânsito
Artigo 142.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar as condições de aprovação dos locais a que se refere o artigo 139.o, n.o 1.
Artigo 143.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à apresentação das mercadorias à alfândega a que se refere o artigo 139.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 144.o
Mercadorias em depósito temporário
As mercadorias não-UE consideram-se em depósito temporário desde o momento da sua apresentação na alfândega.
Artigo 145.o
Declaração de depósito temporário
As autoridades aduaneiras podem aceitar que a declaração de depósito temporário assuma também uma das seguintes formas:
Uma referência a qualquer declaração sumária de entrada entregue para as mercadorias em causa, complementada com os elementos de uma declaração de depósito temporário;
Um manifesto ou outro documento de transporte, desde que contenha os elementos de uma declaração de depósito temporário, incluindo uma referência a qualquer declaração sumária de entrada das mercadorias em causa.
A declaração de depósito temporário pode ser igualmente utilizada para os seguintes efeitos:
Notificação da chegada a que se refere o artigo 133.o; ou
Apresentação das mercadorias à alfândega a que se refere o artigo 139.o, desde que cumpridas as condições estabelecidas nessas disposições.
Artigo 146.o
Alteração e anulação da declaração de depósito temporário
Deixa de ser possível qualquer alteração depois de as autoridades aduaneiras:
Terem informado a pessoa que entregou a declaração de que tencionam verificar as mercadorias;
Terem determinado que os elementos contidos na declaração são incorretos.
Se as mercadorias em relação às quais foi entregue uma declaração de depósito temporário não forem apresentadas à alfândega, as autoridades aduaneiras anulam sem demora essa declaração nos seguintes casos:
A pedido do declarante; ou
Decorridos 30 dias a contar da entrega da declaração.
Artigo 147.o
Condições e responsabilidades relativas ao depósito temporário de mercadorias
O titular da autorização a que se refere o artigo 148.o, ou a pessoa que armazena as mercadorias caso estas sejam armazenadas noutros locais designados ou aprovados pelas autoridades aduaneiras, é responsável por:
Assegurar que as mercadorias em depósito temporário não sejam subtraídas à fiscalização aduaneira;
Cumprir as obrigações decorrentes do armazenamento das mercadorias em depósito temporário.
Artigo 148.o
Autorização de exploração de armazéns de depósito temporário
A autorização define as condições em que é permitida a exploração de armazéns de depósito temporário.
A autorização referida no n.o 1 só é concedida às pessoas que preencham cumulativamente as seguintes condições:
Estarem estabelecidas no território aduaneiro da União;
Apresentarem as condições necessárias para a correta condução das operações em causa; considera-se que um operador económico autorizado para simplificações aduaneiras preenche esta condição se a exploração de armazéns de depósito temporário tiver sido tida em conta na autorização a que se refere o artigo 38.o, n.o 2, alínea a);
Prestarem uma garantia nos termos do artigo 89.o.
Caso seja prestada uma garantia global, o cumprimento das obrigações inerentes a essa garantia é monitorizado mediante uma auditoria adequada.
A contabilidade deve conter as informações e os elementos que permitam às autoridades aduaneiras assegurar a fiscalização da exploração dos armazéns de depósito temporário, nomeadamente a identificação, o estatuto aduaneiro e a circulação das mercadorias armazenadas.
Considera-se que um operador económico autorizado para simplificações aduaneiras cumpre a obrigação a que se referem os primeiro e segundo parágrafos desde que a sua contabilidade seja adequada para efeitos da exploração do depósito temporário.
As autoridades aduaneiras podem autorizar o titular da autorização a movimentar as mercadorias em depósito temporário entre diferentes armazéns de depósito temporário, na condição de essa circulação não aumentar o risco de fraude, a saber:
A circulação deve ter lugar sob a responsabilidade de uma única autoridade aduaneira;
A circulação deve ser coberta por uma única autorização, concedida a um operador económico autorizado para simplificações aduaneiras;
Noutros casos de circulação.
Artigo 149.o
Termo do depósito temporário
As mercadorias não-UE em depósito temporário são sujeitas a um regime aduaneiro ou reexportadas no prazo de 90 dias.
Artigo 150.o
Escolha do regime aduaneiro
Salvo disposição em contrário, o declarante pode escolher livremente o regime aduaneiro ao qual deseja sujeitar as mercadorias, nas condições estabelecidas para esse regime, independentemente da natureza ou quantidade das mesmas ou do respetivo país de origem, de expedição ou de destino.
Artigo 151.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
As condições de aprovação dos locais a que se refere o artigo 147.o, n.o 1;
As condições de concessão da autorização de exploração de armazéns de depósito temporário, a que se refere o artigo 148.o;
Os outros casos de circulação a que se refere o artigo 1148.o, n.o 5, alínea c).
Artigo 152.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À entrega da declaração de depósito temporário a que se refere o artigo 145.o;
À alteração da declaração de depósito temporário, nos termos do artigo 146.o, n.o 1;
À anulação da declaração de depósito temporário, nos termos do artigo 146.o, n.o 2;
À circulação de mercadorias em depósito temporário a que se refere o artigo 148.o, n.o 5.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
TÍTULO V
REGRAS GERAIS SOBRE O ESTATUTO ADUANEIRO, A SUJEIÇÃO DAS MERCADORIAS A UM REGIME ADUANEIRO, A CONFERÊNCIA, A AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA E A CESSÃO DAS MERCADORIAS
CAPÍTULO 1
Estatuto aduaneiro das mercadorias
Artigo 153.o
Presunção do estatuto aduaneiro de mercadorias UE
Artigo 154.o
Perda do estatuto aduaneiro de mercadorias UE
As mercadorias UE passam a ser mercadorias não-UE nos seguintes casos:
Caso sejam retiradas do território aduaneiro da União, desde que não sejam aplicáveis as disposições em matéria de trânsito interno;
Caso tenham sido sujeitas aos regimes de trânsito externo, de armazenamento ou de aperfeiçoamento ativo, na medida em que a legislação aduaneira o permita;
Caso tenham sido sujeitas ao regime de destino especial e sejam seguidamente abandonadas a favor do Estado ou inutilizadas deixando resíduos;
Caso a declaração de introdução em livre prática seja anulada depois de ter sido concedida a autorização de saída das mercadorias.
Artigo 155.o
Mercadorias UE que saem temporariamente do território aduaneiro da União
Artigo 156.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos em que não seja aplicável a presunção referida no artigo 153.o, n.o 1;
As condições para que seja concedida a facilitação no estabelecimento da prova do estatuto aduaneiro de mercadorias UE;
Os casos em que as mercadorias referidas no artigo 153.o, n.o 3, não têm o estatuto aduaneiro de mercadorias UE;
Os casos em que o estatuto aduaneiro das mercadorias referidas no artigo 155.o, n.o 2, não é alterado.
Artigo 157.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à apresentação e verificação da prova do estatuto aduaneiro das mercadorias UE.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 2
Sujeição das mercadorias a um regime aduaneiro
Artigo 158.o
Declaração aduaneira das mercadorias e fiscalização aduaneira das mercadorias UE
Artigo 159.o
Estâncias aduaneiras competentes
Artigo 160.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar os casos em que a declaração aduaneira pode ser entregue por meios que não sejam técnicas de processamento eletrónico de dados, nos termos do artigo 158.o, n.o 2.
Artigo 161.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À determinação das estâncias aduaneiras competentes que não as referidas no artigo 159.o, n.o 3, incluindo as estâncias aduaneiras de entrada e as estâncias aduaneiras de saída;
À entrega da declaração aduaneira nos casos a que se refere o artigo 158.o, n.o 2.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 162.o
Conteúdo da declaração aduaneira normalizada
As declarações aduaneiras normalizadas devem conter todos os elementos necessários à aplicação das disposições que regem o regime aduaneiro para o qual são declaradas as mercadorias.
Artigo 163.o
Documentos de suporte
Considera-se que os documentos de suporte relativos às formalidades não aduaneiras da União aplicáveis enumeradas no anexo do Regulamento (UE) 2022/2399 estão na posse do declarante e à disposição das autoridades aduaneiras no momento da entrega da declaração aduaneira, desde que essas autoridades possam obter os dados necessários dos sistemas não aduaneiros da União correspondentes através do Sistema de Intercâmbio de Certificados da Janela Única Aduaneira da União Europeia, nos termos do artigo 10.o, n.o 1, alíneas a) e c), desse regulamento.
Artigo 164.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que estabeleçam as regras aplicáveis à concessão da autorização a que se refere o artigo 163.o, n.o 3.
Artigo 165.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais:
Aplicáveis à entrega da declaração aduaneira normalizada referida no artigo 162.o;
Relativas à disponibilização dos documentos de suporte a que se refere o artigo 163.o, n.o 1.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 166.o
Declaração simplificada
Artigo 167.o
Declaração complementar
Em caso de declaração simplificada nos termos do artigo 166.o, os documentos de suporte necessários devem estar na posse do declarante e à disposição das autoridades aduaneiras dentro de um prazo específico.
A declaração complementar pode ter natureza global, periódico ou recapitulativo.
A declaração complementar é dispensada nos seguintes casos:
Caso as mercadorias sejam sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro;
Outros casos específicos.
As autoridades aduaneiras podem dispensar a declaração complementar caso estejam preenchidas as seguintes condições:
A declaração simplificada diz respeito a mercadorias de valor e quantidade inferiores ao limiar estatístico;
A declaração simplificada já contém todas as informações necessárias para o regime aduaneiro em causa; e
A declaração simplificada não é feita mediante inscrição nos registos do declarante.
Artigo 168.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
As condições de concessão da autorização a que se refere o artigo 166.o, n.o 2;
O prazo específico a que se refere o artigo 167.o, n.o 1, primeiro parágrafo, dentro do qual deve ser entregue a declaração complementar;
O prazo específico a que se refere o artigo 167.o, n.o 1, segundo parágrafo, dentro do qual os documentos de suporte devem estar na posse do declarante;
Os outros casos específicos em que a obrigação de entregar uma declaração complementar é objeto de dispensa, nos termos do artigo 167.o, n.o 2, alínea b).
Artigo 169.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais para a entrega:
Da declaração simplificada a que se refere o artigo 166.o;
Da declaração complementar a que se refere o artigo 167.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 170.o
Entrega da declaração aduaneira
No entanto, caso da aceitação de uma declaração aduaneira resultem obrigações especiais para determinada pessoa, a declaração deve ser entregue por essa pessoa ou pelo seu representante.
Em derrogação do n.o 2, os seguintes declarantes não estão obrigados a estar estabelecidos no território aduaneiro da União:
Pessoas que entreguem uma declaração aduaneira de trânsito ou de importação temporária;
Pessoas que entreguem ocasionalmente uma declaração aduaneira, incluindo para destino final ou aperfeiçoamento ativo, desde que as autoridades aduaneiras considerem que tal se justifica;
Pessoas que se encontrem estabelecidos num país cujo território seja adjacente ao território aduaneiro da União e apresentem as mercadorias a que se refere a declaração aduaneira numa estância aduaneira de fronteira da União adjacente a esse país, desde que o país em que as pessoas se encontrem estabelecidas conceda benefícios recíprocos às pessoas estabelecidas no território aduaneiro da União.
Artigo 171.o
Entrega de uma declaração aduaneira antes da apresentação das mercadorias
A declaração aduaneira pode ser entregue antes da apresentação prevista das mercadorias à alfândega. Se as mercadorias não forem apresentadas no prazo de 30 dias a contar da entrega da declaração aduaneira, considera-se que a mesma não foi entregue.
Artigo 172.o
Aceitação de uma declaração aduaneira
Artigo 173.o
Alteração de uma declaração aduaneira
Tal alteração não pode ser autorizada se o respetivo pedido tiver sido formulado depois de as autoridades aduaneiras:
Terem informado o declarante da sua intenção de proceder à verificação das mercadorias;
Terem determinado que os elementos da declaração aduaneira são incorretos;
Terem autorizado a saída das mercadorias.
Artigo 174.o
Anulação de uma declaração aduaneira
As autoridades aduaneiras anulam, mediante pedido do declarante, uma declaração aduaneira, que já tenha sido aceite, num dos seguintes casos:
Caso estejam convencidas de que as mercadorias serão imediatamente sujeitas a outro regime aduaneiro;
Caso estejam convencidas de que, em consequência de circunstâncias especiais, já não se justifica a sujeição das mercadorias ao regime aduaneiro para o qual foram declaradas.
Não obstante, caso as autoridades aduaneiras tenham informado o declarante da intenção de procederem à verificação das mercadorias, o pedido de anulação da declaração aduaneira não pode ser aceite antes da realização dessa verificação.
Artigo 175.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar os casos em que a declaração aduaneira é anulada após a autorização de saída das mercadorias, conforme referido no artigo 174.o, n.o 2.
Artigo 176.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À entrega da declaração aduaneira nos termos do artigo 171.o;
À aceitação da declaração aduaneira a que se refere o artigo 172.o, incluindo a aplicação dessas regras nos casos a que se refere o artigo 179.o;
À alteração da declaração aduaneira após a autorização de saída das mercadorias, nos termos do artigo 173.o, n.o 3.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 177.o
Simplificação do preenchimento das declarações aduaneiras para as mercadorias classificadas em diferentes subposições pautais
Artigo 178.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução, medidas relativas à determinação da subposição pautal para efeitos da aplicação do artigo 177.o, n.o 1.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 179.o
Desalfandegamento centralizado
A autorização a que se refere o primeiro parágrafo pode ser dispensada caso a declaração aduaneira seja entregue e as mercadorias sejam apresentadas a estâncias aduaneiras sob responsabilidade de uma única autoridade aduaneira.
Cabe à estância aduaneira onde é entregue a declaração aduaneira:
Fiscalizar a sujeição das mercadorias ao regime aduaneiro em causa;
Proceder aos controlos aduaneiros de conferência da declaração aduaneira a que se refere o artigo 188.o, alíneas a) e b);
Em casos justificados, solicitar à estância aduaneira em que são apresentadas as mercadorias que proceda aos controlos aduaneiros de conferência da declaração aduaneira a que se refere o artigo 188.o, alíneas c) e d); e
Efetuar as formalidades aduaneiras de cobrança do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente a dívidas aduaneiras.
A estância aduaneira onde é entregue a declaração aduaneira autoriza a saída das mercadorias, nos termos dos artigos 194.o e 195.o, tendo em conta:
Os resultados dos seus próprios controlos de conferência da declaração aduaneira;
Os resultados dos controlos efetuados pela estância aduaneira onde as mercadorias são apresentadas, para efeitos de conferência da declaração aduaneira, e dos controlos respeitantes às mercadorias introduzidas ou retiradas do território aduaneiro da União.
Artigo 180.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar as condições de concessão da autorização a que se refere o artigo 179.o, n.o 1, primeiro parágrafo.
Artigo 181.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
Ao desalfandegamento centralizado, incluindo as formalidades e controlos aduaneiros pertinentes, a que se refere o artigo 179.o;
À dispensa da obrigação de apresentar as mercadorias, a que se refere o artigo 182.o, n.o 3, no contexto do desalfandegamento centralizado.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 182.o
Inscrição nos registos do declarante
A dispensa só pode ser concedida se estiverem preenchidas cumulativamente as seguintes condições:
O declarante é um operador económico autorizado para simplificações aduaneiras;
A natureza e o fluxo das mercadorias em causa justificam a dispensa e são do conhecimento da autoridade aduaneira;
A estância aduaneira de controlo tem acesso a todas as informações que considera necessárias ao exercício do seu direito de verificar as mercadorias se tal se revelar necessário;
No momento da inscrição no registo, as mercadorias já não estão sujeitas a proibições ou restrições, salvo disposição em contrário da autorização.
Todavia, em situações específicas, a estância aduaneira de controlo pode solicitar a apresentação das mercadorias.
Artigo 183.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar as condições de concessão da autorização a que se refere o artigo 182.o, n.o 1.
Artigo 184.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à inscrição nos registos do declarante a que se refere o artigo 182.o, incluindo as formalidades e controlos aduaneiros pertinentes.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 185.o
Autoavaliação
Artigo 186.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
As condições de concessão da autorização a que se refere o artigo 185.o, n.o 1;
As formalidades e controlos aduaneiros a executar pelo titular da autorização a que se refere o artigo 185.o, n.o 1.
Artigo 187.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis às formalidades e controlos aduaneiros a executar pelo titular da autorização nos termos do artigo 185.o, n.o 1.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 3
Conferência e autorização de saída das mercadorias
Artigo 188.o
Conferência de uma declaração aduaneira
Para a conferência da exatidão dos elementos de uma declaração aduaneira que tenha sido aceite, as autoridades aduaneiras podem:
Verificar a declaração, bem como os documentos de suporte;
Exigir ao declarante a apresentação de outros documentos;
Verificar as mercadorias;
Extrair amostras com vista à sua análise ou a uma verificação mais aprofundada das mercadorias.
Artigo 189.o
Verificação e extração de amostras das mercadorias
Artigo 190.o
Verificação e extração de amostras parciais das mercadorias
Não obstante, o declarante pode requerer uma verificação ou uma extração de amostras suplementares das mercadorias caso considere que os resultados da verificação parcial ou da análise ou controlo das amostras não são válidos para as restantes mercadorias declaradas. O pedido é deferido se as mercadorias ainda não tiverem obtido autorização de saída ou, se a autorização já tiver sido concedida, se o declarante provar que as mercadorias se mantêm inalteradas.
Artigo 191.o
Resultados da conferência da declaração
Artigo 192.o
Medidas de identificação
Essas medidas de identificação têm os mesmos efeitos jurídicos em todo o território aduaneiro da União.
Artigo 193.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as medidas relativas à conferência da declaração aduaneira, à verificação e à extração de amostras das mercadorias e aos resultados da conferência.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 194.o
Autorização de saída das mercadorias
O primeiro parágrafo é igualmente aplicável no caso de a conferência prevista no artigo 188.o não poder ser concluída dentro de um prazo razoável e deixar de ser necessária a presença das mercadorias para esse efeito.
Para efeitos da aplicação do n.o 1, caso uma declaração aduaneira cubra mercadorias previstas em duas ou mais adições, considera-se que os elementos relativos às mercadorias previstas em cada adição constituem uma declaração separada.
Artigo 195.o
Autorização de saída subordinada ao pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente à dívida aduaneira ou à prestação de uma garantia
Todavia, sem prejuízo do terceiro parágrafo, o primeiro parágrafo não é aplicável ao regime de importação temporária com franquia parcial de direitos de importação.
Caso, nos termos das disposições que regem o regime aduaneiro para o qual são declaradas as mercadorias, as autoridades aduaneiras exijam a prestação de uma garantia, a autorização de saída das mercadorias para o regime aduaneiro em questão só será concedida após a prestação dessa garantia.
Artigo 196.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar os casos a que se refere o artigo 195.o, n.o 2.
CAPÍTULO 4
Cessão das mercadorias
Artigo 197.o
Inutilização de mercadorias
Caso tenham motivos razoáveis para tal, as autoridades aduaneiras podem ordenar a inutilização de mercadorias que tenham sido apresentadas à alfândega, devendo informar o detentor das mercadorias desse facto. Os custos decorrentes da inutilização ficam a cargo do detentor das mercadorias.
Artigo 198.o
Medidas a adotar pelas autoridades aduaneiras
As autoridades aduaneiras devem adotar as medidas necessárias à cessão das mercadorias, nomeadamente o confisco e venda ou a inutilização, nos seguintes casos:
Não ter sido cumprida uma das obrigações previstas na legislação aduaneira em matéria de introdução de mercadorias não-UE no território aduaneiro da União, ou as mercadorias terem sido subtraídas à fiscalização aduaneira;
Não poder ser concedida a autorização de saída das mercadorias por uma das seguintes razões:
não ter sido possível, por motivos imputáveis ao declarante, iniciar ou prosseguir a verificação das mercadorias nos prazos fixados pelas autoridades aduaneiras,
não terem sido exibidos os documentos indispensáveis à sujeição das mercadorias ao regime aduaneiro solicitado ou à concessão da autorização de saída para esse regime,
não ter sido efetuado o pagamento ou prestada a garantia, dentro do prazo fixado, relativamente aos direitos de importação ou de exportação, consoante o caso,
as mercadorias estarem sujeitas a proibições ou restrições;
As mercadorias não tenham sido levantadas dentro de um prazo razoável após a respetiva autorização de saída;
Após a respetiva autorização de saída, se determine que as mercadorias não preenchiam as condições para essa autorização; ou
As mercadorias sejam abandonadas a favor do Estado nos termos do artigo 199.o.
Sempre que as mercadorias a inutilizar, abandonadas a favor do Estado, apreendidas ou confiscadas já estiverem abrangidas por uma declaração aduaneira, os registos devem incluir uma referência à declaração aduaneira. As autoridades aduaneiras devem anular essa declaração.
Os custos decorrentes das medidas referidas no n.o 1 ficam a cargo:
No caso a que se refere o n.o 1, alínea a), de qualquer pessoa a quem cabia o cumprimento das obrigações em causa, ou que tenha subtraído as mercadorias à fiscalização aduaneira;
Nos casos a que se refere o n.o 1, alíneas b) e c), do declarante;
No caso a que se refere o n.o 1, alínea d), da pessoa a quem cabe o cumprimento das condições em que é autorizada a saída das mercadorias;
No caso a que se refere o n.o 1, alínea e), da pessoa que abandona os bens a favor do Estado.
Artigo 199.o
Abandono
As mercadorias não-UE e as mercadorias sujeitas ao regime de destino especial podem, mediante autorização prévia das autoridades aduaneiras, ser abandonadas a favor do Estado pelo titular do regime ou, se for caso disso, pelo detentor das mercadorias.
Artigo 200.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À inutilização de mercadorias a que se refere o artigo 197.o;
À venda de mercadorias a que se refere o artigo 198.o, n.o 1;
Ao abandono a favor do Estado nos termos do artigo 199.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
TÍTULO VI
INTRODUÇÃO EM LIVRE PRÁTICA E FRANQUIA DE DIREITOS DE IMPORTAÇÃO
CAPÍTULO 1
Introdução em livre prática
Artigo 201.o
Âmbito e efeitos
A introdução em livre prática implica:
A cobrança dos direitos de importação devidos;
A cobrança, se necessário, de outras imposições, tal como previsto nas disposições em vigor aplicáveis relacionadas com a sua cobrança;
A aplicação de medidas de política comercial, bem como de proibições e restrições, desde que estas não devam ser aplicadas numa fase anterior; e
O cumprimento das outras formalidades previstas no que respeita à importação das mercadorias.
Artigo 202.o
Medidas de política comercial
Caso a legislação da União estabeleça medidas de política comercial para a introdução em livre prática, tais medidas não se aplicam aos produtos transformados introduzidos em livre prática após o aperfeiçoamento passivo se:
Os produtos transformados conservarem a sua origem na União na aceção do artigo 60.o;
O aperfeiçoamento passivo implicar a reparação, incluindo o sistema de trocas comerciais padrão referido no artigo 261.o; ou
O aperfeiçoamento passivo se seguir a operações complementares de aperfeiçoamento nos termos do artigo 258.o.
CAPÍTULO 2
Franquia de direitos de importação
Artigo 203.o
Âmbito e efeitos
O primeiro parágrafo aplica-se mesmo quando as mercadorias de retorno constituam apenas uma parte das mercadorias previamente exportadas do território aduaneiro da União.
Caso o fim para o qual as mercadorias em causa se destinem a ser introduzidas em livre prática já não for o mesmo, ao montante do direito de importação é deduzido o montante eventualmente cobrado na primeira introdução das mercadorias em livre prática. Se este último montante for superior ao que resulta da introdução em livre prática das mercadorias de retorno, não é concedido nenhum reembolso.
Artigo 204.o
Mercadorias que beneficiaram de medidas estabelecidas no âmbito da política agrícola comum
A franquia de direitos de importação prevista no artigo 203.o não deve ser concedida às mercadorias que tenham beneficiado das medidas estabelecidas no âmbito da política agrícola comum que impliquem a respetiva exportação do território aduaneiro da União, salvo disposição em contrário relativamente a casos específicos.
Artigo 205.o
Mercadorias anteriormente sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo
Artigo 206.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos em que se considera que as mercadorias retornam no estado em que se encontravam quando foram exportadas;
Os casos específicos a que se refere o artigo 204.o.
Artigo 207.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis ao fornecimento de informações a que se refere o artigo 203.o, n.o 6.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 208.o
Produtos da pesca marítima e outros produtos extraídos do mar
Sem prejuízo do artigo 60.o, n.o 1, beneficiam da franquia de direitos de importação, no caso de introdução em livre prática:
Os produtos da pesca marítima e outros produtos extraídos do mar territorial de um país ou território situado fora do território aduaneiro da União por navios exclusivamente matriculados ou registados num Estado-Membro e que arvorem pavilhão desse Estado;
Os produtos obtidos a partir de produtos referidos na alínea a) a bordo de navios-fábrica que preencham as condições estabelecidas nessa alínea.
Artigo 209.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à apresentação das provas a que se refere o artigo 208.o, n.o 2.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
TÍTULO VII
REGIMES ESPECIAIS
CAPÍTULO 1
Disposições gerais
Artigo 210.o
Âmbito
As mercadorias podem ser sujeitas a qualquer das seguintes categorias de regimes especiais:
Trânsito, que inclui o trânsito externo e interno;
Armazenamento, que inclui o entreposto aduaneiro e as zonas francas;
Utilização específica, que inclui a importação temporária e o destino especial;
Aperfeiçoamento, que inclui o aperfeiçoamento ativo e passivo.
Artigo 211.o
Autorização
É necessária uma autorização das autoridades aduaneiras para:
O recurso aos regimes de aperfeiçoamento ativo ou passivo, de importação temporária ou de destino especial;
A exploração de instalações de armazenamento para o entreposto aduaneiro das mercadorias, exceto quando essa exploração seja efetuada pela própria autoridade aduaneira.
As condições em que é autorizado o recurso a um ou mais dos regimes referidos no primeiro parágrafo ou a exploração de instalações de armazenamento são definidas na autorização.
As autoridades aduaneiras devem conceder uma autorização com efeitos retroativos caso estejam preenchidas cumulativamente as seguintes condições:
Existe uma necessidade económica comprovada;
O pedido não está relacionado com uma tentativa de fraude;
O requerente demonstrou, com base na contabilidade ou em registos, que:
estão preenchidos todos os requisitos do regime,
se for caso disso, é possível identificar as mercadorias para o período em causa,
a contabilidade ou os registos permitem que o regime seja controlado;
Podem ser cumpridas todas as formalidades necessárias para a regularização da situação das mercadorias, incluindo, se for caso disso, a anulação das declarações aduaneiras em causa;
Não foi concedida ao requerente qualquer autorização com efeitos retroativos no período de três anos a contar da data em que o pedido foi aceite;
Não é exigida qualquer análise das condições económicas, exceto quando um pedido diga respeito à renovação de uma autorização para o mesmo tipo de operação e mercadorias;
O pedido não diz respeito à exploração de instalações de armazenamento para o entreposto aduaneiro de mercadorias;
Caso um pedido diga respeito à renovação de uma autorização para o mesmo tipo de operações e mercadorias, o pedido é apresentado no prazo de três anos após a data do fim de validade da autorização original.
As autoridades aduaneiras podem igualmente conceder uma autorização com efeitos retroativos caso as mercadorias que estavam sujeitas a um regime aduaneiro já não estejam disponíveis no momento em que o pedido referente a essa autorização tenha sido aceite.
Salvo disposição em contrário, a autorização referida no n.o 1 só é concedida às pessoas que preencham cumulativamente as seguintes condições:
Estarem estabelecidas no território aduaneiro da União;
Apresentarem as comprovações necessárias para a correta realização das operações em causa; considera-se que um operador económico autorizado para simplificações aduaneiras preenche esta condição se a atividade subjacente ao regime especial em causa for tida em consideração na autorização a que se refere o artigo 38.o, n.o 2, alínea a);
Nos casos em que uma dívida aduaneira ou outras imposições possam vir a ser constituídas relativamente às mercadorias sujeitas a um regime especial, prestarem uma garantia nos termos do artigo 89.o;
No caso dos regimes de importação temporária ou de aperfeiçoamento ativo, utilizarem ou mandarem utilizar as mercadorias ou efetuarem ou mandarem efetuar as operações de aperfeiçoamento das mercadorias, respetivamente.
Salvo disposição em contrário, e para além do n.o 3, a autorização referida no n.o 1 só é concedida se estiverem preenchidas cumulativamente as seguintes condições:
As autoridades aduaneiras estiverem em condições de exercer a fiscalização aduaneira sem terem que criar um dispositivo administrativo desproporcionado em relação às necessidades económicas em causa;
Os interesses essenciais dos produtores da União não forem afetados desfavoravelmente pela autorização para um regime de aperfeiçoamento (condições económicas).
Artigo 212.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 243.o, a fim de determinar:
As condições de concessão da autorização dos regimes a que se refere o artigo 211.o, n.o 1;
As exceções às condições a que se refere o artigo 211.o, n.os 3 e 4;
Os casos em que as condições económicas se consideram preenchidas, tal como referido no artigo 211.o, n.o 5;
Artigo 213.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à análise das condições económicas a que se refere o artigo 211.o, n.o 6.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 214.o
Registos
Os registos devem conter as informações e os elementos que permitam às autoridades aduaneiras assegurar a fiscalização do regime em causa, nomeadamente a identificação das mercadorias a ele sujeitas, bem como o estatuto aduaneiro e a circulação dessas mercadorias.
Artigo 215.o
Apuramento de um regime especial
Artigo 216.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar o prazo a que se refere o artigo 215.o, n.o 4.
Artigo 217.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis ao apuramento de um regime especial a que se refere o artigo 215.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 218.o
Transferência de direitos e obrigações
Os direitos e obrigações do titular de um regime aduaneiro, no que respeita a mercadorias que tenham sido sujeitas a um regime especial distinto do regime de trânsito, podem ser transferidos na totalidade ou em parte para outra pessoa que reúna as condições estabelecidas para o regime em causa.
Artigo 219.o
Circulação de mercadorias
Em casos específicos, as mercadorias sujeitas a um regime especial distinto do regime de trânsito ou colocadas numa zona franca podem circular entre diferentes locais no território aduaneiro da União.
Artigo 220.o
Manipulações usuais
As mercadorias sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro ou de aperfeiçoamento ou colocadas numa zona franca podem ser sujeitas às manipulações usuais destinadas a assegurar a sua conservação, a melhorar a sua apresentação ou qualidade comercial ou a preparar a sua distribuição ou revenda.
Artigo 221.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que:
Estabeleçam os casos e as condições aplicáveis à circulação de mercadorias sujeitas a um regime especial distinto do regime de trânsito ou colocadas numa zona franca, nos termos do artigo 219.o;
Determinem as manipulações usuais das mercadorias sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro ou de aperfeiçoamento ou colocadas numa zona franca a que se refere o artigo 220.o.
Artigo 222.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À transferência dos direitos e obrigações do titular de um regime aduaneiro, no que respeita a mercadorias que tenham sido sujeitas a um regime especial distinto do regime de trânsito, nos termos do artigo 218.o;
À circulação de mercadorias sujeitas a um regime especial distinto do regime de trânsito ou colocadas numa zona franca, nos termos do artigo 219.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 223.o
Mercadorias equivalentes
Ao abrigo do regime de aperfeiçoamento passivo, as mercadorias equivalentes consistem em mercadorias não-UE que são transformadas em vez das mercadorias UE sujeitas a esse regime.
Salvo disposição em contrário, as mercadorias equivalentes devem ter o mesmo código de oito dígitos da Nomenclatura Combinada, a mesma qualidade comercial e as mesmas características técnicas que as mercadorias que substituem.
Na condição de estar assegurado o correto funcionamento do regime, nomeadamente no que respeita à fiscalização aduaneira, as autoridades aduaneiras autorizam, mediante pedido:
A utilização de mercadorias equivalentes ao abrigo de um regime de entreposto aduaneiro, zona franca, destino especial e aperfeiçoamento;
A utilização de mercadorias equivalentes ao abrigo do regime de importação temporária, em casos específicos;
No caso do regime de aperfeiçoamento ativo, a exportação de produtos transformados obtidos a partir de mercadorias equivalentes antes da importação das mercadorias que substituem;
No caso do regime de aperfeiçoamento passivo, a importação de produtos transformados obtidos a partir de mercadorias equivalentes antes da exportação das mercadorias que substituem.
Considera-se que um operador económico autorizado para simplificações aduaneiras preenche a condição da garantia do correto funcionamento do regime desde que a atividade subjacente à utilização de mercadorias equivalentes para o regime em causa seja tida em consideração a autorização a que se refere o artigo 38.o, n.o 2, alínea a).
A utilização de mercadorias equivalentes não é autorizada em nenhum dos seguintes casos:
Se apenas forem efetuadas as manipulações usuais, tal como definidas no artigo 220.o, no âmbito do regime do aperfeiçoamento ativo;
Se estiver prevista a proibição do draubaque ou a isenção de direitos de importação para mercadorias não originárias utilizadas no fabrico de produtos transformados no âmbito do regime de aperfeiçoamento ativo, relativamente aos quais seja emitida uma prova de origem no quadro de um regime preferencial entre a União e determinados países ou territórios situados fora do território aduaneiro da União ou grupos desses países ou territórios;
Se conduzir a vantagens injustificadas em matéria de direitos de importação ou se a legislação da União assim o determinar.
Artigo 224.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
As exceções ao artigo 223.o, n.o 1, terceiro parágrafo;
As condições ao abrigo das quais as mercadorias equivalentes são utilizadas nos termos do artigo 223.o, n.o 2;
Os casos específicos em que as mercadorias equivalentes são utilizadas ao abrigo do regime de importação temporária, nos termos do artigo 223.o, n.o 2, alínea b);
Os casos em que não é autorizada a utilização de mercadorias equivalentes, em conformidade com o artigo 223.o, n.o 3, alínea c).
Artigo 225.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à utilização de mercadorias equivalentes autorizada nos termos do artigo 223.o, n.o 2.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 2
Trânsito
Artigo 226.o
Trânsito externo
Ao abrigo do regime de trânsito externo, as mercadorias não-UE podem circular de um ponto para outro do território aduaneiro da União, sem serem sujeitas:
A direitos de importação;
A outras imposições previstas noutras disposições em vigor aplicáveis;
A medidas de política comercial, na medida em que estas não proíbam a entrada das mercadorias no território aduaneiro da União ou a sua saída desse território.
A circulação a que se refere o n.o 1 deve ser realizada de uma das seguintes formas:
Ao abrigo do regime de trânsito externo da União;
Nos termos da Convenção TIR, desde que essa circulação:
tenha sido iniciada ou deva terminar fora do território aduaneiro da União,
seja efetuada entre dois pontos situados no território aduaneiro da União, atravessando o território de um país ou território situado fora do território aduaneiro da União;
Nos termos da Convenção ATA/Convenção de Istambul, caso exista uma circulação em trânsito;
Ao abrigo do Manifesto Renano (artigo 9.o da Convenção Revista para a Navegação no Reno);
Ao abrigo do formulário 302 previsto no âmbito da Convenção entre os Estados Partes no Tratado do Atlântico Norte relativa ao Estatuto das suas Forças, assinada em Londres em 19 de junho de 1951;
Ao abrigo do sistema postal, em conformidade com os atos da União Postal Universal, caso as mercadorias sejam transportadas pelos titulares dos direitos e obrigações consignados nesses atos ou por conta destes.
Artigo 227.o
Trânsito interno
A circulação a que se refere o n.o 1 deve ser realizada de uma das seguintes formas:
Ao abrigo do regime de trânsito interno da União, desde que tal possibilidade esteja prevista num acordo internacional;
Nos termos da Convenção TIR;
Nos termos da Convenção ATA/Convenção de Istambul, caso exista uma circulação em trânsito;
Ao abrigo do Manifesto Renano (artigo 9.o da Convenção Revista para a Navegação no Reno);
Ao abrigo do formulário 302 como previsto no âmbito da Convenção entre os Estados que são Partes no Tratado do Atlântico Norte relativa ao Estatuto das suas Forças, assinada em Londres em 19 de junho de 1951;
Ao abrigo do sistema postal, em conformidade com os atos da União Postal Universal, caso as mercadorias sejam transportadas pelos titulares dos direitos e obrigações consignados nesses atos ou por conta destes.
Artigo 228.o
Território único para efeitos de trânsito
Caso as mercadorias sejam transportadas de um ponto do território aduaneiro da União para outro em conformidade com a Convenção TIR, com a Convenção ATA/Convenção de Istambul, ao abrigo do formulário 302 ou ao abrigo do sistema postal, considera-se, para efeitos desse transporte, que o território aduaneiro da União constitui um único território.
Artigo 229.o
Exclusão de pessoas das operações TIR
Artigo 230.o
Destinatário autorizado para efeitos TIR
As autoridades aduaneiras podem, mediante pedido, autorizar uma pessoa, referida como "destinatário autorizado", a receber mercadorias transportadas em conformidade com a Convenção TIR num local autorizado, para pôr termo ao regime nos termos do artigo 1.o, alínea d), da Convenção TIR.
Artigo 231.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
Os casos em que as mercadorias UE devem ser sujeitas ao regime de trânsito externo, nos termos do artigo 226.o, n.o 2;
As condições de concessão da autorização a que se refere o artigo 230.o.
Artigo 232.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais para a aplicação do artigo 226.o, n.o 3, alíneas b) a f), e do artigo 227.o, n.o 2, alíneas b) a f), no território aduaneiro da União, tendo em conta as necessidades da União.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 233.o
Obrigações do titular do regime de trânsito da União e do transportador e do destinatário de mercadorias que circulem ao abrigo do regime de trânsito da União
O titular do regime de trânsito da União é responsável por:
Apresentar as mercadorias intactas e as informações necessárias na estância aduaneira de destino no prazo fixado, respeitando as medidas adotadas pelas autoridades aduaneiras para garantir a sua identificação;
Respeitar as disposições aduaneiras relativas ao regime;
Salvo disposição em contrário da legislação aduaneira, prestar uma garantia para assegurar o pagamento do montante dos direitos de importação ou de exportação correspondente a quaisquer dívidas aduaneiras ou de outras imposições, tal como previsto noutras disposições em vigor aplicáveis, que possam vir a ser constituídas em relação às mercadorias.
Mediante pedido, as autoridades aduaneiras podem autorizar qualquer das seguintes simplificações no que respeita à sujeição das mercadorias ao regime de trânsito da União ou ao termo desse regime:
O estatuto de expedidor autorizado, que permite ao titular da autorização sujeitar mercadorias ao regime de trânsito da União sem as apresentar à alfândega;
O estatuto de destinatário autorizado, que permite ao titular da autorização receber mercadorias que circulem ao abrigo do regime de trânsito da União para um local autorizado, para pôr termo ao regime nos termos do artigo 233.o, n.o 2;
A utilização de selos de um modelo especial, quando seja exigida a selagem a fim de assegurar a identificação das mercadorias colocadas sob o regime de trânsito da União;
A utilização de uma declaração aduaneira com um número reduzido de informações obrigatórias para sujeitar as mercadorias ao regime de trânsito da União;
A utilização de um documento de transporte eletrónico como declaração aduaneira para sujeitar as mercadorias ao regime de trânsito da União, desde que contenha os elementos dessa declaração e esses elementos estejam disponíveis para as autoridades aduaneiras à partida e à chegada, a fim de permitir a fiscalização aduaneira das mercadorias e o apuramento do regime.
Artigo 234.o
Mercadorias que atravessem o território de um país ou um território situado fora do território aduaneiro da União ao abrigo do regime de trânsito externo da União
O regime de trânsito externo da União é aplicável às mercadorias que atravessem um país ou um território situado fora do território aduaneiro da União se estiver preenchida uma das seguintes condições:
Essa possibilidade esteja prevista num acordo internacional;
A travessia desse país ou território seja efetuada ao abrigo de um título de transporte único, emitido no território aduaneiro da União.
Artigo 235.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar as condições de concessão das autorizações a que se refere o artigo 233.o, n.o 4.
Artigo 236.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À sujeição das mercadorias ao regime de trânsito da União e ao termo desse regime;
À operação das simplificações a que se refere o artigo 233.o, n.o 4;
À fiscalização aduaneira das mercadorias que atravessem o território de um país ou o território situado fora do território aduaneiro da União ao abrigo do regime de trânsito externo da União, a que se refere o artigo 234.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 3
Armazenamento
Artigo 237.o
Âmbito
Ao abrigo de um regime de armazenamento, as mercadorias não-UE podem ser armazenadas no território aduaneiro da União sem serem sujeitas:
A direitos de importação;
A outras imposições previstas noutras disposições em vigor aplicáveis;
A medidas de política comercial, na medida em que estas não proíbam a entrada das mercadorias no território aduaneiro da União ou a sua saída desse território.
Artigo 238.o
Duração do regime de armazenamento
Artigo 239.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis à sujeição de mercadorias UE ao regime de entreposto aduaneiro ou ao regime de zona franca a que se refere o artigo 237.o, n.o 2.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Artigo 240.o
Armazenamento em entreposto aduaneiro
Artigo 241.o
Aperfeiçoamento
Artigo 242.o
Responsabilidades do titular da autorização ou do regime
O titular da autorização e o titular do regime são responsáveis por:
Assegurar que as mercadorias sujeitas ao regime de entreposto aduaneiro não sejam subtraídas à fiscalização aduaneira; e
Cumprir as obrigações resultantes do armazenamento das mercadorias que se encontrem sob regime de entreposto aduaneiro.
Artigo 243.o
Criação de zonas francas
Os Estados-Membros devem determinar os limites geográficos de cada zona franca e definir os respetivos pontos de entrada e de saída.
O perímetro e os pontos de entrada e de saída das zonas francas devem estar sujeitos a fiscalização aduaneira.
Artigo 244.o
Edifícios e atividades nas zonas francas
Artigo 245.o
Apresentação e sujeição das mercadorias ao regime
Devem ser apresentadas às autoridades aduaneiras e sujeitas às formalidades aduaneiras prescritas as mercadorias colocadas numa zona franca que:
Sejam introduzidas na zona franca diretamente do exterior do território aduaneiro da União;
Tenham sido sujeitas a um regime aduaneiro que termine ou seja apurado no momento da sua sujeição ao regime de zona franca;
Sejam sujeitas ao regime de zona franca para beneficiarem de uma decisão de concessão de reembolso ou dispensa de pagamento dos direitos de importação;
Se tais formalidades estiverem previstas noutra legislação para além da legislação aduaneira.
Sem prejuízo do disposto no artigo 246.o, considera-se que as mercadorias introduzidas numa zona franca estão sujeitas ao regime de zona franca:
No momento em que entram numa zona franca, exceto se já tiverem sido sujeitas a outro regime aduaneiro; ou
No momento em que termina o regime de trânsito, exceto se forem imediatamente sujeitas a um regime aduaneiro subsequente.
Artigo 246.o
Mercadorias UE em zonas francas
Mediante pedido da pessoa em causa, as autoridades aduaneiras devem estabelecer o estatuto aduaneiro de mercadorias UE das seguintes mercadorias:
Mercadorias UE que sejam introduzidas numa zona franca;
Mercadorias UE que tenham sido sujeitas a operações de aperfeiçoamento numa zona franca;
Mercadorias introduzidas em livre prática numa zona franca.
Artigo 247.o
Mercadorias não-UE em zonas francas
Nesses casos, considera-se que as mercadorias não se encontram sujeitas ao regime de zona franca.
No caso de tal utilização ou consumo, não é exigida qualquer declaração aduaneira de introdução em livre prática ou de importação temporária.
Todavia, essa declaração é exigida se as mercadorias em causa estiverem sujeitas a contingentes ou a tetos pautais.
Artigo 248.o
Retirada de mercadorias de uma zona franca
Artigo 249.o
Estatuto aduaneiro
Caso as mercadorias sejam retiradas de uma zona franca e introduzidas noutra parte do território aduaneiro da União ou sejam sujeitas a um regime aduaneiro, devem ser consideradas mercadorias não-UE, a não ser que tenha sido comprovado o seu estatuto aduaneiro de mercadorias UE.
No entanto, para efeitos da aplicação de direitos de exportação, licenças de exportação ou medidas de controlo da exportação, previstos no âmbito das políticas agrícola e comercial comuns, essas mercadorias devem ser consideradas mercadorias UE, salvo se se comprovar que não possuem o estatuto aduaneiro de mercadoria UE.
CAPÍTULO 4
Utilização específica
Artigo 250.o
Âmbito
Ao abrigo do regime de importação temporária, as mercadorias não-UE destinadas à reexportação podem ser sujeitas a uma utilização específica no território aduaneiro da União, com franquia total ou parcial dos direitos de importação e sem que sejam submetidas:
A outras imposições previstas noutras disposições em vigor aplicáveis;
A medidas de política comercial, na medida em que estas não proíbam a entrada das mercadorias no território aduaneiro da União ou a sua saída desse território.
O regime de importação temporária apenas pode ser utilizado desde que estejam reunidas as seguintes condições:
As mercadorias não sofrerem qualquer alteração para além da depreciação normal resultante da utilização que lhes seja dada;
Ser possível assegurar a identificação das mercadorias sujeitas ao regime, exceto nos casos em que, tendo em conta a natureza das mercadorias ou a utilização a que se destinam, a ausência de medidas de identificação não seja suscetível de conduzir a abusos do regime ou, no caso referido no artigo 223.o, seja possível verificar que se encontram preenchidas as condições previstas para mercadorias equivalentes;
O titular do regime estar estabelecido fora do território aduaneiro da União, salvo disposição em contrário;
Serem observados os requisitos estabelecidos na legislação aduaneira da União para a franquia total ou parcial de direitos.
Artigo 251.o
Período de permanência das mercadorias sob o regime de importação temporária
Artigo 252.o
Montante do direito de importação no caso de importação temporária com franquia parcial de direitos de importação
Esse montante é devido por cada mês ou fração de mês durante o qual as mercadorias tenham estado sujeitas ao regime de importação temporária com franquia parcial de direitos de importação.
Artigo 253.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
A utilização específica a que se refere o artigo 250.o, n.o 1;
Os requisitos a que se refere o artigo 250.o, n.o 2, alínea d).
Artigo 254.o
Regime de destino especial
Ao abrigo do regime de destino especial, a fiscalização aduaneira termina quando as mercadorias:
Tiverem sido utilizadas para os fins especificados para a aplicação da isenção de direitos ou da redução da taxa do direito;
Tiverem sido retiradas do território aduaneiro da União, inutilizadas ou abandonadas a favor do Estado;
Tiverem sido utilizadas para fins distintos dos prescritos para efeitos da aplicação da isenção de direitos ou da taxa reduzida do direito e tenham sido pagos os direitos de importação aplicáveis.
CAPÍTULO 5
Aperfeiçoamento
Artigo 255.o
Taxa de rendimento
Exceto nos casos em que a taxa de rendimento tenha sido estabelecida em legislação específica da União, as autoridades aduaneiras devem fixar a taxa de rendimento ou a taxa média de rendimento da operação de aperfeiçoamento ou, se for caso disso, o modo de determinação dessa taxa.
A taxa de rendimento ou a taxa média de rendimento devem ser determinadas em função das condições reais em que é efetuada ou deva ser efetuada a operação de aperfeiçoamento. Se for caso disso, essa taxa pode ser ajustada nos termos do artigo 28.o.
Artigo 256.o
Âmbito
Sem prejuízo do artigo 223.o, ao abrigo do regime de aperfeiçoamento ativo as mercadorias não-UE podem ser utilizadas no território aduaneiro da União para uma ou várias operações de aperfeiçoamento sem que sejam sujeitas a:
Direitos de importação;
Outras imposições previstas noutras disposições em vigor aplicáveis;
Medidas de política comercial, na medida em que estas não proíbam a entrada das mercadorias no território aduaneiro da União ou a sua saída desse território.
No caso referido no artigo 223.o, o regime pode ser utilizado se for possível verificar a observância das condições estabelecidas para mercadorias equivalentes.
Além dos casos referidos nos n.os 1 e 2, o regime de aperfeiçoamento ativo pode ainda ser utilizado para:
Mercadorias que devam ser submetidas a operações destinadas a assegurar a respetiva conformidade com os requisitos técnicos para a sua introdução em livre prática;
Mercadorias que devam ser submetidas a manipulações usuais nos termos do artigo 220.o.
Artigo 257.o
Período de apuramento
Esse período começa a correr na data em que as mercadorias não-UE são sujeitas ao regime, devendo ter em conta o tempo necessário para efetuar as operações de aperfeiçoamento e para apurar o regime.
A autorização pode especificar que os períodos que tenham início no decurso de um mês, de um trimestre ou de um semestre civil terminam no último dia de um mês, trimestre ou semestre civil posterior, respetivamente.
O período referido no primeiro parágrafo é fixado em meses, não devendo exceder seis meses. Esse período começa a correr na data de aceitação da declaração de exportação dos produtos transformados obtidos a partir das mercadorias equivalentes correspondentes.
Artigo 258.o
Reexportação temporária para operações de aperfeiçoamento complementares
Mediante pedido, as autoridades aduaneiras podem autorizar que a totalidade ou parte das mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento ativo ou dos produtos transformados seja reexportada temporariamente para efeito de operações de aperfeiçoamento complementares a realizar fora do território aduaneiro da União, nas condições previstas para o regime de aperfeiçoamento passivo.
Artigo 259.o
Âmbito
Não é autorizado o recurso ao regime de aperfeiçoamento passivo relativamente a mercadorias UE:
Cuja exportação dê lugar a reembolso ou dispensa do pagamento dos direitos de importação;
Que, antes da sua exportação, tenham sido introduzidas em livre prática com isenção de direitos ou redução da taxa do direito em função da sua utilização específica, enquanto não forem atingidos os fins dessa utilização específica, exceto se as mercadorias em causa tiverem de ser submetidas a operações de reparação;
Cuja exportação dê lugar à concessão de restituições à exportação;
Relativamente às quais seja concedida uma vantagem financeira distinta das restituições referidas na alínea c), no âmbito da política agrícola comum, em virtude da sua exportação.
Artigo 260.o
Mercadorias reparadas gratuitamente
Artigo 260.o-A
Mercadorias reparadas ou alteradas no âmbito de acordos internacionais
A franquia total de direitos de importação deve ser concedida aos produtos transformados resultantes das mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento passivo, se for comprovado, a contento das autoridades aduaneiras, que:
Essas mercadorias foram reparadas ou alteradas num país ou território situado fora do território aduaneiro da União, com os quais a União tenha celebrado um acordo internacional que preveja a concessão dessa franquia; e
As condições para a franquia de direitos de importação prevista no acordo a que se refere a alínea a) estão preenchidas.
Artigo 261.o
Sistema de trocas comerciais padrão
As autoridades aduaneiras podem, no entanto, dispensar o requisito estabelecido no primeiro parágrafo se o produto de substituição tiver sido fornecido gratuitamente, quer em virtude de uma obrigação contratual ou legal de garantia, quer em consequência da existência de um defeito material ou de fabrico.
Artigo 262.o
Importação antecipada de produtos de substituição
A importação antecipada de um produto de substituição implica a prestação de uma garantia que cubra o montante dos direitos de importação que seria devido se as mercadorias defeituosas não fossem exportadas nos termos do n.o 2.
TÍTULO VIII
MERCADORIAS RETIRADAS DO TERRITÓRIO ADUANEIRO DA UNIÃO
CAPÍTULO 1
Formalidades prévias à saída de mercadorias
Artigo 263.o
Entrega da declaração prévia de saída
A obrigação referida no n.o 1 é dispensada:
Para os meios de transporte e as mercadorias neles transportadas que apenas atravessem as águas territoriais ou o espaço aéreo do território aduaneiro da União sem nele fazerem escala;
Noutros casos específicos, devidamente justificados pelo tipo de mercadorias ou de tráfego, ou por exigências de acordos internacionais.
A declaração prévia de saída deve revestir uma das seguintes formas:
Uma declaração aduaneira, quando as mercadorias a retirar do território aduaneiro da União estiverem sujeitas a um regime aduaneiro para o qual seja exigida essa declaração;
Uma declaração de reexportação, nos termos do artigo 270.o;
Uma declaração sumária de saída, nos termos do artigo 271.o.
Artigo 264.o
Análise de risco
A estância aduaneira na qual for entregue a declaração prévia de saída referida no artigo 263.o deve assegurar que, dentro de um prazo específico, seja efetuada uma análise de risco, essencialmente para fins de segurança e proteção, com base nessa declaração, e sejam tomadas as medidas necessárias em função dos resultados dessa análise.
Artigo 265.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, a fim de determinar:
O prazo específico, referido no artigo 263.o, n.o 1, para a entrega da declaração prévia de saída antes da retirada das mercadorias do território aduaneiro da União tendo em conta o tipo de tráfego;
Os casos específicos em que a obrigação de entregar uma declaração prévia de saída é dispensada, nos termos do artigo 263.o, n.o 2, alínea b).
Artigo 266.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, o prazo, referido no artigo 264.o, para a realização da análise de risco tendo em conta o prazo a que se refere o artigo 263.o, n.o 1.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 2
Formalidades para a saída de mercadorias
Artigo 267.o
Fiscalização aduaneira e formalidades de saída
As mercadorias destinadas a ser retiradas do território aduaneiro da União devem ser apresentadas à alfândega na saída por uma das seguintes pessoas:
A pessoa que retira as mercadorias do território aduaneiro da União;
A pessoa em cujo nome ou por conta de quem atue a pessoa que retira as mercadorias do território aduaneiro da União;
A pessoa que assume a responsabilidade pelo transporte das mercadorias antes da sua saída do território aduaneiro da União.
As mercadorias destinadas a ser retiradas do território aduaneiro da União ficam sujeitas, se for caso disso:
Ao reembolso ou à dispensa de pagamento dos direitos de importação;
Ao pagamento de restituições à exportação;
À cobrança de direitos de exportação;
Às formalidades previstas nas disposições em vigor em relação a outras imposições;
À aplicação de proibições e restrições justificadas, nomeadamente, por razões de moralidade pública, ordem pública e segurança pública, proteção da saúde e da vida das pessoas, dos animais e das plantas, proteção do ambiente, proteção do património nacional de valor artístico, histórico ou arqueológico e proteção da propriedade industrial e comercial, incluindo os controlos dos precursores de drogas, das mercadorias que violem certos direitos de propriedade intelectual e do dinheiro líquido, bem como a execução de medidas de conservação e de gestão dos recursos da pesca e de medidas de política comercial.
A autorização de saída é concedida pelas autoridades aduaneiras na condição de as mercadorias em causa serem retiradas do território aduaneiro da União no estado em que se encontravam no momento em que:
Foi aceite a declaração aduaneira ou de reexportação; ou
Foi entregue a declaração sumária de saída.
Artigo 268.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais respeitantes à saída a que se refere o artigo 267.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 3
Exportação e reexportação
Artigo 269.o
Exportação de mercadorias UE
O n.o 1 não é aplicável às seguintes mercadorias UE:
Mercadorias sujeitas ao regime de aperfeiçoamento passivo;
Mercadorias retiradas do território aduaneiro da União depois de terem sido sujeitas ao regime de destino especial;
Mercadorias fornecidas, com isenção de IVA ou de imposto especial de consumo, como abastecimento de aeronaves ou de navios, independentemente do destino da aeronave ou do navio, em relação às quais seja exigida uma prova do abastecimento;
Mercadorias sujeitas ao regime de trânsito interno;
Mercadorias temporariamente retiradas do território aduaneiro da União nos termos do artigo 155.o.
Artigo 270.o
Reexportação de mercadorias não-UE
O n.o 1 não é aplicável:
Às mercadorias sujeitas ao regime de trânsito externo que apenas atravessem o território aduaneiro da União;
Às mercadorias objeto de transbordo numa zona franca ou que dela sejam reexportadas diretamente;
Às mercadorias em depósito temporário que sejam reexportadas diretamente de um armazém de depósito temporário.
CAPÍTULO 4
Declaração sumária de saída
Artigo 271.o
Entrega de uma declaração sumária de saída
As autoridades aduaneiras podem permitir que a declaração sumária de saída seja entregue a outra estância aduaneira, desde que esta comunique ou disponibilize imediatamente à estância aduaneira de saída, por via eletrónica, os elementos necessários.
Não obstante as obrigações do transportador, a declaração sumária de saída pode ser entregue alternativamente por uma das seguintes pessoas:
Pelo exportador ou expedidor, ou por outra pessoa em cujo nome ou por conta de quem o transportador atue;
Por qualquer pessoa capaz de apresentar as mercadorias em questão ou de as mandar apresentar na estância aduaneira de saída.
Artigo 272.o
Alteração e anulação da declaração sumária de saída
Deixa de ser possível qualquer alteração depois de as autoridades aduaneiras:
Terem informado a pessoa que entregou a declaração sumária de saída da sua intenção de examinar as mercadorias;
Terem verificado que um ou vários dos elementos da declaração sumária de saída são inexatos ou incompletos;
Já terem autorizado o levantamento das mercadorias para saída.
Se as mercadorias para as quais tiver sido entregue uma declaração sumária de saída não forem retiradas do território aduaneiro da União, as autoridades aduaneiras anulam sem demora essa declaração em qualquer dos seguintes casos:
A pedido do declarante; ou
Decorridos 150 dias a contar da entrega da declaração.
Artigo 273.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À entrega da declaração sumária de saída a que se refere o artigo 271.o;
À alteração da declaração sumária de saída, nos termos do artigo 272.o, n.o 1, primeiro parágrafo;
À anulação da declaração sumária de saída, nos termos do artigo 272.o, n.o 2.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 5
Notificação de reexportação
Artigo 274.o
Entrega de uma notificação de reexportação
As autoridades aduaneiras podem permitir a utilização de sistemas de informações comerciais, portuários ou de transportes para efeitos da entrega de uma notificação de reexportação, desde que esses sistemas contenham os elementos necessários para essa notificação e esses elementos estejam disponíveis antes da retirada das mercadorias do território aduaneiro da União.
Artigo 275.o
Alteração e anulação da notificação de reexportação
Deixa de ser possível qualquer alteração depois de as autoridades aduaneiras:
Terem informado a pessoa que entregou a notificação de reexportação da sua intenção de examinar as mercadorias;
Terem verificado que um ou vários dos elementos da notificação de reexportação são inexatos ou incompletos;
Já terem autorizado o levantamento das mercadorias para saída.
Se as mercadorias para as quais tiver sido entregue uma notificação de reexportação não forem retiradas do território aduaneiro da União, as autoridades aduaneiras anulam sem demora essa notificação em qualquer dos seguintes casos:
A pedido do declarante; ou
Decorridos 150 dias a contar da entrega da notificação.
Artigo 276.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão especifica, por meio de atos de execução, as regras processuais aplicáveis:
À entrega da notificação de reexportação a que se refere o artigo 274.o;
À alteração da notificação de reexportação, nos termos do artigo 275.o, n.o 1, primeiro parágrafo;
À anulação da notificação de reexportação, nos termos do artigo 275.o, n.o 2.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 6
Franquia de direitos de importação
Artigo 277.o
Franquia de direitos de exportação para mercadorias UE exportadas temporariamente
Sem prejuízo do artigo 259.o, as mercadorias UE que são exportadas temporariamente do território aduaneiro da União beneficiam da franquia de direitos de exportação na condição de serem reimportadas.
TÍTULO IX
SISTEMAS ELETRÓNICOS, SIMPLIFICAÇÕES, DELEGAÇÃO DE PODERES, PROCEDIMENTO DE COMITÉ E DISPOSIÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 1
Desenvolvimento de sistemas eletrónicos
Artigo 278.o
Medidas transitórias
Até 31 de dezembro de 2022, podem ser utilizados a título transitório meios diferentes das técnicas de processamento eletrónico de dados a que se refere o artigo 6.o, n.o 1, caso ainda não estejam operacionais os sistemas eletrónicos necessários à aplicação das seguintes disposições do Código:
As disposições relativas à notificação de chegada, à apresentação e às declarações de depósito temporário, previstas nos artigos 133.o, 139.o, 145.o e 146.o; e
As disposições relativas à declaração aduaneira relativa a mercadorias introduzidas no território aduaneiro da União, previstas nos artigos 158.o, 162.o, 163.o, 166.o, 167.o, 170.o a 174.o, 201.o, 240.o, 250.o, 254.o e 256.o.
Até 31 de dezembro de 2025, podem ser utilizados a título transitório meios diferentes das técnicas de processamento eletrónico de dados a que se refere o artigo 6.o, n.o 1, caso ainda não estejam operacionais os sistemas eletrónicos necessários à aplicação das seguintes disposições do Código:
As disposições aplicáveis às garantias relativas a dívidas aduaneiras potenciais ou existentes previstas no artigo 89.o, n.o 2, alínea b), e n.o 6;
As disposições relativas às declarações sumárias de entrada e à análise de risco previstas nos artigos 46.o, 47.o, 127.o, 128.o e 129.o;
As disposições relativas ao estatuto aduaneiro das mercadorias previstas no artigo 153.o, n.o 2;
As disposições relativas ao desalfandegamento centralizado previstas no artigo 179.o;
As disposições relativas ao trânsito previstas no artigo 210.o, alínea a), no artigo 215.o, n.o 2, e nos artigos 226.o, 227.o, 233.o e 234.o; e
As disposições relativas ao regime de aperfeiçoamento passivo, à declaração prévia de saída, às formalidades para a saída de mercadorias, à exportação de mercadorias UE, à reexportação de mercadorias não-UE e à declaração sumária de saída para mercadorias a retirar do território aduaneiro da União previstas nos artigos 258.o, 259.o, 263.o, 267.o, 269.o, 270.o, 271.o, 272.o, 274.o e 275.o.
Artigo 278.o-A
Obrigações de apresentação de relatórios
O relatório anual deve avaliar os progressos da Comissão e dos Estados-Membros no desenvolvimento de cada um dos sistemas eletrónicos, tendo especialmente em conta as seguintes etapas:
a data de publicação das especificações técnicas para a comunicação externa do sistema eletrónico;
o período dos testes de conformidade com os operadores económicos; e
as datas previstas e efetivas da implementação dos sistemas eletrónicos.
Artigo 279.o
Delegação de poderes
A Comissão fica habilitada a adotar atos delegados, nos termos do artigo 284.o, que especifiquem as regras aplicáveis ao intercâmbio e ao armazenamento de dados nas situações referidas no artigo 278.o.
Artigo 280.o
Programa de trabalho
O programa de trabalho a que se refere o n.o 1 deve ter as seguintes prioridades:
Harmonização do intercâmbio de informações com base em modelos de dados e em formatos de mensagens internacionalmente aceites;
Remodelação das alfândegas e dos processos aduaneiros, tendo em vista melhorar a eficiência, a eficácia e a uniformidade de aplicação e reduzir os custos do cumprimento das formalidades; e
Disponibilização aos operadores económicos de uma vasta gama de serviços aduaneiros eletrónicos que permita a esses operadores interagir do mesmo modo com as autoridades aduaneiras de qualquer Estado-Membro.
Artigo 281.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução, o programa de trabalho a que se refere o artigo 280.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
Na falta de parecer do comité, a Comissão não deve adotar os atos de execução referidos no primeiro parágrafo do presente artigo, aplicando-se o artigo 5.o, n.o 4, terceiro parágrafo, do Regulamento (UE) n.o 182/2011.
CAPÍTULO 2
Simplificações na aplicação da legislação aduaneira
Artigo 282.o
Testes
A Comissão pode, mediante pedido, autorizar um ou mais Estados-Membros a testar por um período de tempo limitado simplificações na aplicação da legislação aduaneira, designadamente simplificações relacionadas com as tecnologias da informação. O teste não afeta a aplicação da legislação aduaneira nos Estados-Membros que nele não participem, e deve ser avaliado periodicamente.
Artigo 283.o
Atribuição de competências de execução
A Comissão adota, por meio de atos de execução, as decisões a que se refere o artigo 282.o.
Os referidos atos de execução são adotados pelo procedimento de exame a que se refere o artigo 285.o, n.o 4.
CAPÍTULO 3
Delegação de poderes e procedimento de comité
Artigo 284.o
Exercício da delegação
Artigo 285.o
Procedimento de comité
CAPÍTULO 4
Disposições finais
Artigo 286.o
Revogação e alteração da legislação em vigor
Artigo 287.o
Entrada em vigor
O presente regulamento entra em vigor no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia.
Artigo 288.o
Aplicação
O presente regulamento é obrigatório em todos os seus elementos e diretamente aplicável em todos os Estados-Membros.
ANEXO
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
Regulamento (CE) n.o 450/2008 |
Presente regulamento |
Artigo 1.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 1.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 1.o, n.o 3, primeiro parágrafo |
Artigo 1.o, n.o 3 |
Artigo 1.o, n.o 3, segundo parágrafo |
Artigo 2.o |
Artigo 2.o |
Artigo 3.o |
Artigo 3.o |
Artigo 4.o |
Artigo 4.o, pontos 1 a 8 |
Artigo 5.o, pontos 1 a 8 |
Artigo 4.o, ponto 9 |
Artigo 5.o, pontos 9 e 10 |
Artigo 4.o, ponto 10 |
Artigo 5.o, ponto 12 |
Artigo 4.o, pontos 11 e 12 |
Artigo 5.o, pontos 15 e 16 |
Artigo 4.o, pontos 13 a 17 |
Artigo 5.o, pontos 18 a 22 |
Artigo 4.o, ponto 18, alínea a), primeira frase |
Artigo 5.o, ponto 23, alínea a) |
Artigo 4.o, ponto 18, alínea a), segunda frase |
Artigo 130.o, n.o 3 |
Artigo 4.o, ponto 18, alíneas b) e c) |
Artigo 5.o, ponto 23, alíneas b) e c) |
Artigo 4.o, pontos 19 a 26 |
Artigo 5.o, pontos 24 a 31 |
Artigo 4.o, pontos 27 a 32 |
Artigo 5.o, pontos 33 a 38 |
Artigo 4.o, ponto 33 |
— |
Artigo 5.o, n.o 1, primeiro parágrafo |
Artigo 6.o, n.o 1 |
Artigo 5.o, n.o 1, segundo e terceiro parágrafos |
Artigo 6.o, n.o 3, e artigo 7.o, alínea b) |
Artigo 5.o, n.o 2 |
Artigo 6.o, n.o 2), artigo 7.o, alínea a), e artigo 8.o, n.o 1, alínea a) |
Artigo 6.o |
Artigo 12.o |
Artigo 7.o |
Artigo 13.o |
Artigo 8.o |
Artigo 14.o |
Artigo 9.o |
Artigo 15.o |
Artigo 10.o, n.o 1 |
Artigos 9.o e 16.o, n.o 1 |
Artigo 10.o, n.o 2 |
Artigo 10.o, 11.o e 17.o |
Artigo 11.o, n.o 1, primeiro e segundo parágrafos |
Artigo 18.o |
Artigo 11.o, n.o 1, terceiro parágrafo |
Artigo 18.o, n.o 2, primeiro parágrafo |
Artigo 11.o, n.o 2 |
Artigo 18.o, n.o 3 |
Artigo 11.o, n.o 3, alínea a) |
Artigo 18.o, n.o 2, segundo parágrafo, e artigo 21.o, alínea a) |
Artigo 11.o, n.o 3, alínea b) |
Artigo 21 |
Artigo 11.o, n.o 3, alínea c) |
— |
Artigo 12.o, n.o 1 |
Artigo 19.o, n.o 1 |
Artigo 12.o, n.o 2, primeiro parágrafo |
Artigo 19.o, n.o 2, primeiro parágrafo |
Artigo 12.o, n.o 2, segundo parágrafo |
Artigo 19.o, n.o 2, segundo parágrafo, e artigo 20.o, alínea c) |
Artigo 13.o, n.o 1 |
Artigo 38.o, n.o 1 |
Artigo 13.o, n.o 2 |
Artigo 38.o, n.os 2 e 3 |
Artigo 13.o, n.o 3 |
Artigo 38.o, n.o 4 |
Artigo 13.o, n.o 4 |
Artigo 38.o, n.o 5, primeira frase |
Artigo 13.o, n.o 5 |
— |
Artigo 13.o, n.o 6 |
Artigo 23.o, n.o 2 |
Artigo 14.o |
Artigo 39.o |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea a) |
Artigo 22.o, artigo 24.o, alíneas a) a g), e artigo 25.o, alíneas a) e b) |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea b) |
Artigo 23.o, n.o 4, alínea b), e artigo 24.o, alínea h) |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea c) |
— |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea d) |
Artigo 22.o, n.o 1, terceiro parágrafo, e artigo 24.o, alínea a) |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea e) |
Artigo 40.o, alínea b) |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea f) |
Artigo 25.o, alínea b) |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea g) |
Artigos 23.o, n.o 4, alínea b), 24.o, alínea h), 24.o, alínea c), 28.o, 31.o, alínea b), e 32.o |
Artigo 15.o, n.o 1, alínea h) |
— |
Artigo 15.o, n.o 2 |
— |
Artigo 16.o, n.o 1 |
Artigo 22.o, n.o 1, primeiro e segundo parágrafos |
Artigo 16.o, n.o 2 |
Artigo 22.o, n.o 3, primeiro e segundo parágrafos |
Artigo 16.o, n.o 3 |
Artigo 22.o, n.o 2 |
Artigo 16.o, n.o 4, primeiro parágrafo |
Artigo 22.o, n.o 6, primeiro parágrafo, primeira frase |
Artigo 16.o, n.o 4, segundo parágrafo |
Artigo 22.o, n.o 6, primeiro parágrafo, segunda frase, e artigo 22.o, n.o 7 |
Artigo 16.o, n.o 5, alínea a) |
Artigo 22.o, n.o 6, segundo parágrafo, e artigo 25.o, alínea g) |
Artigo 16.o, n.o 5, alínea b) |
Artigo 24.o, alínea f) |
Artigo 16.o, n.o 6 |
Artigo 23.o, n.o 3 |
Artigo 16.o, n.o 7 |
Artigo 29.o |
Artigo 17.o |
Artigo 26.o |
Artigos 18.o, n.os 1 a 3 |
Artigo 27.o |
Artigo 18.o, n.o 4 |
Artigo 32.o |
Artigo 19.o, n.o 1 |
Artigo 28.o, n.o 1, alínea a) |
Artigos 19.o, n.os 2 e 3 |
Artigo 28.o, n.o 2 e 3 |
Artigo 19.o, n.o 4 |
Artigo 28.o, n.o 4, primeiro parágrafo e segundo parágrafo, primeira frase |
Artigo 19.o, n.o 5 |
Artigo 31.o, alínea a) |
Artigo 20.o, n.os 1 a 4 |
Artigo 33.o |
Artigo 20.o, n.o 5 |
Artigo 34.o, n.o 4 |
Artigo 20.o, n.o 6, primeiro parágrafo |
Artigo 34.o, n.o 5, primeira frase |
Artigo 20.o, n.o 6, segundo parágrafo |
Artigo 34.o, n.o 6 |
Artigo 20.o, n.o 7 |
Artigos 22.o, 23.o, 24.o, 25.o e 32.o |
Artigo 20.o, n.o 8, alínea a) |
Artigo 34.o, n.os 1 a 3 |
Artigo 20.o, n.o 8, alínea b) |
Artigo 34.o, n.o 9, e artigo 37.o, n.o 1 alínea a) |
Artigo 20.o, n.o 8, alínea c) |
Artigo 34.o, n.o 11, e artigo 37.o, n.o 2 |
Artigo 20.o, n.o 9 |
Artigos 35.o, 36.o, alínea b), e 37.o, n.o 1, alíneas c) e d) |
Artigo 21.o |
Artigo 42.o |
Artigo 22.o |
Artigo 43.o |
Artigo 23.o |
Artigo 44.o |
Artigo 24.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 45.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 24.o, n.o 3, primeiro parágrafo |
Artigo 45.o, n.o 3 |
Artigo 24.o, n.o 3, segundo parágrafo |
— |
Artigo 25.o, n.o 1 |
Artigo 46.o, n.o 1 |
Artigo 25.o, n.o 2, primeiro parágrafo |
Artigo 46.o, n.o 2 |
Artigo 25.o, n.o 2, segundo e terceiro parágrafos |
Artigo 46.o, n.o 3 |
Artigo 25.o, n.o 3 |
Artigo 46.o, n.os 4 a 8, e artigo 50.o, n.o 1 |
Artigo 26.o |
Artigo 47.o |
Artigo 27.o |
Artigo 48.o |
Artigo 28.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 49.o |
Artigo 28.o, n.o 3 |
Artigo 50.o, n.o 2 |
Artigo 29.o |
Artigo 51.o |
Artigo 30.o, n.o 1 |
Artigo 52.o |
Artigo 30.o, n.o 2 |
— |
Artigo 31.o, n.o 1 |
Artigo 53.o, n.o 1 |
Artigo 31.o, n.o 2 |
Artigo 53.o, n.o 3 |
Artigo 31.o, n.o 3 |
Artigo 54.o |
Artigo 32.o |
Artigo 55.o |
Artigo 33.o, n.os 1 a 4 |
Artigo 56.o, n.os 1 a 4 |
Artigo 33.o, n.o 5 |
Artigo 56.o, n.o 5, e artigo 58.o, n.o 1 |
Artigo 34.o |
Artigo 57.o, n.os 1, 2 e 3 |
Artigo 35.o |
Artigo 59.o |
Artigo 36.o |
Artigo 60.o |
Artigo 37.o |
Artigo 61.o |
Artigo 38.o |
Artigos 62.o, 63.o, 67.o e 68.o |
Artigo 39.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 64.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 39.o, n.o 3 |
Artigo 64.o, n.o 3, primeiro parágrafo |
Artigo 39.o, n.os 4 e 5 |
Artigo 64.o, n.os 4 e 5 |
Artigo 39.o, n.o 6 |
Artigo 64.o, n.o 3, segundo parágrafo, artigo 64.o, n.o 6, e artigos 63.o a 68.o |
Artigo 40.o |
Artigo 69.o |
Artigo 41.o |
Artigo 70.o |
Artigo 42.o, n.o 1 |
Artigo 74.o, n.o 1 |
Artigo 42.o, n.o 2 |
Artigo 74.o, n.o 2, alíneas a) a c), e alínea d), frase introdutória |
Artigo 42.o, n.o 3 |
Artigo 74.o, n.o 3 |
Artigo 43.o, alínea a) |
Artigos 71.o, 72.o e 76.o, alínea a) |
Artigo 43.o, alínea b) |
Artigo 74.o, n.o 2.o, alínea d), subalíneas i), ii) e iii) |
Artigo 43.o, alínea c) |
— |
Artigo 43.o, alínea d) |
Artigos 73.o, 75.o e 76.o, alíneas b) e c) |
Artigo 44.o |
Artigo 77.o |
Artigo 45.o |
Artigo 78.o |
Artigo 46.o |
Artigo 79.o |
Artigo 47.o |
Artigo 80.o |
Artigo 48.o |
Artigo 81.o |
Artigo 49.o |
Artigo 82.o |
Artigo 50.o |
Artigo 83.o |
Artigo 51.o |
Artigo 84.o |
Artigo 52.o |
Artigo 85.o |
Artigo 53.o, n.os 1 a 3 |
Artigo 86.o, n.os 1 a 3 |
Artigo 53.o, n.o 4 |
Artigo 86.o, n.o 6 |
Artigo 54.o, alíneas a) e b) |
Artigo 86.o, n.o 5, e artigo 88.o, alínea a) |
Artigo 54.o, alínea c) |
Artigo 86.o, n.o 4, e artigo 88.o, alínea b) |
Artigo 55.o, n.o 1 |
Artigo 87.o, n.o 1 |
Artigo 55.o, n.o 2, primeiro parágrafo |
Artigo 87.o, n.o 2 |
Artigo 55.o, n.o 2, segundo parágrafo |
Artigo 88.o, alínea c) |
Artigo 55.o, n.os 3 e 4 |
Artigo 87.o, n.os 3 e 4 |
Artigo 56.o, n.os 1 a 5 |
Artigo 89.o, n.os 1 a 5 |
Artigo 56.o, n.o 6 |
Artigo 89.o, n.o 7 |
Artigo 56.o, n.o 7 |
Artigo 89.o, n.o 9 |
Artigo 56.o, n.o 8 |
Artigo 89.o, n.o 2 |
Artigo 56.o, n.o 9, primeiro travessão |
Artigo 100.o, n.o 1, alínea b) |
Artigo 56.o, n.o 9, segundo travessão |
Artigo 89.o, n.o 8, e artigo 99.o, alínea a) |
Artigo 56.o, n.o 9, terceiro travessão |
Artigo 89.o, n.o 2 |
Artigo 57.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 90.o |
Artigo 57.o, n.o 3 |
Artigo 100.o, n.o 1, alínea a) |
Artigo 58.o, primeiro parágrafo |
Artigo 91.o |
Artigo 58.o, segundo parágrafo |
— |
Artigo 59.o, n.o 1, primeiro parágrafo |
Artigo 100.o, n.o 1 |
Artigo 59.o, n.o 1, segundo parágrafo |
Artigo 99.o, alínea b) |
Artigo 59.o, n.o 2 |
Artigo 92.o, n.o 2 |
Artigo 60.o |
Artigo 93.o |
Artigo 61.o |
Artigo 94.o |
Artigo 62.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 95.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 62.o, n.o 3 |
Artigo 22.o, artigo 24.o, alíneas a) a g), artigo 25.o, alíneas a) e b) e artigo 99.o, alínea c) |
Artigo 63.o, n.os 1 e 2 |
— |
Artigo 63.o, n.o 3, alínea a) |
— |
Artigo 63.o, n.o 3, alínea b) |
Artigos 96.o, n.o 1, alínea a), 96.o, alínea 2), 100.o, n.o 1, alínea c) e 100.o, n.o 2 |
Artigo 63.o, n.o 3, alínea c) |
Artigo 96.o, n.o 1, alínea b), 96.o, n.o 2), 100.o, n.o 1, alínea c) e 100.o, n.o 2 |
Artigo 64.o |
Artigo 97.o |
Artigo 65.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 98.o |
Artigo 65.o, n.o 3 |
Artigos 99.o, alínea d) e 100.o, n.o 1, alínea b) |
Artigo 66.o |
Artigo 101.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 67.o, n.o 1, primeiro e segundo parágrafos |
Artigo 102.o, n.o 1 |
Artigo 67.o, n.o 1, terceiro parágrafo |
Artigo 106.o, alínea b) |
Artigo 67.o, n.os 2 e 3 |
Artigo 102.o, n.o 2 e n.o 3, primeiro parágrafo |
Artigo 68.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 103.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 68.o, n.o 3 |
Artigo 103.o, n.o 3, alínea a) |
Artigo 68.o, n.o 4 |
Artigo 103.o, n.o 4 |
Artigo 69.o |
Artigo 104.o |
Artigo 70.o |
Artigo 105.o, n.os 1a 5 |
Artigo 71.o |
Artigo 105.o, n.o 6 |
Artigo 72.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 108.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 72.o, n.o 3 |
Artigos 108.o, n.o 3, e 115.o |
Artigo 73.o |
Artigo 109.o |
Artigo 74.o |
Artigo 110.o |
Artigo 75.o |
Artigo 111.o |
Artigo 76.o |
— |
Artigo 77.o, n.o 1, primeiro parágrafo |
Artigo 112.o, n.o 1 |
Artigo 77.o, n.o 1, segundo e terceiro parágrafos |
Artigo 112.o, n.o 2 |
Artigo 77.o, n.o 2 |
Artigo 112.o, n.o 3 |
Artigo 77.o, n.o 3 |
Artigo 112.o, n.o 4 |
Artigo 78.o, n.o 1, primeiro parágrafo |
Artigo 113.o |
Artigo 78.o, n.o 1, segundo parágrafo |
Artigos 99.o, alínea d) e 100.o, n.o 1, alínea b) |
Artigo 78.o, n.os 2 a 4 |
Artigo 114.o, n.os 1 a 3 |
Artigo 78.o, n.o 5 |
Artigo 114.o, n.o 4 |
Artigo 79.o, n.o 1 |
Artigo 116.o, n.o 1 |
Artigo 79.o, n.os 2 a 5 |
Artigos 116.o, n.os 34a 7 |
Artigo 80.o |
Artigo 117.o, n.o 1 |
Artigo 81.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 118.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 81.o, n.o 3 |
Artigo 118.o, n.o 4 |
Artigo 82.o, n.o 1 |
Artigo 119.o, n.o 1 |
Artigo 82.o, n.o 2 |
Artigo 119.o, n.o 3 |
Artigo 83.o |
Artigo 120.o, n.o 1 |
Artigo 84.o, n.o 1 |
Artigo 121.o, n.o 1 |
Artigo 84.o, n.o 2 |
Artigo 121.o, n.o 3 |
Artigo 85.o, primeira frase |
Artigos 116.o, n.o 2, 117.o, n.o 2, 118.o, n.o 3, 119.o, n.o 2, 120.o, n.o 2, 121.o, n.o 2 e 123.o, n.o 1 |
Artigo 85.o, segunda frase |
Artigos 106.o, n.o 3, 122.o, e 123.o, n.o 2 |
Artigo 86.o, n.o 1, frase introdutória |
Artigo 124.o, n.o 1, frase introdutória e alínea a) |
Artigo 86.o, n.o 1, alíneas a) a c) |
Artigo 124.o, n.o 1, alíneas b), a d) |
Artigo 86.o, n.o 1, alíneas d) e e) |
Artigo 124.o, n.o 1, alínea e) |
Artigo 86.o, n.o 1, alíneas f) a k) |
Artigo 124.o, n.o 1, alíneas f) a k) |
Artigo 86.o, n.os 2 e 3 |
Artigo 124.o, n.os 2 e 3 |
Artigo 86.o, n.os 4 a 6 |
Artigo 124.o, n.os 5, a 7 |
Artigo 86.o, n.o 7 |
Artigo 126.o |
Artigo 87.o, n.o 1 |
Artigo 127.o, n.o 1 e n.o 2, alínea b) |
Artigo 87.o, n.o 2, primeiro parágrafo |
Artigo 127.o, n.o 3, primeiro parágrafo |
Artigo 87.o, n.o 2, segundo parágrafo |
Artigo 127.o, n.o 8 |
Artigo 87.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea a) |
Artigo 127.o, n.o 2, alínea b), e artigo 131.o, alínea a) |
Artigo 87.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alíneas b) e c) |
Artigo 131.o, alínea b) |
Artigo 87.o, n.o 3, primeiro parágrafo, alínea d) |
Artigo 127.o, n.o 3 e 161.o, alínea a) |
Artigo 87.o, n.o 3, segundo parágrafo |
— |
Artigo 88.o, n.o 1, primeiro parágrafo, primeira frase |
Artigo 6.o, n.o 1 |
Artigo 88.o, n.o 1, primeiro parágrafo, segunda frase |
Artigo 127.o, n.o 7 |
Artigo 88.o, n.o 1, segundo parágrafo |
Artigo 6.o, n.o 2 |
Artigo 88.o, n.o 2 |
Artigo 127.o, n.o 4, primeiro parágrafo |
Artigo 88.o, n.o 3 |
Artigo 127.o, n.o 4, segundo parágrafo e n.o 6 |
Artigo 88.o, n.o 4, primeiro parágrafo |
Artigo 133.o, n.o 1, primeiro parágrafo |
Artigo 88.o, n.o 4, segundo e terceiro parágrafos |
Artigo 6.o, n.o 2 e 7.o, alínea a) |
Artigo 89.o, n.o 1 |
Artigo 129.o, n.o 1 |
Artigo 89.o, n.o 2 |
— |
Artigo 90.o |
Artigo 130.o, n.o 1 |
Artigo 91.o |
Artigo 134.o |
Artigo 92.o, n.o 1, primeiro parágrafo |
Artigo 135.o, n.o 1 |
Artigo 92.o, n.o 1, segundo parágrafo |
Artigo 135.o, n.o 2 |
Artigo 92.o, n.o 1, terceiro parágrafo |
— |
Artigo 92.o, n.os 2 a 5 |
Artigos 135.o, n.os 3 a 6 |
Artigo 93.o, n.o 1 |
Artigo 136.o |
Artigo 93.o, n.o 2 |
— |
Artigo 94.o |
Artigo 137.o |
Artigo 95.o, n.o 1 |
Artigo 139.o, n.o 1 |
Artigo 95.o, n.os 2 e 3 |
Artigo 139.o, n.os 3 e 4 |
Artigo 95.o, n.o 4 |
Artigo 139.o, n.o 6 |
Artigo 96.o, n.os 1 e 2 |
Artigo 140.o |
Artigo 96.o, n.o 3 |
Artigo 139.o, n.o 7 |
Artigo 97.o, n.o 1 |
Artigo 149.o |
Artigo 97.o, n.o 2 |
Artigo 150.o |
Artigo 98.o, n.o 1 |
Artigo 144.o |
Artigo 98.o, n.o 2 |
Artigo 139.o, n.o 5 |
Artigo 99.o |
Artigo 141.o, n.o 1 |
Artigo 100.o |
Artigo 141.o, n.o 2 |
Artigo 101.o, n.o 1 |
Artigo 153.o, n.o 1 |
Artigo 101.o, n.o 2, alínea a) |
Artigo 153.o, n.o 2, e artigo 156.o, alínea a) |
Artigo 101.o, n.o 2, alínea b) |
Artigos 156.o, alínea b) e 157.o |