Integração da Vigilância Marítima

A Comissão Europeia enunciou princípios orientadores para criar uma vigilância marítima integrada. Estes princípios orientadores ajudarão os Estados-Membros a criarem um ambiente comum de partilha da informação para o domínio marítimo entre as várias comunidades de utilizadores, como, por exemplo, as autoridades responsáveis pela segurança no mar, pelo controlo das pescas, pela poluição marinha, pelo ambiente marinho, pelas alfândegas, pelo controlo das fronteiras, pela fiscalização do cumprimento da lei e pela defesa.

ACTO

Comunicação da Comissão, de 15 de Outubro de 2009, intitulada «Integração da vigilância marítima: Um ambiente comum de partilha da informação no domínio marítimo da UE» [COM(2009) 538 final – Não publicado no Jornal Oficial].

SÍNTESE

Na União Europeia, a maioria dos dados relativos aos assuntos marítimos é processada por autoridades sectoriais. Estas autoridades estão incumbidas de vigiar e controlar as actividades realizadas no mar no sector pelo qual são responsáveis, sem necessariamente alertarem os seus homólogos dos outros sectores, o que é um inconveniente porque a partilha destes dados permitiria aumentar a eficácia e a rentabilidade das actividades de vigilância marítima.

No entanto, a partilha de dados e a interoperabilidade dos sistemas de vigilância marítima apresentam alguns desafios a nível técnico e jurídico, bem como em termos de segurança. Na presente comunicação, a Comissão faz um levantamento destes desafios e propõe soluções.

Obstáculos à integração da vigilância marítima

Os principais obstáculos à criação de um ambiente comum de partilha da informação são os seguintes:

Soluções para a integração da vigilância marítima

A criação de um ambiente comum de partilha da informação baseia-se no cumprimento dos seguintes quatro princípios orientadores:

Estes quatro princípios orientadores desencadearão um processo de reflexão ao nível da UE e de cada Estado-Membro no qual deverão participar todas as comunidades de utilizadores. Estes princípios poderão ser revistos à luz dos resultados de três projectos destinados a avaliar a capacidade dos utilizadores provenientes de diferentes Estados-Membros e de diferentes comunidades para o intercâmbio de informações.

Contexto

A presente comunicação inscreve-se na continuidade de uma comunicação anterior, intitulada «Uma política marítima integrada para a União Europeia» onde a Comissão Europeia se comprometeu a «[promover] a maior interoperabilidade do sistema de vigilância, através da congregação dos actuais sistemas de vigilância e localização utilizados para garantir a segurança marítima e a protecção do transporte marítimo, a protecção do ambiente marinho, o controlo das pescas, o controlo das fronteiras externas e outras actividades de fiscalização do cumprimento da legislação».

Última modificação: 08.04.2010